quarta-feira, 23 de julho de 2008

Em clima de decisão, Santa sairá ofensivo contra a Patativa


Com o clima de decisão acerca da partida contra o Central, pela Série C do Campeonato Brasileiro, na noite desta quarta-feira (23), o Santa Cruz entrará com um esquema tático ofensivo no estádio do Lacerdão, em Caruaru.

Segundo o técnico Bagé, a idéia é entrar com reforços no ataque. “Não devemos apenas nos defender. Temos que sair com a bola trabalhada, equilibrada, e espero que aquilo que saia no treinamento saia também no dia do jogo”, disse. Há quatro anos e três meses o Tricolor não vence na casa da Patativa.

A escalação do time ainda não está confirmada pelo comandante Coral. Segundo observou-se nos últimos treinos, o Santa Cruz deve entrar com três volantes: Gedeil, Alexandre Oliveira e Memo. Alexandre Oliveira disse que está melhor e não sentiu mais nada. “O tempo que fiquei fora já trabalhamos a parte física”.

O volante também disse que é um privilégio poder jogar no time que se ama. “Tenho coração de torcedor. A nação tricolor é enorme. Sou muito privilegiado”, afirmou.

A Cobra Coral sai às 17h do Recife em direção ao Lacerdão. O tempo em Caruaru é nublado.

R$ 30.000

Um grupo de tricolores vai oferecer R$ 30.000 para ser divido entre os jogadores, caso o Santa Cruz ganhe hoje. Haverá ainda mais R$ 30.000, se o time vencer no domingo contra o Campinense (PB), no Arruda.

da redação do pe360graus.com

Na Série C, Santa Cruz tem 4ª melhor média de público do Brasileiro


Márcio Markman
No Recife

Apesar de viver a maior crise técnica da sua história, o Santa Cruz não pode se queixar de ter sido abandonado pela torcida. Em sua primeira participação na Série C, o Tricolor pernambucano ostenta a quarta melhor média de público entre os participantes de todas as divisões do Campeonato Brasileiro.

Nos dois jogos realizados no estádio do Arruda, o Santa Cruz levou um total de 44.508 torcedores, o que representa uma média de 22.254 pagantes por partida. Para se ter uma idéia do que significa essa marca, a segunda melhor média de público da Série C não chega à metade da do clube pernambucano. É do Campinense, que tem 11.059 torcedores de média e, é importante frisar, em muito por conta dos cerca de seis mil tricolores pernambucanos que garantiram o público de 10.737 pagantes no jogo Campinense 2 a 1 Santa Cruz, pela primeira rodada da competição.

Os dois jogos do Santa Cruz no Arruda são, disparados, os de maior público na Série C. A vitória sobre o Central, por 3 a 0, na segunda rodada, aparece como o maior público, com 23.039 pagantes, enquanto a vitória sobre o Potiguar, por 2 a 0, na rodada passada, levou 21.469 torcedores ao estádio.

Nos jogos dos clubes pernambucanos, uma boa parte dos ingressos são trocados por notas fiscais, a partir de uma promoção do governo do estado. No caso do Santa Cruz, a quantidade de ingressos oferecidos atualmente é de aproximadamente metade do que era previsto pelo governo, já que as arquibancadas do anel superior do Arruda estão interditadas. A diretoria do clube corre para tentar finalizar as obras antes do início da segunda fase da Série C.

A melhor média de público do Campeonato Brasileiro deste ano é do Flamengo, que levou uma média de 42.356 torcedores aos seus jogos, no Maracanã. Em segundo lugar vem o Grêmio, também da Série A, com 27.754 torcedores. O Corinthians, líder da Série B, tem a terceira melhor média nacional, com 24.612 torcedores, enquanto o Sport, campeão da Copa do Brasil, fecha a lista dos cinco primeiros, logo atrás do rival estadual Santa Cruz, com 21.897 torcedores de média.

