terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Torcedores lotam missa em homenagem ao Santa Cruz


Mesmo em uma fase não muito boa, torcedor que é torcedor não abandona o time. Prova disso foi a multidão de tricolores que compareceram hoje à missa de ação de graças dos 95 anos de fundação do Santa Cruz. Vestindo orgulhosos a camisa do tricolor, os torcedores levaram bandeiras e faixas para a igreja do Pátio de Santa Cruz, na Boa Vista. O local não foi escolhido por acaso: foi naquele pátio que garotos que jogavam pelada ali mesmo resolveram fundar o Santa Cruz Futebol Clube no dia 3 de fevereiro de 1914.

O clube não demorou muito para conquistar torcedores. Sócio patrimonial desde 1955, Luiz Lira, de 70 anos, tem uma vida toda ligada ao tricolor. “Sou torcedor desde os 12 anos. O clube é a minha família”, conta o torcedor que não abandonou o time Coral nem mesmo quando ele caiu para a série D. “Acompanhei todos os jogos da Série C, viajando pelo Nordeste para ver o time jogar”, lembra.

E a paixão pelo futebol não tem idade. Torcedor coral desde o três anos, Fábio França Magalhães, de 33 anos, já conseguiu que o filho de apenas três meses seja “tricolor roxo”. “Ele só dorme ouvindo o hino Coral”, conta o pai, que já comprou camisa, boné e roupa de cama para o filho em vermelho, preto e branco.

Além da missa de ação de graças, a comemoração do aniversário do time conta também com uma sessão solene do Conselho Deliberativo na sede social do clube, marcada para às 19h, seguida por um coquetel.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR com informações do repórter Edilson Segundo

Adilson deve ser liberado para jogar contra Serrano


Fonte: GloboEsporte.com

O lateral-esquerdo Adilson recebeu uma boa notícia do departamento médico do Santa Cruz. Apesar de ter sentido a musculatura da coxa esquerda, exames realizados pelo jogador nesta terça-feira (03) não revelaram gravidade. Ele ficará em observação para que seja verificado se tem condições de voltar ao time.

O zagueiro Daniel não teve tanta sorte. O atleta, que ainda não estreou, apresentou uma lesão no músculo adutor, também da coxa esquerda, e deverá ficar afastado pelo menos dez dias.

Éder é mais um que está sendo tratado pelo DM e pode ser liberado em breve. O volante vem se recuperando de uma lesão no joelho sofrida durante o jogo contra o Ypiranga, pelo Campeonato Pernambucano.

Da Redação do pe360graus.com

Jogadores do Santa Cruz comemoram aniversário de 95 anos do clube


Quem é Santa Cruz de corpo e alma pode comemorar. Nesta terça-feira (3), o clube completa 95 anos. O clima de festa também tomou conta da equipe tricolor. Depois do empate com o Náutico, o treino da última segunda-feira (2) foi animado.

O resultado não foi o melhor, mas, para o meio-campo Leandro Gobatto, valeu. “Com certeza esse resultado não era o esperado, mas foi importante por ser o primeiro clássico da gente”, disse. “Demonstra que o Santa Cruz tem muito que melhorar ainda e muito trabalho a dar aos demais clubes”.

O Santa Cruz agora não depende só das próprias forças – precisa ganhar os quatro jogos que restam e torcer por um tropeço do grande rival. Isso eles já estão fazendo. “A torcida está em casa, minha esposa está torcendo contra o Sport e eu também”, conta o atacante Márcio Barros.

“Eu acho que toda torcida agora é contra o Sport, para que eles tropecem”, afirma o também atacante Marcelo Ramos. “É um grande time, a gente sabe que tem um conjunto com o mesmo treinador jogando junto há muito tempo, mas a gente tem que torcer contra e também fazer a nossa parte aqui”.

PROGRAMAÇÃO

E a comemoração tricolor às 9h, com uma missa na Igreja de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, centro do Recife. Às 19h, haverá um coquetel na sede do clube, no Arruda. O Maestro Forró e a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério vão apresentar o frevo "Vulcão Tricolor", composto em homenagem ao clube.

