segunda-feira, 14 de julho de 2008

Fito Neves reclama da postura do time no último jogo e cobra dedicação


Classificar-se para a segunda fase da série C ficou mais difícil para o Santa Cruz depois da derrota de 3x0, no domingo (13), para o Potiguar. Em um jogo apático, o time não conseguiu ameaçar o adversário em nenhum momento, fato que deixou o técnico Fito Neves irritado.

“Faltou dedicação na partida. O time se desarrumou depois que levou o primeiro gol e isso não pode acontecer. É preciso ter frieza em alguns momentos”, criticou. A revolta de Fito tem uma explicação matemática. Com apenas três pontos e três jogos por fazer, o Santa passou a ter a obrigação de vencer o próximo jogo para ter a chance de avançar à próxima fase sem depender de outros resultados.

“Do jeito que o time jogou, não poderia nem cogitar um empate. A derrota de 3x0 ficou de bom tamanho para o que não mostramos”, completou o irritado treinador. O capitão do time, Alexandre Oliveira, também avaliou como péssima a postura do time.

“O nosso desempenho não refletiu a força da torcida. Não podemos jogar desta forma. Fomos mal e apáticos e eu me incluo nesse meio” apontou Oliveira. “Só posso prometer ao torcedor que na próxima partida não vai faltar entrega e com certeza vamos vencer”, garantiu.

O próximo jogo do Santa é no domingo (20), no Arruda, contra o mesmo Potiguar. O tricolor está na terceira posição, enquanto o adversário é o segundo, com quatro pontos. Trata-se de um jogo decisivo, para ambos.

da Redação do pe360graus.com

Contusão do goleiro Glédson não é grave


A torcida do Santa Cruz pode ficar tranqüila, pois o goleiro titular Glédson estará apto para o confronto contra o Potiguar, no próximo domingo, às 16h, no Arruda. O jogador saiu no intervalo da partida do último domingo, contra o mesmo Potiguar, reclamando de dores fortes no pé. Ele foi substituído por Jaílson.

De acordo com o Departamento Médico do Santa Cruz, o jogador está com o pé inchado devido a uma travada muito forte com o atacante Marcelo Dias, porém não é nada demais e ele deve voltar aos trabalhos na terça ou quarta. Além disso, Glédson terá toda a segunda-feira para ficar se tratando, pois o técnico Fito Neves deu folga aos jogadores nos dois expedientes.

Da Redação do PERNAMBUCO.COM

Fito Neves está na corda bamba no Santa Cruz


Não é apenas o Náutico que deve ter um novo treinador nesta semana. O Santa Cruz também não deve permanecer com o técnico Fito Neves para o resto da disputa da Série C do Campeonato Brasileiro. Parte da direção tricolor estaria insatisfeita com o rendimento da equipe contra o Potiguar e o Campinense. Ninguém do colegiado coral confirma a informação.

Apesar de ninguém confirmar nada, alguns nomes já começam a surgir nos corredores do José do Rêgo Maciel. O primeiro deles é o de Sérgio Soares, que fez duas campanhas muito boas com o Marília na Série B. Outro a ser especulado é Bagé, que está fazendo uma boa campanha com o Icasa.

Da Redação do PERNAMBUCO.COM

Charge - Folha de Pernambuco

Santa perde e cai para terceiro


Tricolores jogaram com tamanha apatia que ouviram várias vezes o “olé” gritado pela torcida adversária. Acabou levando três gols

Marcelo Sá Barreto
mhenrique@jc.com.br


MOSSORÓ – Esqueça o dedicado Santa Cruz que venceu o Central, por 3x0, na segunda rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, no Arruda. Ontem, diante do veloz Potiguar, no Estádio Leonardo Nogueira (Nogueirão), em Mossoró-RN, os tricolores se apequenaram, quando a torcida esperava assistir ao mesmo esquadrão destemido, em busca de sua volta à Série B. O resultado para tamanha apatia foi a derrota para os donos da casa. Se Juninho e Edmundo, em duas oportunidades claras, isolaram seus arremates, Bigu, Paulo Rangel e Marcelo Dias estufaram as redes para a alegria mossoroense.

