segunda-feira, 28 de julho de 2008

Vagner Rosa é o novo reforço do Santa


Publicado em 28 de julho de 2008, às 16:23
Por Redação CoralNET

A diretoria do Mais Querido concretizou agora há pouco a contratação de mais uma revelação do Porto de Caruaru. O volante Vagner Rosa de 25 anos.

Vagner Santos Rosa tem 1,75m e 67kg. Além do Porto defendeu o Náutico/PE e recentemente estava no Ceará/CE.

Fonte: Agência CoralNET de Notícias

Dois reforços contratados


Publicado em 28 de julho de 2008, às 15:37
Por Redação CoralNET

A diretoria do Santa Cruz anunciou nesta tarde a contratação de dois reforços para a disputa do Campeonato Brasileiro de 2008. O meia Jefferson, do São José/RS, e o atacante Juliano, do CRB/AL.

Jefferson Luis Teixeira da Silva tem 24 anos, 1,81m, 80kg e nasceu em Porto Alegre/RS já atuou pelo Internacional/RS e Criciúma/SC.

Juliano dos Santos Medeiros tem 27 anos, 1,80m, 78kg e também é natural de Porto Alegre/RS e já jogou pelo Cianorte/PR e Guarani/SP.

Ambos vêm para o Arruda como indicação do treinador Bagé.

Fonte: Agência CoralNET de Notícias

Vídeo - Santa Cruz 1 x 1 Campinense


As imagens são da TV Jornal.







Santa pode anunciar hoje contratação de zagueiro


Depois de empatar com o Campinense e garantir a classificação para a segunda fase da Série C, o Santa Cruz agora mira no Salgueiro, que enfrenta no próximo domingo, no Arruda. Para seguir na competição, o Santa Cruz deve anunciar em breve novos reforços. Um deles, o zagueiro Sandro, deve ser confirmado hoje.

Aos 35 anos, o jogador é um veterano no futebol pernambucano. Ccomeçou a carreira no Sport, na metade da década de 90, onde foi capitão com apenas 22 anos. Também jogou no Santos e no Botafogo. No ano passado, disputou a Série B pelo Vitória (BA). O último time de Sandro foi o Treze, da Paraíba, eliminado na primeira fase da Série C.

Hoje, a mais recente contratação tricolor, o lateral-esquerdo Camilo, deve comparecer ao Arruda para iniciar os treinamentos. O jogador tem 26 anos e vem do Sousa-PB. O restante do elenco, por sua vez, recebe folga e só deve retornar às atividades normais amanhã à tarde, para iniciar a preparação visando ao confronto com o Salgueiro.

Confira o calendário de jogos do Santa na 2ª fase

Campinense x Santa Cruz 06/08

Santa Cruz x Icasa 10/08

Icasa x Santa Cruz 17/08

Santa Cruz x Campinense 20/08

Salgueiro x Santa Cruz 24/08

Da Redação do PERNAMBUCO.COM com informações do Diario de Pernambuco

Charge - Jornal do Commercio

Charge - Folha de Pernambuco

Tricolor empata e avança à segunda fase da Série C

Marcos Pastich



Resultado de 1x1 com o Campinense deixou o Santa Cruz na segunda colocação do Grupo 5
Edmundo, de pênalti, assinalou o gol que garantiu a igualdade no placar
GUSTAVO LUCCHESI

Não foi o final de filme esperado pela platéia presente, mas o empate em 1x1, contra o Campinense/PB, ontem, no Arruda, foi comemorado como uma conquista de campeonato pelos torcedores corais, já que além de valer a classificação do Santa Cruz para a segunda fase do Brasileiro da Série C, também afastou, temporariamente, o fantasma da Série D. Na outra partida válida pelo Grupo 5, ontem, o Potiguar não tomou conhecimento do Central e venceu por 3x0.

Com esses resultados, a Raposa da Paraíba se classificou como líder da chave (11), com o Santa Cruz passando como vice (oito). Na próxima fase, as duas equipes se juntam a Salgueiro e Icasa/CE, formando o Grupo 19 da competição, com os dois melhores passando à terceira fase para, enfim, garantir-se na Série C e continuar sonhando com o retorno à Segundona. No próximo domingo, a Cobra Coral já enfrenta o Carcará, pela rodada de abertura da segunda etapa.

