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quinta-feira, 5 de março de 2009

Vale a sobrevivência


Arruda // Santa precisa vencer Americano por diferença de três gols para seguir adiante

Amissão é difícil. Vencer é obrigação, mas não é suficiente. É preciso ganhar por uma diferença de pelo menos três gols, ou fazer 2x0 e tentar a sorte na cobrança de pênaltis. Caso contrário, o Santa Cruz estará eliminado da Copa do Brasil na primeira fase, pela terceira vez consecutiva. Porém, uma mística diz que o Terror do Nordeste costuma se superar nos momentos mais difíceis. É ela que faz o torcedor acreditar na classificação coral, hoje à noite, diante do Americano-RJ, no Arruda.

Assim como aconteceu nos últimos dois anos, o Santa Cruz recebe o primeiro adversário no Arruda com a obrigação de reverter uma desvantagem. Foi assim em 2007, contra a Ulbra-RO, e em 2008, diante do Fast Club. Nas duas oportunidades, acabou sendo eliminado. Hoje à noite, os jogadores esperam escrever uma história diferente. "Vamos fazer o possível e o impossível. É o jogo da nossa sobrevivência", resumiu o atacante Roger.

O técnico Márcio Bittencourt ganhou, de última hora, um problema para escalar o time titular. O meia Leandro Gobatto passou o dia ontem com o joelho esquerdo inchado, tendo sido poupado do treino da tarde. Acabou virando dúvida para o duelo de hoje. Se ele não puder atuar, é possível que o time seja escalado com três atacantes. Roger faria a função de um meia, enquanto que Márcio e Pedro Henrique ficariam na frente.

Esta possibilidade, entretanto, não é confirmada por Márcio Bittencourt. O treinador tricolor assegurou, ontem à noite, que ainda não tinha definido o time, nem mesmo o esquema tático que vai adotar. "Pode ser o 4-4-2, o 3-5-2 ou até mesmo o 3-4-3", afirmou.

Americano - Assim como o Santa Cruz, o Americano tem desfalques para o jogo desta noite. Os zagueiros Elson e Siller foram vetados pelo departamento médico. Com isso, Nirley foi escalado entre os titulares, junto com Carlão e Anderson. Caboclo foi para o banco de reservas.

Santa Cruz

André Zuba; Parral, Leandro Camilo, Thiago Matias e Adílson; Wagner, Anderson, Elder (William) e Leandro Gobatto (Pedro Henrique) Márcio e Roger. Técnico: Márcio Bittencourt

Americano

Jefferson; Nirley, Carlão e Anderson; Paulo Henrique, Renan, Kim, Eberson e Ernani; Kieza e Diego. Técnico: Toninho Andrade

Local: Arruda. Horário: 20h30. Árbitro: João Alberto Gomes Duarte (RN). Assistentes: Eduardo Neves e José Sobrinho (ambos do RN). Ingressos: R$ 5 (idoso e estudante) R$ 10 (arquibancada e sócio), R$ 50 (cadeira).

Sem pressa para marcar

Apesar de precisar vencer por uma diferença de três gols, o time do Santa Cruz não vai entrar em campo com pressa. O técnico Márcio Bittencourt declarou que conversou com o grupo para evitar afobação em campo. "Temos 90 minutos. Você não pode se acovardar, mas não adianta se lançar para a frente e tomar um gol de contra-ataque", disse.

Quanto à possibilidade de decidir a vaga em cobrança de pênaltis, esta é a última opção para o técnico coral. Mesmo assim, ele confessou que treinou cobranças com o elenco. "Não queremos contar com isso, mas temos que treinar", resumiu, confirmando que já pensou em quem seriam os cobradores.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Santa quase definido para jogo de amanhã


Após vencer o Sete de Setembro por 1 x 0, segunda-feira passada, pelo Campeonato Pernambucano, os atletas do Santa Cruz se reapresentaram, ontem à tarde, no Arruda, para um breve regenerativo. Portanto, só hoje à tarde, o Tricolor faz o seu último treinamento com bola visando ao duelo com o Americano-RJ, pela Copa do Brasil, amanhã, às 20h30, no Recife. É bom lembrar que para passar de fase o time coral vai precisar vencer a equipe carioca por três gols de diferença. Isso porque, o Tricolor perdeu na primeira partida, em Campos, por 2 x 0 e, até para levar a decisão para os pênaltis, precisa dar o troco pelo mesmo placar.

A notícia ruim, ontem, foi em relação ao atacante Marcelo Ramos. Tudo porque a expectativa era de que o atleta ficasse fora da partida com o Americano, mas estivesse em campo, domingo, na partida com o Porto, pelo estadual. Agora, a previsão é de que o jogador, que está com um problema no joelho esquerdo, só volte ao time às vésperas do clássico com o Náutico, dia 29. Além de Marcelo Ramos,Bilica, que foi expulso em Campos, também desfalca a equipe que deve entrar em campo com André Zuba; Parral, Thiago Matias, Leandro Camilo e Adilson; Wagner, Anderson, Elder e Gobatto (Roger); Márcio Barros e Roger (Pedro Henrique).

Sobre reforços, o meia Ramon (ex-Vitória-BA) pode ser anunciado e um lateral-direito também deve chegar até a próxima quinta-feira. Ontem, surgiu a de que o Sport estaria interessado no zagueiro Thiago Matias e que o Figueirense estaria querendo levar Márcio Bittencourt. O problema é que, para deixar o Arruda, a multa rescisória do técnico é de R$ 2 milhões.

terça-feira, 3 de março de 2009

Valeu pelos três pontos


NO ARRUDA // Santa vence o Sete por 1 x 0 na estreia do 2º turno; quinta-feira o Tricolor joga pela Copa do Brasil

Com um gol de Roger, aos 4 minutos, do primeiro tempo, o Santa Cruz iniciou com vitória a sua caminhada em busca do título do segundo turno ao vencer o Sete de Setembro, ontem, no Arruda. Por conta dos vários gols perdidos, o time, que encara o Porto no próximo domingo, também no Recife, acabou vaiado por parte da torcida que compareceu ao estádio. Antes, na quinta-feira, o Tricolor volta a jogar no Arruda, mas pela Copa do Brasil. Na partida, o time coral precisa vencer o Americano-RJ por três gols de diferença para seguir na competição nacional. Isso porque, no jogo primeiro jogo, em Campos, a equipe carioca venceu por 2 x 0.

Quando a bola rolou, o Santa Cruz conseguiu logo o que mais queria. Aos 4 minutos, Leandro Gobatto fez jogada na área e a bola sobrou para Roger. O atacante bateu cruzado, Mondragon falhou e a bola morreu no fundo do gol: 1 x 0. O Tricolor seguiu pressionando e, aos 10, Pedro Henrique brigou pela bola, que sobrou para Elder chutar fraco. Mondragon segurou com facilidade.

Só aos 14 aequipe de Garanhuns chegou com perigo. Marcelo Paraíba pegou a sobra após falha de Bilica e chutou raspando a trave de André Zuba. Depois do lance, o time coral optou por esperar o Sete de Setembro e ir para o ataque aproveitando os espaços. Porém, foi o adversário que quase chega ao gol, aos 31 minutos. Israel recebeu pela direita e cruzou. Marcelo Paraíba subiu livre e cabeceou forte. André Zuba, bem colocado, evitou o pior.

A jogada acabou acordando o Santa Cruz, que teve duas excelentes chances de ampliar o placar. Aos 32, Elder enfiou boa bola para Roger, que entrou na área e chutou rasteiro. Mondragon desviou e a bola bateu na trave. Oito minutos depois, Roger, destaque do Tricolor no primeiro tempo, passou por Nei Carioca e por Givaldo e tentou encobrir o goleiro Mondragon, que mandou a bola para escanteio.

No segundo tempo, o time comandado por Márcio Bittencourt teve uma nova chance de fazer o segundo gol. Aos 20 segundos, Parral fez boa jogada pela direita e tocou para Elder. O volante dominou e tocou para Gobatto que, livre na área, mandou para longe do gol. Só aos 14, Roger puxou um bom contra-ataque, mas se desequilibrou na hora de dar o passe para Pedro Henrique na érea.

O técnico Márcio Bittencourt fez mudanças com objetivo de dar ânimo novo ao time. William entrou em lugar de Elder e Pedro Henrique saiu para a entrada de Thomas Anderson. Aos 32, o próprio Thomas Anderson recebeu de Roger e mandou a bola no travessão. Depois do lance, outras chances foram criadas, mas o placar ficou mesmo no 1 x 0.

Santa Cruz 1

André Zuba; Parral, Thiago Matias, Leandro Camilo e Adilson, Wagner, Bilica, Elder (William) e Leandro Gobatto (Anderson); Roger e Pedro Henrique (Thomas Anderson). Técnico: Márcio Bittencourt

Sete de Setembro 0

Mondragon; Nei Carioca, Oliveira e Givaldo; Israel, Zaqueu, Williams, Marcelo Capanema e Nando (Rodrigão); Nego Pai e Marcelo Paraíba (Jaílton). Técnico: Lourival Silva

Local: Estádio do Arruda. Árbitro: Adriano Siebra. Assistentes: Jossemar Diniz e Albert Júnior. Cartão amarelo: Nando e Israel (S) e Leandro Gobatto (SC). Gol: Roger (SC). Renda: R$ 20.105,00. Público total: 12.101.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Santa na missão segundo turno


Tricolor estreia contra o Sete de Setembro fazendo planos de conquistar etapa para disputar título com o Sport

Márcio Cruz // Diario
marciocruz.pe@diariosassociados.com.br


Para um time que começou a temporada desacreditado, o Santa Cruz surpreendeu ao terminar o primeiro turno na segunda colocação, com 24 pontos (atrás apenas do Sport, que já assegurou a sua vaga na decisão) e um aproveitamento de 72,73%. Porém, quem pensa que o Tricolor - que fecha a primeira rodada do segundo turno diante do Sete de Setembro, hoje, às 20h30, no Arruda - não quer mais está redondamente enganado. O tricolor agora quer o primeiro lugar para disputar o título diretamente com o Sport, campeão da etapa incial do Pernambucano.