Com a segunda derrota na Série C, os tricolores descem para a terceira posição, com três pontos. O líder é o Campinense, com sete. O vice é o Potiguar, com quatro, e o lanterninha, o Central, soma dois. O próximo encontro dos tricolores é no Mundão, novamente contra o time de Mossoró, dia 20.

Na Série C, geralmente é assim: os campos são ruins, duros e com areia para disfarçar as incorreções. Um adversário a mais para os visitantes. E o Santa Cruz sentiu na pele as condições precárias da cancha. O Potiguar, por outro lado, conhecia cada atalho do gramado. Até os 20 minutos, no entanto, o panorama era de igualdade.

O Santa Cruz tinha boa saída com Alexandre Oliveira, mas pouco conseguia criar na intermediária ofensiva. Bem marcado e jogando de costas para o gol, Juninho era facilmente desarmado. Por tabela, isolava os atacantes Edmundo e Patrick.

Após a metade da etapa inicial, a marcação do Santa Cruz se desmontou e o rápido time de Mossoró começou a acreditar no resultado positivo. Sem ter quem segurasse a bola na frente, a zaga coral passou a sofrer com as investidas dos potiguares. O gol era uma questão de tempo. Aos 27 minutos, Bigu tocou para Max e recebeu livre, na frente da meta. Só fez deslocar Gledson, abrindo o placar. O Santa Cruz se descontrolou e passou a receber pressão de toda ordem: cruzamentos na área, jogadas pelas laterais que por muito pouco não se transformaram em gols.

O técnico Fito Neves descartou mudanças no início da etapa final. Trouxe Juninho mais para o meio, para ganhar na saída de bola. O Potiguar, com o zagueiro Ricardo no lugar de Aroldo, se reforçou e passou a marcar o Santa Cruz no seu campo de defesa, aumentando o volume de jogo e sufocando as principais ações dos tricolores.

Sem criatividade, mesmo com a entrada de Rafael Oliveira no lugar de Ribinha, e com os mesmos defeitos da etapa inicial, cedeu espaços ao ponto de o Potiguar alugar o meio-de-campo. Sem posse de bola, os tricolores foram facilmente dominados. Na primeira jogada em velocidade, dentro da área, Esquerdinha derrubou Marcelo Dias. Pênalti cobrado com perfeição, por Paulo Rangel. Logo depois, Éverton lançou Marcelo Dias, no meio da defesa, e ele fuzilou: 3x0.

Atordoado, o Santa Cruz ficou mais exposto e sujeito a novas investidas. A apatia coral era tão nítida, que já aos 22 minutos, ecoavam gritos de “olé” por todo estádio. O Potiguar recuou para definir o confronto nos contra-ataques. Desorganizadamente, o tricolor lutava para diminuir a distância no placar. Perto do fim, as duas equipes pareciam satisfeitas com o resultado, deixando o jogo sonolento e sem competitividade.

Time aposta fichas nos jogos em casa


Faltou o algo a mais aos tricolores, segundo os próprios jogadores, ontem, após a derrota para o Potiguar. Eles destacaram a apatia generalizada diante do time da casa. O técnico Fito Neves, visivelmente chateado, também foi coerente, evitando dar desculpas. Doídos por causa da derrota, elenco e comissão técnica procuraram apostar todas as fichas nas partidas que terão no Arruda, contra o Potiguar e Campinense, nas próximas rodadas.

Com nove pontos, em caso de dois triunfos, os atletas teriam ainda de correr atrás de um empate contra o Central, no último embate da primeira fase, em Caruaru, para seguir na competição.

Para o treinador, as duas chances desperdiçadas por Juninho e Edmundo, no primeiro tempo, também foram determinantes para a derrota. Ele ainda criticou a postura defensiva do seu time. “Às vezes você pede as coisas aos jogadores e eles não fazem”, apontou. “Mas num todo, não dá para enganar, não merecíamos sequer o empate”, afirmou Fito.

O meia Juninho foi explícito. Segundo ele, o time foi disperso e mereceu a derrota. “Fizemos pouco. Vencemos o Central por 3x0 e pensamos que poderíamos vencer fácil, aqui. Não jogamos com a mesma pegada e eles nos venceram”, afirmou.