Em relação à partida de ontem, mesmo classificado, os paraibanos mostraram desde o início que não vieram ao Recife a passeio. É bem verdade que, aproveitando o apoio de sua torcida, o Tricolor iniciou o confronto a todo vapor, com Alexandre Oliveira e Cléo tendo boas chances de abrir o placar. Aos 16 minutos, após grande tabela de Edmundo e Alexandre, Juninho recebeu de frente para o goleiro, mas bateu para fora. Aos 31, Cléo ficou cara a cara com a meta, teve calma para dominar, mas bateu em cima do goleiro. Provando não ter se abalado com a pressão, aos 35 minutos, os visitantes mandaram a bola no travessão de Glédson, com o lateral Raí.

Na etapa final, o ritmo da partida caiu e o Campinense passou a gostar mais do jogo. Tanto que logo aos 11 minutos, num vacilo do goleiro Glédson, Washington cobrou falta para abrir o marcador. Querendo a vitória, Bagé colocou Miller e Bruno, no lugar de Patrick e Gedeíl. Com as modificações, o Santa Cruz passou a agredir mais o adversário. O resultado veio aos 27 minutos: Rafael Mineiro entrou sozinho na área e sofreu pênalti. Edmundo bateu com categoria e garantiu o empate.

Ficha Técnica


Santa Cruz 1
Glédson; Rafael Mineiro, Gonçalves, Stanley e Marcos Vinícius; Alexandre Oliveira, Gedeíl (Bruno), Juninho e Cléo (Garrinchinha); Patrick (Miller) e Edmundo. Técnico: Bagé

Campinense 1
Pantera; Fábio, Jádson, Ricardo e Raí; Charles Wagner, Fabiano Silva (Mossoró), Elvis (Barata) e Washington; Marabá e Paulinho Macaíba (Jean). Técnico: Freitas Nascimento

Local: Arruda
Árbitro: Antônio Hora Filho (SE)
Assistentes: Élan Vieira e João Albert (ambos de PE)
Gols: Washington (aos 12 minutos do 2°T) e Edmundo (aos 28 do 2°T)
Cartões amarelos: Marcos Vinícius e Stanley (Santa); Fabiano Silva, Charles Wagner e Raí (Campinense)
Público: 21.201
Renda: R$ 44.920

Clima no vestiário tricolor era de alívio após o jogo

Mesmo com a vaga à fase seguinte vindo de uma forma não planejada, o clima no vestiário coral, logo após o jogo, era de alívio e felicidade. Com medo que a temporada acabasse precocemente, os atletas tricolores comemoraram bastante a classificação e já começaram a focar os seus adversários para a fase seguinte. “É um novo campeonato agora. Claro que devemos aprender com os erros cometidos, mas numa competição como essa, o importante é se manter vivo”, comentou o goleiro Glédson.

Em meio às entrevistas, a notícia de que o Gama, atualmente na Série B, estaria interessado em contratar Bagé foi um assunto bastante comentado. Porém, o comandante coral deu a entender que não aceitará o convite e aproveitou para elogiar a torcida do Mais Querido. “Realmente há o interesse da parte deles, mas disse que tenho contrato com o Santa, estou gostando muito daqui e só uma proposta que mude minha vida para me tirar daqui. Não é fácil largar uma torcida como essa que nós temos”, declarou o treinador. Com a classificação, nomes de reforços já começam a ser especulados. O do zagueiro Sandro (ex-Sport) é o mais forte nos bastidores do Tricolor. Porém, a diretoria disse que ainda irá conversar com o atleta.

Santa dá 1º passo na luta por acesso


Mais de 20 mil tricolores empurraram o Santa Cruz contra o Campinense, ontem à tarde, no Arruda. Mas o time pernambucano não jogou bem e apenas empatou com o time paraibano, por 1x1. E só se classificou para a segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro graças à derrota do Central em Mossoró, por 3x0, para o já eliminado Potiguar. O Santa estará ao lado do Salgueiro, Icasa e do próprio Campinense, na próxima fase.

Santa tropeça, mas segue vivo graças ao Potiguar

Tricolor fica no 1x1 com o Campinense, porém é beneficiado com resultado em Mossoró

Não foi como sonharam os mais de 20 mil tricolores que compareceram ao Arruda ontem. O Santa Cruz não fez a sua parte ao empatar por 1x1 com o Campinense-PB, pela última rodada do Grupo 5 da Série C do Campeonato Brasileiro. Mas a classificação veio com a combinação de resultados. A vitória por 3x0 do Potiguar-RN sobre o Central, em Mossoró, deu a segunda vaga da chave para os corais, com oito pontos. Os paraibanos terminaram na primeira colocação, com 11 pontos.