Santa tenta quebrar tabu contra o Central


Coral não sai vitorioso da casa do adversário há quatro anos

GLOBOESPORTE.COM
Recife

Nesta quarta-feira, às 20h30m, o Santa Cruz enfrenta o Central, no estádio Lacerdão. O Coral não vence Central em Caruaru há quatro anos. A partida é muito importante para o Santa Cruz conseguir se classificar na para a próxima fase da Série C.

A principal dúvida de Bagé é no meio-campo. No último treinamento antes da partida, o treinador escalou Alexandre, Gedeil e Memo,três volantes, no time titular e depois retiraou Memo e colocar o atacante Cléo, que jogaria mais recuado, ao lado de Juninho no setor de criação. Outro jogador requisitado no treinamento e que pode aparecer na equipe é o lateral Bruno Costa, que ainda não teve chance entre os titulares até momento.

Uma possível novidade no Santa é a volta do capitão Alexandre Oliveira. Por conta de uma tendinite no joelho esquerdo ele ficou de fora da última partida do Coral, contra o Potiguar. Já o meia Rafael, com uma lesão na coxa esquerda, está vetado para partida.

Confira a lista dos relacionados para o jogo:

Goleiros: Gledson e Jaílson
Zagueiros: Gonçalves, Wescley e Stanley
Laterais: Rafael Mineiro, Bruno Costa e Marcos Vinícius
Volantes: Alexandre Oliveira, Gedeil, Garrinchinha e Memo
Meias: Juninho, Miller e Ribamar
Atacantes: Edmundo, Patrick, Cléo e Gilberto

Santa Cruz decide seu destino

Marcos Pastich/Arquivo Folha



Jogo contra o Central é fundamental para definir o rumo dos dois times na Série C
Alexandre Oliveira, recuperado de contusão, vai retornar ao Tricolor
GUSTAVO LUCCHESI
Com todos os ingredientes de final de campeonato, o duelo entre Central e Santa Cruz, hoje, às 20h30, no Lacerdão, promete fazer Caruaru tremer. Com os bastidores da partida já pegando fogo desde o início da semana, a torcida coral promete invadir a Capital do Forró, na partida que pode selar o destino das duas equipes no Campeonato Brasileiro da Série C.

Mostrando claramente o clima de “decisão” que já tomou conta do confronto de logo mais, o Alvinegro solicitou e conseguiu a escalação de um árbitro de fora do Estado para apitar o jogo, alegando uma fraca atuação do pernambucano Emerson Sobral na derrota sofrida no Arruda, na segunda rodada da Terceirona. A atitude acabou gerando um mal-estar com o próprio Tricolor e até mesmo com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF).

Em relação à tábua de classificação, o Mais Querido, que ocupa a vice-liderança do Grupo 5, precisa vencer e torcer para o Potiguar/RN não vencer o Campinense/PB, em Campina Grande, no outro jogo da chave, para comemorar, com uma rodada de antecipação, a classificação para a segunda fase da Terceirona e espantar, pelo menos temporariamente, o pesadelo da Série D. Para os donos da casa, a derrota praticamente elimina qualquer chance de continuar na disputa.

Porém, para conseguir êxito em Caruaru, o elenco coral terá uma motivação extra-campo. Sabendo da importância das duas partidas decisivas que a Cobra Coral tem nesta primeira fase, um grupo de torcedores anunciou que irá premiar todo o grupo com R$ 30 mil, em caso de vitória diante da Patativa, hoje, e mais R$ 30 mil por um novo triunfo, em cima do Campinense, no próximo domingo, no Arruda.

Para a “decisão” de logo mais, o treinador Bagé não poderá contar com o volante Leandro Biton, expulso diante dos potiguares, o meia Rafael Oliveira, entregue ao Departamento Médico, com uma lesão na coxa esquerda, e o volante Marcos Mendes, por não ter havido tempo hábil para regularização da documentação do atleta. Em compensação, o técnico terá o retorno do volante e capitão da equipe, Alexandre Oliveira, recuperado de uma pancada no joelho esquerdo.