Desta vez, tricolores foram em paz


Ao contrário das cenas de violência vistas em Campina Grande-PB, quando torcedores da Inferno Coral trocaram socos e pontapés com a polícia, em Mossoró tudo ocorreu com tranqüilidade. Desde as 7h de ontem, policiais fizeram uma barreira na entrada da cidade, abordando ônibus com o intuito de encontrar armas e fogos de artifício. Nada foi encontrado. Além da Inferno, as torcidas Blog do Santinha, Turma da Tesoura e Mulheres que Amam o Santa Cruz Eternamente acompanharam a equipe em mais um jogo da Série C.

“Ficamos felizes por não termos registrado nada demais nas ações, podendo levar segurança às pessoas daqui e aos pernambucanos que queriam assistir à partida”, afirmou o tenente Emerson, da PM potiguar.

Ao todo, dez ônibus vieram de Pernambuco para acompanhar o Santa Cruz. Componente de uma das torcidas organizadas, Ana Maria Tenório é daquelas que se enfeitam da cabeça aos pés de vermelho, preto e branco. Do relógio ao colar. Ela concordou que o clima para o jogo contra o Potiguar estava ameno, diferentemente de quando esteve em Capina Grande. “Aqui tudo foi tranqüilo. Da viagem à vinda para o estádio”, esclareceu.

Apático


Longe do Arruda, Santa Cruz é facilmente batido pelo Potiguar, que assumiu a segunda colocação do grupo

O Santa Cruz perdeu o jogo de ontem e a segunda colocação no grupo 5 da Série C do Campeonato Brasileiro para o Potiguar. Apáticos no ataque e confusos na marcação, os tricolores foram derrotados por 3 x 0 pelo time de Mossoró, que com isso chegou aos quatro pontos e deixou a equipe pernambucana com três, em terceiro. O resultado transforma a partida entre as duas equipes no próximo domingo, no Arruda, em uma questão de vida ou morte.

A vitória sobre o Central, quarta-feira passada, havia deixado a esperança de que o Santa estivesse começando a se acertar. Puro engano. Longe do Arruda, o time foi totalmente diferente. Desde o início da partida, a equipe mostrou dificuldades em superar a boa marcação do Potiguar, que deu pouco espaço para o meia Juninho e o atacante Edmundo. O time da casa tinha homens de frente rápidos e habilidosos, sabendo fazer uso disso, principalmente nos contra-ataques.

Por isso, apesar de equilibrado no número de chances para cada lado, o primeiro tempo teve um certo domínio do Potiguar, que mostrava mais qualidade no toque de bola. A defesa do Santa estava particularmente frágil por seu lado direito, incapaz de conter as investidas do adversário.

Foi por esse lado que saiu o gol do lateral-esquerdo Bigu, aos 27 minutos. Ele recebeu a bola, avançou e, sem ser incomodado pela marcação, chutou forte, no canto esquerdo, abrindo o placar. O Santa procurou reagir e até criou algumas oportunidades, mas também faltou qualidade na finalização.

O segundo tempo, então, foi um pesadelo para o Santa. O lado esquerdo da defesa coral era a alegria dos atacantes adversários. Foi por lá que saíram os dois últimos gols. O primeiro, em cobrança de pênalti, cometido por Leandro Biton em Marcelo Dias. O zagueiro ficou no mano a mano com o adversário dentro da área e não viu outra alternativa a não ser segurá-lo. Paulo Rangel bateu bem e fez, aos 14 minutos.

O terceiro gol saiu quatro minutos depois, novamente com uma subida de Marcelo Dias pelo lado direito. Ele teve calma para marcar na saída de Gledson. Depois disso, o jogo ficou morno, como se as duas equipes estivessem já conformadas com aquele placar. O árbitro ainda deu três minutos de acréscimo, apenas devido às substituições. O apito final acabou sendo um alívio para os jogadores e a torcida.