O próximo adversário do Santa Cruz é o Serrano, na próxima quarta-feira (4), no Estádio do Arruda.

da Redação do pe360graus.com

Santa comemora 95 anos nesta terça-feira


Recife é acordado com fogos de artifício para festejar a data especial

GLOBOESPORTE.COM
Recife

Nesta terça-feira, a torcida tricolor tem muito que comemorar. Se a campanha no Pernambucano 2009 ainda não é suficiente para o Santa Cruz chegar à liderança, os torcedores podem festejar o aniversário do clube, que completa 95 anos de existência.

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Os festejos começam cedo. Às 6h o Recife é acordado com fogos de artifício e, em seguida, uma missa é celebrada na Igreja de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, onde o clube surgiu.

À noite, as comemorações serão na sede do clube, e terão a presença de membros da diretoria, conselheiros, sócios e parceiros. Na ocasião, serão apresentados projetos para a temporada, e o novo fornecedor de material esportivo será apresentado.

Confira os títulos conquistados pelo Santa Cruz em seus 95 anos de história:

Campeão Pernambucano
1931, 1932, 1933, 1935, 1940, 1946, 1947, 1957, 1959, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1976, 1978, 1979, 1983, 1986, 1987, 1990, 1993, 1995 e 2005

Super Campeão Pernambucano
1957, 1976 e 1983

Fita Azul do Futebol Brasileiro
1980

Vice-Campeão Brasileiro (Série B)
1999, 2005

Campeão do Torneio Vinausteel no Vietnã
2003

Campeão da Taça Pernambuco/Paraíba
1962

Campeão da Torneio Pernambuco/Bahia
1961

Campeão da Taça Norte/Nordeste
1967

Campeão da Taça Recife
1971

Campeão da Taça Refinaria
1995

Campeão do Torneio de Verão Cidade do Recife
1997

Santa Cruz comemora 95 anos em clima de recuperação


Do UOL Esporte No Recife

Depois de dois anos que a torcida tricolor não teve absolutamente nada o que comemorar, o Santa Cruz Futebol Clube festeja os 95 anos de fundação em clima de otimismo pela recuperação apresentada nos quatro primeiros meses da nova gestão. Dirigido pelo secretário de Desenvolvimento Econômico do estado e ex-prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho, o clube apresenta visíveis sinais de evolução tanto no aspecto estrutural quanto no esportivo.

No quesito estrutura, a marca da nova administração, até aqui, foi a recuperação do estádio do Arruda. Durante todo o ano passado, a casa do Santa Cruz não pôde ser utilizada em sua plenitude, já que todo o anel superior das arquibancadas foi interditado, após uma vistoria dos órgãos responsáveis pela segurança dos torcedores. Este ano, a "geral", como é conhecido anel superior, foi liberada e ajudou o clube a garantir os dois maiores públicos do Campeonato Pernambucano, nos jogos contra Central (30.086 torcedores) e Ypiranga (24.993 torcedores).

Além da reforma no anel superior, o Arruda ganhou uma nova roupagem nos banheiros, na pintura interna, na sinalização e teve a sua iluminação revitalizada. Mas o maior destaque do "novo" Arruda é o gramado, totalmente novo, instalado pela mesma empresa responsável por campos como o do Engenhão, do Rio de Janeiro.

Dentro de campo, a mudança também é animadora. Apesar de o gerente de futebol Antônio Ruas Capella e o técnico Márcio Bittencourt terem montado um elenco com uma maioria de jogadores desconhecidos e de um começo pouco animador no PE-09, com direito a uma goleada sofrida frente ao Porto, por 4 a 0, o Santa Cruz tem demonstrado uma grande evolução em relação aos anos anteriores.

A derrota frente ao Porto foi o único tropeço contra as equipes intermediárias, algo frequente nas duas últimas edições da competição estadual, em que o Santa Cruz foi, respectivamente, 6º e 7º colocado. Com cinco vitórias em sete jogos e um futebol pragmático, o time comandado por Márcio Bittencourt ocupa a vice-liderança e desbanca até o momento o Náutico, um dos representantes do estado na Série A e dono de uma folha salarial que é praticamente o dobro da do Tricolor.

Aliás, o único empate do Santa Cruz neste primeiro turno foi justamente diante do Náutico, no domingo passado, na casa do adversário. Em um jogo em que o Alvirrubro fez prevalecer a maior qualidade técnica, o Tricolor manteve a postura com força defensiva e aplicação tática e, eficiente nos contra-ataques, teve personalidade para sair da desvantagem e garantir o placar de 2 a 2.

