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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
7x1 reacende a esperança coral
Robert Fabisak![]() | ![]() Goleada sobre o Serrano, ontem, encheu os tricolores de ânimo para o clássico |
Marcelo Ramos (E) marcou três gols e é o novo artilheiro do Estadual | |
GUSTAVO PAES | |
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O início de partida do Santa Cruz foi fulminante. Aos dois minutos, após uma saída de bola errada da defesa do Jumento, o meia Leandro Gobatto recuperou a bola e lançou com categoria para Marcelo Ramos, que bateu de canhota, sem defesa para o goleiro Maicon. A disposição tática do Serrano era um caso a parte. Os dois laterais subiam ao mesmo tempo, os meias não ajudavam na marcação, e os zagueiros tentavam (e não conseguiam) deixar os atacantes tricolores em impedimento. Assim, o trio ofensivo tricolor fez a festa. Gobatto e Márcio trocaram passes com Marcelo Ramos, que serviu o homem surpresa Parral. O lateral-direito bateu forte para marcar.
Aos 29 minutos, Gobatto, que fez a sua melhor partida com a camisa do Santa Cruz, assumindo definitivamente a responsabilidade de criador, fez uma belíssima enfiada de bola para Márcio, que ajeitou para o pé direito e fez 3x0. O Tricolor praticamente não deixava o Serrano tocar na bola, quando, aos 43 minutos, uma das torres de iluminação do Arruda apagou, interrompendo o jogo por cerca de dez minutos.
A pausa inesperada, somada aos 15 minutos de intervalo, não esfriaram o apetite dos corais. Logo aos dois minutos da etapa final, Thiago Mattias sofreu pênalti de Fabián. Marcelo Ramos bateu com convicção para marcar o quarto gol do jogo. O Serrano conseguiu descontar com Uéscley, que finalizou da entrada da área e contou com a falha de posicionamento do goleiro André Zuba. O ímpeto da equipe de Serra Talhada durou pouco. Aos 25, Pedro Henrique se posicionou bem para receber a bola do estreante Roger Thompson e balançou as redes. Três minutos depois, Marcelo Ramos fez o seu terceiro gol na partida, mostrando disposição para dar um carrinho para alcançar o cruzamento. Quem fechou a goleada foi Thiago Mattias, que, aos 42 minutos, recebeu passe de calcanhar do inspirado Pedro Henrique, e tocou com categoria no canto esquerdo do goleiro Maicon.

André Zuba; Sandro (Roger Thompson), Thiago Matias e Leandro Camillo; Parral, Anderson, Vágner, Leandro Gobatto (Juan Felipe) e Juca; Márcio (Pedro Henrique) e Marcelo Ramos
Técnico: Márcio Bittencourt

Maicon; Júnior Moura, Alex, Edu Mattos e Paulinho Potiguar (Barbosa); Marcondes (Anderson), Nau, Uéscley e Antônio Carlos; Caio (Diego) e Fabián
Técnico: Erasmo Forte
Local: Arruda
Árbitro: Carlos Costa
Assistentes: Alcides Lira e Albert Júnior
Gols: Marcelo Ramos (aos 2 do 1°T, aos 2 do 2°T, de pênalti, e aos 28 do 2°T), Parral (aos 21 do 1°T), Márcio (aos 29 do 1°T), Uéscley (aos 6 do 2°T), Pedro Henrique (aos 25 do 2°T) e Thiago Mattias (aos 42 do 2°T)
Cartões amarelos: Parral (Santa Cruz); Alex, Edu Mattos e Nau (Serrano)
Público: 17.713
Renda: 49.075.
Atletas já pensam no domingo
Felicidade, tranquilidade e pés no chão. Esse era o clima nas entrevistas coletivas dos atletas corais após a goleada sobre o Serrano. O meia Leandro Gobatto, que comandou o meio-campo tricolor e deu dois belos passes para gol, falou sobre o resultado e aproveitou para comentar o clássico de domingo, contra o Sport. “Acho que o grupo está de parabéns pelo trabalho de hoje (ontem). O entrosamento está aumentando gradativamente. Agora é aproveitar esse momento e já pensar no jogo de domingo, que vai ser uma guerra, um confronto que vale seis pontos”, disse o jogador. “O Sport está com cinco pontos na frente, mas nós vamos jogar em casa. Temos que tentar aproveitar”, completou.
O astro da noite, Marcelo Ramos, ainda teve humildade suficiente para lamentar os gols perdidos no final da partida. “Acho que poderia ter feito mais. Perdi um gol feito. Mas isso acontece, tenho agora que refletir e tentar aproveitar cada vez melhor as oportunidades”, disse o artilheiro tricolor. O atacante afirmou ainda que o clássico de domingo deve ser equilibrado. “Um clássico como esse, não importa a situação das duas equipes. Vai ser um jogo muito difícil e disputado”, comentou.
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Vitória essencial para o Santa Cruz
Robert Fabisak/Arquivo Folha![]() | ![]() Time precisa derrotar o Serrano, hoje, para continuar sonhando com o turno |
Bittencourt deve fazer apenas uma alteração na equipe, em relação a domingo | |
GUSTAVO PAES | |
Conquistar a vitória e manter as esperanças de vencer o primeiro turno do Campeonato Pernambucano. Esse é o objetivo do Santa Cruz, que entra em campo para enfrentar o Serrano, hoje, às 19h, no Arruda. O horário diferenciado é para evitar o encontro dos torcedores do Mais Querido com os do Sport, que joga às 21h. Ocupando a segunda posição na tabela de classificação, a equipe coral precisa de um resultado positivo no duelo contra o Jumento, para depois jogar todas as suas cartas no domingo, quando recebe o Leão, líder do Estadual, com cinco pontos a mais que o Tricolor (21x16). O técnico Márcio Bittencourt declarou que a partida, válida pela oitava rodada do torneio, é fundamental para as pretensões da sua equipe. “Se não ganharmos do Serrano, o clássico será apenas um amistoso”, sentenciou.
Bittencourt, que comandou o último treino da equipe na manhã de ontem, no estádio Ademir Cunha, em Paulista, deve promover apenas uma alteração com relação à equipe que enfrentou o Náutico no último domingo. O volante Bilica está suspenso, após ter sido expulso no clássico, e deve dar lugar a Anderson. “O Anderson faz bem essa função de marcação. Perdemos o Bilica, mas espero que consigamos marcar do mesmo jeito que nos últimos jogos”, comentou o técnico.
Feliz com a nova oportunidade, Anderson falou sobre as características do seu futebol e como pretende ajudar o Tricolor a conquistar a vitória. “Estou sempre brigando por uma chance e agora pretendo agarrar a oportunidade. O treinador falou sobre as minhas características, que eu sou um jogador de muita marcação. Mas ele também sabe que posso chegar ao ataque, que tenho facilidade para bater em gol. Em todos os times em que passei eu utilizei bem esse recurso”, disse.
Com o esquema 3-5-2 aprovado e confirmado, o maior trabalho de Bittencourt é para manter o foco da sua equipe para o jogo contra o Serrano. A ordem é esquecer o Clássico das Multidões. “Temos que pensar nesse jogo contra o Serrano. Para nós, ele é mais importante que o clássico, não adianta querer pular etapas. Sabemos das dificuldades, eles devem jogar fechados, mas temos que superar isso”, comentou o treinador.
Serrano
Sem saber o que é perder há quatro rodadas, quando contabilizou duas vitórias e dois empates, o Serrano, sétimo colocado com oito pontos, quer manter a boa fase diante do Santa Cruz, mesmo atuando no Arruda. Com a maior parte do elenco liberado para atuar, o técnico do Jumento, Erasmo Forte, quer manter o mesmo esquema que vem sendo vitorioso nas ultimas rodadas para tentar conquistar o primeiro triunfo fora de casa. Os únicos atletas que ele não poderá contar na partida serão Paulinho, com um problema no tendão, e Jamaica, de fora por conta de uma entorse no joelho.