Santa Cruz e Campinense-PB se juntam a Salgueiro e Icasa-CE para formar o Grupo 19 da segunda fase. Agora 32 dos 63 clubes que iniciaram a competição seguem vivos na luta contra o rebaixamento à recém-criada Série D e por uma das quatro vagas de acesso à Série B. A estréia na nova etapa será domingo, contra o Salgueiro, novamente no Arruda. Cearenses e paraibanos se enfrentam em Juazeiro do Norte-CE. Central, Potiguar e outros 29 times foram mandados ao novo inferno do futebol nacional.

O técnico Vanderlei Luxemburgo costuma dizer que o medo de perder tira a vontade de ganhar. E não foi o medo de perder o fator determinante para o empate de ontem em pleno Arruda, colocando em risco a classificação. Ao contrário, o técnico Bagé colocou em campo uma formação com três atacantes. Mas, como está no Recife somente há dez dias, ainda não entrosou devidamente os jogadores para atuar com tamanha ousadia. Os corais criaram boas chances, contudo ficaram vulneráveis demais aos contra-ataques adversários.

Os primeiros 15 minutos deram o tom do que aconteceria durante os 90 minutos em campo. Se o atacante Edmundo, o volante Alexandre e o atacante Cléo perderam oportunidades claras de colocar o Santa Cruz na frente logo no início, o atacante Marabá saiu na cara do goleiro e também não abriu o placar por incompetência na finalização. O jogo voltou a esquentar a partir dos 30. Novamente Cléo e Edmundo desperdiçaram lances incríveis. O susto veio com uma bola chutada na trave esquerda pelo lateral-esquerdo Raí.

Além dos jogadores, a arbitragem virou protagonista do espetáculo no primeiro tempo. O árbitro Antônio Hora Filho, longe da jogada por conta de um lançamento longo do meia Juninho, não observou um pênalti do goleiro Pantera em cima do atacante Patrick. Em compensação, o assistente João Albert marcou impedimento inexistente num contra-ataque de três jogadores da Raposa contra apenas um da Cobra Coral. O atacante paraibano estava cerca de cinco metros atrás do zagueiro pernambucano quando a bola foi tocada.

Com o empate por 0x0 entre Potiguar-RN e Central no intervalo, o técnico do Santa optou por continuar com a formação vulnerável. Foi o Campinense-PB quem ganhou o meio-de-campo na volta para o segundo tempo e dominou as ações no início. Aos 11, o meia Washington, de falta, fez 1x0 para os visitantes. Os corais ficaram mais organizados com a entrada do meia Miller no lugar de Patrick. Aos 27, Edmundo empatou o jogo em 1x1, de pênalti. Até o final, outras boas chances foram desperdiçadas, tanto de um lado quanto do outro.

Time ciente que precisa melhorar

O discurso foi unânime. Nos vestiários, os jogadores do Santa Cruz disseram que o desempenho técnico precisa melhorar consideravelmente para conquistar o acesso. Diferentemente do que aconteceu no empate por 0x0 contra o Central, quarta-feira passada, em Caruaru, os atletas tricolores lamentaram o empate na decisão da vaga. Mas no final das contas, o sorriso veio com a notícia do resultado favorável em Mossoró e a classificação à segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro.

Na etapa inicial, o Santa Cruz acumulou duas derrotas – contra Potiguar-RN e Campinense-PB –, dois empates – diante do Central e do Campinense-PB – e duas vitórias – frente ao Central e ao Potiguar-RN. Dos 18 pontos disputados, o time somou oito. O aproveitamento apresentado até aqui é de 44,4%. Entre os 32 classificados, ninguém contabilizou menos pontos. Itumbiara-GO, Duque de Caxias-RJ, Noroeste-SP e Caxias-RS conseguiram a vaga com o mesmo rendimento.

A fórmula será repetida no segundo quadrangular. “Sem dúvida, queríamos uma vitória. Mas valeu pelo esforço dentro de campo e porque a classificação acabou acontecendo”, disse o capitão Alexandre. “Sabemos que a competição está afunilando e precisamos melhorar a nossa condição”, alertou o goleiro Gledson.