Potiguar-RN 3
Mondragon; André Borges, Paulão, Lúcio e Bigu; Haroldo (Ricardo Brás), Max, Everton e Diogo; Marcelo Dias (Canindé) e Paulo Rangel (Vasconcelos). Técnico: Miluir Macedo

Santa Cruz 0
Gledson (Jaílton); Marcos Vinícus, Gonçalves, Leandro Biton e Esquerdinha (Neílton); Garrinchinha, Alexandre, Ribinha (Rafael Oliveira) e Juninho; Edmundo e Patrick. Técnico: Fito Neves

Local: Estádio Leonardo Nogueira (Nogueirão), em Mossoró. Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA). Assistentes: Luiz Carlos Câmara Bezerra (RN) e José da Silva Sobrinho (RN). Gols: Bigu (P), aos 27min do 1º tempo; Paulo Rangel (pênalti), aos 14min e Marcelo Dias, aos 18min do 2º tempo. Cartões amarelos: Lúcio, Marcelo Dias, Paulo Rangel e Bigu (P); Patrick e Leandro Biton (SC). Público: 2.726. Renda: R$ 14.570.

Minuto a minuto

Primeiro tempo

6 minutos - O atacante Marcelo Dias, do Potiguar, faz boa jogada pela ponta direita e cruza com perigo. O goleiro Gledson sai bem do gol e faz a defesa.

7 minutos - Edmundo recebe lançamento, entra livre na área adversária, mas escorrega na hora do chute e o arremate sai fraco.

12 minutos - Em cobrança de falta pela esquerda, Juninho leva perigo ao gol do Potiguar. Mondragon afasta no susto.

20 minutos - O meia Diogo recebe de Paulo Rangel pela esquerda e penetra na área do Santa Cruz. O chute obriga Gledson a fazer uma bela defesa.

25 minutos - Patrick recebe lançamento de Juninho e avança pela direita. O chute, cruzado, vai para fora.

27 minutos - Gol do Potiguar. Bigu recebe passe na entrada da área. A conclusão, forte, vai no canto direito, sem defesa para Gledson.

32 minutos - Em cobrança de falta frontal, quase da zona intermediária, Juninho quase empata o jogo. Mondragon esticou-se para fazer uma boa defesa.

42 minutos - Alexandre cobra falta pela esquerda. Mondragon defende e, na sobra,Juninho chuta por cima do gol.

46 minutos - Gledson evita o segundo gol, defendendo uma cabeçada de Diogo após cobrança de escanteio do Potiguar.

Segundo tempo

13 minutos - Leandro Biton derruba Marcelo Dias dentro da área do Tricolor. O árbitro marca pênalti.

14 minutos - Gol do Potiguar. Paulo Rangel bate com categoria, no canto direito, à meia altura, e aumenta a vantagem.

18 minutos - Gol do Potiguar. Marcelo Dias recebe lançamento do meio-campista Everton pela direita do ataque do Potiguar, invade a área do adversário e chuta de bico, sem defesa para Gledson.

45 minutos - Juninho fez grande jogada pela esquerda, superando a defesa do Potiguar, e chutou forte. A bola passou perto da trave.

Atuações

Santa Cruz

Gledson - Fez excelentes defesas no primeiro tempo, evitando que o placar fosse ainda mais dilatado. Os gols não saíram por falhas suas. 5

Marcos Vinícus - Era por seu setor que o Potiguar criava suas principais jogadas, especialmente no primeiro tempo. 3,5

Gonçalves - Instável. 4

Leandro Biton - Inseguro como toda a defesa tricolor, ainda teve o papel de fazer o pênalti e ajudar a ampliar a vantagem do adversário. 4

Esquerdinha - Foi o melhor da defesa no primeiro tempo, mas caiu depois do intervalo, quando seu lado se tornou a mina de ouro do Potiguar. 3,5

(Neílton) - Entrou para consertar o lado esquerdo da defesa tricolor. Mas o placar já estava 3 x 0 naquele momento. 5

Garrinchinha - Apático como todo o meio-de-campo tricolor. 4,5

Alexandre Oliveira - No mesmo nível do outro volante do Santa. 4,5

Ribinha - Em alguns momentos, nem parecia que ele estava em campo. Foi substituído no início do segundo tempo. 3

(Rafael Oliveira) - Entrou quando o jogo já estava praticamente definido e nada pôde fazer. 5

