terça-feira, 18 de março de 2008

Edinho garante que não vai renunciar (com áudio)

Apesar dos movimentos em torno de um pedido de impeachement e dos vários tricolores descontentes com a administração do presidente Édson Nogueira, Edinho, o mandatário coral afirmou nesta manhã, em entrevista ao apresentador Geraldo Freire, na Rádio Jornal, garantiu que a chance de ele renunciar é zero.

Edinho classificou o movimento que pede sua saída de covardia. "Quer ver acabar tudo isso? Basta o time vencer três vezes", pontuou.

Confira a entrevista na íntegra.








Edinho: 'Possibilidade de renúncia é zero'

Em nova campanha, dirigente pensa em cobrar R$ 1 de torcedores em conta de energia

PE360graus.com

No Recife
AgênciaO presidente do Santa Cruz, Edson Nogueira, o Edinho, informou nesta terça-feira, em um programa de rádio local, que não vai renunciar ao mandato.

- Um pai não pode abandonar seu filho num momento como esse. Então, não vou abandonar o clube. A possibilidade de renúncia é zero. Isso é para quem é covarde - avisa.

Ele voltou a dizer que o grande problema do time tricolor é a arrecadação baixa.

- O Sport recebe do Clube dos Treze uma quantia muito boa, o Náutico também e o Santa Cruz não recebe nada. Estamos sem arrecadação - lamenta.

Edinho explicou que essa situação não é apenas da sua gestão e que, por isso, não pode ser crucificado.

- Isso não é de agora, vem do passado. Estamos trabalhando muito para encontrar meios de melhorar as condições financeiras do Santa - diz ele.

Para tentar tirar o clube dessa situação, o presidente pretende iniciar uma campanha publicitária para incentivar os torcedores do Santa Cruz a autorizarem a cobrança de R$ 1 na conta de energia.

- Essa é uma boa solução de arrecadação. Vamos pedir para que todos ps torcedores participem dessa promoção e ajudem seu time do coração - informa.

Lateral cobra reação do Santa Cruz: “Chega de tanto erro”


Recife (PE) - A crítica situação do Santa Cruz, que luta para não ser rebaixado no Campeonato Pernambucano, tem irritado até mesmo jogadores recém-chegados no clube. Nesta segunda-feira, o lateral-direito Rafael Mineiro, que estreou na semana passada após ter chegado do Treze-PB, não escondeu a insatisfação com a falta de vitórias.

“É verdade que a sorte não vem nos ajudando, mas já chega de tanto erro. Teremos uma semana inteira para trabalhar e está na hora de corrigirmos o posicionamento da equipe. O momento é de ouvir as críticas e procurar acertar”, recomendou o lateral.

No momento, o Coral está em segundo lugar no “hexagonal da morte”, que definirá os dois rebaixados para a Série A-2 de Pernambuco. O clube, no entanto, não sabe o que é vencer no Estadual há dez jogos e só não está em piores condições porque os pontos conquistados no primeiro turno ainda são válidos na briga para não cair.

“Não podemos abaixar a cabeça agora, pois o campeonato ainda não terminou. Temos que continuar lutando para não deixar o Santa cair”, finaliza Rafael Mineiro.

Santa amarga o seu maior jejum no Estadual

Ameaçado de queda, tricolor completa 10 jogos sem vencer, marca recorde em seus 94 anos

O empate por 1x1 contra o Vera Cruz no último domingo, no Estádio Carneirão, em Vitória de Santo Antão, pela terceira rodada do hexagonal da morte da Série A1 do Campeonato Pernambucano, não foi ruim apenas por se tratar de algo que não contribuiu muito para a tentativa do Santa Cruz de fugir do rebaixamento à Série A2. O resultado também causou um impacto histórico negativo. Os tricolores chegaram a dez partidas seguidas sem vitória no Estadual, um número recorde para o clube desde a primeira edição do torneio, em 1915.

Os índices atuais só servem para agravar a crise de uma equipe que vem de dois rebaixamentos em Campeonatos Brasileiros e uma péssima campanha no Pernambucano do ano passado, quando terminou na sexta colocação. Atualmente, os comandados de Fito Neves estão na segunda posição do hexagonal da morte, mas apenas três pontos separam os corais da zona de rebaixamento. Ainda há sete rodadas a serem disputadas, o equivalente a 21 pontos em jogo até o final.

E o próximo compromisso, domingo que vem, no Estádio José Vareda, em Limoeiro, será justamente contra a equipe que ocupa o primeiro posto da zona de rebaixamento. O Centro Limoeirense tem 14 pontos, contra 17 do Santa Cruz, e vem de derrota por 4x2 para o lanterna Sete de Setembro, em casa. Ou seja, será um confronto direto para se afastar da faixa de degola. Assim como na rodada passada, o nervosismo deve permear os 90 minutos regulamentares e os acréscimos.

Embora as dez partidas consecutivas desta temporada – seis empates e quatro derrotas – sejam recorde do clube em 94 edições do Estadual, os corais passaram por apertos parecidos em outras épocas. A começar pela competição de 1928, ano em que os tricolores ficaram nove jogos sem comemorar um triunfo. Na seqüência, foram seis empates e três derrotas, incluindo uma goleada por 4x1 para o Sport. A mesma marca foi registrada em 1981, com cinco empates e quatro derrotas.