Recém-chegado ao clube e ainda se adaptando ao estilo dos seus comandados, Bagé preferiu testar duas formações no último coletivo, realizado ontem à tarde, no Arruda. Na primeira, ele optou por um esquema mais defensivo, com três volantes, promovendo a entrada de Memo no lugar de Biton, fechando o setor com Alexandre Oliveira, Gedeíl e Juninho. Na segunda metade do treinamento, o lateral-direito Rafael Mineiro foi sacado para a entrada de Bruno Costa, destaque do Ypiranga no Estadual deste ano, e Memo deu lugar ao atacante Cléo, com o time passando a atuar no 4-3-3.

Central
Davi; Jamesson, Bebeto, William Paraná, Bebeto e João Neto; Neto, Márcio, Doda e Aílton; Marco Antônio
Técnico: Marcelo Vilar

Santa Cruz
Glédson; Rafael Mineiro (Bruno Costa), Wequisley, Gonçalves e Marcos Vinícius; Alexandre Oliveira, Gedeíl, Memo (Cléo) e Juninho; Patrick e Edmundo
Técnico: Bagé

Local: Lacerdão
Horário: 20h30
Árbitro: Arílson Bispo (BA)
Assistentes: Pedro Jorge dos Santos (AL) e Ivaney Alves de Lima (SE)
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)

Patativa busca triunfo em casa

Léo Lisbôa

Encarando sua segunda decisão em menos de cinco dias, o Central entra em campo, esta noite, querendo a primeira vitória dentro de casa. Em quatro jogos, a Patativa balançou as redes apenas uma vez, na vitória por 1x0, diante do Campinense, em Campina Grande, no último domingo. E como só a vitória interessa ao time da Capital do Agreste, a promessa é de casa cheia hoje. Dos 15 mil ingressos colocados à venda, apenas seis mil estão nas bilheterias do estádio. Dois mil já foram vendidos e outros sete mil (só para os alvinegros), referentes ao Programa Todos Com a Nota, já foram trocados.

A única alteração na equipe que entrou em campo, no último domingo, será na lateral esquerda. Sem poder contar com o zagueiro Júnior Paulista - vinha sendo improvisado no setor desde o afastamento de Vital, mas foi expulso na partida anterior, o técnico Marcelo Vilar improvisará João Neto. Com a entrada do atacante, o time ganhará em ofensividade, mas perderá na marcação.

Um olho aqui e outro na Paraíba

As atenções, na noite de hoje, estarão voltadas para Caruaru e Campina Grande
Filipe Assis

Considerados os dois principais pólos de São João, Caruaru e Campina Grande estão sempre em “pé de guerra”, na luta para saber quem faz a melhor festa do mundo. Mas, pelo menos por uma noite, as duas cidades estarão unidas. Os jogos de hoje, entre Central e Santa Cruz, na representante pernambucana, e entre Campinense e Potiguar, no município paraibano, podem definir os dois classificados para a próxima fase, ou deixar a disputa ainda mais equilibrada. Por isso, alvinegros e tricolores deverão ficar atentos a Caruaru, mas sem esquecer de Campina Grande.

Se Central e Santa Cruz empatarem, as duas equipes continuam firmes na competição. Caso o Campinense derrote o Potiguar no outro jogo da rodada, garante uma vaga, deixando a outra para os dois pernambucanos disputarem com o Potiguar. No caso de uma vitória do time do Rio Grande do Norte ou um empate, a Cobra Coral e a Patativa podem ser os dois classificados do grupo, precisando apenas que derrotem seus adversários na última rodada.

Acontecendo uma vitória do Central sobre o Santa Cruz, o Alvinegro precisará apenas derrotar o Potiguar na última rodada para ficar com uma vaga. A única possibilidade de o Tricolor conseguir a classificação sem depender de uma combinação de resultados seria ganhando do Campinense no domingo, desde que a equipe de Campina Grande empate com a de Mossoró hoje. Entretanto, se houver um vencedor no outro jogo do grupo desta noite, o Santa Cruz tem que somar três pontos na próxima rodada e torcer por um empate entre Central e Potiguar, ou por uma vitória do time de Mossoró, caso este tenha perdido para o Campinense.