André Zuba; Sandro, Thiago Matias e Leandro Camillo; Parral, Anderson, Vágner, Leandro Gobatto e Juca; Márcio e Marcelo Ramos
Técnico: Márcio Bittencourt

Maicon; Júnior Moura, Alex, Edu Mattos e Paulinho Potiguar; Marcondes, Nau, Uéscley e Antônio Carlos; Caio e Fabián
Técnico: Erasmo Forte
Local: Arruda
Horário: 19h
Árbitro: Carlos Costa
Assistentes: Alcides Lira e Albert Júnior
Ingressos: R$ 20 (anel inferior), R$ 15 (anel superior) e R$ 10 (sócio e estudante)
Missa para celebrar os 95 anos
Marcelo Lacerda![]() | |
Cerimônia reuniu muitos torcedores, ontem pela manhã, na Igreja de Santo Antônio | |
FELIPE AMORIM | |
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Sob o comando do frei e torcedor do Santa Cruz, Aloísio Fragoso, que pela primeira vez celebrou uma missa para seu time do coração, todos puderam comemorar a data festiva, além, claro, de renovar as esperanças de um futuro melhor. “Realmente, nunca imaginei que o Santa pudesse chegar numa situação limite como está, sem poder caminhar com as próprias pernas”, disse o sacerdote, para depois enxergar um melhor caminho: “Mas a crise não é um sinal de decadência. Pelo contrário. Serve para purificarmos nossa alta, e começarmos tudo de novo”. Ao final do sermão, como não poderia ser diferente, os torcedores não deixaram de puxar o famoso grito de “tri, tricolor, tri-tri-tri-tri-tricolor” em plena igreja.
Diferentemente do que foi informado pela assessoria de comunicação do clube, nem o presidente do Executivo, Fernando Bezerra Coelho, tampouco os jogadores do time profissional compareceram à missa. Estiveram presentes Bartolomeu Bueno, que ficou apenas alguns dias na presidência do Conselho Deliberativo, e o atual ocupante do cargo, Roberto Arraes, que recebeu a primeira fatia do bolo em homenagem ao aniversário. “Saímos daqui renovados”, afirmou Arraes. “É uma emoção muito grande ver que os ex-presidentes estão juntos em prol do Santa Cruz”, completou Mirinda, ao lado dos também ex-mandatários Jonas Alvarenga, Edelson Barbosa e João Caixero.
Contrato com a Penalty será de um ano, inicialmente
Gustavo Paes
O aniversário de 95 anos do Santa Cruz foi comemorado ontem, em uma solenidade realizada no auditório do Conselho Deliberativo do clube. No evento, o vice-presidente do Mais Querido, Sidney Aires, confirmou o acerto com a Penalty, que será a nova fornecedora de material esportivo do Tricolor.
O contrato tem duração de um ano e pode ser prorrogado por mais um, se houver interesse de ambas as partes. “A grande novidade que nós temos para passar hoje é que conseguimos fechar a negociação com a Penalty”, declarou Aires, ainda no início da reunião.
Apesar de não confirmar uma data, o dirigente acredita que a nova camisa deve ser lançada ainda no mês de fevereiro. “No final do mês, devemos realizar um evento para lançar a nova camisa. Só queremos fazer o lançamento oficial quando já estiver tudo acertado para que os torcedores possam comprar a camisa”, disse, para depois ouvir os aplausos dos torcedores que lotaram o auditório.
A festa continuou quando o Maestro Forró entrou em cena. Primeiro, ele foi presenteado pela diretoria com uma camisa do Santa Cruz. Depois, anunciou a composição de um frevo de rua chamado “Vulcão Tricolor”. “Esse frevo foi composto para preencher uma lacuna. Não tínhamos um frevo de rua com o nosso grito de guerra. Compus esse frevo a partir de uma canção do Maestro Nelson Ferreira”, explicou, para depois chamar a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. Eles executaram com a desenvoltura de sempre o animado “Vulcão Tricolor” e depois chamaram os torcedores para as mesas perto da piscina, onde a celebração do aniversário continuou.
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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Santa Cruz: o recomeço aos 95 anos
O Mais Querido completa hoje 95 anos de existência. É uma história repleta de glórias, dificuldades e oportunidades de renascer. A sua torcida, uma das mais carismáticas e emotivas do Brasil - sempre vestida com a harmoniosa composição das cores vermelha, preta e branca -, possui uma qualidade fundamental para que possamos acreditar que o Santa Cruz é um clube imortal: a fidelidade. Unidos, os tricolores atravessaram o seu calvário ao sofrer com os três rebaixamentos consecutivos, um recorde negativo. E, também unidos, buscam agora reencontrar o caminho dos títulos, uma nova ascensão para se igualar mais uma vez aos grandes do futebol nacional.
O presidente e símbolo da reconstrução do Santa Cruz, Fernando Bezerra Coelho, parabenizou os torcedores do Tricolor e falou sobre o momento vivido pelo clube. “Vamos comemorar a passagem de mais um ano vivendo esse momento de reafirmação. Nós estamos muito confiantes com relação ao futuro do clube. Temos que reiterar que estamos realizando um trabalho de longo prazo, nós queremos colher os frutos num futuro próximo. A torcida deve comemorar e acreditar no esforço daqueles que estão trabalhando para o Santa Cruz nesse momento. A cada dia, nós temos que superar desafios para que o clube entre novamente em um período de crescimento”, declarou o presidente.
Cada vez mais próximo de se tornar um clube centenário, o Terror do Nordeste teve vários ótimos momentos durante a sua história. FBC relembrou o seu período favorito, quando ainda era apenas um torcedor coral. “Os grandes momentos são aqueles assinalados na própria camisa: o penta do Campeonato Pernambucano e o Tri-Supercampeonato. Acompanhei o clube no final da década de 60 e início da década de 70, quando o Santa Cruz viveu uma grande fase. Era um time excepcional, que deu muitas alegrias aos torcedores. Era praticamente insuperável em Pernambuco”, relembrou.
Já o senador Marco Maciel, ilustre conselheiro do Santa Cruz, falou do seu orgulho por causa da história de superação do clube. “Ao longo desses 95 anos de existência, muitos foram os desafios enfrentados e vencidos pelo Santa Cruz e sua torcida. Lembro-me, por exemplo, das dificuldades que foram superadas para a construção de nosso estádio. É inspirada no exemplo do meu pai, José do Rego Maciel, que toda a nossa família orgulha-se em ter o DNA do Santa Cruz no sangue”, afirmou, para depois falar das suas expectativas para o futuro do Tricolor. “Tenho fé que com união e trabalho voltaremos a brilhar nos campeonatos estaduais e nacionais”, declarou o senador.
História de luta e glórias
Léo Lisbôa
“És o querido do povo, o terror do Nordeste, no gramado. Tuas vitórias de hoje, nos lembram vitórias do passado”. O trecho da música “O Mais Querido”, composta por Capiba, imortalizada pela imensa torcida do Santa Cruz e adotada por ela como um hino, passa uma ideia das conquistas do Tricolor do Arruda durante toda a sua história. Nesses 95 anos, foram 35 títulos conquistados, entre eles três regionais, 24 estaduais, cinco deles consecutivos, e um Fita Azul brasileiro. O último foi em 2005, quando a Cobra Coral superou Náutico e Sport, tornando-se campeão pernambucano após nove anos.
Fundado em 3 de fevereiro de 1914 por um grupo de 11 garotos entre 14 e 16 anos, o Santa Cruz Futebol Clube ganhou esse nome em homenagem à Igreja de São Pedro, situada no Pátio de Santa Cruz, bairro da Boa Vista, pois os jovens costumavam se encontrar no local para praticar o esporte. A primeira sede da equipe era localizada na rua da Glória, também na Boa Vista. Antes de se estabilizar na avenida Beberibe, onde permanece até hoje, o Tricolor também passou pela rua do Imperador e Estrada de Belém. Em 1943, o Santinha deu o pontapé para a construção do seu estádio, ao adquirir um terreno entre a avenida Beberibe e a rua das Moças.
Onze anos depois, o advogado José do Rego Maciel dava um passo fundamental para a construção do maior bem do cube, depois de sua torcida. Com o político à frente do projeto e a ajuda dos torcedores, o estádio do Arruda, finalmente saiu do papel, sendo construído com a doação dos tricolores. Depois de muita luta, o “Colosso” foi inaugurado em 1972, com o empate em 0x0 entre Santa Cruz e Flamengo.