"Muita gente gostou do desempenho da nossa equipe no primeiro turno, mas sei que podemos melhorar e vou sempre estar cobrando isso. O nosso foco é estrear bem, vencer o Sete de Setembro, e só depois pensaremos no jogo com o Americano pela Copa do Brasil, quinta-feira, também aqui no Arruda", ressalvou o técnico Márcio Bittencourt.

Porém, para a partida com o time de Garanhuns, o comandante coral tem desfalques de peso no ataque. O principal deles é o atacante Marcelo Ramos, que já marcou dez gols no Estadual e está fora por conta de um trauma que sofreu no joelho esquerdo. O outro é Márcio Barros, que não joga devido ao terceiro cartão amarelo.

O fato de perder a dupla titular e ser obrigado a escalar Pedro Henrique e Roger não deixaram Márcio Bittencourt desanimado. "O ataque não é um setor que me preocupa, pois temos boas peças para suprir as ausências dos titulares no setor. Tenho certeza que tanto Pedro como Roger darão uma boa resposta diante do Sete", avaliou o técnico, que alterou o esquema do 3-5-2 para o 4-4-2 com a entrada do volante Elder em lugar do experiente zagueiro Sandro.

Entre os jogadores, o pensamento é igual ao do comandante coral. Segundo o meia Leandro Gobatto, o segundo turno promete ser bem mais complicado do que o primeiro e o Santa Cruz tem que estar preparado para a "guerra". "Mostramos no primeiro turno que o nosso grupo é forte e agora as equipes que vão nos enfrentar no Arruda deverão virfechadas. Com o Sete de Setembro não será muito diferente do que aconteceu no empate com o Vitória (na última rodada do primeiro turno) e temos que nos acostumar a lidar bem com isso".

Já o volante Wagner, que vem se destacando pela eficiência na marcação no meio-campo, aposta na evolução da equipe como principal arma para superar os adversários. "Nossa equipe está agora bem mais preparada e compactada dentro de campo. Com isso, o nosso futebol flui com mais facilidade. É fazer um grande resultadocontra o Sete de Setembro para que a gente possa ter mais tranquilidade para o jogo com o Americano, quinta, pela Copa do Brasil".

Santa Cruz

André Zuba; Parral, Thiago Matias, Leandro Camilo e Adilson, Wagner, Bilica, Elder e Leandro Gobatto; Roger e Pedro Henrique. Técnico: Márcio Bittencourt

Sete de Setembro

Mondragon; Israel, Nei Carioca, Oliveira e Nando; Zaqueu, Williams, Vinícius e Marcelo Capanema; Nego Pai e Marcelo Paraíba. Técnico: Lourival Silva

Local: Estádio do Arruda. Horário: 20h30. Árbitro: Adriano Siebra. Assistentes: Jossemar Diniz e Albert Júnior. Ingressos: Arquibancada R$ 20; arquibancada anel superior R$ 15; sócio e estudante R$ 10.

Sete está confiante

Após um começo "cambaleante" no Campeonato Pernambucano, o Sete de Setembro, do atacante Nego Pai, reagiu e acabou o primeiro turno na 8ª colocação, com 13 pontos e um aproveitamento de 39,39%. Isso deixou o técnico Lourival Silva bastante animado para a estreia da equipe diante do Santa Cruz. "No Sete, a gente não está mais preocupado com o rebaixamento. Agora, a nossa meta é buscar uma das duas vagas na Série D", disse o animado comandante da equipe de Garanhuns.

Para o duelo com o Tricolor, Lourival Silva fará uma alteração na lateral direita. Sai Paulinho CT, que foi revelado nas divisões de base do Náutico, e entra Israel. No ataque, Nego Pai, por conta de um problema muscular na coxa direita, chegou a ter a sua escalação ameaçada, mas acabou se recuperando e vai jogar. "Respeitamos o Santa Cruz pelo fato dele jogar em sua casa e pelo que mostrou no primeiro turno. Mas vamos para o Arruda também para mostrar futebol e em busca de pontos para que a gente possa atingir os nossos objetivos".

Fazer valer a força do Arruda

Para dois destaques do setor defensivo coral, a expectativa é de um segundo turno bem melhor. De acordo com o goleiro André Zuba, o Tricolor precisa fazer prevalecer o fator campo a partir do duelo desta noite com o Sete de Setembro, no Arruda, se quiser conquistar a segunda fatia da competição e a vaga nas finais com o Sport. "A expectativa é a melhor possível e vamos brigar pelo título do segundo turno para irmos à final com o Sport. Temos dois jogos seguidos em casa pelo Estadual (hoje e domingo) e temos que vencê-los se quisermos arrancar bem no segundo turno", avaliou Zuba.

Já o zagueiro Thiago Matias foi mais além e disse que o Santa Cruz precisa fazer o que fez o rival rubro-negro no primeiro turno. "Eles aproveitaram uma boa seqüência de jogos que fizeram em casa e conquistaram a vaga nas finais. Agora, faremos quatro dos cinco primeiro jogos do segundo turno, no Arruda, e temos que fazer prevalecer a nossa força em casa para irmos em busca da última vaga na decisão".

Ainda sobre o duelo com o Sete,tanto o goleiro coral como o zagueiro, lamentaram um pouco a ausência do atacante Marcelo Ramos, artilheiro coral, com 10 gols. "É um jogador que faz falta em qualquer time. Mas Pedro Henrique e Roger estão muito bem preparados e tenho certeza que eles vão nos ajudar a vencer o Sete", frisou Zuba. "Marcelo é um jogador importante e de grande presença de área, mas temos que apoiar quem vai entrar em campo. Eles vão dar o máximo".

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

"Vulcão Tricolor"


No Arruda // Santa Cruz massacra o Serrano por 7 x 1 e vai cheio de confiança para o clássico de domingo contra o Sport

José Gustavo // Diario
josegustavo.pe@diariosassociados.com.br


Foi um baile de carnaval. Ao som do frevo rasgado do "Vulcão Tricolor", o Santa Cruz fez uma festa como há muito tempo não se via na comemoração dos seus 95 anos, que aconteceu na última terça-feira. Em noite inspiradíssima, a equipe coral aplicou uma sonora goleada em cima do Serrano, ontem, no José do Rego Maciel. O placar de 7 x 1 acabou sendo o maior de todo o Campeonato Pernambucano até agora e poderia ter sido maior pelo que produziu o time nos 90 minutos de bola rolando.

O massacre coral em cima do Jumento elevou o moral do Tricolor para o clássico contra o Sport, no próximo domingo, novamente no Arruda. Agora, o Santa Cruz soma 19 pontos e segue na vice-liderança do primeiro turno do Campeonato Pernambucano. O atacante Marcelo Ramos acabou sendo o grande destaque do jogo ao marcar três dos sete gols da vitória. Parral, Márcio Barros, Pedro Henrique e Thiago Matias completaram o "chocolate".

O ritmo veloz do Santa Cruz surpreendeu desde que a bola começou a rolar. Logo aos 2 minutos, o time mostrou seu cartão de visita. Em uma saída de bola errada do Serrano, Leandro Gobatto achou Marcelo Ramos na diagonal e o atacante tocou na saída do goleiro para abrir o placar.

O segundo gol nasceu em uma jogada que a bola passou de pé em pé até chegar do lado direito para Parral, aos 21 minutos. O lateral recebeu na quina da área e soltou um torpedo, cruzado, sem defesa para Maicon. Santa 2 x 0. Aos 29 minutos, em bola enfiada para Márcio Barros, o atacante invadiu a área como uma flecha e fuzilou o gol adversário na saída do goleiro. Santa 3 x 0.

Carnaval

A festa continuou no retorno para o segundo tempo. A equipe coral não diminuiu o ritmo e logo no primeiro minuto, o zagueiro Thiago Matias foi derrubado na área. Pênalti. Marcelo Ramos cobrou e fez o quarto gol tricolor. A partir daí, o time pisou um pouco no freio e o Serrano diminuiu logo em seguida, aos 5 minutos. Em uma falha geral da zaga, o meia Wescley entrou sozinho e chutou para fazer o gol de honra do Jumento.

Depois da entrada do atacante Roger, o Santa voltou a crescer no jogo. Em sua primeira jogada, aos 25 minutos, Roger arrancou em velocidade e deu para Pedro Henrique fuzilar a meta de Maicon: 5 x 1. O sexto gol coral saiu aos 27, quando Marcelo Ramos, de carrinho, escorou cruzamento da esquerda. A festa ficou completa aos 42 minutos, quando, de calcanhar, Pedro Henrique serviu Thiago Matias que, com categoria, colocou a bola no fundo da rede.