Comemoração

A programação do aniversário dos 95 anos do Santa Cruz começa às 9h, com uma Missa Solene na Igreja de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, local onde o clube foi fundado, em 1914.

À noite, a partir das 19h, será realizada uma sessão solene do Conselho Deliberativo, onde estarão presentes os presidentes do executivo, Fernando Bezerra Coelho, do deliberativo, Roberto Arraes, e da Comissão Patrimonial, José Augusto de Paula.

Durante o encontro, Coelho irá anunciar o novo fornecedor de material esportivo do clube. "Fechamos com a Joma, mas a empresa teve problemas na Europa e na Ásia que acabaram nos atingindo aqui. O presidente irá anunciar amanhã o nome do novo fornecedor", comentou o diretor de marketing, Nivaldo Brayner. As especulação apontam para o nome da Penalty.

Anderson substitui Bilica no meio-campo tricolor


O volante Anderson será o substituto do suspenso Bilica no meio-campo do Santa Cruz. A confirmação foi dada pelo técnico Márcio Bittencourt, após o treino da manhã desta terça. Na noite desta quarta, o Tricolor recebe o Serrano, no Arruda. A vitória é fundamental para manter o time vivo na luta pelo título do primeiro turno do Pernambucano, pois domingo é dia de clássico contra o Sport, líder com cinco pontos de vantagem.

“Esse jogo é mais importante do que o clássico. Temos que superar o Serrano, senão o clássico será um mero amistoso. Acredito que teremos muitas dificuldades, mas temos que vencer nesta quarta”, afirmou o técnico coral, para depois explicar a opção no meio-campo. “Anderson vai dar um pouco mais de qualidade na saída de bola, mas a gente espera conseguir a mesma marcação do Bilica também. Dentro de casa, acredito que a marcação possa encaixar bem”, disse.

O treino desta manhã foi o último antes da partida contra o Serrano. À tarde, o elenco tricolor já inicia o regime de concentração no clube. A dúvida de Bittencourt é na lateral esquerda, entre Adílson e Juan, que estreou no clássico do último domingo.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

Charge - Folha de Pernambuco

Santa apaga 95 velinhas com a esperança acesa


Tricolor já se prepara para o seu centenário e projeta volta à Série A para as próximas quatro temporadas

Os 95 anos de fundação do Santa Cruz Futebol Clube, comemorados hoje com uma série de eventos durante o dia, marcam também o início de duas contagens regressivas importantes para qualquer torcedor tricolor. Faltam cinco anos para o centenário da instituição. E o aniversário também soa cheio de simbolismo para quem pretende retornar à Série A do Campeonato Brasileiro dentro de quatro temporadas e, quem sabe, alcançar a “maioridade” em 2014 na elite do futebol brasileiro, junto novamente aos maiores clubes do Brasil.

As comemorações terão início já pela manhã. A partir das 9h, será celebrada uma missa na Igreja da Santa Cruz, no Bairro da Boa Vista, área central do Recife. Foi próximo à igreja que um grupo de meninos, no início da noite do dia 3 de fevereiro de 1914, fundou o clube com o nome de Santa Cruz Foot-Ball Club. As cores originais eram preta e branca. A vermelha foi acrescentada ao uniforme posteriormente por conta de choque com as cores do extinto Sport Club Flamengo, primeiro campeão pernambucano, em 1915.

A partir das 12h, está programada uma queima de fogos na sede, no Bairro de Beberibe, Zona Norte do Recife. Os eventos seguem a partir das 19h, também na sede tricolor, com direito a entrega e execução do frevo de rua Vulcão tricolor, composto pelo Maestro Forró e executado pela Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (programação completa no quadro abaixo).

FORNECEDOR

Durante as festividades pelos 95 anos do clube, o presidente executivo tricolor, Fernando Bezerra Coelho, pretende anunciar oficialmente o contrato com o novo fornecedor de material esportivo das equipes do Santa Cruz. O nome divulgado será provavelmente o da Penalty. A empresa também mantem parcerias com a Portuguesa de Desportos, o Criciúma, o Juventude, o Paraná e o Vila Nova-GO.

Time passa bem por “armadilha”

As previsões do técnico Márcio Bittencourt para o início do Campeonato Pernambucano eram de dificuldade. Contra o Santa Cruz também pesava a tabela. As reformas estruturais no Estádio do Arruda, sobretudo a troca do gramado promovida pela diretoria, forçaram o time a disputar cinco das sete primeiras rodadas do primeiro turno na condição de visitante. Só que nada atrapalhou a trajetória dos corais, que atravessaram o momento complicado com um rendimento acima das expectativas internas.