Programação será intensa
FELIPE AMORIM
Se no dia da reabertura do estádio do Arruda, pela terceira rodada do Campeonato Pernambucano, os tricolores fizeram uma festa digna da magnitude do Mais Querido, imagine hoje, quando o Santa Cruz completa 95 anos de vida. Pois bem, não faltarão atrativos para comemorar mais um ano de um clube quase centenário. Durante praticamente todo o dia, a torcida coral poderá estufar o peito e gritar que “eu sou Santa Cruz, de corpo e alma, e sempre serei de coração”, seja lá em qual divisão estiver disputando.
A maratona começará logo cedo. Às 6h, nas Repúblicas Independentes do Arruda, acontecerá um show pirotécnico, com queima de fogos. Em seguida, às 9h, todos irão até onde a primeira semente foi germinada: na Igreja de São Pedro, no Pátio de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, quando o frei Aloísio Figueira celebrará uma missa em homenagem à data. Para quem não sabe, foi lá onde 11 jovens, entre 14 a 16 anos, que sempre jogavam futebol naquela área, fundaram o clube, que mais tarde viria a ser conhecido como o Terror do Nordeste. Ainda na igreja, o presidente executivo do clube, Fernando Bezerra Coelho, anunciará oficialmente a Penalty como novo fornecedor de material esportivo. Além dele, estarão presentes os outros membros da diretoria, além de alguns jogadores.
De noite, às 19h, para fechar o dia com chave de ouro, acontecerá uma sessão solene no Conselho Deliberativo, na sede do clube. Na ocasião, que será aberta ao público, FBC explanará para Imprensa, parceiros e demais diretores detalhes do projeto de 2009 que visa soerguer o Mais Querido. Em seguida, agora somente para convidados, na área da piscina, haverá um coquetel entre os que fazem o “novo” Santa Cruz.
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Empate ruim para Náutico e Santa Cruz
Robert Fabisak![]() | ![]() Times ficaram no 2x2, ontem, nos Aflitos, e viram o Sport abrir vantagem na liderança |
Em uma cobrança de falta, zagueiro Sandro decretou a igualdade no placar | |
GUSTAVO LUCCHESI | |
No tão esperado retorno do Clássico das Emoções ao calendário do futebol estadual, o Náutico empatou com o Santa Cruz em 2x2, ontem, nos Aflitos. Apesar do placar, a emoção esteve presente durante todo o confronto, com o Timbu saindo atrás no marcador, conseguindo a virada logo no início do segundo tempo, mas sofrendo um gol de empate no meio da etapa final e não tendo mais forças para buscar a vitória, mesmo com um a mais em campo nos 15 minutos finais de jogo.
Aos alvirrubros restou apenas lamentar, já que o time ficou oito pontos atrás do líder Sport e praticamente não têm mais chances de conquistar o primeiro turno. Do outro lado, os tricolores viram a distância para os rubro-negros aumentar de três para cinco pontos, apesar de conseguirem permanecer na vice-liderança da competição, com 16.
Ciente de que apenas a vitória o manteria vivo no turno, o Náutico resolveu adotar um esquema mais ofensivo do que os jogos anteriores, optando por um 4-3-3, com o trio de ataque formado por Carlinhos Bala, Gilmar e Anderson Lessa, com os dois primeiros se revezando na função de meia armador. Com isso, o Timbu conseguiu impor uma pressão nos minutos iniciais, com Johhny, aos quatro minutos, e Gilmar, aos 12, experimentando dois belos chutes de fora da área para duas belas intervenções de André Zuba.
Esquecido na partida e parecendo anulado pelo sistema defensivo alvirrubro, Marcelo Ramos deu uma aula de como ser um matador implacável, aos 18 minutos, quando recebeu cruzamento curto e num de seus primeiros toques na bola, dominou com a direita e com categoria tocou de esquerda no canto esquerdo de Eduardo, abrindo o placar e jogando um balde de água fria nos mandantes. Perdido e desorganizado em campo, o Timbu conseguiu chegar ao empate ainda no primeiro tempo, com Gilmar pegando a sobra de um chute torto de Bala.
O Náutico voltou a mil por hora para a etapa final. Logo com 40 segundos de jogo, o zagueiro Vágner subiu de cabeça e mandou a bola na trave de Zuba. Com o gol amadurecendo, Carlinhos Bala, aos quatro minutos, usou a malandragem, bateu falta rápido, recebeu de volta na frente e chutou rasteiro para virar o jogo e incendiar os Aflitos.
Apesar da pressão alvirrubra, os visitantes se mostraram tranquilos e não demoraram para conseguir o gol de empate. Aos 16 minutos, o veterano Sandro bateu falta na entrada da área e mandou uma bomba para decretar o resultado final. Aos 29, a bola do jogo esteve na cabeça de Marcelo Ramos, mas Eduardo fez incrível defesa e evitou a vitória tricolor.

Eduardo; Carlinhos (Dinda), Vágner, Galiardo e Anderson Santana; Nunes, Johnny (Derley) e Juliano (Adriano Magrão); Carlinhos Bala, Gilmar e Anderson Lessa
Técnico: Roberto Fernandes

André Zuba; Thiago Matias, Leandro Camilo (Memo) e Sandro; Parral, Bilica, Wágner, Leandro Gobatto (Pedro Henrique) e Juca; Marcelo Ramos (Anderson) e Márcio
Técnico: Márcio Bittencourt
Local: Aflitos
Árbitro: Wilson Souza
Assistentes: Jossemmar Diniz e Pedro Wanderley
Gols: Marcelo Ramos (aos 18 do 1°T), Gilmar (aos 41 do 1°T), Carlinhos Bala (aos 4 do 2°T) e Sandro (aos 16 do 2°T)
Cartões amarelos: Juliano (Náutico); Parral, Bilica e Leandro Camilo (Santa Cruz)
Cartão vermelho: Bilica (Santa Cruz)
Público: 15.305
Renda: 55.360
Preliminar: Náutico 5x3 Santa Cruz (juniores).
Alvirrubros já pensam no 2º turno
Marcos Pastich![]() | Empate complicou bastante a vida do Náutico nessa primeira parte do Estadual |
Goleiro Eduardo: “Não temos mais chances nesse turno” | |
Gustavo Lucchesi | |
Já o treinador Roberto Fernandes não quis admitir com todas as letras que a sua equipe deixou a briga pelo primeiro turno, mas admitiu que utilizará os jogos restantes para testar algumas novas peças e possíveis formações a serem utilizadas futuramente. “Eu vou continuar entrando em campo para ganhar, mas a bem da verdade é que a situação é bastante delicada. Vamos aproveitar esses jogos para evoluirmos e entrarmos bem no segundo turno. Hoje (ontem), fizemos a nossa melhor partida na competição, mas não soubemos liquidar o jogo”, declarou Fernandes.
Sobre o “recesso” do Estadual, que após a última rodada do primeiro turno, no dia 15 deste mês, só retorna no dia 2 de março, o comandante alvirrubro comentou que poderá utilizar, nesta temporada, o mesmo método utilizado no ano passado, quando dividiu o elenco alvirrubro em G1 e G2, com os dois grupos tendo programações distintas. A intenção é colocar os atletas que estão melhores condicionados de um lado e do outro os que ainda não conseguiram atingir condições ideais de jogo. “Esses 15 dias servirão como nossa pré-temporada e os atletas vão ter que suar muito a camisa”, disse Roberto.
Bala foi um dos destaques da partida
Yuri de Lira
Especial para a Folha
Ontem, no Clássico das Emoções, o atacante Carlinhos Bala fez o seu primeiro gol contra o Santa Cruz vestindo a camisa de um arqui-rival. O atacante já havia marcado contra o Tricolor defendendo o Cruzeiro no Brasileirão de 2006, mas, em clássicos, nunca tinha balançado as redes do Mais Querido. Defendendo as cores do Sport, o Baixinho jogou contra o Santa Cruz por duas vezes, passando em branco em ambas. Após o gol, Bala preferiu evitar qualquer tipo de polêmica e não fez nenhuma comemoração diferente. “Quando marquei o gol, fiz uma homenagem a minha filha, comemorei de forma tranquila para não criar nenhum mal-estar”, disse ele, comedido.