Santa Cruz 7

André Zuba; Sandro (Roger), Thiago Matias e Leandro Camilo; Parral, Anderson, Wagner, Leandro Gobatto e Juca; Marcelo Ramos e Márcio Barros. Técnico: Márcio Bittencourt.

Serrano 1

Maicon; Júnior Moura, Alex Costa, Edu Matos e Paulinho Potiguar (Barbosa); Marcondes (Anderson), Nau, Antônio Carlos e Wescley; Fabian e Caio (Diego). Técnico: Ernesto Forte.

Local: Estádio do Arruda. Árbitro: Carlos Costa. Assistentes: Alcides Lira e Albert Júnior. Gols: Marcelo Ramos (3), Parra, Márcio Barros, Pedro Henrique e Thiago Matias (SC); Wescley (S). Cartões Amarelos: Parral (SC); Nau, Alex e Edu Matos (S). Público: 17.713 (total). Renda: R$ 49.075,00.

Agora é pensar no Leão

Enquanto o torcedor do Santa Cruz deixava o Arruda em êxtase, depois da sonora goleada de ontem, o técnico Márcio Bittencourt reunia o seu time no vestiário para rezar e pedir o mesmo empenho no clássico diante do Sport, domingo, novamente, no Arruda. As palavras do treinador foram bem assimiladas pelo grupo. Em todos os depoimentos, os jogadores mostraram que vão permanecer com os "pés-no-chão" e que o resultado diante do Serrano valeu apenas pelos três pontos.

"Sinceramente, o importante foi a vitória. Poderia ter sido até de 1 x 0, mas valia pelos três pontos. Eles foram decisivos para deixar nosso time ainda na briga pela turno", afirmou o dono da noite de ontem, o atacante Marcelo Ramos, autor de três gols e que perdeu mais dois que não costuma desperdiçar. "Essa partida foi diferenciada em termos de determinação e aplicação tática do time. Mas agora já passou. É pensar no Sport e trabalhar esses dias para entrar bem no clássico", completou o artilheiro que soma agora 8 gols na artilharia da competição.

Otécnico Márcio Bittencourt foi um dos últimos na coletiva de ontem. Apesar de estar satisfeito com o rendimento do seu time em campo, o treinador manteve o espírito realista. "Não adiantava pensar no Sport sem, primeiro, passar pelo Serrano. Cumprimos nossa obrigação. Agora é trabalhar pensando no clássico", disse antes de acrescentar: "O time já começou a mostrar uma postura melhor".

Márcio Bittencourt confirmou ao repórter Iranildo Silva, da Rádio Clube, que recebeu convites de três equipes para deixar o Santa Cruz. A Traffic estaria sondando o treinador, que, por enquanto, preferiu ficar no Arruda. Para domingo, o lateral-direito Parral está suspenso pelo terceiro cartão amarelo que recebeu diante do Serrano.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Santa corre por fora


VICE-LÍDER // Tricolor precisa derrotar o Serrano, às 19h, para seguir com chances no turno

Correndo por fora para manter vivo o sonho de ainda conquistar o primeiro turno do Campeonato Pernambucano, o Santa Cruz enfrenta hoje, em um horário diferente, às 19h, o Serrano, no Estádio do Arruda. Com um "olho na missa e outro no padre", o Santa Cruz precisa vencer o confronto desta noite e, logo em seguida, secar ao máximo o confronto entre Sport e Cabense, que acontece na Ilha do Retiro, às 21h. A diferença entre tricolores e rubro-negros é de cinco pontos e, por isso, os três diante do Serrano são tão importantes para a equipe coral. O Santa é vice-líder da competição com 16 pontos e um aproveitamento de 76,2%.

Para a partida, o técnico Márcio Bittencourt não terá o volante Bilica, titular absoluto da posição. O jogador foi expulso no clássico com o Náutico e cumpre suspensão automática. Para sua vaga, o treinador coral decidiu por Anderson, que sempre vinha entrando no decorrer dos jogos. Quem continua de fora é o lateral-esquerdo Adilson, que segue em tratamento de uma lesão muscular. Juca fará suasegunda partida como titular da posição.
Gobatto

Ele carrega nos ombros a tarefa de ser o homem de criação do Santa Cruz. Peça mais que fundamental para fazer o time jogar com mais qualidade ofensivamente. Porém, o meia Leandro Gobatto ainda não se encontrou na equipe coral. Hoje, diante do Serrano, terá a chance de se redimir com o torcedor coral e provar que todos os elogios feitos pelo técnico Márcio Bittencourt não foram da boca para fora.

"Sei que venho devendo um pouco, mas já estou me sentindo bem mais a vontade no time. O ritmo de jogo também melhorou. Espero fazer uma boa atuação diante do Serrano e ajudar o Santa Cruz a conquistar mais três pontos para seguir nosso objetivo que é o título do turno", comentou.

Serrano

Sem problema em sua equipe, o técnico Erasmo Forte deve armar o Jumento com a mesma formação que empatou com o Sete de Setembro, no domingo passado, em Serra Talhada. Apesar do resultado não ter sido bom, o Serrano vem em uma sequência de quatro partidas sem perder. Foram dois duas vitórias e dois empates. Ocupa a 7ª colocação na tabela com apenas oito pontos ganhos. A única dúvida do treinador está no ataque entre Fabian e Caio.

Santa Cruz

André Zuba; Thiago Matias, Sandro e Leandro Camilo; Parral, Anderson, Wágner, Leandro Gobatto e Juca; Marcelo Ramos e Márcio Barros. Técnico: Márcio Bittencourt

Serrano

Maicon; Júnior. Moura, Alex, Edu Matos e Paulinho; Marcondes, Nau, Antônio Carlos e Wescley; Fabian (Diego) e Caio. Técnico: Erasmo Forte

Local: Estádio do Arruda. Horário: 19h. Árbitro: Carlos Costa. Assistentes: Alcides Lira e Albert Júnior. Ingressos: R$ 20 (arquibancada inferior); R$ 15 (arquibancada superior) e R$ 10 (sócio e estudante).

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Parabéns, Tricolor


Renovada e cheia de esperança, a torcida do Santa Cruz comemora hoje os 95 anos de vida do "clube querido da multidão"

A resignação dá espaço à mais pura e verdadeira comemoração. O Santa Cruz, o "clube querido da multidão", chega aos 95 anos de vida. Ao contrário das últimas temporadas, marcadas por uma infinidade de aberrações administrativas que levaram o Tricolor aos sucessivos rebaixamentos e muita humilhação, o torcedor coral acorda hoje com a alma renovada. Renovado como o próprio clube, agremiação quase centenária, mas com vigor e esperança semelhante à dos garotos que batiam pelada no Pátio de Santa Cruz, no bairro da Boa vista, e no dia 3 de fevereiro de 1914 resolveram fundar o Santa Cruz Futebol Clube.

Clube que não demoraria a se tornar o do povão. Em grande parte pelo que faziam em campo craques como Tará, Fernando Santana, Mazinho, Ramon, Nunes e Birigui. Em parte também pela identificação e inspiração que despertava em gênios da música popular como Jackson do Pandeiro, Capiba, Chico Science e Nelson Ferreira.

E na comemoração dos seus 95 anos, o Santa ganha o frevo-de-rua que o tricolor Nelson Ferreira não conseguiu fazer em vida. "Papai dizia que gostava tanto do Santa Cruz que precisaria ter muita inspiração para fazer um frevo rasgado para o clube", lembra o filho de Nelson, Luiz Carlos Ferreira. Autor de frevos clássicos como o Cazá, Cazá,do Sport, e o Come e Dorme, do Náutico, o compositor "recebeu" uma ajuda e tanto para que o Santa não ficasse órfão.

A homenagem a Nelson Ferreira, ou o presente ao Santa Cruz e sua torcida, vem do Maestro Forró e sua Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. Trata-se do Vulcão Tricolor, uma fusão de dois frevos-canção de Nelson, o Super Campeão (1957) e Qual será o score, meu bem? (1941) com novos arranjos e acordes do Maestro Forró, com direito a uma abertura com o grito de guerra Tri-tricolor. O novo frevo-de-rua coral será apresentado oficialmente hoje à noite, na sede do clube, como parte das comemorações do aniversário.

O quase centenário e renovado Santa Cruz e a sua fanática torcida ganham uma trilha sonora sob medida para comemorar "as glórias do passado" e o início de uma reestruturação para voltar a a ser o "Terror do Nordeste".

Programação

09h
Missa de Ação de Graças - Igreja do Pátio de Santa Cruz

19h
Sessão solene do Conselho Deliberativo na sede social do clube

19h30
Coquetel

Penalty é a nova fornecedora de material esportivo

Apesar dos bons resultados neste ano, a comemoração do 95º aniversário do Santa Cruz será discreta por parte da diretoria do clube (veja programação). A principal novidade ficará por conta do anúncio do novo fornecedor de material esportivo do Tricolor. O presidente Fernando Bezerra Coelho dever confirmar, na sessão solene do Conselho Deliberativo, o nome da Penalty como a nova parceira do Santa Cruz. O acordo com a espanhola Joma acabou não vingando e, paralelamente, os diretores corais já vinham conversando com os executivos da Penalty.

Mesmo sendo o dia do aniversário do clube, jogadores e comissão técnica vão ter muito trabalho. Afinal, amanhã, o Santa Cruz já volta a campo para enfrentar o Serrano, no Arruda. O técnico Márcio Bittencourt comanda hoje uma movimentação tática no período da manhã, no Estádio Ademir Cunha, em Paulista, onde será definido a equipe para o confronto. O volante Bilica, expulso no clássico com o Náutico, é o desfalque.