Por outro lado, se somar três pontos contra o Central, o Tricolor pode até garantir sua classificação antecipada, caso o Campinense derrote o Potiguar. Mesmo se não for por antecipação, a classificação coral virá com uma simples vitória diante do Campinense, no último jogo. À Patativa, só restaria vencer o Potiguar e torcer para que, na partida desta noite, o Potiguar vença o Campinense.

Torcida tricolor deve invadir Capital do Forró

Alexandre Barbosa

Se depender da torcida tricolor, o Santa Cruz vai se sentir em casa na partida de hoje, contra o Central, em Caruaru. Além dos torcedores que moram na cidade, muita gente pegará a BR-232 para apoiar o time. Várias caravanas estarão deixando o Recife, no fim desta tarde, rumo ao Interior, com o objetivo de promover uma invasão coral à Capital do Forró - sem falar nos inúmeros carros particulares que também seguirão o mesmo destino.

As caravanas de ônibus, por sinal, já estão tornando-se uma tradição da torcida coral nesta Série C. Desde a estréia do Santa Cruz na competição, contra o Campinense, em Campina Grande, os torcedores vêm tomando as cidades em que o Tricolor vai jogar. Foi assim também no jogo contra o Potiguar, disputado em Mossoró/RN. “Estamos fazendo isso desde o jogo de Campina Grande, e a procura tem sido ótima”, afirma Danielle Leal, que para este jogo contra o Central está organizando uma caravana que já tem dois ônibus confirmados. “E estou pensando seriamente em colocar mais um. Esses dois já estão lotados, mas tem muita gente ligando ainda”.

A caravana Corais do Orkut é outra que já está virando tradição. A turma já acompanha o Santa Cruz nos jogos fora de casa desde a Série B do ano passado. Neste ano, mesmo com a queda para a Série C, eles não deixaram o Tricolor sozinho. “Já formamos um grupo que sempre viaja junto. Fazemos um negócio bem família. Não nos metemos em confusão, não criamos problemas e prezamos pela organização”, garante Victor Fernandes, um dos organizadores da caravana que, para a partida contra o Central, está com um ônibus praticamente fechado - até ontem haviam seis vagas.

Serviço

Danielle Leal
Preço: R$ 30,00
Incluso: Cerveja, refrigerante e água
Saída: 17h, próximo ao Extra Benfica
Contato: Danielle (9235-7950)

Corais do Orkut
Preço: R$ 25,00
Incluso: Cerveja, refrigerante e água
Saída: 17h, do Arruda
Contato: Sergio (8628-8255), Netinho (8801-0310) ou Victor (8804-2008)

Caravana Coral
Preço: R$ 20,00
Saída: 17h, do Arruda
Contato: Davi (8849-9862) e Lulinha (3458-7568)

Central x Santa tem cara de final


Times pernambucanos enfrentam-se em duelo decisivo na Terceirona

Santa Cruz e Central jamais se enfrentaram em finais de Campeonato Pernambucano, tampouco se encontraram em decisões nacionais. Esta noite, porém, podem definir seus destinos na Série C do Campeonato Brasileiro. Uma vitória deve significar um bom passo para a classificação à segunda fase ou até mesmo a vaga antecipada no caso dos corais. Uma derrota, por outro lado, sedimenta o caminho para a recém-criada e novo inferno do futebol nacional Série D. A partida está marcada para as 20h30, no Estádio Luiz Lacerda, em Caruaru, e vale pela penúltima rodada do Grupo 5.

Apesar de atuar fora de casa, a situação do Santa Cruz é menos tensa. Com seis pontos e na vice-liderança da chave, os tricolores podem garantir uma das duas vagas em jogo no quadrangular da primeira fase com uma vitória. Basta que, na combinação de resultados, o Campinense-PB não perca para Potiguar de Mossoró-RN, no Estádio Amigão, em Campina Grande, no mesmo horário. Os paraibanos lideram com sete pontos e só precisam vencer para passar, independentemente dos outros. O Central está em terceiro lugar, com cinco pontos, enquanto o time do Rio Grande do Norte segura a lanterna, com quatro.