Um dos melhores jogadores em campo por parte do Timbu, Bala lamentou o empate contra o Santa Cruz e disse que o Náutico não soube aproveitar a vantagem no placar. “Levamos o primeiro gol, empatamos e viramos. Depois, não soubemos tirar proveito dessa vantagem e acabamos cedendo o empate ao Santa’’, declarou o jogador.
Bala lembrou que no jogo de ontem o seu desempenho foi prejudicado após a entrada do volante Memo, que o marcou de forma implacável. ‘’Quando Memo entrou, eu já estava cansado e a marcação dele atrapalhou ainda mais a minha movimentação. Tentei levar essa marcação para as pontas para abrir espaço no meio, mas, infelizmente, não deu certo”, afirmou.
Apesar de já ter tido uma passagem pelo Náutico, o atacante disse que ainda está em fase de adaptação no Timbu, mas que com o tempo o seu desempenho tende a crescer. “Cheguei agora no Náutico e estou ainda me adaptando ao clube, mas com a sequência de jogos o meu rendimento vai melhorar ainda mais”, disse.
Sandro desencanta e faz o 1º gol com a camisa coral
Rômulo Alcoforado
Especial para a Folha
O último gol de falta dele havia sido no ano de 2006, quando ainda atuava no Guarani/SP. Não sabe de quem se trata? Pois bem, é o zagueiro Sandro, que no clássico de ontem finalmente desencantou e marcou seu primeiro tento com a camisa tricolor. “O Marcelo Ramos estava comigo na bola, então, eu falei: ‘Marcelo, deixa eu bater’. Ele disse: ‘pode chutar, mas tem que fazer o gol’. Eu respondi: ‘Deixa comigo que eu vou estourar o peito desse goleiro’”, contou sorrindo o capitão coral.
Além de explicar o que aconteceu nos momentos antes da falta, o experiente jogador fez, também, uma análise positiva do resultado da partida: “O Náutico era o favorito. Nós não queríamos dizer, mas eram, até pelo fato de estarem jogando em casa e pela questão do entrosamento. O importante foi que nós jogamos como time grande”.
O outro artilheiro do Santa Cruz na tarde, Marcelo Ramos, acredita que o placar foi justo e que, mesmo estando a cinco pontos do líder Sport, o time do Arruda ainda tem chance de conquistar o primeiro turno. “A gente está lutando. O empate não era o resultado ideal, mas aconteceu. A partir de agora, nós temos que vencer todos os jogos, principalmente o próximo clássico. Com certeza, ainda estamos na briga” sentenciou, recusando-se a jogar a toalha. O treinador Márcio Bittencourt, por sua vez, preferiu elogiar a raça do time. “O que me agradou bastante foi aquilo que a gente conhece da equipe: muito aguerrida, corre o jogo todo e não desiste de nenhuma bola”.
Jogadores elogiam o trabalho de Bittencourt
GUSTAVO PAES
Primeiro, o técnico Márcio Bittencourt escalou três zagueiros, que conseguiram segurar bem as investidas do ataque do Náutico, pelo menos até o momento do gol de empate. Depois, vendo que sua equipe estava desestabilizada, promoveu a entrada de Memo, que foi fundamental ao anular as ações de Carlinhos Bala. Por fim, colocou o atacante Pedro Henrique, que, além de criar boas oportunidades, ainda sofreu a falta que originou o gol de Sandro. Por tudo isso, Bittencourt foi destaque no Clássico das Emoções. “A nossa parte tática está sendo um grande diferencial nesse primeiro turno. Nós estamos no caminho certo. Nós confiamos muito no trabalho do Márcio Bittencourt”, declarou o atacante Marcelo Ramos.
O capitão Sandro também elogiou o comandante. “O Márcio está fazendo um grande trabalho. Está claro para todos que nós temos que nos ajudar dentro de campo, a preocupação tática é muito grande”, comentou. Ao saber dos elogios, Bittencourt brincou. “Tem certeza que eles elogiaram? Acho que não, eu só dou porrada neles”, disse. “Eu cobro bastante deles, porque sei o que eles podem oferecer”.
Times criticam atuação de Wilson
Robert Fabisak![]() | Para Santa Cruz, árbitro intimidou seus jogadores. Náutico reclamou dois pênaltis |
Wilson distribuiu cinco cartões no clássico, sendo um vermelho para o tricolor Bilica | |
GUSTAVO PAES | |
Por outro lado, o técnico Márcio Bittencourt preferiu evitar polêmica e ainda elogiou o árbitro. “Não tenho nada para falar da arbitragem. Conheço o Wilson Souza faz tempo, ele teve uma boa atuação”, afirmou o treinador coral. Se o treinador do Santa Cruz não tinha queixas, o mesmo não se pôde dizer do técnico Roberto Fernandes, do Náutico. “Wilson Souza é o árbitro mais experiente que nós temos em Pernambuco. Não acredito em má intenção da parte dele, mas já soube que tivemos dois pênaltis ao nosso favor que não foram marcados, além de um contra-ataque nosso que ele matou, já que deveria ter aplicado a lei da vantagem, pois o Gilmar saiu na cara do gol. Mas todo mundo erra”, declarou Fernandes.
Os pênaltis reclamados pelo técnico alvirrubro aconteceram aos 26 minutos do primeiro tempo e aos três minutos da etapa final. Os dois lances, nas avaliações a olho nu, provocaram opiniões diversas entre os cronistas desportivos. No primeiro lance, o time timbu alçou uma bola na área, o zagueiro Galiardo disputou de cabeça e teria sido puxado por Vágner. No segundo, Anderson Lessa invadiu a área em velocidade, a zaga do Tricolor veio por baixo e o jogador acabou caindo na grande área.
Wilson Souza distribuiu três cartões amarelos para o Santa Cruz e um para o Náutico. Aos 37 minutos do segundo tempo, o árbitro deu o segundo amarelo a Bilica, quando a bola bateu na mão do jogador, outra decisão que gerou polêmica.
Folha flagra mais um ônibus sendo depredado
Marcos Pastich![]() | |
Torcedor tricolor terminou levando a pior na confusão | |
GUSTAVO PAES | |
Amanhã, será realizada uma reunião na sede do Ministério Público para tentar cessar os atos de vandalismo. A ideia é criar um Juizado móvel, para julgar pessoalmente quem cometer o delito, assim como acontece dentro dos estádios.
Dentro de campo, o problema foi outro: vários torcedores do Santa Cruz compraram ingressos do programa Todos com a Nota, que é exclusivo para a torcida do time da casa. Como a entrada é única, muitos tricolores tiveram que ficar na arquibancada junto com os rivais. A polícia decidiu abrir o portão para que os corais pudessem se dirigir à arquibancada dos visitantes. Durante a transferência, mais tumulto e agressões.
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domingo, 1 de fevereiro de 2009
A Emoção está de volta ao Estadual




Após quase dois anos, Náutico e Santa Cruz se reencontram neste tradicional clássico
Gustavo Lucchesi e Gustavo Paes
Após inacreditáveis quase dois anos sem se encontrar, Náutico e Santa Cruz voltam a se enfrentar neste domingo, às 16h, nos Aflitos, fazendo renascer o adormecido Clássico das Emoções. O reencontro dos dois velhos rivais acontece numa situação curiosa e, talvez, decisiva, já que ao Náutico só a vitória interessa, caso contrário, o time, segundo o próprio treinador Roberto Fernandes, dará adeus à briga pelo primeiro turno do Estadual 2009. Já o Tricolor, colecionando vexames nos últimos três anos, vem surpreendendo e chega ao duelo como vice-líder da competição, estando bem cotado para conseguir um bom resultado neste domingo.
Apesar de invicto, o Timbu soma 12 pontos na classificação, seis atrás do líder Sport (até o início desta rodada), e ocupa apenas a quarta colocação, com uma vitória sendo essencial para a sobrevivência da equipe nesta primeira etapa. Até mesmo um empate é visto como um péssimo resultado pelos alvirrubros. “Não tem mais cálculo. Temos que vencer todos os jogos que temos pela frente neste turno. Caso contrário, estamos fora”, disse Roberto Fernandes.