Juninho - Estava muito marcado. Mesmo assim, conseguiu criar boas oportunidades para sua equipe, em lançamentos para os atacantes e nas cobranças de falta. 5,5

Edmundo - O veterano atacante conseguiu mostrar sua qualidade em alguns raros momentos. Mas foi muito pouco. 5

Patric - Muita força e vigor físico, mas não é disso que o ataque do Santa Cruz está precisando neste momento. 4

Fito Neves - Sem justificativa, mexeu no setor da equipe que havia sido um destaque contra o Central, na última quarta-feira: o meio-de-campo. A saída de Rafael Oliveira para dar lugar a Ribinha enfraqueceu o futebol dos tricolores, especialmente na criação das jogadas. Quando corrigiu o problema, já estava 2 x 0 e era tarde demais. 4,5

Potiguar

O time preparou-se corretamente para enfrentar o Santa Cruz. Sua marcação deu trabalho aos principais jogadores do time pernambucano, como o meia Juninho e o atacante Edmundo. No ataque, o meia Diogo e o atacante Paulo Rangel mostraram qualidade, levando perigo ao goladversário em vários momentos.

Palavra do professor

A gente não jogou bem também devido ao desgaste provocado pelo jogo de quarta-feira passada. O campo estava pesado naquele dia e tivemos muito pouco tempo para a recuperação. Mas isso não serve como desculpa no futebol. A equipe não entrou ligada na partida. Começamos o jogo com Ribinha porque ele já tinha feito essa função com Edmundo, no futebol paraibano, e Rafael Oliveira é um jogador mais lento que ele.

Fito Neves

Árbitro

O baiano Arilson Bispo da Anunciação acertou ao marcar o pênalti cometido por Leandro Biton em Marcelo Dias. De resto, poucas decisões da arbitragem tiveram grande influência no resultado final da partida. Na parte disciplinar, o jogo foi tranqüilo, e acabou com apenas seis atletas punidos com o cartão amarelo, sendo quatro do Potiguar e dois do Santa Cruz, todos por faltas duras.

"Temos que ter vergonha na cara"

Declaração do volante e capitão Alexandre Oliveira é compartilhada pelos atletas corais sobre atuação do time

Nada de desculpas ou reclamações após o segundo revés sofrido pelos tricolores na Série C. Os jogadores do Santa Cruz assumiram a culpa pelo resultado. Eles mesmos se declararam surpresos com a atuação da equipe diante do time de Mossoró. "Não sei como fizemos um jogo tão bom quarta-feira passada (contra o Central) e hoje (ontem) jogamos desse jeito", questionou-se o meio-campista Alexandre, o mais severo nas auto-críticas feitas pelo elenco coral ontem.

"Temos que ter vergonha na cara e assumir. A culpa foi do time inteiro. Quando perde um, perdem todos. Foi muito pouco o que fizemos contra o Potiguar para uma equipe que pretender chegar longe em uma competição", detonou Alexandre, em uma opinião que encontrou eco em praticamente todo o grupo. "Nossa equipe não mereceu ganhar desta vez. Entramos apáticos desde o começo da partida", observou o lateral-direito Marcus Vinícius.

Agora, o Santa terá uma semana para consertar os erros apresentados ontem e tentar a volta para zona de classificação para a segunda fase da Terceirona. O próximo adversário, domingo que vem, é o próprio Potiguar, mas desta vez no Arruda, onde o time já mostrou que tem outra postura, mais vibrante e competitivo. Os dois estão na briga direta pela segunda colocação no grupo cinco. O Santa tem três pontos e os potiguares, agora, quatro.

Em seguida, o Santa vai a Caruaru, enfrentar o Central, e encerra sua participação na primeira etapa da competição contra o líder Campinense, novamente no Arruda. Apenas os dois primeiros colocados do grupo conseguem a classificação para a segunda fase e continuam sonhando com o acesso à Série B. "Precisamos agora levantar a cabeça, esquecer esse resultado e tentar a vitória de qualquer jeito no próximo domingo, novamente contra o Potiguar", disse o volante Garrinchinha.