O clima de rivalidade entre os dois pernambucanos aumentou desde a segunda rodada. O Santa bateu o Central no Arruda por 3x0, com atuação contestada do árbitro pernambucano Emerson Sobral, que marcou um pênalti duvidoso a favor dos donos da casa. O representante de Caruaru, então, solicitou que o sorteio para o novo embate fosse composto por árbitros e assistentes vinculados a outras federações brasileiras. A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) enviou o pedido, e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) acatou o apelo, o que não agradou os tricolores e os colocou em alerta.

Experiente diante da situação, o técnico coral procura apimentá-la ainda mais. Na véspera do confronto, Bagé trabalhou duas formações e preferiu não informar a escalação, tentando jogar dúvidas para o outro lado. Em uma parte do trabalho, montou o time com três volantes e um lateral-direito com boa noção de marcação, ficando numa espécie de 4-3-1-2. Num outro momento, pôs mais um atacante no lugar de um dos cabeças-de-área e trocou o lateral-direito por outro mais ofensivo, passando para o 4-3-3. O discurso dos jogadores, entretanto, é defensivo, deixando transparecer a preferência do comandante pela cautela.

Será somente a segunda partida da equipe sob o comando de Bagé. “As duas opções testadas são boas e me agradaram. Numa, ganho em poder de marcação. Na outra, fico um pouco vulnerável, mas ataco com mais potência. É preciso observar como vem o adversário”, declarou o técnico, que também trabalhou muito as bolas paradas defensivas. “Desde o Pernambucano, o Central trabalha muito bem as cobranças de falta nas proximidades da área. Precisaremos estar atentos a todos os detalhes. É o que decide os jogos equilibrados hoje em dia”, completou.

A diretoria do Central disponibilizou 12 mil ingressos para a partida de hoje. Desses, sete mil bilhetes são destinados para o programa Todos com a Nota. Todos foram trocados e já estavam nas mãos dos cambistas, que vendiam por R$ 5. Os outros cinco mil ingressos serão vendidos ao preço de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (estudantes).

Alexandre quer fazer história

Das arquibancadas do Arruda o volante Alexandre assistiu a partidas históricas do Santa Cruz, como o título do Campeonato Pernambucano de 1993, conquistado com uma virada espetacular sobre o Náutico, ou a permanência na Segunda Divisão, em 1998, com um gol do zagueiro Rau nos acréscimos do último jogo, contra o Volta Redonda. Esta noite, agora dentro do gramado, o torcedor e atualmente capitão do time terá oportunidade de participar de um confronto tão ou mais importante para a história do clube, fundado no dia 3 de fevereiro de 1914.

Alexandre correu o risco de não atuar contra o Central. Recuperou-se de um incômodo na região patelar do joelho esquerdo e foi liberado pelo departamento médico tricolor. “Poucos jogadores têm o privilégio de vestir a camisa do clube que tanto ama. Sou um deles. Mas a torcida agora é ainda maior. Marcos Mendes (volante recém-contratado e ainda não regularizado) também é tricolor. Para você ver a força da nação. Isso me faz dobrar o esforço dentro do campo. O torcedor do Santa Cruz merece todo o esforço”, destaca.

Raros foram os jogos, desde o Campeonato Pernambucano, em que a equipe não pôde contar com a presença do capitão dentro das quatro linhas. “Temos conversado entre nós que este será o jogo do ano para o clube. Uma derrota pode nos deixar em situação muito complicada para passar à próxima fase. Se a Série C já era um buraco, criaram a Série D para piorar ainda mais as coisas. Mas isso não vai acontecer conosco. Estamos brigando muito e trabalhando para buscar pelo menos um ponto em Caruaru.”

Esta noite Alexandre fará parte de um trio de volantes, ao lado de Memo e de Gedeil. “Sabemos que o Central vai querer nos pressionar a partir do apito do árbitro, porque eles também estão em clima de decisão e atrás na pontuação”, alertou. “Será um confronto em que precisaremos utilizar toda a inteligência. É necessário marcar sempre muito forte, tentar sair com qualidade nos contra-ataques e trabalhar a bola no meio-de-campo quando for preciso. Não dá para vacilar”, concluiu o jogador-torcedor.