Um pouco mais animado pelo fato da regularização dos laterais-direito Carlinhos e Ângelo, além da absolvição de Anderson Santana e Derley, Fernandes não precisará improvisar nenhum atleta para este confronto, o que ainda não havia acontecido neste Estadual. A única dúvida do comandante do Timbu é em relação ao esquema que será utilizado neste domingo. Ele chegou a ensaiar um 4-4-2, com os meias Dinda e Juliano na armação, porém ele possui a opção de surpreender, colocando Gilmar no lugar de Dinda, ao lado de Carlinhos Bala e Anderson Lessa no ataque, num 4-3-3, formação que ele não descartou. “Tenho essa opção, mas só vou decidir minutos antes do jogo”, disse Fernandes.
Pelo mesmo caminho, segue o técnico tricolor, Márcio Bittencourt. Nos preparativos para o clássico, ele testou os esquemas 3-5-2 e o 4-4-2. Dúvida real ou forma de despistar o adversário? “Realmente precisamos fazer uma análise cautelosa. O time está mais acostumado a jogar no 4-4-2, mas temos que pesar tudo, pensar nas nossas necessidades”, disse o treinador do Mais Querido.
A formação com três zagueiros aparece como a mais provável, já que a defesa do Santa Cruz não tem como principal virtude a velocidade, ao contrário do ataque Timbu. Deixar os homens de defesa no mano a mano parece um plano muito arriscado, e, no Campeonato Pernambucano, Bittencourt tem demonstrado muita cautela, valorizando a marcação e contando com a força da dupla de ataque e o apoio dos laterais para resolver os jogos. No meio-campo, Leandro Gobatto está de volta para armar as jogadas. “É meu primeiro clássico, e a vontade de jogar é enorme. A responsabilidade do meia é muito grande, independente do jogo”, comentou Gobatto.
Ficha Técnica

Eduardo; Carlinhos (Ângelo), Vágner, Galiardo e Anderson Santana; Nunes, Johnny, Dinda (Derley) (Gilmar) e Juliano; Carlinhos Bala e Anderson Lessa (Gilmar). Técnico: Roberto Fernandes

André Zuba; Thiago Matias, Sandro e Leandro Camillo (William); Parral, Vágner, Bilica, Leandro Gobatto e Adílson (Juca); Marcelo Ramos e Márcio. Técnico: Márcio Bittencourt.
Local: Aflitos
Horário: 16h
Árbitro: Wilson Souza
Assistentes: Jossemmar Diniz e Pedro Wanderley
Preliminar: Náutico x Santa Cruz, às 13h30 (juniores)
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
Eles conhecem o caminho do gol
Gustavo Lucchesi e Gustavo Paes
Dois dos maiores ícones do futebol pernambucano dos últimos anos, os atacantes Marcelo Ramos e Carlinhos Bala são as grandes atrações do clássico deste domingo. De um lado, o artilheiro e ídolo maior da torcida coral. Do outro, o controverso, o andarilho que vestiu a camisa dos três grandes da Capital, o jogador de decisão. Marcelo, inclusive, foi o autor do gol do último Clássico das Emoções, quando o Náutico abriu 2x0, e o atacante coral descontou. “No último clássico, eu consegui fazer o gol, mas o Santa Cruz acabou perdendo o jogo. Desta vez, não faço questão de marcar gols, mas quero ajudar a minha equipe a conseguir a vitória”, comentou o jogador tricolor.
Acostumado com a pressão de disputar um clássico, Marcelo Ramos afirmou que não perde mais o sono na véspera desse tipo de jogo. “Pelo fato de ser um jogo especial, que envolve muita coisa fora de campo, é normal que exista um pouco mais de ansiedade antes de um clássico. Mas é muito menor do que no início da carreira”, disse o atacante. Ele afirmou ainda que uma vitória diante do rival pode colocar o Santa Cruz definitivamente na briga pelo título do primeiro turno. “Sabemos da dificuldade que vamos enfrentar. Porém, se ganharmos do Náutico, principalmente jogando fora de casa, vamos dar um grande passo na briga pelo primeiro turno”, declarou. “Quanto mais nós vencemos, mais a cobrança da torcida aumenta. Eles querem a continuidade no caminho das vitórias”, finalizou.
Do outro lado do ringue, o folclórico, o polêmico, o pequeno grande... Carlinhos Bala! Apesar de dispensar apresentações, o atacante garantiu que a idade e a maturidade lhe bateram a porta e que, caso marque algum gol, não haverá comemoração provocativa contra a torcida tricolor. “Fui aprendendo com os erros. Ia fazendo as coisas de cabeça quente e logo depois me arrependia. Caso marque gol, vou comemorar apenas com meus companheiros. Estou mais maduro e cansei de polêmicas”, disse Bala.
Sobre o fato de ser conhecido por sempre marcar gols em clássicos, principalmente quando atuava contra o Náutico, o atacante confirmou que, realmente, cresce em jogos importantes e que irá compensar os alvirrubros por ter marcado vários gols contra o Timbu. “Realmente, eu adoro clássico. É aquele jogo que você, perdendo ou ganhando, todo mundo na rua vai vir comentar com você. Vou me esforçar ao máximo para conseguir a vitória e, quem sabe, conseguir melhorar a conta com a torcida do Náutico”, brincou Carlinhos. Atuando contra o Santa Cruz, Bala só marcou uma vez, vestindo a camisa do Cruzeiro, em 2006.
Atenção com as organizadas
Daniel Leal
Com a expectativa de uma possível lotação dos Aflitos, foram tomadas algumas medidas de precaução em prol dos torcedores e cidadãos que estiverem nas redondezas da avenida Rosa e Silva. O policiamento será reforçado, algumas ruas interditadas e linhas de ônibus acrescidas.
Somando o policiamento da área interna, realizado pelo 13º BPM, com a área externa, feito pelo Comando de Policiamento da Capital, serão totalizados 260 oficiais. Segundo o major Carlos Azevedo, que está respondendo pelo comando do 13º BPM, as torcidas organizadas receberão uma atenção especial. “Fizemos uma reunião com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e com os representantes das organizadas para tentar evitar maiores problemas nesse jogo. Porém, mesmo assim, vamos manter uma atenção especial com a Fanáutico e a Inferno Coral”.
O monitoramento e interdições nas principais vias próximas ao estádio começam a partir do meio-dia. Trinta agentes da Companhia de Trânsito estarão nas proximidades orientando os motoristas e torcedores. Já em relação ao transporte, duas das principais linhas de ônibus da cidade receberão um pequeno acréscimo: os veículos que fazem a rota PE-15/Boa Viagem e PE-15/Joana Bezerra, que normalmente realizam juntas 233 viagens, no domingo, passarão a realizar 248 viagens, com intervalos de cerca de 15 minutos.
Tricolores não veem a hora do jogo começar
Torcedores estão muito ansiosos para o clássico deste domingo
PAULO FAZIO
Para o torcedor, não existe jogo mais especial do que um clássico. O clima antes e depois das partidas, as comemorações e até mesmo as lamentações fazem parte destes confrontos que acirram ainda mais as rivalidades locais. Mas, neste domingo, o Clássico das Emoções entre Náutico e Santa Cruz vai além destas questões. Contando os dias para o jogo desde que a tabela do Campeonato Pernambucano foi divulgada, a partida marca o reencontro dos, inegavelmente ansiosos, tricolores com os rivais dentro de campo. Também pudera, foram 679 dias de espera desde o último clássico, resumidos em apenas 90 minutos de bola rolando.
Para se ter a ideia da importância do confronto para a massa coral, teve até torcedor adiando a volta para casa para não perder nenhum duelo diante dos rivais neste primeiro turno de Estadual. É o caso do autônomo José Carlos Rodrigues. Residente nos Estados Unidos, desde 2001, o tricolor de 29 anos fez questão de mudar a sua data de passagem para a terra do Tio Sam a fim de acompanhar ao vivo as partidas diante de Náutico e Sport. “O último clássico que fui foi a final do Estadual de 2001, contra o Náutico. Desde então, acompanho apenas pela Internet. Venho matando as saudades, mas não vejo a hora do clássico começar”, disse, empolgado, Júnior, como é conhecido.