O lateral-direito Marcos Vinícius, que está sendo improvisado na esquerda, brincou com os adversários após o apito final. “Falava para eles: ‘não tem porque correr tanto, vocês já estão classificados’”, revelou o jogador. “Com uma torcida maravilhosa como é a nossa, merecíamos essa classificação”, concluiu. Ele não vai poder enfrentar o Salgueiro. Levou o terceiro cartão amarelo e cumpre suspensão.

Veterano Sandro deve reforçar o Santa na 2ª fase

Zagueiro, revelado pelo Sport no começo da década de 90, esteve ontem no Arruda e pode acertar com o clube tricolor para o restante da Terceirona

Quando desembarcou no Arruda, o técnico Bagé cobrou pelo menos quatro contratações em caso de classificação à segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro. O primeiro deles foi anunciado na semana passada: o lateral-esquerdo Camilo. Quem está próximo de fechar acordo com o Santa Cruz agora é o zagueiro Sandro, revelado pelo Sport na primeira metade da década de 90. Ontem, o jogador esteve no estádio e foi ao vestiário conversar com os dirigentes e a comissão técnica após o empate.

Segundo informou o diretor do departamento de futebol Constantino Júnior, o contrato de Sandro seria firmado o que no esporte costuma ser chamado como “contrato de risco”. O zagueiro, de 35 anos, receberia por produtividade no clube, à medida em que participa dos jogos. “Isso não significa que temos alguma desconfiança sobre as condições de Sandro. É um líder, se cuida muito fora de campo e talvez esteja com um preparo melhor do que vários jogadores que estão atuando no momento”, afirmou o dirigente.

Também surgiram rumores sobre uma possível contratação do meia Chiquinho, outro jogador revelado pelo Sport no começo da década de 90. “Sobre esse caso, posso garantir que é mera especulação da imprensa. Não existe nenhuma negociação aberta nesse sentido. Os meias que estão sendo contatados pela diretoria do Santa Cruz são outros, posso garantir”, negou Constantino Júnior. Sandro, Chiquinho e outros atletas sem clube vêm mantendo a forma com treinos e jogos no Centro de Treinamento do Intercontinental.

PROGRAMAÇÃO

Após a suada classificação, os jogadores do Santa Cruz ganharam a segunda-feira inteira de folga. A volta aos treinamentos está marcada para as 15h de amanhã. Será a primeira vez, desde o desembarque, que o técnico Bagé terá uma semana inteira para treinar e implementar seu método de trabalho. A equipe coral disputou três jogos nos últimos oito dias. O treinador já afirmou que precisaria de muito tempo para corrigir todos os erros identificados até aqui.

A maratona recomeça domingo. Do dia 3 de agosto, quando recebe o Salgueiro, ao dia 24, no fechamento do quadrangular contra o mesmo time no Sertão pernambucano, o Santa Cruz fará mais seis jogos. Serão três partidas na primeira semana, seis dias sem jogos e depois mais uma semana com três compromissos. Na segunda rodada, dia 6, os tricolores viajam para enfrentar o Campinense-PB. Dia 10, pegam o Icasa-CE no Arruda. Repetem o encontro dia 17, fora. No dia 20, pela quinta rodada, voltam para reencontrar a Raposa.

Os três adversários do Grupo 19 são mais do que conhecidos pelo técnico Bagé. O treinador estava no comando do Salgueiro durante a Série A1 do Campeonato Pernambucano. Antes de vir para o Santa Cruz, dirigiu o Icasa-CE nas três primeiras rodadas do Grupo 6. O Campinense-PB foi adversário tricolor no primeiro quadrangular. Mesmo assim, o goleiro Gledson ressaltou a necessidade de mais informações. “Não podemos dar brechas para surpresas. Conhecemos os times, mas precisamos trabalhar ainda mais duro.”

Bagé irritado com torcedores

Após o apito final, na partida de ontem, o técnico Ronaldo Bagé saiu irritado de campo com a atitude de alguns torcedores que xingaram o time durante o jogo. O comandante do Santa Cruz afirmou que este tipo de atitude só perturba o grupo.

“Estou aqui há apenas três jogos e não sou mágico. Não sei porque tantas pessoas vêm ao estádio de mau humor. Eles têm que ajudar e não ficar atrapalhando”, esbravejou Bagé, que está no comando do time há dez dias e contabiliza dois empates e uma vitória.