Marco Antônio diante do ex-clube

Depois de vestir a camisa dos três grandes clubes da capital, sendo ídolo do Santa Cruz no Estadual de 2005, o atacante tem seu primeiro clássico regional defendendo o Central

Após vencer o Campinense, por 1x0, em Campina Grande, o Central ganhou uma nova vida na Série C do Brasil. Mas para seguir na competição, a Patativa terá que vencer o Santa Cruz, hoje, a todo custo. A partida também terá um outro atrativo. O atacante Marco Antônio vestirá pela primeira vez a camisa alvinegra diante do seu ex-clube.

Contratado como grande reforço do Central para a disputa da Série C, Marco Antônio ainda não conseguiu balançar as redes. Mas a seca de gols não o aflige. Afinal, segundo ele, a equipe está mostrando uma evolução no momento importante. “No início, a gente estava criando as chances e pecando nas finalizações. Mas futebol é assim: quando menos se esperava, o Central venceu o Campinense e está na briga pela vaga”, declarou.

O fato de encarar o Santa Cruz, seu ex-clube, não perturba o atacante. Marco Antônio diz que deixou o Arruda sem rusgas. “Não tenho nada ‘engasgado’ com o Santa. Então, não existe essa história de revanche. Respeito a torcida do Santa Cruz, mas, agora, estou defendendo o Central e farei de tudo para conquistar a vitória”, disse o atacante.

Para Marco Antônio, quem vencer a partida dará um passo importante para selar a classificação à próxima fase. “Principalmente para o Santa Cruz, que ainda terá uma partida para fazer em casa (contra o Campinense). A gente vai jogar fora na última rodada (Potiguar), portanto, vamos jogar para vencer”, afirmou, não escondendo sua motivação por defender as cores do Central. “Fui bem recebido na cidade e o grupo é muito bom”, completou.

Exatamente pelo fato de a Patativa precisar da vitória que o técnico Marcelo Villar deve mandar a campo uma equipe ofensiva. Portanto, é possível que o atacante João Neto seja improvisado na lateral-esquerda, na vaga de Júnior Paulista, que cumpre suspensão. Porém, o volante Gaspar pode também ser utilizado no setor durante a partida.

O atacante Leonardo, com estiramento muscular, continua vetado pelo departamento médico. Nas demais posições, a equipe é praticamente a mesma que vem atuando nos jogos da Série C.

Central despachou o Santa da Série B em 95

Há quase 13 anos, Santa Cruz e Central também viviam um clima de decisão. Os dois times se encontraram pela última rodada do Grupo F da segunda fase da Série B de 1995. Quem vencesse seguiria adiante. E deu Central. A Patativa venceu o tricolor por 2x1, no mesmo Luiz Lacerda, em Caruaru, despachando o Santa da competição e classificando-se para a fase seguinte. No quadrangular final, entretanto, o alvinegro perdeu o acesso para a Série A do Brasileiro para os paranaenses Atlético e Coritiba.

O detalhe é que o Santa Cruz era comandado pelo treinador Fito Neves, curiosamente demitido do clube na semana passada. Bagé entrou em seu lugar. Já os centralinos eram dirigidos por Ivan Gradin. O Central abriu 2x0, com gols de Everaldo, aos 13, e Jaílson, aos 20 minutos do segundo tempo. No desespero, Sorato descontou para o Santa, aos 44, após ajeitar a bola com a mão. O árbitro Wilson Souza não viu e ainda deu nove minutos de acréscimo, para desespero dos centralinos. Já no final, até o goleiro Marco Aurélio, hoje em Portugal, foi para área tentar o empate, sem sucesso.

O Central acabou com os mesmos oito pontos do Santa, mas teve oito gols pró contra apenas seis do tricolor. O Remo foi o primeiro do grupo, com 13 pontos. Com apenas quatro pontos, a Tuna Luso também foi desclassificada.

Central: Ricardo, Carlão, Humberto, Janduir e Romero, Júnior (Alemão), Romildo, Everaldo (Reginaldo) e Adeíldo, Jaílson e Marquinhos.