Até aqui, o Santa conquistou cinco vitórias, um empate e perdeu uma vez. É o único ainda em condições de desbancar o Sport na disputa do título do primeiro turno. Está na vice-liderança, com 16 pontos, cinco atrás dos rubro-negros. Colocou três de vantagem sobre o Náutico, o outro time da competição que integra a Série A do Campeonato Brasileiro.

Além disso, não dá indícios de que vá correr qualquer risco de ficar fora da primeira edição da Série D nacional. Os dois concorrentes mais próximos estão três e seis pontos atrás. São Porto e Cabense, respectivamente. Pernambuco terá dois participantes entre os 40 integrantes da divisão recém-criada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A quatro rodadas para o término do turno, os corais farão três jogos em casa. Amanhã, pegam o Serrano. Domingo, será a vez de enfrentar o Sport. Na quarta-feira da semana que vem, o adversário será o Petrolina, provavelmente no Estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro. Dia 14, um sábado, fecha a etapa novamente em casa, contra a Acadêmica Vitória.

Emendadas às sete primeiras rodadas do segundo, o time comandado por Márcio Bittencourt vai atuar no José do Rego Maciel em oito das próximas 11 partidas do Campeonato Pernambucano. “A tabela foi muito boa no começo para o Sport e ruim para a gente. Agora, vamos ter a possibilidade de fazer mais jogos em casa. A situação de mandantes e visitantes vai se inverter para todas as equipes”, analisou o zagueiro e capitão tricolor, Sandro.

Para enfrentar o Serrano, a partir das 19h de amanhã, o treinador não contará com o volante Bilica, expulso no Clássico das Emoções, domingo passado, nos Aflitos. O também volante Elder segue em tratamento no joelho direito.

Vai, meu Santinha!

Samarone Lima

Era um dia de sol forte no Recife, naquele três de fevereiro de 1914. O mormaço de esperanças enchia o Pátio de Santa Cruz, na Boa Vista. A gente mais simples, os descamisados, os humildes, ainda não tinham onde escorar a paixão, o amor futebolístico. Faltava algo na cidade. O pernambucano ainda tinha uma lacuna na alma.

Os demais clubes existiam somente para completar a paisagem. Após debates acalorados, surgiu o nome: Santa Cruz Futebol Clube. Depois de consultar o inventário das cores do universo, venceu a soma das três cores: preto, branco e vermelho.

Não sei quem estava lá. Não sei o nome desses santos homens, que serão louvados durante todo o dia, nas muitas cerimônias por todo o Estado.

Hoje deveria ser feriado oficial em Pernambuco. Motivo: aniversário do Mais Querido, o Santinha. Como não se lembraram do decreto, daremos o feriado íntimo, faremos a festa no coração.

Celebraremos com camisas, bandeiras, com o sorriso do renascimento, depois de amargos tempos. Nos últimos anos, atravessamos nosso deserto. Fomos de derrota em derrota até o subsolo. Neste período de vacas magras, cada tricolor calçou uma chuteira da esperança. Em nenhum instante desistimos. Aos poucos, levantamos do chão. Em todo o País, repetem que somos a torcida mais apaixonada do Brasil.

Ah, meus amigos, dizem que estamos completando 95 anos, mas o Santa Cruz existe antes da bola. Seus fundadores não imaginariam estar criando o clube das multidões, das massas. O clube dos poetas, do populacho. Capiba e Nelson Ferreira celebram no céu, nós celebramos aqui na terra.

Repito o que escuto emocionado nas arquibancadas, a cada jogo: “Vai, meu Santinha!”

Para Chico Science, grande tricolor.

» Samarone Lima é jornalista e cronista do Blog do Santinha (www.blogdosantinha.com)

Parabéns, Tricolor


Renovada e cheia de esperança, a torcida do Santa Cruz comemora hoje os 95 anos de vida do "clube querido da multidão"

A resignação dá espaço à mais pura e verdadeira comemoração. O Santa Cruz, o "clube querido da multidão", chega aos 95 anos de vida. Ao contrário das últimas temporadas, marcadas por uma infinidade de aberrações administrativas que levaram o Tricolor aos sucessivos rebaixamentos e muita humilhação, o torcedor coral acorda hoje com a alma renovada. Renovado como o próprio clube, agremiação quase centenária, mas com vigor e esperança semelhante à dos garotos que batiam pelada no Pátio de Santa Cruz, no bairro da Boa vista, e no dia 3 de fevereiro de 1914 resolveram fundar o Santa Cruz Futebol Clube.