Apesar da classificação, a torcida do Santa Cruz está consciente de que o time precisa melhorar se quiser conseguir o acesso à Série B. Com dificuldades na defesa, no setor de criação e nas finalizações, o time Coral demonstrou muito empenho nesta primeira fase, mas não convenceu a massa tricolor. As principais reivindicações são para contratar laterais e meias-atacantes.

“A participação na Série C, até agora, é sofrível. O time tem que melhorar bastante para passar da próxima fase. Precisamos contratar uns quatro jogadores para não morrer na praia”, analisou o economiário Luiz Henrique Cavalcanti, 50 anos. “O time tem muita vontade e é aguerrido, mas tecnicamente é muito fraco”, completou. Para o engenheiro agrônomo Carlos Roberto Parísio, 27, o Santa ainda é heterogêneo e precisa de reforços. “Nós temos um grupo bom na frente e uma defesa precária. Conseguimos produzir, mas não colocamos a bola na rede. A torcida não merece isso”, comentou. “Com este elenco que esta aí, não tem condições de subir”, avisou.

IRREGULARIDADES

Além da entrada ilegal de bebidas no Arruda através de uma corda, em vários outros pontos vendedores arremessavam latas de cerveja da rua para dentro do estádio. De acordo com a proibição da Confederação Brasileira de Futebol, quem for flagrado vendendo ou consumindo bebida alcoólica nos estádios poderá ser multado e até suspenso.

Além disso, não era raro encontrar locais em que torcedores jogavam ingressos de dentro para fora do José do Rego Maciel, praticando o tradicional “ingresso iô-iô”, no qual bilhetes são reutilizados.

Para beber no Arruda

Os comerciantes da Rua das Moças deram um jeito para driblar a Lei Seca no Arruda. Com uma corda e um saco plástico (até um isopor foi usado), eles conseguiram levar bebidas para dentro do estádio, sem nenhuma dificuldade. E sem fiscalização

Se não fosse o potiguar...


Santa Cruz só empata com o Campinense, no Arruda, mas segue na luta pelo retorno ao Brasileiro da Série B
Márcio Cruz e Tarcísio Ferraz
Da equipe do Diario


O torcedor coral até que podia imaginar algo bem melhor, mais empolgante. Chegar no Arruda, ontem, e ver o seu querido Santa Cruz "destruir" o Campinense, assegurando a classificação para a próxima fase da Série C de forma exuberante. Mas, para uma torcida que vem sofrendo ao longo dos últimos anos com vários fracassos da equipe, a vaga não poderia vir assim, de forma tão tranqüila. Foi em um suado 1 x 1 e contando com a "ajudinha" do Potiguar de Mossoró - que, em casa, despachou o Central ao vencer a partida por 3 x 0. Agora, além da "chato" Campinense, o Tricolor compõe o Grupo 19 juntamente com o Salgueiro e o Icasa-CE. A estréia na segunda fase é diante do Salgueiro, domingo que vem, também no Arruda.

Quando a bola rolou, o que se viu foi um Santa Cruz bem ofensivo em campo. A vontade de fazer o gol em muitos casos acabava abrindo espaços para o adversário subir com perigo ao ataque. Chances foram sendo perdidas ao longo da epata inicial e, de quebra, reclamações de dois pênaltis não marcados em Edmundo, no início do primeiro tempo, e em Patrick, já no final.

Com uma boa movimentação na frente, Edmundo foi quase sempre o encarregado da criação das principais jogadas ofensivas. O apoio era lhe dado pelo bom volante Alexandre e por "lampejos" de criatividade ora do meia Juninho ora do também meia Cléo. Mas o gol acabou não saindo. E quase aconteceu o pior. O Campinense ainda lamentou um gol perdido por conta de uma bola mandada na trave de Gledson por Raí.

Veio o segundo tempo e, quando todos esperavam uma maior pressão da equipe coral, o castigo pelos gols perdidos veio logo aos 12 minutos. O meia Washington, um dos melhores em campo, cobrou falta de longe e surpreendeu o goleiro Glédson. No mesmo momento, o Potiguar vencia o Central por 1 x 0 - o que garantia a classificação coral. A situação ficou ainda mais tranqüila quando, aos 28 minutos, Edmundo cobrou um pênalti sofrido por Rafael Mineiro deixando tudo igual no placar. Já em Mossoró, o Potiguar vencia aPatativa por 3 x 0 e ficava na torcida por mais dois gols do Campinense para chegar à classificação. Gols que não saíram para a alegria da torcida coral, que vê o Santa Cruz dando o primeiro passo rumo à Série B.