O mais provável é que Anderson seja o escolhido para a posição. Quem foi librado ontem para voltar aos trabalhos com bola foi o cabeça-de-área Elder. O jogador teve uma lesão no joelho direito, está recuperado, mas, mesmo assim, ainda é prematura a sua utilização no jogo com o Serrano. O departamento médico coral terá um diagnóstico melhor hoje sobre os problemas musculares do lateral-esquerdo Adilson e do zagueiro Daniel Horst. Os dois estão em tratamento e farão exame de imagem nesta manhã. Assim, Juca tem presença confirmada na lateral-esquerda do Santa Cruz diante do Serrano.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Empate? Bom para o Sport


Clássico das emoções // Resultado de 2 x 2 tirou do Náutico e do Santa Cruz o poder de decidir o próprio destino no primeiro turno

Cassio Zirpoli e Marcel Tito // Diario
cassiozirpoli.pe@diariosassociados.com.br
marceltito.pe@diariosassociados.com.br

O resultado justo era a vitória do Náutico. De goleada, possivelmente. Mas no futebol a razão existe para ser contrariada. E, não fosse uma defesa de Eduardo no segundo tempo, seria ela mais uma vez desmoralizada nos Aflitos. Melhor para o Santa Cruz? Nem tanto. O empate em 2 x 2 no Clássico das Emoções foi um bom resultado diante das circunstâncias, mas tira das mãos do clube o poder de decidir o próprio destino. Agora, para conquistar o turno, o Tricolor precisa de um tropeço do Sport, além de uma vitória do Clássico das Multidões do próximo domingo. Está difícil.

Difícil como também era imaginar que o Santa Cruz poderia abrir o placar no clássico de ontem. A equipe de Márcio Bittencourt entrou preocupada exclusivamente em marcar. Não conseguia. O Náutico era veloz e envolvia a defesa tricolor com facilidade. Faltava a precisão de um matador para balançar as redes. Alguém tipo Marcelo Ramos, que aproveita qualquer oportunidade como fosse a única, a última. Marcelo estava do outro lado. E aproveitou a única chance tricolor do primeiro tempo. Nos Aflitos, ele fez Santa Cruz 1 x 0 aos 18 minutos.

O golpe foi duro, principalmente para os torcedores. O time permaneceu equilibrado, continou dominando. Chegava na área adversária, mas não conseguia concluir com eficiência. Tanto que o empate aos 41 começou num erro. O chute de Carlinhos Bala da intermediária saiu fraco, rasteiro, sem direção. A bola acabou sendo disputada por Lessa e Thiago Matias. Acabou nos pés de Gilmar. Estava fácil e ele não decepcionou: 1 x 1.

Os primeiros minutos do segundo tempo só aumentaram a injustiça que seria o Náutico deixar o campo sem conquistar os três pontos. O minuto inicial nem havia sido completado e o Timbu já tinha mandado uma bola na trave. O gol saiu logo, aos quatro minutos. Carlinhos Bala marcou aproveitando o cochilo dos defensores corais.

O domínio da partida, a vantagem no placar e o apoio da torcida tornaram o momento perfeito para o Náutico consolidar a vitória. Parecia simples, mas os pecados ofensivos voltaram a artomentar. Não por qualidade, mas por omissão. Parecia faltar vontade aos alvirrubros de balançar as redes. Pensavam, talvez, que o adversário estava morto - como de fato parecia. O Santa Cruz estava em campo apenas. Não criava nada ofensivamente.

Até a entrada de Pedro Henrique. Aos 14 minutos, o meia substituiu o apagado Leandro Gobatto e aproveitou o desleixo da defesa timbu. Aos 16 conseguiu cavar uma falta na entrada da área. Marcelo Ramos iria cobrar. Sandro pediu e o atacante cedeu a oportunidade. Lembrou a responsabilidade da chance única. Sandro não decepcionou. Era o empate. O gol esfriou o Náutico. O Timbu queria ganhar, mas faltava ânimo e qualidade. O Santa Cruz também queria, mas Eduardo não permitiu. O empate estava sacramentado.

Palavra dos professores

"A minha preocupação era chegar bem no clássico, e conseguimos. É claro que tivemos alguns erros, mas o rendimento foi bom. Me agradou na equipe a postura aguerrida e bem posicionada no campo. Não me agradou perder algumas chances no primeiro tempo, quando vencíamos por 1 x 0, com lances com de um contra um no contra-ataque. Mas saí satisfeito".

Marcio Bittencourt

"Mesmo se for disputar campeonato de dominó, só entro para vencer. Sabemos das dificuldades para conquistar o primeiro turno, mas iremos fazer nosso melhor nas próximas partidas"

Roberto Fernandes

Náutico 2

Eduardo; Carlinhos (Adriano Magrão), Vágner, Galiardo e Anderson Santana; Nunes, Johnny (Derley), Juliano (Dinda) e Carlinhos Bala; Gilmar e Anderson Lessa. Técnico: Roberto Fernandes.

Santa Cruz 2

André Zuba; Thiago Matias, Sandro e Leandro Camilo (Memo); Parral, Bilica, Wágner, Leandro Gobatto (Pedro Henrique) e Juca; Marcelo Ramos (Anderson) e Márcio. Técnico: Márcio Bittencourt.

Local: Aflitos. Árbitro: Wilson Souza. Assistentes: Jossemmar Diniz e Pedro Wanderley. Gols: Gilmar e Carlinhos Bala (N); Marcelo Ramos e Sandro (S). Cartões amarelos: Juliano (N); Leandro Camilo, Parral e Bilica (S). Cartão vermelho: Bilica (S). Público: 15.305. Renda: R$ 55.360,00.

O diálogo, o míssil e a homenagem ao pai

Santa // Sandro pediu a Marcelo Ramos para cobrar a falta que resultou no gol de empate

-Eu vou bater essa falta, anunciou Marcelo Ramos.

-Deixa eu chutar essa de pertinho, Marcelo. Pô, toda vez só deixam eu bater do meio-campo, pediu Sandro.

-É... Deixa mesmo, porque ele vai mandar por cima, alfinetou Carlinhos Bala.

-Tá certo, Sandro. Mas você vai ter que fazer o gol, respondeu Marcelo Ramos.

-Pode deixar comigo. E vou mandar um bomba para estourar esse gol, finalizou a conversa Sandro

A conversa acima antecedeu o gol de empate do Tricolor, aos 17 minutos do segundo tempo. Um míssil indefensável do veterano zagueiro, que completará 36 anos no próximo dia 17. O seu primeiro gol de falta desde 2006, quando defendia o Guarani. Na comemoração, Sandro simulou estar dirigindo no gramado, em uma homenagem ao pai, seu João, que mesmo aos 82 anos ainda trabalha como taxista no Engenho do Meio. "Eu fiz essa promessa em 1999, e todos os gols que eu faço são assim. Ele está feliz hoje (ontem), porque é tricolor. É um guerreiro também que conseguiu criar 14 filhos", afirmou o capitão, que achou justo o empate.

O zagueiro admitiu a dificuldade para tentar conquistar o primeiro turno (devido à distância de cinco pontos em relação ao Sport), mas ressaltou a importância para o grupo de um jogo de "igual para igual" contra um time da Série A (Náutico). "Fomos guerreiros até o final do jogo. Estamos evoluindo, mesmo com essa tabela na qual jogamos apenas duas das sete partidas em casa. O turno ficou um pouco difícil, mas temos um confronto direto contra eles e o Sport ainda vai pegar o Náutico".

Apesar de ter sido elogiado pela atuação, o atacante Marcelo Ramos - que abriu o placar nos Aflitos e chegou a cinco gols no Estadual - lamentou mesmo foi o "quase gol", quando o centroavante cabeceou no contrapé do goleiro Eduardo, que conseguiu evitar a virada com os pés. "Aquela foi a bola do jogo. O Náutico teve mais volume de jogo, mas fomos bem e poderíamos ter saído com a vitória. O jogo mostrou a força do nosso grupo, e estamos felizes com isso", completou Marcelo. Para o atacante, o time ganhou ainda mais moral paraenfrentar o Sport, no próximo domingo. O grupo coral deverá se reapresentar hoje à noite, no Arruda, onde os jogadores farão um treino regenerativo.

O árbitro

Conhecido como um árbitro rigoroso, Wilson Souza optou demasiadamente pela conversa com os jogadores no Clássico das Emoções. Em alguns lances, o cartão amarelo poderia ter saído do

bolso do juiz. No final, o diretor de futebol do Santa, Antônio Ruas Capella, ainda disparou contra Wilson, dizendo o árbitro teria intimidado os jogadores do Tricolor. "Ele foi rigoroso demais na expulsão de Bilica. Foi uma atuação desastrosa".

Minuto a minuto

1º tempo

4 min - Johnny chuta da entrada da área, com efeito. Zuba espalma na direção de Carlinhos Bala. O atacante tenta cabecear a bola, quase rasteira, e desperdiça a chance nas mãos do goleiro tricolor.

6 min - Juliano arranca em velocidade da intermediária, tabela com Carlinhos Bala e recebe na área. Na hora do chute, é travado por Juca.

12 min - Carlinhos Bala arranca da defesa e toca para Gilmar, na direita. O atacante se livra da marcação e chuta forte. Zuba desvia para escanteio.

17 min - O lateral Carlinhos cruza da direita. Anderson Lessa cabeceia sem direção, por cima do gol de Zuba.