Santa Cruz: Marco Aurélio, Paulo Ricardo, Missinho, Amarildo e Wellington, Zé do Carmo, Da Silva e Gil Sergipano (Celinho), Serginho (Everton), Sorato e Zé Roberto.

Lacerdão é palco de outra decisão


Pela terceira vez, Central e Santa Cruz se enfrentam em Caruaru com gostinho de final; Duelo está empatado
Cassio Zirpoli
Da equipe do diario



Em 1995, foi a vez do Central festejar no Lacerdão: classificação garantida na segundona. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press - 22/10/95
Um Santa Cruz ascendente e em busca de uma sonhada classificação antecipada. Um Central pra lá de revigorado e confiante num bom resultado no Lacerdão, que deixaria o time muito próximo da vaga, que já parecia perdida. A história se repete na Capital do Agreste. Mais uma vez os caminhos de Central e Santa irão se cruzar de maneira decisiva em Caruaru. Assim como aconteceu em 1986 e 1995, o jogo desta noite, marcado para as 20h30, deverá definir o destino dos dois clubes neste ano, mas dessa vez na Terceirona.

Na primeira ocasião, os dois rivais decidiram o 3º turno do Campeonato Pernambucano e o Tricolor levou a melhor, ao vencer no pênaltis após um empate por 1 x 1, em um Lacerdão repleto. A estrela daquela noite foi o goleiro - e eterno ídolo - Birigüi, que salvou o time na prorrogação e ainda defendeu a penalidade do meia Jorge Vinícius. Quatro dias depois, o Tricolor seria o campeão estadual ao segurar o empate sem gols com o Sport, na Ilha do Retiro.

Um novo confrontocom o mesmo teor só ocorreu nove anos depois, quando os corais armaram uma equipe forte - curiosamente treinada por Fito Neves, que foi demitido há uma semana -, com destaque para o volante Zé do Carmo. O time tricolor foi campeão pernambucano com alguma facilidade e entrou na Série B como franco favorito para conquistar uma das duas vagas à elite nacional. No entanto, a marcha coral parou na última rodada da segunda fase, em 22 de outubro. Cerca de 10 mil torcedores viram uma aguerrida Patativa, dirigida por Ivan Gradim, vencer por 2 x 1, na raça e se garantir na fase semifinal.

Everaldo e Jailson fizeram os gols do Alvinegro logo no comecinho do segundo tempo. Aos 44 minutos, o atacante Sorato descontou para os tricolores. No minuto seguinte, o goleiro Marco Aurélio ainda foi até a área adversária e cabeceou para o gol, mas a bola passou raspando a trave. Com o cíclico caminho do futebol, hoje será escrito mais um capítulo desse duelo. Ao Santa (com 6 pontos), basta uma vitória nesta noite e um tropeço do Potiguar, que jogará em Campina Grande contra o Campinense, para que o time consiga logo a sua vaga (pois o Central permaneceria com 5 o Potiguar ficaria com 4 ou 5).

Mas nem por isso o técnico Bagé deixará a cautela de lado. Tanto que o Mais Querido deverá entrar em campo com três volantes. Três jogadores eram dúvida, mas apenas Rafael Oliveira foi vetado, por causa de uma distensão na coxa esquerda. Glédson e o capitão Alexandre Olveira - que desfalcou o time no domingo - estão confirmados no time. Além de Alexandre, o meio-campo será formado por Gedeil, pelo estreante Marcos Mendes (que estava no Ceará e chegou ao clube na segunda-feira) e por Juninho, o único encarregado pela criação pela articulação de jogadas. No ataque seguem Edmundo e Patrick, que balançaram as redes contra o Potiguar. "É o jogo do ano para a nossa equipe", resumiu, de forma simples, Alexandre Oliveira. E ele está absolutamente certo.

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Corais que estarão em "casa"

Pelo menos dois jogadores tricolores se sentirão em 'casa' hoje à noite. O meia Juninho e o zagueiro Gonçalves disputaram o último Estadual pelo Porto, o maior rival do Central, e sabem muito bem como é a rivalidade em Caruaru. "Jogaremos contra um time muito qualificado, mas estamos conscientes do que temos que fazer. E vamos trazer um bom resultado de lá", afirmou Gonçalves.