Santa Cruz 1

Pantera; Fábio, Jadson, Ricardo Oliveira e Raí; Charles Wagner, Fabiano Silva (Mossoró), Elvis (Barata) e Washington; Marabá e Paulinho Macaíba (Jean).

Técnico: Bagé

Campinense 1

Pantera; Fábio, Jadson, Ricardo Oliveira e Raí; Charles Wagner, Fabiano Silva (Mossoró), Elvis (Barata) e Washington; Marabá e Paulinho Macaíba (Jean).

Técnico: Freitas Nascimento

Local: Estádio do Arruda. Árbitro: Antônio Hora Filho (SE). Assistentes: Elan Vieira de Souza (PE) e João Marcelo Leite (PE). Cartão amarelo: Stanley e Marcos Vinícius (SC) e Raí, Charles Vágner e Fabiano Silva (C). Renda e público: não divulgados

Minuto a minuto
1º tempo

3 minutos - Edmundo é cercado na área por Jadson e cai. O atacante pede pênalti, mas o árbitro Antônio Hora Filho não marca.

5 minutos - Edmundo recebe de Alexandre e, na hora do chute, se atrapalha com o Marcos Vinícius. Pantera faz a defesa.

7 minutos - Alexandre falha na saída de bola e Washington lança Marabá. O atacante chuta e Gledson faz boa defesa.

13 minutos - Cléo recebe belo lançamento de Alexandre, faz boa jogada individual, entra na área e chuta para fora.

17 minutos - Edmundo tabela com Alexandre, que toca para Juninho. O meia, livre na marca do pênalti, chuta rasteiro, para fora.

25 minutos - O Campinense entra com três jogadores livres de marcação em um contra-ataque e o bandeirinha, de forma errada, marca impedimento no lance.

30 minutos - Gedeil arrisca de longe, com perigo.

31 minutos - Cléo recebe na área, domina e chuta. Ricardo Oliveira evita o gol e, no rebote, Patrick manda a bola em cima da defesa.

34 minutos - Juninho cobra escanteio, Patrick cabeceia e Pantera defende. No rebote, Edmundo chuta em cima da defesa.

35 minutos - Marabá cruza e Raí, livre, manda a bola no travessão.

40 minutos - Patrick recebe lançamento e cai na área após dividida com Pantera. O árbitro novamente não vê pênalti no lance.

2º tempo

12 minutos - Washington cobra falta da intermediária e Gledson aceita: 1 x 0 Campinense.

15 minutos - Miller entra em lugar de Patrick.

21 minutos - Gadeil sai para a entrada de Bruno.

23 minutos - Miller faz jogada individual pelo meio e chuta forte, com perigo.

27 minutos - Rafael Mineiro entra na área pela direita e, marcado por Raí, cai na área. O árbitro Antônio Hora Filho marca pênalti.

28 minutos - Edmundo cobra o pênalti e empata a partida.

32 minutos - Miller recebe na entrada da área e chuta. A bola raspa a trave esquerda de Pantera.

35 minutos - Marabá entra livre e tenta encobrir Gledson. A bola vai saindo e, mesmo sem ângulo, Washington bate para o gol. A bola vai para a lateral.

Atuações

SANTA CRUZ

Gledson - Pecou no posicionamento e acabou tomando um gol de falta de muito longe. Mas fez boas defesas e, de um modo geral, não comprometeu - 6

Rafael Mineiro - A sua principal característica é o apoio ao ataque. Porém, ele não viu espaços para isso e acabou ajudando mais na marcação - 6

Gonçalves - Entre os zagueiros, foi o que melhor atuou - 5,5

Stanley - Não vinha jogando e pareceu sem ritmo - 4

Marcos Vinícius - É lateral-direito. Na esquerda, não consegue desenvolver um bom futebol - 3,5

Alexandre Oliveira - Fez algumas boas jogadas pelo meio, mas pareceu afobado em alguns momentos do jogo - 6

Gedeil - Precisa jogar com um pouco mais de agilidade. Se mostrou lento em lances de marcação - 4,5

