sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Oposição tricolor realiza fórum neste sábado


Do JC OnLine

Os grupos que fazem oposição ao atual presidente do Santa Cruz, Édson Nogueira, têm um encontro neste sábado, em local não divulgado. O objetivo claro é fazer uma composição para uma chapa única concorrer à eleição que deve ter data definida na próxima semana.

Um dos mentores da idéia é o jornalista Fernando Veloso, apontado como um dos postulantes ao cargo máximo tricolor. O evento foi batizado como "Fórmum das Oposições". "Esse encontro terá a participação do grupo de Fred Arruda (que lançou candidatura ontem), do Veneno Coral e todos os grupos que não estão comprometido com a atual gestão e o objetivo é compor uma candidatura comum", disse.

No entanto, um nome está vetado: Ricardo de Paula. O ex-presidente da Comissão Patrimonial foi apontado por Veloso como candidato da situação, embora já se tenha declarado aberto para um consenso com os oposicionistas.

"Não tenho nada pessoal contra Ricardo, mas ele é o candidato do continuísmo, bandalheira e esculhambação que colocaram o Santa Cruz nessa situação. Não vamos engolir essa história de que ele está na oposição. É o candidato de Edinho, Romerito e Rodolfo Aguiar (presidente tricolor no biênio 1979/1980)", atacou.

O oposicionista foi mais além e criticou também a atuação do engenheiro enquanto esteve à frente da Comissão Patrimonial durante a gestão de Romerito Jatobá (2005/2006). Ele acusou o ex-dirigente de deixar o anel superior do Arruda em condições precárias - ainda carece de reformas - além de deixar prejuízo nos cofres da comissão. "Além de quebrar o estádio ele quebrou os cofres, deixando um prejuízo de R$ 500 mil", enfatizou.

Apontar Ricardo de Paula como candidato de Edinho também fez com que Veloso criticasse o fato de o atual presidente participar do processo sucessório. Para ele, isso deveria ser feito pelo vice licenciado, Fred Arruda. "Ninguém acredita nele comandando o processo. Por que a lista de sócios está guardada a sete chaves?", questionou.

Somente se o presidente da Federação Pernambucana de Futebol comandar a sucessão - foi convidado para por Edinho para ajudar nesse sentido - ele dá uma trégua nas críticas. "Carlos Alberto tem nossa total confiança", apontou.

Santa volta a treinar com apenas 24 jogadores para última partida da Série C


Os 24 jogadores remanescentes do elenco do Santa Cruz após a vassourada da última quinta-feira voltaram as treinos nesta sexta-feira pela manhã, no Arruda. O elenco, que tem metade da sua totalidade formada por pratas da casa, foi comandado pelo preparador físico Charles Muniz, que deve ser o treinador para a última partida da Série C do Campeonato Brasileiro, no próximo dia 6 de setembro, contra o Salgueiro, em Salgueiro.

Para o confronto, os jogadores disponíveis são os goleiros Jaílson e Alencar Baú; os laterais George, Bruno e Max; os zagueiros Gonçalves, Stanley, Sandro e Wescley; os volantes Alexandre Oliveira, Allan, Leandro, Memo, Gedeil e Vágner Rosa; os meias Jefferson, Miller, Rafael Oliveira, Rosembrik e Esquerdinha; e os atacantes Patrick, Thomas Anderson, Gilberto e Foguinho.


Eleições – O Conselho Deliberativo do Santa Cruz, comandado pelo presidente Alexandre Ferrer, marcou para o próximo dia 4 de setembro uma reunião extraordinária para votar a proposta de antecipação das eleições presidenciais do clube para a segunda quinzena de setembro. O encontro acontece no auditório do Arruda, às 19h. Todos os conselheiros estão convocados para a sessão.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

Santa tenta montar time para despedida melancólica de 2008


Uma despedida melancólica. Isto é o que espera o Santa Cruz no jogo do dia 6 de setembro, contra o Salgueiro, na cidade sertaneja. A partida vai marcar a despedida do time tricolor do Recife do campeonato brasileiro da Série C, e da temporada 2009. O treinador interino, Charles Muniz, nem sequer sabe qual a formação que vai mandar a campo, já que nove atletas foram dispensados durante a semana.

Embora a equipe coral ainda tenha chances remotas de manter uma vaga na Série C de 2009, nem o técnico acredita mais nisso. O discurso de Muniz é simples: vai apelar para que os jogadores atuem com honra e profissionalismo. “A posição na tabela não importa. Somos profissionais e temos que dar o melhor de nós em qualquer situação”, afirma o preparador físico da equipe.

No Arruda, onde o Santa treina, a diretoria se preocupa mais em discutir a sucessão do presidente Edson Nogueira, que antecipou as eleições no clube e vai se retirar no final de setembro, do que com a partida contra o Salgueiro. O time sertanejo é líder do grupo do Santa, com oito pontos, e garante a classificação com uma vitória.

