Meio-campista pediu, e a diretoria tricolor o liberou para defender o clube paranaense, que vai disputar a Série A do Brasileiro
Foi feita a vontade de Carlinhos Paraíba, último grande ídolo da torcida do Santa Cruz. No final da tarde de ontem, o agente do jogador, Dário, representantes do Coritiba e diretores do clube pernambucano chegaram a um acordo. O meio-campista, agora, vai desfilar o seu futebol em gramados paranaenses, onde disputará o restante da competição local, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.
Os últimos detalhes da negociação serão fechados hoje. Vão se reunir novamente o presidente do Santa, Édson Nogueira, e os diretores do Coritiba Homero Halila e Antônio Xavier. “É apenas uma questão de acerto de multa, como será o repasse. Vamos decidir se vai ser venda total dos direitos federativos ou parte deles. São coisas diferentes. Só quero deixar claro que estou liberando porque foi um pedido de Carlinhos”, disse Edinho.
Quando trouxe Paraíba para o Arruda, em maio do ano passado, o Santa Cruz havia adquirido 25% dos direitos econômicos do atleta. No começo desta semana, adquiriu outros 20% que pertenciam ao Nacional-PB, por intermédio de um grupo de investidores anônimos. Como o valor total do jogador foi estabelecido anteriormente em R$ 1 milhão, os corais, teoricamente, têm direito a receber R$ 450 mil, caso a compra seja na íntegra.
O presidente tricolor disse ainda que a ida de Carlinhos Paraíba para o Couto Pereira não está atrelada ao empréstimo de jogadores do jovem elenco do Coritiba para o Santa Cruz, uma prática comum em transações deste tipo. No Paraná, além de receber dinheiro na mão pela venda da parte que lhe cabe nos próprios direitos federativos, o meio-campista terá o salário aumentado de R$ 10 mil para R$ 20 mil.
Paraíba desembarcou no Arruda em maio do ano passado, no início da Série B do Campeonato Brasileiro. Com a carência de qualidade no elenco, rapidamente assumiu a condição de titular, ora como meia, ora como segundo volante. O ambiente conturbado e a saída de jogadores importantes, como o atacante Marcelo Ramos, o meia Marquinhos Catarina e o lateral-esquerdo Piauí, ajudaram a afundar o time à Série C.
Este ano, ao lado dos meias Nildo e Rosembrik, Carlinhos era a esperança de boa campanha. A equipe, entretanto, vai mal e está prestes a estrear no hexagonal da morte. “Me identifico muito com a torcida do Santa Cruz e vou levar esse carinho comigo para sempre. Mas chegou o momento de sair e procurar desempenhar meu trabalho em outro local”, afirmou Paraíba, que chegou a chorar durante a última entrevista coletiva.
Bruno e Cléberson deixam o Arruda
Mais dois jogadores deixaram o Arruda. Depois da dispensa do atacante Diogo Tilico, ontem o goleiro Bruno e o zagueiro Cléberson pediram para ir embora. Frutos de uma parceria firmada pelo presidente coral, Édson Nogueira, com o Cruzeiro, os dois voltam para a Toca da Raposa. Agora, o número de atletas que saíram do elenco tricolor somente esta temporada chegou a 14.
O goleiro Bruno veio já com o Pernambucano em andamento. Chegou fora de forma e demorou para se colocar à disposição da comissão técnica. Com o condicionamento estabelecido, passou a ser o reserva imediato de Paulo Musse. Mas só atuou diante do Central, domingo passado, no Arruda, porque o titular da posição se machucou. Com a contratação de Jean, caiu para a terceira opção.
Já o zagueiro Cléberson era titular da equipe do Cruzeiro campeã brasileira sub-20, no último mês de dezembro, no Rio Grande do Sul. Também demorou para entrar em forma. Quando estava pronto para jogar, foi preterido e muitas vezes não ficou sequer no banco de reservas. Nos últimos dias, estava cuidando de uma lesão no tornozelo esquerdo.
Além deles, foram embora desde o começo da temporada: os goleiros Ricardo e Eduardo, os laterais Carlinhos Paulista e Russo, o zagueiro Josemar, o volante Amaral Pernambucano, os meias Juninho, Noel e Nildo, e os atacante Roma e Thiago Almeida.
Outros dois jogadores já não fazem parte mais do grupo porque tiveram seus direitos federativos vendidos pelo clube. O primeiro deles foi o zagueiro Hugo, que estava em litígio com o Santa. O outro foi justamente Carlinhos Paraíba.
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