Santa Cruz joga mal e é goleado

Cesar Alves/Jornal de Foto



Com uma atuação irreconhecível, Tricolor toma de 3x0 do Potiguar, em Mossoró
Derrota foi péssima porque deixou a equipe coral na terceira posição, fora da zona de classificação
GUSTAVO LUCCHESI

Alerta vermelho acionado nas Repúblicas Independentes do Arruda. Empolgado após conquistar a primeira vitória no Brasileirão da Série C, diante do Central, em casa, o Santa Cruz foi até Mossoró com a missão de conseguir um bom resultado e permanecer na zona de classificação para a segunda fase, porém, a equipe coral acabou humilhada, ontem, pelo fraco time do Potiguar/RN, sendo goleada por 3x0, no Nogueirão. Por conta da derrota, o Tricolor caiu para a terceira posição do Grupo 5, com três pontos ganhos, saiu da área de acesso à fase seguinte e já começa a sentir o pesadelo da Série D batendo a sua porta. Servindo de alento para os tricolores, dos três próximos jogos restantes na primeira fase da Terceirona, o Mais Querido joga dois dentro de casa, sendo a primeira já neste domingo (20), novamente diante Potiguar, desta vez, no Arruda.

Aparentando não saber de toda essa situação preocupante que vive, a equipe tricolor parecia ter se esquecido de entrar em campo ontem, ao ponto de assistir e aceitar com naturalidade uma goleada para um time limitado, que sequer tinha vencido nesta Série C. A começar pela escolha do treinador coral, Fito Neves, que preferiu não repetir a mesma escalação que goleou a Patativa e optou pela entrada de Ribinha na meia, ao lado de Juninho, sacando Rafael Oliveira.

A mudança até pareceu surtir efeito, quando logo aos sete minutos do primeiro tempo, Edmundo recebeu lançamento e ficou cara a cara com Mondragon, porém o “Animal do Arruda” não aproveitou a chance e chutou fraco para a defesa do arqueiro. Aos 25 minutos, Patrick fez boa jogada e chutou cruzado, mas ninguém aproveitou o lance. A partir daí, estava decretado o fim do futebol coral no dia. Parecendo já saber disso, dois minutos depois, o Potiguar abriu o placar com Bigu, que tabelou na meia-lua, recebeu na frente e chutou forte, sem chances para Glédson.

Na segunda etapa, o Santa voltou sem alterações, tanto na escalação quanto na atitude. Parecendo administrar uma vantagem inexistente, os pernambucanos continuavam apáticos. A situação piorou aos 14 minutos, quando Leandro Biton cometeu pênalti. Paulo Rangel bateu com categoria e ampliou o placar. Cinco minutos depois, o estreante Marcelo Dias recebeu lançamento, entrou com tranqüilidade na área e chutou rasteiro para decretar o resultado final. Após o término do jogo, o capitão coral, Alexandre Oliveira, definiu bem a atuação do Mais Querido. “Entramos apáticos e sem vibração, e eu me incluo nesse meio. Temos que ter vergonha na cara e respeitar nossa linda torcida, que nunca nos abandonou”, declarou Oliveira.

Potiguar/RN 3
Mondragon; André Borges, Lúcio, Paulão e Bigu; Adriano, Haroldo (Ricardo Braz), Max e Diogo; Marcelo Dias e Paulo Rangel
Técnico: Miluir Macedo

Santa Cruz 0
Glédson (Jaílson); Marcos Vinícius, Gonçalves, Leandro Biton e Esquerdinha (Neílton); Alexandre Oliveira, Garrinchinha, Ribinha (Rafael Oliveira) e Juninho; Patrick e Edmundo
Técnico: Fito Neves

Local: Nogueirão (em Mossoró, Rio Grande do Norte)
Árbitro: Arílson Bispo da Anunciação (BA)
Assistentes: Luiz Carlos Bezerra e José da Silva Sobrinho (ambos de RN)
Gols: Bigu (aos 27 do 1ºT), Paulo Rangel (aos 14 do 2ºT) e Marcelo Dias (aos 19 do 2ºT)
Cartões amarelos: Lúcio, Paulo Rangel e Bigu (Potiguar). Patrick e Leandro Biton (Santa)
Público: 2.726
Renda : 14.570