Assim como Júnior, seu amigo Claudemil Aragão, de 30 anos, não vê a hora da bola começar a rolar. A última vez que o empresário viu o Santa Cruz duelar diante de um arqui-rival foi no dia 28 de janeiro de 2007, quando o Tricolor bateu justamente o Náutico, com dois gols de Marcelo Ramos, coincidentemente o atual artilheiro coral na temporada. “Estou muito ansioso. Faz falta a brincadeira, a rivalidade. Com certeza, estarei nos Aflitos, como fui para praticamente todos os jogos do Santa Cruz este ano”, garantiu. Para ele, a atual situação do rival pode ser favorável para a dupla de ataque do técnico Márcio Bittencourt. “A zaga do Náutico não tem entrosamento. Com Marcelo Ramos e Márcio, que eu acho bom jogador, podemos vencê-los”. Quanto ao placar da partida, os dois amigos, coincidentemente, arriscaram o mesmo placar: “2x1, com gols de Marcelo Ramos e Márcio”.
Solidariedade e Carnaval em campo
Gustavo Lucchesi
Por uma causa mais do que nobre, somente neste domingo, o Clássico das Emoções irá ceder o seu tão tradicional nome para virar o Clássico da Solidariedade. O motivo é a pequena Clara Costa Pereira, de apenas um ano e quatro meses de vida, que luta para conseguir vencer a paralisia cerebral. E colocando a rivalidade de lado, os torcedores poderão vestir a camisa da solidariedade para ajudar Clarinha a vencer essa batalha pela vida. A tarefa é mais simples do que parece, já que neste domingo, urnas estarão localizadas na entrada das duas torcidas, e no acesso às sociais dos Aflitos, para que os interessados possam contribuir com qualquer valor.
Além disso, todos os 22 atletas titulares entrarão em campo vestindo uma camisa, com a foto da menina, com os dizeres “Eu ajudo Clara”, mesma peça de roupa que está disponível à venda, pelo preço de R$ 15, no site da campanha Um Real Por Um Sonho(www.umrealporumsonho.com.br), criado pelos pais da menina para conseguir arrecadar o valor necessário para o tratamento da doença.
Apenas oferecido por uma empresa de biotecnologia atuante na China, todo o processo (viagem, estadia e tratamento), feito à base de células-tronco, foi orçado em 40 mil dólares (equivalente a R$ 91 mil), já tendo sido arrecadado 58% deste valor. “Enquanto houver esperança, não vamos medir esforços para ajudar a Clarinha”, disse Aline Costa Pereira, mãe de Clara.
Além da solidariedade, a beleza e o frevo também entrarão em campo neste domingo, com o desfile, no intervalo da partida, dos 16 finalistas ao concurso de rei e rainha do Baile Municipal do Recife 2009, que acontecerá no dia 14 de fevereiro. Para saber a opinião do público, a organização do evento disponibilizará seis urnas de votação, três na entrada de cada torcida, para que os torcedores possam opinar. Este ano, toda a renda do baile será utilizada para a compra de uma nova sede para o abrigo O Recomeço, que acolhe mulheres em situação de risco e seus filhos.
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Material esportivo do Santa Cruz deve ser da Penalty
Robert Fabisak![]() | ![]() Joma, que estava acertada, não será mais a fornecedora coral |
Bezerra Coelho explicou os motivos da reviravolta | |
GUSTAVO PAES |
A Joma, marca espanhola que foi anunciada no início do mês como a nova fornecedora de material esportivo do Santa Cruz, divulgou que, devido à crise financeira mundial, e ao falecimento de um dos principais sócios da empresa, está reavaliando os seus investimentos no ramo e, consequentemente, não vai mais vestir o clube coral. Com isso, a diretoria tricolor decidiu abrir negociação com outras marcas. Quem explicou os novos acontecimentos foi o diretor de Comunicação do clube, Antônio Carlos Júnior. “A Joma colocou para nós que, devido à crise mundial, somado ao falecimento de um dos sócios da empresa, eles estão retirando os seus investimentos do País”, declarou o dirigente.
Em entrevista durante o almoço do Grupo de Executivos do Recife (Gere), realizado ontem, o presidente do Mais Querido, Fernando Bezerra Coelho, comentou sobre a reviravolta na negociação com a Joma e informou ainda que a Penalty, empresa paulista fundada em 1970, está na frente das concorrentes. “A Joma estava causando problemas com outros times, inclusive com o Santa Cruz. Já estamos com negociações avançadas para conseguir um novo fornecedor. A Penalty é a empresa que está mais próxima de um acerto no momento”, disse Bezerra Coelho. Nos bastidores, as informações são de que a italiana Kappa também está negociando com os tricolores.
Com os novos acontecimentos, o plano da diretoria do Mais Querido de lançar o novo uniforme no clássico contra o Sport, que acontece no dia 8 de fevereiro, tornou-se inviável. Antônio Carlos Júnior disse que o time deve entrar em campo com as novas vestimentas no primeiro jogo do segundo turno, dia 2 de março, contra o Sete de Setembro, no Arruda.
Dentro de campo, a novidade é a regularização do atacante Roger Thompson. Agora, o técnico Márcio Bittencourt tem todos os jogadores do elenco a sua disposição.
INGRESSOS
Os ingressos para o Clássico das Emoções, domingo, às 16h, nos Aflitos, continuam a ser vendidos hoje. Ao todo, a diretoria do Náutico disponibilizou quatro mil bilhetes para os adversários, sendo que três mil estão sendo vendidos nas bilheterias do Arruda e, o restante, no próprio estádio Timbu. Hoje, no Mundão, o atendimento aos torcedores acontece das 14h às 18h. Amanhã, a venda vai das 8h às 12h.
Até o fechamento desta edição, não foram divulgadas informações sobre como foi a procura da torcida coral pelos ingressos. Porém, uma coisa é certa: os tricolores não ficaram nada satisfeitos com o preço cobrado pelos alvirrubros. Os bilhetes para a torcida visitante tem preço único de R$ 40,00.
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Santa Cruz já está na segunda colocação
Diego Nigro![]() | ![]() Tricolor venceu a Cabense por 1x0 e está na cola do líder Sport |
Corais têm pela frente, no domingo, o clássico contra o Náutico, nos Aflitos | |
GUSTAVO PAES |
O Santa Cruz venceu a Cabense ontem, por 1x0, atuando no estádio Gileno de Carli, no Cabo de Santo Agostinho, e, agora, é o principal perseguidor do Sport na briga pelo título do primeiro turno do Campeonato Pernambucano. O Tricolor está isolado na segunda colocação do torneio, três pontos atrás do líder (18x15), enquanto o Azulão caiu para a quinta posição. A vitória veio em um jogo bastante truncado, e novamente a vontade superou a técnica. Na próxima rodada, domingo, o Mais Querido visita o rival Náutico, no tradicional Clássico das Emoções.
Comparando a disputa dentro de campo com uma luta de boxe, seria possível dizer que no primeiro tempo do jogo a vantagem foi da Cabense. Porém, seria uma vitória por pontos, com uma margem pequena de diferença. Sem nenhum golpe mais forte, nenhuma ameaça de nocaute, tudo parecia um eterno clinche no centro do gramado, com as duas equipes criando muito pouco. Pelo lado do Azulão, o destaque novamente foi o habilidoso Coringa, que tentava dar velocidade nas investidas da sua equipe.
O lance mais perigoso também saiu dos pés do jogador, que aos 35 minutos da etapa inicial, cobrou uma falta com muita força na perna canhota, mas o goleiro André Zuba estava atento, espalmando para escanteio. Com um meio-campo sem criatividade, o Tricolor não teve nenhuma grande oportunidade de gol. William, que sofreu atuando isolado na criação do meio-campo coral, ainda sofreu um penalti, mas o árbitro Wilson Souza deixou passar.
No intervalo, o técnico Márcio Bittencourt fez uma opção cautelosa, ao tirar William, único jogador com características de armação no meio-campo tricolor, para a entrada do primeiro volante Anderson. Mas antes que a alteração pudesse repercutir de forma positiva ou negativa para o time, o Santa Cruz conseguiu abrir o marcador. Aos três minutos, o lateral-direito Parral cruzou, Marcelo Ramos ameaçou, mas foi o zagueiro Léo Gama quem acabou cabeceando a bola, marcando contra.