Em 1930, 1942 e 1963, a Cobra Coral ficou sete confrontos seguidos sem bater um adversário. Equipes extintas e outras desconhecidas, como Great Western, Flamengo, Íris, Encruzilhada e Torre, foram algumas das pedras no sapato. Os rivais mais tradicionais e adversários recentes, como Sport, Náutico, América e Central, também cruzaram o caminho dos santa-cruzenses nesses períodos de “seca”. Atualmente os carrascos são Porto, Ypiranga, Vera Cruz, Sete de Setembro e o próprio Central.

A seqüência negativa do momento começou no dia 30 de janeiro, quando o Santa Cruz foi derrotado pelo Ypiranga por 2x0, no Estádio Otávio Limeira Alves, em Santa Cruz do Capibaribe. A partida valia ainda pela última rodada da primeira fase do primeiro turno do Pernambucano. Já se passaram toda a segunda fase do primeiro turno e mais três compromissos do segundo. “Falta um pouco de entrosamento, mas o elenco é bom e tem condições de mudar essa situação”, declarou o lateral-direito Rafael Mineiro, que entrou no time há dois jogos.

No decorrer deste período, o Santa está em seu segundo treinador. Iniciou com Zé do Carmo, que comandou nos três primeiros jogos do jejum. Quando foi demitido, o assistente Pedro Nepomuceno fez número em uma partida. Os últimos seis compromissos já foram com Fito Neves. A única vitória foi na Copa do Brasil. O time venceu o Fast-AM por 1x0, dia 27 de fevereiro, na Ilha do Retiro, pela volta da primeira fase, mas foi eliminado.

Conselheiros querem tirar o presidente


As investidas para tentar tirar o atual presidente do cargo continuam. Desta vez, o conselheiro Fernando Veloso, membro de um grupo de oposição a Édson Nogueira, foi às rádios para afirmar que integrantes do Conselho Deliberativo vão formalizar um pedido de impeachment contra o mandatário. O documento deve ser entregue no próximo dia 31, quando ocorrerá a 12ª reunião ordinária convocada pelo presidente do órgão, Alexandre Ferrer.

A intenção de Ferrer é tratar sobre a prestação de contas de 2007 e homenagear os participantes do título do supercampeonato estadual de 1957, que fez 50 anos no domingo passado. Fernando Veloso, por outro lado, alega que o impeachment de Edinho deva fazer parte da pauta. “A gestão de Edinho é a que mais prejudicou o Santa Cruz na história. O clube está sendo desmoralizado e ninguém vai fazer nada?”, disparou o conselheiro.

Fernando Veloso fez parte do movimento de apoio à vitoriosa campanha de Edinho nas últimas eleições, em dezembro de 2006. Na época, ele representava a oposição, enquanto Alberto Lisboa gozava do suporte do então presidente executivo, Romero Jatobá Filho. Pouco tempo depois, porém, Veloso passou a engrossar novamente as vozes contrárias à gestão do clube. O atual vice-presidente, Fred Arruda, não participa das decisões desde o ano passado.

Inúmeras vezes, Édson Nogueira fez questão de reforçar que não tem a intenção de renunciar, apesar da pressão sofrida após a queda para a Série C do Campeonato Brasileiro. Pretende permanecer à frente do posto até 31 de dezembro.

MOVIMENTO

Além da ação dos conselheiros, torcedores anônimos e sócios marcaram reunião para esta noite, na sede social do Santa Cruz, a partir das 19h. O movimento teve início na seção de comentários do Blog do Santinha e se espalhou por outras páginas de relacionamento na internet, como o Orkut.

Recorde que incomoda

O empate diante do Vera Cruz por 1 x 1, anteontem, em Vitória de Santo Antão, cravou mais um dado negativo na atual campanha do Santa Cruz no Campeonato Pernambucano. O Tricolor chega ao maior jejum de vitórias em toda a sua história no Estadual. Há dez jogos, o time coral não sabe qual o gosto de um triunfo. O time já soma quatro derrotas e seis empates. A última vitória aconteceu, exatamente, há 50 dias, contra o Vera Cruz: 4 x 1, no Arruda.


Time atual detém recorde de jejum de vitórias em toda a história tricolor no Campeonato Pernambucano:10 jogos. Foto: Teresa Maia/DP
De lá para cá, o Santa Cruz só amargou fracassos. Foram quatro derrotas e seis empates. O clube disputou 30 pontos e somou apenas seis. Os tricolores viram escapar, pelos dedos, 24 pontos em quatro jogos em casa e seis fora. Pontos fundamentais e que acabaram levando a equipe para o hexagonal da morte, ou seja, o torneio que rebaixa duas equipes para a segunda divisão do Campeonato Pernambucano, em 2009.

Já no torneio da morte, o Tricolor disputou três partidas e amargou dois empates e, ainda, sua primeira derrota em casa, que aconteceu diante do Porto (2 x 0). Dessesnove pontos disputados, o Santa somou apenas dois. Assim acabou perdendo, praticamente, toda a gordura que ganhou no primeiro turno. Enquanto os outros adversários, que lutam contra o rebaixamento, seguem somando pontos, a equipe coral segue estagnada.