Clube que não demoraria a se tornar o do povão. Em grande parte pelo que faziam em campo craques como Tará, Fernando Santana, Mazinho, Ramon, Nunes e Birigui. Em parte também pela identificação e inspiração que despertava em gênios da música popular como Jackson do Pandeiro, Capiba, Chico Science e Nelson Ferreira.

E na comemoração dos seus 95 anos, o Santa ganha o frevo-de-rua que o tricolor Nelson Ferreira não conseguiu fazer em vida. "Papai dizia que gostava tanto do Santa Cruz que precisaria ter muita inspiração para fazer um frevo rasgado para o clube", lembra o filho de Nelson, Luiz Carlos Ferreira. Autor de frevos clássicos como o Cazá, Cazá,do Sport, e o Come e Dorme, do Náutico, o compositor "recebeu" uma ajuda e tanto para que o Santa não ficasse órfão.

A homenagem a Nelson Ferreira, ou o presente ao Santa Cruz e sua torcida, vem do Maestro Forró e sua Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. Trata-se do Vulcão Tricolor, uma fusão de dois frevos-canção de Nelson, o Super Campeão (1957) e Qual será o score, meu bem? (1941) com novos arranjos e acordes do Maestro Forró, com direito a uma abertura com o grito de guerra Tri-tricolor. O novo frevo-de-rua coral será apresentado oficialmente hoje à noite, na sede do clube, como parte das comemorações do aniversário.

O quase centenário e renovado Santa Cruz e a sua fanática torcida ganham uma trilha sonora sob medida para comemorar "as glórias do passado" e o início de uma reestruturação para voltar a a ser o "Terror do Nordeste".

Programação

09h
Missa de Ação de Graças - Igreja do Pátio de Santa Cruz

19h
Sessão solene do Conselho Deliberativo na sede social do clube

19h30
Coquetel

Penalty é a nova fornecedora de material esportivo

Apesar dos bons resultados neste ano, a comemoração do 95º aniversário do Santa Cruz será discreta por parte da diretoria do clube (veja programação). A principal novidade ficará por conta do anúncio do novo fornecedor de material esportivo do Tricolor. O presidente Fernando Bezerra Coelho dever confirmar, na sessão solene do Conselho Deliberativo, o nome da Penalty como a nova parceira do Santa Cruz. O acordo com a espanhola Joma acabou não vingando e, paralelamente, os diretores corais já vinham conversando com os executivos da Penalty.

Mesmo sendo o dia do aniversário do clube, jogadores e comissão técnica vão ter muito trabalho. Afinal, amanhã, o Santa Cruz já volta a campo para enfrentar o Serrano, no Arruda. O técnico Márcio Bittencourt comanda hoje uma movimentação tática no período da manhã, no Estádio Ademir Cunha, em Paulista, onde será definido a equipe para o confronto. O volante Bilica, expulso no clássico com o Náutico, é o desfalque.

O mais provável é que Anderson seja o escolhido para a posição. Quem foi librado ontem para voltar aos trabalhos com bola foi o cabeça-de-área Elder. O jogador teve uma lesão no joelho direito, está recuperado, mas, mesmo assim, ainda é prematura a sua utilização no jogo com o Serrano. O departamento médico coral terá um diagnóstico melhor hoje sobre os problemas musculares do lateral-esquerdo Adilson e do zagueiro Daniel Horst. Os dois estão em tratamento e farão exame de imagem nesta manhã. Assim, Juca tem presença confirmada na lateral-esquerda do Santa Cruz diante do Serrano.

Santa Cruz: o recomeço aos 95 anos

Robert Fabisak/Arquivo Folha




Tricolor comemora hoje mais um ano de vida tentando recuperar as glórias do passado
Reformado recentemente, o estádio do Arruda é um dos maiores motivos de orgulho do torcedor coral
GUSTAVO PAES

O Mais Querido completa hoje 95 anos de existência. É uma história repleta de glórias, dificuldades e oportunidades de renascer. A sua torcida, uma das mais carismáticas e emotivas do Brasil - sempre vestida com a harmoniosa composição das cores vermelha, preta e branca -, possui uma qualidade fundamental para que possamos acreditar que o Santa Cruz é um clube imortal: a fidelidade. Unidos, os tricolores atravessaram o seu calvário ao sofrer com os três rebaixamentos consecutivos, um recorde negativo. E, também unidos, buscam agora reencontrar o caminho dos títulos, uma nova ascensão para se igualar mais uma vez aos grandes do futebol nacional.