Depois do gol marcado, pouco futebol. O Mais Querido criou um verdadeiro ferrolho, e a Cabense não tinha inspiração para furar a barreira. Bittencourt ainda conseguiu espaço para colocar mais um volante, dessa vez na vaga de Marcelo Ramos. No final, dois pequenos sustos para a torcida coral, com Fábio Buda, de cabeça, e Neto, chutando cruzado. Mas a competência na marcação garantiu os três pontos para o Tricolor.

Ibson; Damião (Kléber Pereira), Alexandre, Léo Gama, Neto; Aílton, Márcio Machado (Léo Batista), Evanilson e Fabinho; Fabinho Recife (Fábio Buda) e Coringa
Técnico: Rogério Zimmermann

André Zuba; Leandro Camillo, Sandro e Thiago Matias; Parral, Bilica (Juca), Vágner, William (Anderson) e Adílson; Márcio e Marcelo Ramos (Húdson)
Técnico: Márcio Bittencourt
Local: Gileno de Carli (Cabo de Santo Agostinho)
Árbitro: Wilson Souza
Assistentes: Erich Bandeira e Alcides Lira
Gol: Léo Gama (contra, aos 3 minutos do 2°T)
Cartão amarelo: Bilica (Santa Cruz)
Público: 4.302
Renda: R$ 4.780
Preliminar: Cabense 0x8 Santa Cruz (Juniores).
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Santa Cruz tem um teste difícil contra a Cabense
Marcos Pastich/Arquivo Folha![]() | ![]() Para se manter próximo do líder Sport, Tricolor precisa vencer |
Atacante Marcelo Ramos é a principal arma coral para ganhar a partida de hoje | |
GUSTAVO PAES |
No duelo contra a Cabense, hoje, às 21h, no estádio Gileno de Carli, no Cabo de Santo Agostinho, a equipe do Santa Cruz vai ter a oportunidade de igualar em número de pontos com o líder do Campeonato Pernambucano, o Sport, atualmente com 15 pontos conquistados, três a mais do que a equipe coral. Para que isso aconteça, o Tricolor precisa vencer o seu confronto e torcer por uma derrota do Leão, diante do Ypiranga, em Santa Cruz do Capibaribe. Apesar de investir pesado na perseguição do primeiro colocado, o Mais Querido só pode ultrapassar o Rubro-negro em caso excepcional, pois a diferença de saldo entre as duas equipes é de dez gols.
No treinamento realizado ontem, no estádio Ademir Cunha, em Paulista, o técnico Márcio Bittencourt montou a equipe no esquema 3-5-2, colocando Leandro Camillo ao lado de Sandro e Thiago Matias. Depois, o treinador coral retornou ao 4-4-2, desta vez com o volante Anderson entre os titulares. Bittencourt não quis confirmar o time durante a sua entrevista coletiva.
“Ainda não tem nada decidido com relação ao esquema que vamos utilizar. Ainda vou fazer uma avaliação para definir qual a melhor equipe para enfrentar a Cabense”, disse o comandante.
Apesar do mistério com relação à formação tática, Márcio Bittencourt confirmou que William, que cumpriu suspensão na última rodada, volta ao time principal na vaga do meia Leandro Gobatto, expulso na partida contra o Ypiranga. Sem poder ter ao seu lado o volante Elder, que jogou improvisado auxiliando na armação das jogadas ofensivas, William vai ser o principal responsável pela criação. “Não tem nenhum problema, eu gosto desse esquema tático”, avaliou o atleta.
No ataque, apesar da boa participação de Pedro Henrique na vitória contra a Máquina de Costura, a dupla Marcelo Ramos e Márcio está mantida. Quem pode fazer a sua estreia é o zagueiro Daniel Horst, que teve a sua situação regularizada ontem.
CARAVANAS
O site CoralNET divulgou informações sobre duas opções de viagem para os torcedores do Santa Cruz que quiserem assistir ao jogo entre o Tricolor e a Cabense, no Cabo. A primeira, organizada por Daniel Leal (contato: 9235-7950), sai do supermercado Extra, localizado no bairro da Benfica, às 17h30, e custa R$ 20. A segunda, realizada por David (contato: 8849- 9862), sai da rua das Moças, também às 17h30, com o preço de R$ 10.
Quem quiser adquirir os ingressos para o jogo pode ir ao Arruda, das 9h às 12h. Foram liberadas 2 mil entradas para a torcida coral. O preço único é de R$ 20.

Ibson; Damião, Márcio Silva, Alexandre e Neto; Fabinho, Kléber Pereira, Coringa e Aílton; Felipe e Eduardo
Técnico: Rogério Zimmermann

André Zuba; Leandro Camillo (Anderson) Sandro e Thiago Matias; Parral, Bilica, Vágner, William e Adílson; Márcio e Marcelo Ramos
Técnico: Márcio Bittencourt
Local: Gileno de Carli (Cabo de Santo Agostinho)
Horário: 21h
Árbitro: Wilson Souza
Assistentes: Erich Bandeira e Alcides Lira
Preliminar: Cabense x Santa Cruz, às 18h (Juniores)
Márcio se refere a repórter como “aquele manco”
GUSTAVO PAES
A conturbada relação entre o técnico Márcio Bittencourt e a imprensa pernambucana ganhou mais um problemático capítulo na tarde de ontem. O estopim para a nova crise foram as imagens e o áudio captado por uma emissora de televisão, no qual o treinador coral aparece, durante uma palestra aos jogadores no centro do gramado, referindo-se ao repórter de rádio André Luís como “aquele manco”, numa referência ao problema físico do mesmo.
Durante a entrevista coletiva, Márcio Bittencourt, que ainda não sabia que as suas palavras haviam sido captadas pelos microfones, falou sobre uma informação que chegou aos seus ouvidos. “Houve uma pessoa da imprensa que maltratou um jogador nosso que possui um defeito físico (problema de fala), acho que isso foi uma falta de respeito. Pode ser que o Departamento Jurídico do clube tenha que cuidar disso”, afirmou Bittencourt, sem citar o nome do profissional de imprensa.
Ao ser perguntado se, por conta da possível ofensa ao seu jogador, teria utilizado uma maneira pejorativa para se referir ao tal repórter durante a sua conversa com os atletas, o treinador negou. Pouco depois, ele foi informado sobre as imagens que mostravam ele se referindo a André Luís como “aquele manco”. “Acho uma falta de profissionalismo captar o áudio da minha conversa com os jogadores”, declarou Márcio. “Desde o dia que cheguei aqui, eu tomei porrada da imprensa”, desabafou.
Azulão vai poder contar com a força máxima
PAULO FAZIO
Quinta colocada com dez pontos conquistados, a Cabense enfrenta o Santa Cruz com uma missão: se manter com 100% de aproveitamento dentro de casa. Até agora, foram duas vitórias em dois jogos, mostrando que o fator campo vem sendo primordial para a boa campanha da equipe do Cabo de Santo Agostinho neste início de Campeonato Pernambucano.
Sem nenhum desfalque, o técnico do Azulão, Rogério Zimmermann, pretende manter a mesma equipe que vem escalando nas últimas partidas. Nem mesmo a presença do atacante Marcelo Ramos no time adversário fez com que o treinador modificasse o seu esquema tático. “Temos que dar atenção a todos. Lógico que Marcelo (Ramos) dispensa comentários, mas todos os jogadores deles têm qualidade e também preocupam”, explicou Zimmermann.
Diferente das demais equipes intermediárias, que geralmente veem nos confrontos diante dos três grandes da Capital como partidas a serem evitadas, Rogério Zimmermann pensa justamente o contrário. Segundo o treinador, é justamente para este tipo de confronto que a equipe se classificou para a elite do Estadual. “Lutamos muito para chegar até aqui, justamente para ter esse tipo de jogo, contra um clube tradicional, estádio cheio. É um clima diferenciado, com um envolvimento maior”, explicou.