O Porto, por exemplo, venceu todos os três jogos que disputou no hexagonal da morte. Pulou do 5º para o 1º lugar na classificação. Saiu dos 8 para os 17 pontos superando, inclusive, o Santa Cruz, que possui 16. O Sete de Setembro somou 5 pontos e, apesar de continuar na lanterna, já soma 11 pontos. O alento para os tricolores é que o próximo adversário será o Centro Limoeirense, que vem de quatro jogos sem vencer. A partida será no próximo domingo e ficam as perguntas: Será que o Santa Cruz vai reencontrar o caminho da vitória? Ou vai ressuscitar mais um adversário?

Histórico - O que chama a atenção neste levantamento que o Diario fez é que, por incrível que pareça, este ano, o Santa Cruz não realizou nenhum clássico contra Náutico e Sport. Todos os seus jogos foram contra clubes intermediários. O que agrava muito mais a péssima campanha em 2008. O time ainda pode bater mais uma marca negativa. Sua pior colocação em um Estadual aconteceu em 1930, quando terminou o Pernambucano na 8ª posição amargando a lanterna. Hoje, o Tricolor já ocupa a 8ª posição na classificação geral e ainda continua convivendo com o fantasma do rebaixamento.

O atual jejum tricolor

30/01 - Ypiranga 2 x 0 Santa Cruz
06/02 - Central 2 x 0 Santa Cruz
09/02 - Santa Cruz 2 x 2 Porto
17/02 - Ypiranga 2 x 1 Santa Cruz
20/02 - Porto 3 x 3 Santa Cruz
24/02 - Santa Cruz 1 x 1 Ypiranga
01/03 - Santa Cruz 2 x 2 Central
09/03 - Sete Setembro 1 x 1 Santa Cruz
12/03 - Santa Cruz 0 x 2 Porto
16/03 - Vera Cruz 1 x 1 Santa Cruz

2008 - 10 jogos (4 derrotas e 6 empates)
1928 - 9 jogos (6 empates e 3 derrotas)
1981 - 9 jogos (5 empates e 4 derrotas)
2007 - 8 jogos (3 empates e 5 derrotas)
1942 - 7 jogos (4 empates e 3 derrotas)
1963 - 7 jogos (1 empate e 6 derrotas)

Maior jejum da história coral

Diego Nigro/Arquivo Folha


Santa nunca tinha passado tantos jogos sem vencer no Estadual
Tricolores já estão há dez partidas sem ganhar um duelo
Kauê Diniz

Este ano realmente está entrando para a história do Santa Cruz. Se não bastasse cair no Hexagonal da Morte, brigando contra o rebaixamento, e deixar de disputar um clássico pelo Estadual, algo que não ocorria desde 1932, o atual elenco tricolor foi responsável por escrever mais um decepcionante capítulo da história coral no último domingo. Único clube a participar de todas as edições do Pernambucano, o Santa Cruz jamais tinha ficado, em todos esses anos, ou seja, desde 1915, tantas partidas sem conseguir vencer. Com o empate em 1x1 contra o Vera Cruz, o Tricolor somou dez jogos de jejum.

A Via Crucis coral neste Pernambucano começou no dia 30 de janeiro, quando perdeu para o Ypiranga, em Santa Cruz do Capibaribe, por 2x0. Naquela ocasião, possivelmente ninguém imaginaria que ali seria o início de uma série de partidas do Tricolor sem sentir o gosto da vitória. Hoje, já são dez jogos empatando (6) ou perdendo (4). Desde o confronto contra o Vera Cruz, no Arruda, dia 27 de janeiro, pela quinta rodada da primeira fase do Primeiro Turno, quando ganhou por 4x1, passaram-se 51 dias.

E foi também num jogo contra o Vera Cruz, no último domingo, que o Santa Cruz bateu sua pior seqüência de confrontos sem vitórias na sua história no Pernambucano. Anteriormente, o jejum maior do Tricolor tinha acontecido nas temporadas de 1928 e 1981, quando completaram nove empatando ou perdendo. Outro ano marcante, negativamente, foi em 2007, curiosamente também sob o comando do atual presidente Édson Nogueira (Edinho). Na ocasião, os corais passaram oito duelos sem ganhar, o equivalente, na época, a 49 dias.

Outro fator que agrava ainda mais a atual campanha coral são os adversários enfrentados pelo clube no Estadual. Se comparada as temporadas decepcionantes do passado, observa-se uma enorme discrepância da qualidade dos oponentes. O mais evidente é o fato de não ter disputado um clássico contra Náutico e Sport este ano. Além disso, os últimos três confrontos do Tricolor foram pelo Hexagonal da Morte, no qual reúne os seis piores times do Estadual 2008.

Já em 1981, por exemplo, o Santa Cruz, nos nove jogos que ficou sem vencer, enfrentou o Sport e o Central três vezes e o Náutico, duas. Em 1928, o Tricolor disputou quatro clássicos.