O presidente e símbolo da reconstrução do Santa Cruz, Fernando Bezerra Coelho, parabenizou os torcedores do Tricolor e falou sobre o momento vivido pelo clube. “Vamos comemorar a passagem de mais um ano vivendo esse momento de reafirmação. Nós estamos muito confiantes com relação ao futuro do clube. Temos que reiterar que estamos realizando um trabalho de longo prazo, nós queremos colher os frutos num futuro próximo. A torcida deve comemorar e acreditar no esforço daqueles que estão trabalhando para o Santa Cruz nesse momento. A cada dia, nós temos que superar desafios para que o clube entre novamente em um período de crescimento”, declarou o presidente.

Cada vez mais próximo de se tornar um clube centenário, o Terror do Nordeste teve vários ótimos momentos durante a sua história. FBC relembrou o seu período favorito, quando ainda era apenas um torcedor coral. “Os grandes momentos são aqueles assinalados na própria camisa: o penta do Campeonato Pernambucano e o Tri-Supercampeonato. Acompanhei o clube no final da década de 60 e início da década de 70, quando o Santa Cruz viveu uma grande fase. Era um time excepcional, que deu muitas alegrias aos torcedores. Era praticamente insuperável em Pernambuco”, relembrou.

Já o senador Marco Maciel, ilustre conselheiro do Santa Cruz, falou do seu orgulho por causa da história de superação do clube. “Ao longo desses 95 anos de existência, muitos foram os desafios enfrentados e vencidos pelo Santa Cruz e sua torcida. Lembro-me, por exemplo, das dificuldades que foram superadas para a construção de nosso estádio. É inspirada no exemplo do meu pai, José do Rego Maciel, que toda a nossa família orgulha-se em ter o DNA do Santa Cruz no sangue”, afirmou, para depois falar das suas expectativas para o futuro do Tricolor. “Tenho fé que com união e trabalho voltaremos a brilhar nos campeonatos estaduais e nacionais”, declarou o senador.

História de luta e glórias

Léo Lisbôa

“És o querido do povo, o terror do Nordeste, no gramado. Tuas vitórias de hoje, nos lembram vitórias do passado”. O trecho da música “O Mais Querido”, composta por Capiba, imortalizada pela imensa torcida do Santa Cruz e adotada por ela como um hino, passa uma ideia das conquistas do Tricolor do Arruda durante toda a sua história. Nesses 95 anos, foram 35 títulos conquistados, entre eles três regionais, 24 estaduais, cinco deles consecutivos, e um Fita Azul brasileiro. O último foi em 2005, quando a Cobra Coral superou Náutico e Sport, tornando-se campeão pernambucano após nove anos.

Fundado em 3 de fevereiro de 1914 por um grupo de 11 garotos entre 14 e 16 anos, o Santa Cruz Futebol Clube ganhou esse nome em homenagem à Igreja de São Pedro, situada no Pátio de Santa Cruz, bairro da Boa Vista, pois os jovens costumavam se encontrar no local para praticar o esporte. A primeira sede da equipe era localizada na rua da Glória, também na Boa Vista. Antes de se estabilizar na avenida Beberibe, onde permanece até hoje, o Tricolor também passou pela rua do Imperador e Estrada de Belém. Em 1943, o Santinha deu o pontapé para a construção do seu estádio, ao adquirir um terreno entre a avenida Beberibe e a rua das Moças.

Onze anos depois, o advogado José do Rego Maciel dava um passo fundamental para a construção do maior bem do cube, depois de sua torcida. Com o político à frente do projeto e a ajuda dos torcedores, o estádio do Arruda, finalmente saiu do papel, sendo construído com a doação dos tricolores. Depois de muita luta, o “Colosso” foi inaugurado em 1972, com o empate em 0x0 entre Santa Cruz e Flamengo.