18 min - Gobatto recebe lançamento na esquerda e cruza. Vágner não consegue interceptar e a bola cai no pé esquerdo de Marcelo Ramos, que com categoria faz 1 x 0.

34 min - Parral ganha dividida para Anderson Santana na defesa e avança com liberdade. É indeciso ao chegar na entrada da área timbu e chuta sem força. Eduardo defende.

40 min - Parral cruza rasteiro, Eduardo defende com facilidade.

41 min - Carlinhos Bala chuta rasteiro. Anderson Lessa divide com Thiago Matias de carrinho e a bola sobra para Gilmar. O atacante vence Sandro na velocidade e chuta forte, sem defesa para Zuba. Náutico 1 x 1 Santa.

46 min - Boa jogada de Parral pela direita. O lateral se livra de dois marcadores e deixa Gobatto livre para finalizar da entrada da área. A bola passa por cima.

2º tempo

1 min - Carlinhos cruza da direita e Sandro corta. Na cobrança de escanteio, Carlinhos Bala manda na cabeça de Gilmar, que manda a bola na trave tricolor.

4 min - Bala sofre falta na esquerda. Cobra rápido e, na tabela com Anderson Santana, invade a área e chuta. André Zuba se estica e ainda toca na bola, mas não consegue evitar a virada do Náutico: 2 x 1.

8 min - Falta para o Náutico. Bala cobra, a bola desvia na barreira e sobra para Johnny. O volante chuta e a zaga corta mais uma vez.

16 min - Falta para o Santa Cruz na entrada da área. Sandro manda uma bomba. Eduardo tenta tirar, mas não consegue e o Tricolor empata o jogo: 2 x 2.

26min - Carlinhos Bala cruza da esquerda e Vágner, na segunda trave, cabeceia. André Zuba desvia para escanteio.

29 min - Pedro Henrique cruza da esquerda e Marcelo Ramos cabeceia. Eduardo realiza grande defesa com o pé direito.

42 min - Outra jogada individual de Parral pela direita. Mais uma vez, ele se atrapalha no momento de finalizar e Eduardo defende fácil.

47 min - Falta para o Náutico. Carlinhos Bala cruza da direita e Derley, na segunda trave, cabeceia para fora.

Atuação

Náutico

Eduardo - Fez uma defesa extraordinária aos 29 minutos do segundo tempo, a sua única intervenção real na partida. Não teve culpa nos gols. 6,5

Carlinhos - Estreia satisfatória. Caiu de rendimento na segunda etapa. 6

(Adriano Magrão - Apareceu em dois lances e não aproveitou. 4)

Vágner - Não conseguiu cortar a bola no primeiro gol tricolor. 5,5

Galiardo - Não acompanhou Marcelo Ramos no primeiro gol. Chegou atrasado em outros lances. 5

Anderson Santana - Bem no apoio, deixou brechas no sistema defensivo. 5,5

Nunes - Pecou na cobertura dos laterais apenas. 5,5

Johnny - Chegou várias vezes ao ataque com qualidade. 6

(Derley - Nos minutos que esteve em campo, atuou ainda mais avançado do que Johnny. Sem a mesma eficiência, porém. 5,5)

Juliano - Muito bem no início do jogo, criando os lances ofensivos com Carlinhos Bala. Sumiu do jogo e acabou substituído. 5,5

(Dinda - Teve duas oportunidades e não aproveitou. 5,5)

Bala - Participou do primeiro gol do Náutico e marcou o segundo. Se movimentou bastante. 7

Gilmar - Apareceu sempre com velocidade e marcou o primeiro gol. 7

Anderson Lessa - Sumido. Não conseguiu sair da marcação tricolor. 4

Santa Cruz

André Zuba - Isento de culpa nos gols alvirrubros. Fez pelo menos duas boas defesas. 6

Thiago Matias - Atuação regular. Esteve perdido no posicionamento em alguns lances. 5,5

Sandro - Perdeu o tempo na marcação de Gilmar no primeiro gol timbu. No mais, uma atuação precisa, coroada com um belo gol de falta. 7

Leandro Camilo - Deixou muitos espaços livres para o ataque alvirrubro. 4,5

(Memo - Entrou com a responsabilidade de anular Carlinhos Bala e cumpriu a sua missão. 6)

Parral - Puxou o time para o ataque, mas pecou quando preferiu finalizar 5,5

Bilica - Abusou das faltas. 4,5

Wágner - Se limitou a marcar. Deu liberdade aos meias alvirrubros. 5

Gobatto - Sua atuação fica restrita ao cruzamento para Marcelo no primeiro gol do Santa. 4

(Pedro - Melhorou - e muito! - a qualidade na saída de bola do Santa7)

Juca - Começou bem, mas se perdeu no posicionamento. 4

Marcelo Ramos - Teve duas chances. Fez na primeira e só não balançou as redes na outra por causa de Eduardo. 7

(Anderson - Entrou para reforçar a marcação no meio-campo. 5,5)

Márcio - Apagado. Nas vezes em que foi acionado, nada produziu. 4

Alvirrubros ficam abalados

Rodolfo Bourbon // Do Aqui Pe

"Por que não conseguimos ganhar?" O questionamento do zagueiro Galliardo, após o clássico, ressoou como uníssono entre os atletas alvirrubros, visivelmente abalados com o empate. Em função do resultado que praticamente eliminou as chances de conquista do primeiro turno do Estadual, o clima nos vestiários do Náutico beirou a melancolia e a busca por explicações. "Foi o melhor jogo do nosso time. Quando eu estava em campo, pensei que hoje seria o momento da reviravolta. Não dá para entender", lamentou o lateral-esquerdo Anderson Santana.

O atacante Carlinhos Bala disparou críticas ao recuo da equipe depois de marcar o gol da virada. "Deixei o time na frente, mas não soubemos cadenciar o placar. Faltaram calma e agressividade. Não podemos mais errar."

Sobre a motivação para a disputa das próximas rodadas, a opinião dos jogadores permaneceu divida. "Está um pouco distante, mas dá para sonhar", avaliou Galliardo. O goleiro Eduardo, em contrapartida, adotou discurso mais realista. "Perdemos o primeiro turno", enfatizou.

Já o treinador Roberto Fernandes deseja aproveitar o restante dos jogos da primeira fase para afinar o elenco. "No segundo turno, certamente estaremos mais preparados quanto a regularizações, entrosamento e aptidão física. Nesta partida fui forçado a realizar três alterações sem critério técnico ou tático. Juliano cansou, Bala pediu para sair e Johnny se lesionou", afirmou.

O lance que retirou o volante Johnny do duelo - chute no solado de um atleta do Santa Cruz - causou preocupação no jogador e na equipe médica do Timbu. "Ele achou que tinha quebrado o pé. Mas não constatamos a fratura. Fizemos a medicação e iremos esperar a evolução da contusão. É dúvida para o próximo jogo", frisou o médico alvirrubro Paulo Regueira.

Tricolores com ingresso do Todos com a Nota


Os tricolores não assistiam a um clássico há quase dois anos. Mesmo com a saudade de ver o time enfrentando os velhos rivais, os torcedores do Santa não ficaram muito dispostos para pagar R$ 40 por um ingressos de arquibancada ontem à tarde, nos Aflitos. Muitos deles (cerca de 1/3 do total) entraram no estádio com o ingresso da promoção Todos com a Nota, que foi exclusivo para a torcida do Náutico. Sendo assim, o acesso também foi pelo setor alvirrubro. O resultado disso? Muita confusão, com direito a 'corredor polonês', pancadaria e correria, em um episódio semelhante ao que aconteceu em 5 de feveiro de 2007, quando torcedores do Sport tiveram a mesma "ideia", também em um clássico nos Aflitos.

Ontem, porém, policiais militares do Batalhão de Choque, já esperavam a ação de parte da torcida coral (principalmente de integrantes da organizada Inferno Coral). Como seria difícil a identificação - já que todos os torcedores do Santa entraram sem a camisa do time na arquibancada timbu -, o jeito foi reunir todos ostorcedores e liberar o acesso. Para a revolta da torcida do Náutico, diga-se. Certamente, um motivo para explicar a renda bem abaixo do esperado (apenas R$ 55.360).

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Clássico para matar a saudade


Náutico e Santa voltam a se enfrentar após quase dois anos com vários ingredientes especiais que devem apimentar a rivalidade histórica

2 anos

Aquela tarde de domingo em 2007 ficaria marcada pela quebra de jejum do Náutico contra o Santa Cruz (com uma vitória por 2 x 1), que já durava quase três anos, traduzidos em sete derrotas e um empate. Mas o que ninguém poderia imaginar, ao deixar os Aflitos naquele 25 de março, é que a partir dali levaria quase dois anos para ver os dois times se enfrentando novamente. Depois disso, o Náutico disputou a Série A naquele ano, enquanto o Santa Cruz jogava a segunda divisão. No Estadual de 2008, o destemperado regulamento separou as duas equipes, que nem no segundo turno se enfrentaram. No Brasileiro, então, o abismo tornou-se ainda maior: os alvirrubros ainda na elite nacional, enquanto os tricolores jogavam a Série C. Foram 22 meses sem Clássico das Emoções, que devem finalmente chegar ao fim neste domingo.