(Bruno) - Jogou pouco mais de vinte minutos e deu mais dinâmica ao meio campo - 5

Cléo - Alguns lanpejos de bom futebol e chances claras perdidas - 5,5

(Garrinchinha) - Entrou no final - sem nota

Juninho - É uma espécie de termômetro do time. Com muita responsabilidade, acabou não rendendo tudoque sabe - 6

Patrick - Muita força e pouca técnica. Chega bem na área, mas na hora do passe e dos cruzamentos é uma lástima - 5

(Miller) - Entrou bem e levou o time à frente com mais qualidade - 6

Edmundo - É o mais lúcido no ataque. Fez boas jogadas e, de pênalti, marcou o gol de empate coral - 7

Técnico: Bagé - O seu mérito foi tornar a equipe mais aguerrida em campo. Chegou em um momento complicado para substituir Fito Neves e conseguiu a classificação coral - 7

CAMPINENSE

O Campinense é uma equipe muito bem montada pelo técnico Freitas Nascimento. O destaque é, sem dúvida, o meia Washington que, além de mostrar um bom futebol, fez um belo gol de falta da intermediária. O lateral-esquerdo Raí e o atacante Paulinho Macaíba também se movimentaram muito bem durante a partida - 5,5

Palavra do professor

"Jogamos usando o regulamento, principalmente no segundo tempo, quando já sabíamos o resultado da outra partida. Mesmo assim, tivemos chance de vencer, poderíamos ter feito gols. Mas o Campinense também é uma equipe de muita qualidade. Sabíamos que teríamos grandes dificuldades contra eles".

Bagé, técnico do Santa Cruz

Árbitro

Apesar de demonstrar muita calma, o árbitro sergipano Antônio Hora Filho não fez uma boa arbitragem. Lento, apitou de longe e, em alguns lances, teve a sua visão comprometida por causa disso. Deixou de marcar dois pênaltis para o Santa Cruz, no primeiro tempo, e, no segundo, marcou um para a equipe coral bastante duvidoso de Raí em cima de Rafael Mineiro. Se não bastasse, economizou nos cartões e não coibiu a violência como deveria. No geral, todo o trio deixou a desejar.
"Não sou mágico" Técnico Bagé se defendeu dos xingamentos feitos por grupo de torcedores

Logo após o confronto de ontem com o Campinense, enquanto os jogadores e a maioria da torcida coral comemorava, mesmo que discretamente, a classificação, o técnico Bagé acabou discutindo com alguns tricolores que estavam na arquibancada, perto do banco de reservas. "O torcedor tem que ajudar um pouco, mas vêm alguns mal-humorados aqui e passam o jogo inteiro reclamando e xingando. Peguei o time há uma semana e meia, não sou mágico", disse, ainda no gramado.

Depois, na entrevista coletiva, Bagé fez questão de esclarecer que estava se referindo a um pequeno grupo, e não à torcida do Santa Cruz, que só recebeu elogios. "(As queixas) Foram para algumas pessoas, que são as mesmas que estavam lá em Caruaru, semana passada. O jogo acabou e eles ficam vaiando? Tem que torcer. Torcida feito a do Santa Cruz você não encontra nem na primeira divisão".

Na entrevista, ele confirmou que foi procurado pelo Gama-DF, que está perdendo seu técnico, Roberto Cavalo. Mas afirmou que pretende continuar no Arruda. "Tenho contrato com o Santa Cruz e quero cumprí-lo. Estou bem aqui. O que vejo (no Santa) é um clube com boa estrutura de treinamento, condições de trabalho excelente. Tudo que pedi, até agora, deram", justificou.

Alerta - Entre os atletas, a sensação era de dever cumprido após garantir a classificação. Mas também de alerta, para que na segunda fase não se repitam os erros da primeira. "Pegamos uma chave difícil, mas com esta semana que teremos para trabalhar, poderemos corrigir os problemas e entrar mais fortes a partir de agora", disse o lateral-direito Rafael Mineiro.

A satisfação com a conquista da vaga também substituiu a sensação de vitória que acabou faltando ontem. "Queríamos vencer, claro, mas não deu, porque também pegamos uma boa equipe. Valeu pela determinação, porque também criamos boas chances de gol e poderíamos ter saído com um resultado melhor".