Programação será intensa

FELIPE AMORIM

Se no dia da reabertura do estádio do Arruda, pela terceira rodada do Campeonato Pernambucano, os tricolores fizeram uma festa digna da magnitude do Mais Querido, imagine hoje, quando o Santa Cruz completa 95 anos de vida. Pois bem, não faltarão atrativos para comemorar mais um ano de um clube quase centenário. Durante praticamente todo o dia, a torcida coral poderá estufar o peito e gritar que “eu sou Santa Cruz, de corpo e alma, e sempre serei de coração”, seja lá em qual divisão estiver disputando.

A maratona começará logo cedo. Às 6h, nas Repúblicas Independentes do Arruda, acontecerá um show pirotécnico, com queima de fogos. Em seguida, às 9h, todos irão até onde a primeira semente foi germinada: na Igreja de São Pedro, no Pátio de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, quando o frei Aloísio Figueira celebrará uma missa em homenagem à data. Para quem não sabe, foi lá onde 11 jovens, entre 14 a 16 anos, que sempre jogavam futebol naquela área, fundaram o clube, que mais tarde viria a ser conhecido como o Terror do Nordeste. Ainda na igreja, o presidente executivo do clube, Fernando Bezerra Coelho, anunciará oficialmente a Penalty como novo fornecedor de material esportivo. Além dele, estarão presentes os outros membros da diretoria, além de alguns jogadores.

De noite, às 19h, para fechar o dia com chave de ouro, acontecerá uma sessão solene no Conselho Deliberativo, na sede do clube. Na ocasião, que será aberta ao público, FBC explanará para Imprensa, parceiros e demais diretores detalhes do projeto de 2009 que visa soerguer o Mais Querido. Em seguida, agora somente para convidados, na área da piscina, haverá um coquetel entre os que fazem o “novo” Santa Cruz.

Santa Cruz: 95 anos nos braços do povo


Wladmir Paulino Do JC OnLine

Quintino Miranda Paes Barreto, José Luiz Vieira, José Glicéro Bonfim, Abelardo Costa, Augusto Franklin Ramos, Orlando Elias dos Santos, Alexandre Carvalho, Osvaldo dos Santos Ramos, Luiz Gonzaga Barabalho Uchoa e Augusto Câmara. Essa relação não consta em nenhuma ficha técnica de jogo de futebol, mas sim na ata de fundação do Santa Cruz Futebol Clube, datada de 3 de fevereiro de 1914.

Aqueles jovens senhores mal sabiam que naquele dia, na Rua da Mangueira, dariam ao mundo uma das maiores paixões do povo pernambucano. As primeiras reuniões para formar a nova agremiação começaram em frente à Igreja de Santa Cruz, daí o nome do clube. Hoje, 95 anos depois, o Santa batalha para retornar seu caminho de vitórias. Mas as glórias acumuladas nesse quase um século não merecem comemoração menos entusiasmada.

A curiosidade é que, ao nascer, o novo clube de futebol pernambucano nasceu sob as cores preta e branca. Mais tarde acrescentou o vermelho para diferenciá-lo do Flamengo, o primeiro campeão do Estado. O primeiro jogo do "time dos meninos" como era conhecido foi memorável. Diante do Rio Negro, o futuro tricolor atropelou por 7x0.

A escalação foi a seguinte: Waldemar Monteiro; Abelardo Costa e Humberto Barreto; Raimundo Diniz, Osvaldo Ramos e José Bonfim; Quintino Miranda, Sílvio Machado, José Vieira, Augusto Ramos e Osvaldo Ferreira. A partida foi disputada na campina do Derby.

O Rio Negro, então, pediu revanhce, mas a condição era de que o Santa não escalasse o atacante Sílvio Machado, artilheiro na primeira partida com cinco gols. Pedido atendido, Carlindo foi escolhido como substituto. Foi melhor que a encomenda. Carlindo fez seis dos nove tentos do Santa. O Rio Negro, outra vez, não marcou nenhum.

Em 1917, o Santa entrou para a Liga Pernambucana e ganhou o direito de disputar o campeonato estadual. Porém, o primeiro feito do clube-prodígio aconteceu em 1919, quando tornou-se o primeiro time do Nordeste a derrotar uma equipe carioca. A vítima da proeza foi o Botafogo, que caiu por 3x2.