Os times

Sem poder sequer empatar, Náutico e Santa Cruz devem adotar posturas ofensivas nesta tarde. O primeiro abandona o esquema com três zagueiros. Vágner e Galiardo serão a dupla de zaga. Na lateral-direita, pela primeira vez um especialista: Carlinhos ou Ângelo. O meio-campo será formado pelos volantes Nunes e Johnny e por dois meias. Juliano, Dinda e David disputam a posição. O ataque deve ser com Carlinhos Bala e Anderson Lessa. No Santa Cruz, a tendência é de manter o esquema 3-5-2, que foi usado contra a Cabense. Caso opte pela volta ao 4-4-2, o técnico Márcio Bittencourt deve segurar o meia William no time titular, para a saída do zagueiro Leandro Camilo. O meia Leandro Gobatto cumpriu suspensão e reassume seu lugar.

Vida ou morte

Náutico e Santa Cruz fazem um clássico de vida ou morte. Para os alvirrubros é a última chance de continuar vivo na competição e ainda sonhando em brigar pelo título do primeiro turno. Com 12 pontos, na 4ª posição na tabela, o Timbu está em uma situação delicada e precisa vencer para não ver o principal rival, o Sport disparar ainda mais na liderança. Já os tricolores estão um pouco mais folgados, mas não menos tranquilo. O Santa soma 15 pontos e ocupa o 2º lugar na classificação. Uma vitória neste domingo deixará vivo e dentro da briga com os rubro-negros. Um empate seria péssimo para os dois clubes, que, praticamente, morreriam abraçados. As chances de chegarem ao título do primeiro turno ficaram restritas. Por isso, a tendência é de um jogo bastante disputado.

Provocaçoes

Se para o Santa perder o clássico deste domingo trará um impacto na tabela, mas não chegará a ser o fim do mundo. Afinal, o Tricolor corre por fora neste estadual. Começou, literalmente, do zero formou uma equipe completamente nova e o seu objetivo mesmo na competição é buscar uma vaga na Série D. Porém, para os alvirrubros, a vitória do Santa seria uma desastre. As provocações não iriam parar até o próximo clássico, no Arruda, no segundo turno. Já imaginou um clube de Série A perdendo para outro que nem divisão tem ainda? As brincadeiras vão tomar conta das ruas e as piadas se multiplicarão. Além de toda a mística que envolve a partida desta tarde, o clima de rivalidade vai diminuir a distância, pelo menos no Brasileiro, entre alvirrubros e tricolores. É bom as torcidas começarem a encontrar desculpas para as piadas.

Náutico

Eduardo; Carlinhos (Ângelo), Vágner, Galiardo e Anderson Santana; Nunes, Johnny, Juliano e Dinda (David ou Derley); Carlinhos Bala e Anderson Lessa (Gilmar). Técnico: Roberto Fernandes

Santa Cruz

André Zuba; Thiago Matias, Sandro e Leandro Camilo (William); Parral, Bilica, Wágner, Leandro Gobatto e Adílson; Marcelo Ramos e Márcio Barros. Técnico: Márcio Bittencourt

Local: Aflitos. Horário: 16h. Árbitro: Wilson Souza. Assistentes: Jossemmar Diniz e Pedro Wanderley. Ingressos: R$ 40 (arquibancada); R$ 20 (dependentes de sócios e estudantes).

Sem espaço para ressentimentos
Ele era o grande ídolo do Santa Cruz, em 2007. Tinha conquistado a artilharia do Pernambucano com 15 gols, e já despontava como principal goleador do Brasileiro da Série B, com 10 gols em 17 jogos. Porém, o assédio do Atlético-PR acabou levando Marcelo Ramos do Arruda. Mas o sonho do atacante em voltar a ser ídolo em um clube de Série A acabou sendo frustrado pouco mais de seis meses depois. Seu rendimento caiu e a diretoria do clube acabou rescindindo seu contrato. Curiosamente, o treinador do Atlético-PR na época era Roberto Fernandes. E muito se falou que Fernandes teria sido o responsável pela saída de Marcelo Ramos.

Neste domingo, os dois estarão frente a frente no clássico entre Náutico e Santa Cruz, nos Aflitos. Sem ressentimentos, Marcelo Ramos desmistificou toda esta história mal contada. "O que aconteceu lá no Atlético foram os resultados que não vieram. O próprio Roberto veio falar comigo e disse que a minha saída era uma opção da diretoria do clube. E eu acreditei nele. E se fosse uma decisão dele também não tinha problema nenhum. Afinal, o treinador tem direito de escolher com quem ele quer trabalhar. Não tenho ressentimentos. Nossa relação sempre foi profissional e de muito respeito", disse artilheiro coral, que já balançou quatro vezes as redes neste Pernambucano.

Nos Aflitos, a mesma versão dada por Marcelo Ramos foi confirmada por Roberto Fernandes. "A responsabilidade pela saída dele (Ramos) do Atlético-PR foi toda de Petraglia (Mário Celso Petraglia, ex-presidente Executivo). Marcelo Ramos é um grande artilheiro e eu não tenho nada contra ele. Por mim, teria ficado lá", resumiu o treinador alvirrubro, sem querer polemizar.

O fato é que, na ocasião, o Furacão tinha interesse em trabalhar o garoto Pedro Oldoni, que vinha sendo uma revelação das categorias de base do clube. Os dirigentes do clube rubro-negro paranaense queriam Oldoni no time para negociá-lo em um futuro próximo. Assim, acabou sobrando para Marcelo Ramos.

Isso já é passado para o atacante coral. Hoje o objetivo dele é ajudar o Santa Cruz a vencer o clássico. Por sinal, Marcelo Ramos é uma espécie de algoz do Náutico. Nos dois últimos confontos com o Timbu, em 2007, o artilheiro tricolor marcou três gols. "Será uma partida difícil. Roberto Fernandes é um estrategista que estuda muito os adversários. Mas estamos bem preparados e em um bom momento. Espero ajudar o Santa a vencer e, de preferência, com um gol meu", completou, sorridente.

Paredão de um lado e do outro

Eduardo e André Zuba passam longe de coadjuvantes dos alvirrubros e tricolores e prometem ser obstáculos na vida dos atacantes neste domingo

Os atacantes, geralmente, são os principais destaques em apresentações para jogos importantes como este Clássico das Emoções. E não pode ser diferente. Afinal, o gol é o momento de êxtase do futebol. Mas os atacantes de Náutico e Santa Cruz terão uma dificuldade a mais no confronto deste domingo, nos Aflitos: os goleiros. Alvirrubros e tricolores contam, literalmente, com dois paredões. Com excelentes defesas na competição até o momento Eduardo e André Zuba, respectivamente, passam longe de coadjuvantes em suas equipes.

Os dois vivem momentos distintos em seus clubes. O experiente Eduardo já é ídolo no Náutico, apesar de ainda ter a resistência e desconfiança de alguns alvirrubros mais radicais. Porém, já salvou o Timbu várias vezes, principalmente, no Campeonato Brasileiro do ano passado. Sem dúvida foi um dos responsáveis direto pela permanência do Náutico na elite do futebol nacional.

Já André Zuba, 23 anos, ainda é garoto e vem buscando um lugar ao sol. Encontrou no Santa Cruz uma chance de jogar e crescer na profissão. Antes de ser contratado, o jogador era o terceiro goleiro do Palmeiras. Chegou com uma certa desconfiança dos torcedores, assim como todos os novos reforços da equipe, mas suas boas atuações acabaram o credenciando como titular. "Estou muito feliz em ter vindo jogar no Santa Cruz. Está sendo uma boa experiência. Acredito no planejamento do clube e espero continuar ajudando", disse o jovem goleiro.

Arrojo

As defesas arrojadas de Zuba mostraram sua qualidade logo na estreia diante do Sete de Setembro. Em todos os jogos, o goleiro defendeu, no mínimo, três ou quatro bolas de pagar ingresso. E agora no clássico? "A ansiedade é grande não só minha, mas de todos os companheiros por ser o primeiro clássico", afirmou entusiasmado. "Vivemos um bom momento na competição, porém, uma partida deste nível não tem favorito. Temos que ter muita atenção durante o jogo", avaliou.

Sobre seu arrojo em baixo da barra, Zuba foi enfático: "Trabalhamos muito forte aqui no Santa Cruz. Eu estou fazendo a minha parte, mas os méritos precisam ser divididos com todos no elenco e com a comissão técnica também", completou.

Eduardo, por sua vez, chegou ao Náutico há quase dois anos, mas terá sua primeira oportunidade de enfrentar o Santa Cruz. Clássicos pernambucanos ele já disputou cinco, mas todos contra o Sport. O atleta, uma liderança dentro do grupo desde sua primeira temporada no clube, espera que o jogo marque uma nova fase do Náutico na disputa do Campeonato Pernambucano. E cobra uma nova postura de sua equipe.

"Com certeza o título do primeiro turno ficou difícil. Não tanto pela matemática, mas pela forma como estamos jogando, sem vontade de vencer. Precisamos mudar isso, porque qualquer resultado que não seja a vitória contra o Santa Cruz não nos interessa", afirmou Eduardo, de 31 anos, que aponta o fato de não ter mantido uma base no grupo do ano passado como o principal obstáculo neste início de campeonato. "Por causa disso, precisamos treinar, além do físico, a parte técnica e tática do grupo. Estamos procurando evoluir agora", acrescentou o goleiro.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A emoção de ser solidário


Solidariedade // Jogadores do Náutico e do Santa Cruz vestem a camisa da campanha "Um real por um sonho" para ajudar a pequena Clara a fazer tratamento na China

Ana Paula Santos // Diario
anapaula.pe@diariosassociados.com.br

O Clássicos das Emoções já começou para alguns atletas do Náutico e Santa Cruz. Ontem à tarde, na sede alvirrubra, Eduardo, Vagner, Kuki e os tricolores André Zuba, Bilica e Wagner vestiram a mesma camisa: a da solidariedade.