Já Juninho admitiu a dificuldade do gramado do Lacerdão e lembrou que ainda não venceu lá. "Nesse ano foram dois jogos. Perdi um e empatei outro. Acho que chegou a minha vez de vencer", disse. Juninho, por sinal, vem sendo cobrado para chutar mais de fora da área. "Venho obedecendo o esquema tático, mas acho que posso render mais sim", completou a jovem revelação baiana de 23 anos.

Já o volante Marcos Mendes - que briga para entrar como titular no meio-campo - deverá viver uma semana meteórica. O jogador estava no banco de reservas do Ceará, quando foi sondado por Bagé, com quem trabalhou no primeiro semestre no Salgueiro. Mesmo contra todos os prognósticos, Mendes topou a parada. É uma aposta grande, pois trocou um time da Série B por um que está na C, e também trocou a segurança de jogar até dezembro pela possibilidade de ficar de 'férias' com apenas uma semana de trabalho.

"Sou de Carpina e de família tricolor. Como posso não querer jogar em um clube de massa como o Santa Cruz? Vou ajudar esse clube", afirmou Marcos Mendes, de 28 anos. São esperados mais de quatro mil tricolores em Caruaru. Pelo menos 20 ônibus já estão lotados. Quem quiser ir pode entrar em contato com Lulinha, através dos telefones 3458-7568 e 8849-9862.

Central

Davi; Jamesson, William Paraná, Bebeto e João Neto (Gaspar); Neto, Doda, Ailton e Márcio; Cláudio e Marco Antônio. Técnico: Marcelo Villar

Santa Cruz

Gledson; Rafael Mineiro, Gonçalves, Wescley e Marcos Vinícius; Alexandre Oliveira, Gedeil, Marcos Mendes (Garrinchinha) e Juninho; Edmundo e Patrick. Técnico: Bagé

Local: Estádio Luiz Lacerda (Caruaru). Horário: 20h30. Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA). Assistentes: Pedro Jorge Santos (AL) e Ivaney Alves (SE).

Patativa com sede de gols

O ataque da Patativa vem sendo o calo da equipe nesta campanha na Série C do Brasileiro. Em quatro partidas, o time marcou apenas um gol até agora. No entanto, para a sorte alvinegra, esse tento (marcado por Cláudio, que deu a vitória sobre o Campinense, no estádio Amigão) foi suficiente para deixar o Central com cinco pontos e mais vivo do nunca no Grupo 5. Isso porque o time havia conseguido dois empates por 0 x 0 em casa. Hoje, aliás, será a última partida do Central no Lacerdão.

Uma vitória nesta noite deixará o Central dependendo apenas si para seguir na competição. Para isso, o técnico Marcelo Villar irá manter a base da equipe venceu em Campina Grande, no último domingo. Apesar de já ter melhorado de uma tendinite no joelho, o goleiro Hudson segue fora da equipe, por causa da boa fase de Davi. A única mudança confirmada será na lateral-esquerda, pois Júnior Paulista recebeu o cartão vermelho naquele partida. Sem peças de reposição, pois Vital segue lesionado, Villar deverá mesmo improvisar, uma vez quequer manter o esquema tático. O atacante João Neto e o volante Gaspar são as opções, mas o primeiro é favorito, pois já jogou na lateral, quando teve que fazer o mesmo papel no Pernambucano.

No ataque, Cláudio ganhou a preferência do técnico em relação a Leonardo, que vinha tendo boas atuações, mas estava pecando bastante nas finalizações. O centroavante jogará ao lado de Marco Antônio, ex-ídolo coral. O treino da equipe aconteceu ontem à tarde, no Lacerdão, e contou com a presença de vários torcedores. A torcida alvinegra deverá marcar presença também na partida de logo mais, até mesmo porque os 7 mil ingressos do programa Todos com a Nota serão exclusivos para os centralinos. Os tricolores terão a direito a 5 mil ingressos.