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terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Santa Cruz punido com a perda de um mando de jogo
Marcos Pastich/Arquivo Folha![]() | ![]() Pena é por conta de um objeto jogado em campo, contra o Porto |
Arruda pode deixar de ser o palco do Tricolor em uma das partidas do time em casa | |
GUSTAVO PAES |
O dia 14 de janeiro foi realmente o mais traumático para o Santa Cruz nesse início de temporada. Além da derrota por 4x0 para o Porto, único resultado negativo do time até o momento no Campeonato Pernambucano, o Tricolor ainda deve sofrer algumas consequências no extra-campo. A Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco (TJD-PE) condenou o clube, ontem, à perda de um mando de campo, além do pagamento de uma multa de R$ 10 mil. Tudo isso porque, durante a partida, que foi realizada no estádio Luiz Lacerda, em Caruaru, o quarto árbitro e o delegado do jogo relataram que um objeto foi atirado pela torcida coral para dentro do gramado.
O advogado do clube, Miguel Moura, comentou o revés sofrido. “A nossa defesa usou argumentos fortes, como a falta de certeza de que o objeto partiu da torcida do Santa Cruz. Dissemos ainda que foi um ato isolado e que não houve prejuízo a terceiros, mas, infelizmente, fomos condenados em primeira instância. Mas nós vamos recorrer. O caso ainda vai ser apreciado pelo Pleno do TJD, nós esperamos que a situação seja revertida”, declarou.
Para o próximo jogo no Arruda, que acontece no dia 4 de fevereiro, contra o Serrano, o Santa Cruz não deve ter problemas. “Amanhã (hoje) vamos ter uma reunião com a diretoria para definir o próximo passo. Vamos buscar um efeito suspensivo, que vai possibilitar que o time continue jogando no Arruda. Depois nós vamos aguardar a decisão da data de julgamento pelo Pleno do TJD”, informou o advogado coral. Miguel Moura aproveitou para fazer um alerta aos torcedores. “Os torcedores têm que entender que são parte fundamental do processo. Se eles se comportarem bem durante os jogos, o Santa Cruz nunca vai ter esse tipo de problema”, afirmou.
Dentro de campo, o Santa Cruz também sofreu uma baixa importante. O volante/meia Elder, que foi titular em todos os jogos do Tricolor até o momento, está sentindo dores no joelho e, por isso, acabou sendo vetado pelo Departamento Médico para o confronto de amanhã, contra a Cabense, no estádio Gileno de Carli, no Cabo do Santo Agostinho. “O médico afirmou que eu vou ter que me poupar por pelo menos 72 horas. Eu quero voltar ao time o mais rápido possível. É muito chato se machucar nesse momento”, declarou o jogador tricolor. Elder vai trabalhar para ficar à disposição do técnico Márcio Bittencourt para o clássico do próximo domingo, quando o Mais Querido visita o Náutico.
INGRESSOS
A viagem para o Cabo de Santo Agostinho é rápida, e o time faz uma boa campanha no Campeonato Pernambucano. Por esses motivos, a presença dos torcedores do Santa Cruz no jogo de amanhã, contra a Cabense, deve ser grande. A diretoria coral divulgou que foram colocados 2 mil ingressos à disposição da torcida tricolor, sendo que a capacidade do palco da partida é de 5 mil pessoas. Os bilhetes começam a ser vendidos a partir de hoje, no Arruda, das 9h às 18h. A entrada para o jogo custa R$ 20. O jogo entre o Mais Querido e o Azulão será apitado por Wilson Souza de Mendonça, que será auxiliado por Erich Bandeira e Alcides Lira.
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Marcelo Ramos faz três no Ypiranga
Diego Nigro![]() | ![]() Com direito a dois golaços, atacante foi fundamental na vitória por 3x1 do Santa |
No último tento, o “matador” se livrou do zagueiro antes de encobrir o goleiro | |
BRENNO COSTA |
Três vezes Marcelo Ramos, com direito a dois golaços. Em partida válida pela quarta rodada do Campeonato Pernambucano, o artilheiro coral, após um primeiro tempo sem oportunidades para marcar, decidiu a vitória, de virada, de 3x1 do Santa Cruz sobre o Ypiranga na segunda etapa e conduziu o time ao terceiro posto na tabela de classificação. Apesar de ter os mesmos 12 pontos do Porto, que ocupa a segunda posição, o Mais Querido perde no saldo de gols (1x11). Na próxima rodada, o Tricolor do Arruda enfrentará a Cabense, no estádio Gileno de Carli, no Cabo de Santo Agostinho.
Nos primeiros minutos, o Santa Cruz dominava as ações e explorava bem o lado direito do campo com as subidas de Parral. Márcio, Elder e Leandro Gobatto, que teve uma atuação apagada e ainda foi expulso no segundo tempo, eram as outras opções pelo setor. Do outro lado, a proposta do Ypiranga era jogar fechado, com todos os atletas voltando para marcar e saindo rápido para o contra-ataque.
Mesmo com o maior volume de jogo do Tricolor do Arruda, quem abriu o placar foi a Máquina de Costura, aos 14 minutos, em uma jogada de bola parada, na qual Lulinha cruzou na cabeça do zagueiro Santiago, que cabeceou sozinho. O gol abalou o Santa e deu combustível ao Ypiranga, que teve ainda duas boas chances com Lulinha e Júlio César, que chegou a acertar a trave.
Na volta do intervalo, os treinadores fizeram modificações táticas. Márcio Bittencourt tirou o zagueiro Sandro e promoveu a estreia do atacante Pedro Henrique. Do lado do Ypiranga, Pedro Manta sacou o centroavante Rodrigão e colocou o zagueiro Lima, já que o outro defensor Luís Eduardo havia sido expulso.
Quem se deu melhor foi o Tricolor. Pedro Henrique criou boas jogadas até que o Santa conseguiu empatar logo aos três minutos. Após batida de escanteio, a bola sobrou para Marcelo Ramos, que chutou para o fundo das redes. O assistente Roberto Oliveira assinalou impedimento, mas voltou atrás. Aos 18, veio primeiro golaço de Ramos chutando forte de fora da área no ângulo direito de Gedai. O último, aos 37 minutos, foi de placa. O atacante roubou a bola e deu um toque por cima do goleiro.
Artilheiro mostrou que realmente está de volta
O assunto após a partida não poderia ser outro: a volta dos gols de Marcelo Ramos, no Arruda. O atleta passou o primeiro tempo apagado, já que o meio-campo do Santa Cruz criou poucas jogadas. Mas, como muito boleiros afirmam, artilheiro não precisa jogar bem, precisa fazer gol. E foi isso que ele fez na segunda etapa. Depois de ter marcado o primeiro tento nesta edição do Pernambucano diante do Salgueiro, no Cornélio de Barros, na última quarta-feira, o camisa nove do Santa Cruz marcou logo três gols no duelo de ontem diante do Ypiranga e está apenas a um gol de assumir a artilharia da competição, que está com o meia do Porto Guego.
Logo após o término da partida, o centroavante demonstrou humildade e fez questão de dividir os méritos com os companheiros de clube. “Foram gols importantes, até porque sair atrás do placar é sempre complicado, e o Ypiranga ainda teve duas chances para matar a partida. Eu soube aproveitar as oportunidades que tive. É claro que porque eu fiz os gols as atenções se voltam para mim, mas o mérito é de todo o grupo”, afirmou. O atacante ainda elegeu o gol mais bonito. “O terceiro foi o mais bonito. Modéstia à parte, foi um gol de categoria”, disse.
Tão exaltado quanto os gols de Marcelo Ramos foi o grupo do Santa Cruz. Aos poucos, o elenco vai se entrosando dentro e fora campo, e isso é percebido no discurso dos atletas. Durante a entrevista coletiva, a palavra “família” foi citada diversas vezes. “Aqui dentro se formou uma família muito unida, que vai dar muita alegria para a torcida. Márcio (treinador) vem pedindo união. Ontem, a gente teve uma conversa, e eu falei que a gente estava formando uma família. Estamos começando uma nova era”, afirmou o zagueiro Thiago Matias.
O artilheiro da partida, Marcelo Ramos, também acredita que a família Santa Cruz é uma realidade. “Aqui dentro do Santa é diferente. A gente ainda carrega a responsabilidade das coisas erradas que foram feitas no passado. Foram três anos de tristeza para a torcida. Ninguém queria vir jogar aqui. Mas, hoje, o grupo está fechado”.
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