Alvirrubros e tricolores se uiniram em torno da causa da pequena Clara. Foto: Juliana Leitão/DP/D.A Press
No peito, eles exibiam, sensibilizados, uma foto da criança Clara Costa Pereira, de um ano e quatro meses, que possui paralisia cerebral. Adversários no próximo domingo, quando se enfrentam pela sétima rodada do Pernambucano, eles abraçaram a campanha "Um real por um sonho", que os pais da menina criaram com o intuito de arrecadar verba que possibilite viagem para tratamento na China, com células tronco.

As camisas que os atletas dos dois clubes entrarão em campo no domingo vão estar autografadas e vão ser leiloadas no site de Clara (www.umrealporumsonho.com.br). Antes de passarem adiante o caso da garotinha, os atletas tomaram conhecimento do que é a paralisia cerebral, através de uma conversa com Carlos Edimar e Aline, pais da pequena. "Estou documentando tudo. Hoje ela não tem noção do que está sendo feito por ela, mas no futuro vai entender", adiantou Carlos, que ficou feliz com a receptividade dos clubes. "Não achei que fosse ser tão fácil. De imediato, eles se prontificaram a colaborar", acrescentou.

Por causa da paralisia cerebral, Clarinha teve sério comprometimento motor. Faz sessões diárias de fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia. O sorriso é espontâneo, porém, aleatório, mas cativou o volante coral Wagner, que não se cansou de fazer carinho nela. "Olha aí, tá vendo, ela não para de olhar para mim. Gostou do pretinho, não foi!", brincou. O goleiro timbu, Eduardo, não quis se arriscar a tomá-la nos braços. No entanto, falou da importância de atletas se engajarem em campanhas como esta. "Quando estava jogando em Belo Horizonte participei de campanha semelhante e isso me marcou para o resto da vida. Saí do treino e fui visitar umas crianças que tinham câncer em uma instituição chamada Madre de Deus. Pôxa, cheguei lá reclamando de cansaço. De repente, me deparei com a molecada rindo à toa e jogando vídeo game. Aquilo me desmontou", relembrou o camisa 1 alvirrubro.

O atacante Kuki, do Náutico, já se intitula embaixador de ações solidárias. Desde que chegou ao Náutico, em 2001, ele reserva um tempo para apoiar eventos e campanhas beneficentes. "Sempre procuro ajudar. Nós, que temos influência com o torcedor, precisamos dar essa contribuição", declarou Kuki.

No domingo, uma imensa faixa será exposta no estádio. Urnas para doação também vão estar espalhadas pelos Aflitos. Os pais de Clara esperam arrecadar o montante (cerca de US$ 80 mil) até abril. "O caso dela pede urgência. Ajudaria muito se ela se submetesse às aplicações antes mesmo de completar dois anos", frisou Aline.

- Mais informações sobre como ajudar Clara podem ser feitas pelos números 3249-3131 ou 8850-4603

Muitos novatos no Clássico das Emoções

No Clássico das Emoções de domingo, os torcedores poderão ver em campo alguns velhos conhecidos, como Carlinhos Bala, pelo Náutico, e Marcelo Ramos, no Santa Cruz. À exceção destes dois e outros poucos, porém, os outros atletas estarão praticamente fazendo sua estreia em clássicos pernambucanos. Renovados da temporada passada, os dois elencos vivem a expectativa de encarar pela primeira vez a rivalidade entre os dois clubes.

Há algum tempo o torcedor alvirrubro se acostumou a acompanhar os feitos de Anderson Lessa nos campeonatos sub-20 de Pernambuco. Inclusive nos clássicos contra Santa Cruz e Sport. Desta vez, porém, Lessa terá a oportunidade de mostrar que também pode aprontar em jogos profissionais contra seus maiores rivais. "Sempre fui bem em clássicos nos juniores, graças a Deus. Contra o Santa Cruz, lembro de um, em 2007, quando fiz dois gols. Vencemos por 4 x 2", revelou Lessa.

Na arquibancada, as memórias vão além. O jovem atacante recorda-se particularmente do jogo decisivo contra os tricolores em2004, quando o Náutico venceu no Arruda por 3 x 0, selando a conquista do Pernambucano. "Morava em Natal naquela época, vim para passar férias e assisti a esse jogo", disse. "Tô muito tranquilo para jogar. Clássico é bom, melhor que os outros jogos. Sei que vai ser difícil, mas vou procurar dar o máximo e mostrar tudo que sei", acrescentou.

Outro alvirrubro que se prepara para fazer seu primeiro clássico em Pernambuco é o volante Nunes. Para isso, ele diz que vai procurar aproveitar sua experiência nos "grenais" da época em que vestia a camisa do Grêmio, em Porto Alegre. "Clássico sempre é um jogo pegado, disputado. Mas, em casa, com nossa torcida, temos que ir fazer nosso papel", resumiu Nunes.

Santa

No Santa Cruz, com exceção do atacante Marcelo Ramos e do volante Bilica (ex-Sport), o restante do time principal irá debutar em clássicos locais. "A gente já começou a sentir um clima diferente na cidade. Aqui, no Recife, a força das torcidas é muito grande. E isso faz um clima todo especial. Porém, quando abola começa a rola a concentração é total e o confronto vira um jogo normal", avaliou o volante Wágner, que tem presença garantida no próximo domingo, nos Aflitos.

O goleiro André Zuba, outro estreante em clássicos locais, também já entrou no clima da partida e da história do clube coral nos últimos anos. "Sabemos que o Santa não disputa clássicos há mais de um ano e vamos nos desdobrar em campo para conseguir uma vitória. Estamos vindo em uma crescente e não podemos perder o ritmo", disse o paredão tricolor.

Fora dos gramados, ontem, o diretor de comunicação, Antônio Carlos Júnior, afirmou que a Joma não será mais a fornecedora de material esportivo do Santa. A empresa demorou muito para enviar o contrato e o clube já está em negociação com outro fornecedor. A estréia do novo uniforme será no confronto contra o Sete de Setembro, em 2 de março.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

No sufoco, Santa Cruz vence mais uma


NO CABO // Mesmo jogando mal, Tricolor somou mais três pontos e assumiu a vice-liderança do Estadual

Quantos pontos vale uma vitória com o time jogando mal, pelo placar mínimo de 1 x 0 e conquistada com um gol contra? Essa é a pergunta que os tricolores devem fazer ao avaliar o triunfo sobre a Cabense ontem, no Cabo de Santo Agostinho. Na resposta ao questionamento, o torcedor vai encontrar motivo para continuar com esperança. Com os três pontos somados ontem, o Santa Cruz assumiu a vice-liderança do Estadual. Está três pontos atrás do líder Sport e na próxima rodada disputa o seu primeiro clássico do ano, contra o Náutico, nos Aflitos.

O ímpeto das duas equipes no início do jogo criou a expectativa de um duelo empolgante entre Santa Cruz e Cabense. Os times começaram marcando no campo ofensivo e apostando na velocidade pelas laterais. Mas correria sem qualidade é afobação e resulta em baixa produtividade. Resumindo: o primeiro tempo foi horrível, recheado de erros de passe e com apenas quatro lances dignos de registro, sendo apenas um deles realmente perigoso. A eles:

Logo no primeiro minuto, Adílson cruzou da esquerda. Márcio cabeceou desequilibrado para fora. O lance sequer assustou o goleiro Ibson. Aos 19, Ailton arriscou de longe, rasteiro. Fabinho Recife saiu da trajetória da bola, que passou ao lado da trave de André Zuba.

Oito minutos depois, Willian entrou na área e foi puxado pela camisa por Léo Gama. Caprichou na encenação, mas Wilson Souza não marcou penalidade. O último e mais empolgante momento do jogo aconteceu aos 36. Em cobrança de falta, Coringa obrigou o goleiro tricolor a realizar boa defesa. Foi só.

Difícil imaginar que no segundo tempo poderia ficar pior. Mas ficou. Não para o Santa Cruz, mas para a Cabense, em especial para o volante Léo Gama. No terceiro minuto da etapa, o jogador subiu junto com Marcelo Ramos com a intenção de afastar o cruzamento de Parral. Marcou contra. A vantagem de 1 x 0 foi a senha para o Santa Cruz abdicar completamente do ataque e armar a sua retranca. Ela veio na forma de três zagueiros e quatro volantes.

Em desvantagem no placar, a Cabense cresceu em afobaçãoe protagonizou os três lances "emocionantes" do restante do jogo. No primeiro, aos 24 minutos, Parral bloqueou o chute de Fábio Buda. A "pressão" aumentou com a proximidade do final da partida. Aos 39 minutos, Alexandre chutou para fora. A última ameaça à vitória coral aconteceu aos 44 minutos. Em cruzamento da direita, a zaga do Santa Cruz se atrapalhou e a bola sobrou para Buda tocar de cabeça. Bola facilmente defendida por André Zuba.