Um velho conhecido

O zagueiro Sandro deve ser anunciado hoje como o novo reforço do Santa Cruz para a disputa da Série C. O jogador, que esteve ontem no Arruda para assistir ao jogo com o Campinense, está negociando com os dirigentes do futebol coral, que alegam depender apenas do aval do treinador Bagé para efetivar uma proposta. Como na entrevista coletiva após a partida de ontem o técnico não poupou elogios ao atleta, Sandro tem tudo para ter sua contratação confirmada.

O veterano jogador, de 35 anos, começou a carreira no Sport, na metade da década de 90, e brilhou como capitão da equipe com apenas 22 anos. Em seguida, transferiu-se para o Santos e acabou sendo negociado com o Botafogo, onde também se tornaria ídolo. Lá, viveu momentos ruins, como a queda para a Série B, em 2002, mas também conseguiu o retorno à primeirona no ano seguinte.

Sandro disputou a Série B do ano passado pelo Vitória-BA, ajudando a equipe a conquistar o acesso à primeira divisão. Em março deste ano, transferiu-se para o Treze-PB, mas não conseguiuevitar que o time terminasse eliminado na primeira fase da Série C. "Se nosso treinador achar que Sandro se encaixa no elenco, faremos uma proposta para ele. É um jogador que se cuida, que tem boa liderança", comentou Constantino Júnior, diretor de futebol do Santa, negando o interesse no meia Chiquinho, ex-Sport.

A mais recente contratação tricolor, o lateral-esquerdo Camilo, está sendo esperado hoje no Arruda, para iniciar os treinamentos. O jogador tem 26 anos e vem do Sousa-PB. O restante do elenco, por sua vez, recebe folga e só deve retornar às atividades normais amanhã à tarde, para iniciar a preparação visando ao confronto com o Salgueiro, no próximo domingo.

Inimigos íntimos

Na próxima fase da terceira divisão, o Santa terá rivais conhecidos do técnico Bagé: Salgueiro, Icasa e Campinense

Apenas velhos conhecidos estão no caminho do Santa Cruz na segunda fase da Série C. Dois deles, o Salgueiro-PE e o Icasa-CE, já foram treinados este ano por Bagé, atual comandante coral. Sem falar que o time sertanejo também disputou o Pernambucano. O terceiro, o Campinense-PB, enfrentou o Tricolor duas vezes na primeira etapa da Terceirona.

A segunda fase é disputada no mesmo sistema da primeira, com os quatro times se enfrentando em jogos de ida e volta. Apenas os dois primeiros colocados se classificam para a terceira fase da competição. Nesta próxima etapa, vão cruzar com as equipes que hoje formam hoje o grupo 20, com o Asa-AL, Confiança-SE, Vitória da Conquista-BA e Sergipe-SE.

Além de manter vivo o sonho de voltar à Série B, uma vaga na disputa da terceira fase garante também a fuga do temido rebaixamento para a Série D, que será criada no próximo ano. Apenas os 20 primeiros colocados na Terceirona deste ano continuarão na mesma divisão em 2009, sendo os 16 classificados para a terceira fase mais os quatro de melhor campanha entre os que não conseguiram passar.

Adversários

Salgueiro - ao lado do Icasa, disputou com sobras a primeira fase. Terminou a etapa invicto, com três vitórias e três empates, e foi líder com 12 pontos. Um dos destaques da equipe é o ex-meio-campista do Tricolor pernambucano, Élvis, que marcou dois gols até agora.

Icasa - Só perdeu no último jogo, ontem, contra o Santa Cruz-RN, porque já estava com a classificação garantida no grupo seis. Tem sido mais perigoso fora de casa, onde ganhou duas e empatou uma. Em seus domínios, não passou de uma vitória, um empate e uma derrota.

Campinense - O Santa Cruz já conhece sua força da primeira fase, já que perdeu na estréia, em Campina Grande, e empatou em 1 x 1 no Arruda. Classificou-se com uma rodada de antecipação. Além do habilidoso meia Washington, tem entre seus destaques o atacante Paulinho Macaíba, que já marcou três gols nesta Série C.

Jogos do Santa Cruz na 2ª fase

Santa Cruz x Salgueiro 03/08

Campinense x Santa Cruz 06/08

Santa Cruz x Icasa 10/08

Icasa x Santa Cruz 17/08

Santa Cruz x Campinense 20/08

Salgueiro x Santa Cruz 24/08