As glórias e os dissabores

Do JC OnLine

Coincidência ou não, nos anos 1970, o Santa era comandado por um colegiado. Os mesmos dirigentes revezavam-se nos poderes executivo, deliberativo e na comissão patrimonial. Essa sequência foi quebrada no meio dos anos 1980, quando o advogado José Neves Filho foi eleito presidente.

No primeiro momento, a sina de vencedor não abandonou o clube. O tricolor sagrou-se bicampeão estadual, tendo conquistado os títulos em plena Ilha do Retiro, o que fez o então presidente apelidar o estádio rubro-negro de "Casa dos Festejos".

Mas, à medida que os anos passaram, o Santa passou a disputar menos títulos. Em 1988, voltou à segunda divisão e os estaduais de 1990, 1993 e 1995 foram apenas alentos. A esperança voltou a sorrir em 1999, quando o clube voltou à elite do futebol brasileiro com um time repleto de jogadores das divisões de base. Em 2001, nova queda, aliada a quatro derrotas seguidas em finais de Estaduais.

O jejum completaria dez anos se um velho ídolo não houvesse formado um grande time. O ano de 2005 teve no técnico Givanildo Oliveira o grando trunfo dos tricolores. A equipe não viu adversários em Pernambuco e sagrou-se campeã sem a necessidade de uma final. Para completar, garantiu, até com certa facilidade um novo acesso à Série A.

O que poderia marcar um novo renascimento, outra vez, transformou-se em desastre, só que, desta vez, sem precedentes. Em 2006, o Santa fez uma campanha pífia no Brasileiro. No ano seguinte, naufragou na Série B e, pela primeira vez, viu-se obrigado a disputar a terceira divisão do futebol brasileiro.

As coisas pioraram em 2008, quando o time não passou da segunda fase na Terceirona com uma desastrosa administração de Édson Nogueira, que, dois anos antes, era carregado em triunfo pela torcida como o primeiro presidente eleito por um grupo de oposição.

Retomada da credibilidade começa em 2009

Do JC OnLine

Com o clube à beira da falência, as principais lideranças saíram à caça de alguém que trouxesse de volta a credibilidade. E o nome não veio dos meios futebolísticos e sim do cenário político. O ex-prefeito de Petrolina e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, foi o escolhido. Um novo grupo de trabalho foi formado e várias metas estipuladas, tendo como primeiro plano de ação a recuperação da estrutura física.

O estádio do Arruda passou por ampla reforma, todo gramado foi retirado e replantado. Uma nova iluminação foi instalada, assim como banheiros e entradas do José do Rego Maciel. Uma dívida de conta de luz astronômica foi renegociada e o tricolor entrou em 2009 de "cara nova".

No futebol, havia menos de um time no elenco, a diretoria de futebol foi profissionalizada e os atletas chegando. Até agora, a equipe luta pelo primeiro turno do Estadual, mas o grande desfio será a classificação e uma campanha vitoriosa na recém-criada Série D.

Veja a relação de glórias tricolores

Confira algumas das principais conquistas do Santa Cruz:

Nacionais
Vice-Campeonato Brasileiro Série B: 2 vezes (1999 e 2005).

Regionais
Torneio Norte-Nordeste: 1967
Vice-campeonato da Copa Norte-Nordeste: 3 vezes (1948, 1991 e 1999).

Estaduais
Campeonato Pernambucano 24 vezes (1931, 1932, 1933, 1935, 1940, 1946, 1947, 1957, 1959, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1976, 1978, 1979, 1983, 1986, 1987, 1990, 1993, 1995 e 2005).
Vice-Campeonato Pernambucano: 30 vezes (1915, 1916, 1917, 1918, 1920, 1921, 1929, 1934, 1936, 1937, 1938, 1939, 1943, 1949, 1953, 1960, 1962, 1974, 1980, 1984, 1985, 1989, 1996, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2006).
Copa Pernambuco: 2008.
Torneio Início: 12 vezes (1919, 1926, 1937, 1939, 1946, 1947, 1954, 1956, 1969, 1971, 1972 e 1976).
Taça Recife: 1971.

Torneios internacionais
Torneio da Amizade: 1995.
Torneio Vinausteel (Vietnã) 2003.
Fita Azul Internacional: 1980.

Torneios regionais
Torneio Pernambuco/Bahia: 1961.
Taça Pernambuco/Paraíba: 1961.

Torneios estaduais
Taça Refinaria: 1995.
Taça Recife: 1971.
Torneio de Verão Cidade do Recife: 1997