Cabense 0

Ibson; Márcio Silva, Evanílson e Alexandre; Damião (Cléber Pereira), Léo Gama, Márcio Machado (Léo Batista), Fabinho e Ailton; F. Recife (Fábio Buda) e Coringa.
Técnico: Rogério Zimermann

Santa Cruz 1

André Zuba; Thiago Matias, Sandro e Leandro Camilo; Parral, Bilica (Juca), Wagner, Willian (Anderson) e Adílson; Márcio e Marcelo Ramos (Húdson).
Técnico:
Márcio Bittencourt

Local: Estádio Gileno de Carli (Cabo de Santo Agostinho).
Árbitro: Wilson Souza.
Assistentes: Erich Bandeira e Alcides Lira.
Gol: Léo Gama (Y), contra.
Cartão amarelo: Bilica (SC).
Público: 4.302.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Márcio Bittencourt pisa na bola


Técnico do Santa xinga radialista de "manco" e nega que tenha dado declaração preconceituosa

Na véspera da sexta rodada do Campeonato Pernambucano, quando o Santa Cruz enfrenta a Cabense, hoje, às 21h, no Estádio Gileno de Carli, o técnico tricolor, Márcio Bittencourt, protagonizou um episódio, no mínimo, lamentável. Em uma conversa com o elenco, no centro do gramado, no Estádio Ademir Cunha, em Paulista, o treinador xingou o réporter André Luís, da Rádio Jornal/CBN, que tem uma deficiência na perna, de aquele "manco filho da p#". A imagem e o áudio da declaração raivosa e preconceituosa foram captadas pelo cinegrafista da TV Clube/RN, Rafael Fernando, e deixou Bittencourt em maus lencóis.

A revolta do treinador do Santa Cruz vem, supostamente, de uma declaração que o repórter fez em relação ao lateral-esquerdo Adilson. André Luís teria dito, na última quinta-feira, que não iria entrevistar o atleta por ele ser fanho. Procurado pelo Diario, o radialista não quis polemizar. Porém, vários profissionais de imprensa já viram o próprio André Luís entrevistar Adilson em algumas oportunidades.

Ao deixar otreinamento de ontem, Márcio Bittencourt acabou puxando o assunto envolvendo o radialista e o lateral-esquerdo Adilson. Porém, iniciou com um discurso moderado. "Tô sentindo que tem um pessoal da imprensa que faz comentário sobre um jogador nosso que tem defeito físico. Papai do céu é tão bom que essa pessoa que critica é a pessoa que papai do céu mostra", referindo-se ao defeito físico do radialista.

Antes de ser informado sobre a imagem e o áudio de sua conversa com os jogadores, Bittencourt ainda falou que o repórter teria sido preconceituoso. "Hoje, qualquer discriminação em nosso país tem uma repercussão enorme. Mas isso é coisa para o departamento jurídico do clube resolver". Porém, o treinador caiu em contradição quando foi questionado sobre seu xingamento. "Eu não falei isso. Quem está dizendo é você", afirmou, tentando se defender.

Informado que o áudio não deixava dúvidas da sua infeliz declamação, ele tentou se justificar. "Eu não sei nem quem é essa pessoa. Pedi para que isso não prossiga no grupo. Tem tantas coisas que a gente precisa colocar a mão de Deus. Quem somos nós? A gente tem tantos defeitos. Só acho que se ele foi infeliz tem que responder pelos atos dele", afirmou, fazendo uma autoavaliação. Questionado ainda se poderia provar que o radialista falou mal do seu atleta, o treinador se complicou mais ainda: "Eu não estava lá, não escutei nada. Eu só fiquei sabendo".

Cabense

Ibson; Damião, Márcio Silva, Alexandre e Neto; Fabinho, Cléber, Aílton e Coringa; Felipe e Eduardo. Técnico: Rogério Zimermann.

Santa Cruz

André Zuba; Parral, Sandro, Thiago Matias e Adilson; Bilica, Wágner, Anderson e William; Marcelo Ramos e Márcio Barros. Técnico: Márcio Bittencourt.

Local: Estádio Gileno de Carli (Cabo de Santo Agostinho). Horário: 21h. Árbitro: Wilson Souza. Assistentes: Erich Bandeira e Alcides Lira.

Santa Cruz reencontra o seu algoz de 2007

O adversário desta noite está engasgado na garganta dos tricolores há dois anos. Em 2007, a Cabense foi o grande algoz da equipe coral no Campeonato Pernambucano. Os dois times se enfrentaram duas vezes. No primeiro turno, no Arruda, o Santa Cruz foi surpreendido ao perder por 3 x 2. No returno, no Gileno de Carli, a Cabense voltou a vencer, desta vez, humilhando os tricolores com uma goleada de 5 x 2. Hoje, as duas equipes voltam a ficar frente a frente, a partir das 21h, novamente, no Gileno de Carli, e o time coral espera, desta vez, quebrar o tabu, vencer o adversário e mantêr-se vivo na briga pelo primeiro turno.

Para esta partida, o técnico Márcio Bittencourt tem dois desfalques certos. Não conta com o volante Elder, lesionado no joelho direito, e também com o meia Leandro Gobatto, que cumpre suspensão por ter sido expulso diante do Ypiranga, na rodada passada. William já está definido como substituto de Gobatto. Porém, a lacuna deixada por Elder ficará para ser preenchida minutos antes da partida.

A dúvida do treinador mudará também o esquema da partida. No último treinamento tático, ontem, em Paulista, Bittencourt treinou com três zagueiro colocando Leandro Camilo ao lado de Thiago Matias e Sandro. A segunda possibilidade é a entrada do volante Anderson.

O departamento jurídico do Santa Cruz já entrou com recurso para tentar reverter a perda de um mando de campo, que o clube foi punido depois que um torcedor jogou uma lata da cerveja no gramado do Luiz Lacerda, na partida contra o Porto. O julgamento só deve acontecer depois do clássico contra o Sport, em 8 de fevereiro.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

No sonho da Série D


No Arruda // Aproveitamento de 80% motiva Santa Cruz a lutar por competição nacional

Antes, a empolgação vinha apenas dos trabalhos de recuperação patrimonial do Santa Cruz. Agora, o torcedor tricolor mostra-se também orgulhoso pela campanha que o time vem desempenhando dentro de campo. A equipe coral está surpreendendo a todos pelos bons resultados conquistados neste início de temporada.

Foram cinco jogos pelo Campeonato Pernambucano com quatro vitórias e apenas uma derrota. O Santa Cruz já soma 12 pontos, tem um aproveitamento de 80% e já ocupa a terceira colocação na tabela do Estadual. Nada mal para um clube que começou, literalmente, do zero contratando nada mais nada menos que 24 atletas. É claro que ainda é cedo para se comparar, mas se o Pernambucano terminasse hoje, um dos principais objetivos do clube já teria sido alcançado. O Santa Cruz estaria com uma vaga garantida na Série D do Campeonato Brasileiro deste ano.

Como a classificação para a competição nacional acontece pelo desempenho no Estadual, o Tricolor teria que ter, no mínimo, a segunda melhor performance depois de Sport eNáutico (Série A) e Salgueiro (Série C). Hoje, a equipe coral está atrás apenas do Sport - líder com 15 pontos - e do Porto - também com 12 pontos, mas com vantagem nos critérios de desempate. Por sinal, o Porto seria o outro representante de Pernambuco na Série D levando-se em consideração os resultados até a quinta rodada.

A outra referência que se pode fazer com relação ao Santa Cruz é que o clube, há duas temporadas, não tinha um início de competição tão bom. Apenas em 2006, o Santa Cruz conseguiu um desempenho melhor. Na época, os tricolores venceram seus primeiros quatro jogos - Porto (1 x 0, no Arruda); Estudantes (2 x 0, em Timbaúba); Ypiranga (2 x 1, no Arruda) e Serrano (3 x 0, em Serra Talhada). Na quinta partida, contra o Salgueiro, no Cornélio de Barros, a equipe coral perdeu por 1 x 0. Somou também 12 pontos e teve um aproveitamento de 80%. Neste Campeonato Pernambucano, o Santa Cruz vem de três vitórias consecutivas - Central e Salgueiro (2 x 1) e Ypiranga (3 x 1). Esse feito também não acontecia desde 2006.

Mordaça

A Lei da Mordaça deve virar uma praxe a partir de agora dentro do Santa Cruz. Jogador que for expulso ou tiver alguma atitude antidesportiva será impedido de falar com a imprensa. Foi isso que aconteceu ontem com o meia Leandro Gobatto, que foi expulso, infantilmente, ao dar um carrinho em um jogador do Ypiranga.

A iniciativa partiu do assessor de imprensa do clube, Fernando Esdras, que não explicou os motivos. "Ele foi expulso. Não precisa falar. Escolham outro", disse Esdras tentando "blindar" o jogador que teve uma atitude irresponsável e que poderia ter prejudicado o próprio clube.

O elenco tricolor volta a realizar um trabalho técnico tático hoje, em Paulista. A novidade na equipe deve ser o retorno do meia William, que cumpriu suspensão automática. Ele entra no lugar de Gobatto. O volante Elder, com problemas no joelho, também desfalcará a equipe.

Saiba mais

Ingressos contra Cabense no Arruda

Os torcedores do Santa Cruz que quiserem ir até o Cabo de Santo Agostinho para assistir o confronto diante da Cabense, amanhã, às 21h, no Gileno de Carli, poderão adquirir os ingressos a partir de hoje, das 9h às 21h, nas bilheterias do Arruda. Um acordo entre as diretorias dos dois clubes destinou 2 mil bilhetes para serem vendidos no José do Rego Maciel. Preço: R$ 20.