Da Redação do pe360graus.com

Santa já tem o quarto candidato


Até ontem à noite, os candidatos em potencial para assumir o posto de presidente do Executivo do Santa Cruz para o próximo biênio estavam apenas “jogando” o nome na mídia, no campo da especulação. O atual vice-presidente licenciado do clube, Fred Arruda, entretanto, resolveu colocar de vez a campanha na rua e lançou oficialmente a sua candidatura. O evento ocorreu na sede do Sindesp, no bairro da Boa Vista, região central do Recife.

A chapa encabeçada por Fred Arruda conta com Geraldo Lima para a vice do Executivo, Gerino Xavier para a presidência do Conselho Deliberativo e Sérgio Murilo para a vice do Deliberativo. A candidatura, denominada Aliança Coral, recebe o apoio de oposicionistas. “Somos o primeiro a lançar candidatura oficialmente. Mas, na minha concepção, já há três nomes verdadeiramente lançados”, declarou o vice licenciado.

Fred Arruda se refere aos conhecidos Fernando Veloso, Romero Jatobá Filho e ao novato Felipe Rego Barros. Ricardo de Paula, Alberto Lisboa, o ex-jogador Ramón e Antônio Luiz Neto também podem aparecer futuramente para ingressar no processo. “Apesar de termos formado a chapa, estamos de olho no movimento de outros grupos de oposição. Não retaliamos ninguém. Estamos dispostos a conversar com todo mundo. Basta que respeitem os nossos conceitos.”

A princípio, Fred Arruda não pretendia lançar seu nome à presidência do Executivo. Antes do início da Série C do Campeonato Brasileiro, quando lutava ao lado de Fernando Veloso na Justiça para tentar destituir Édson Nogueira, ele cogitava no máximo concorrer a um cargo no Deliberativo. Argumentava que as suas atividades profissionais o impediam de exercer por inteiro a função no Executivo.

As movimentações políticas se intensificaram esta semana, justamente após a eliminação da equipe na Terceirona, mas ainda não há uma data certa para as eleições. O pleito iria ocorrer no dia 12 de dezembro. Como o clube ficará parado pelo resto do ano, Edinho convocou entrevista coletiva para se despedir e anunciar que havia adiantado o processo sucessório para a segunda quinzena do próximo mês.

Na quinta-feira, o Conselho Deliberativo vai se reunir para determinar o dia correto. O órgão, entretanto, deve encontrar resistência. José Neves Filho, ex-presidente do clube e atual mandatário da Futebol Brasil Associados (FBA), acusa o Santa Cruz de não cumprir os prazos determinados no estatuto coral, que entrou em vigor desde o começo do ano.

Santa confima mais nove dispensas

A diretoria do Santa Cruz confirmou ontem à tarde as dispensas em massa do Arruda. Mas, diferentemente do que foi anunciado, saíram nove jogadores e não 11. O ato já estava programado, uma vez que o clube não tem mais perspectiva de receita para esta temporada, sobretudo depois da eliminação na Série C do Campeonato Brasileiro, domingo passado, em casa, por conta do empate por 1x1 com o Campinense-PB, pela penúltima rodada do Grupo 19 da segunda fase.

Os corais só não se desfizeram de mais atletas porque ainda precisam cumprir a última rodada da competição, dia 6 de setembro, contra o Salgueiro, no Estádio Cornélio de Barros, no Sertão Pernambucano. Mesmo que remota, os corais ainda se agarram à chance de permanecer na Terceirona da próxima temporada. Como a chave do tricolor está adiantada, precisarão “secar” vários adversários nos próximos domingo e quarta-feira.

Dos dispensados pelos dirigentes (ver quadro ao lado), somente o meia Juninho não foi comunicado. O armador, um dos poucos jogadores que agradaram à torcida e tem os direitos federativos vinculados ao Porto, não apareceu na reapresentação que estava marcada para a manhã de ontem. Também não enviou qualquer tipo de justificativas para o clube. Agora o elenco de profissionais tricolor está limitado em 24 opções, em sua maioria jogadores formados nas categorias de base.

Atualmente o Santa Cruz ocupa a lanterna do Grupo 19, com três pontos somados em três empates. Perdeu os outros dois jogos. No momento, estão sendo disputados oito quadrangulares. Somente os dois primeiros de cada chave seguem vivos na competição. As outras 16 equipes estão automaticamente eliminadas. Mas os quatro melhores entre os piores ainda ganham de presente de consolação o direito de permanecer na Série C para a próxima temporada.

Os outros 12 eliminados terão de brigar em seus respectivos Estaduais pelo direito de disputar a primeira edição da Série D, nova divisão nacional criada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no começo deste ano. Mais 31 equipes já haviam sido desclassificadas nos primeiros quadrangulares, ficando no meio do caminho e atuando apenas por um mês. Os corais permanecerão em atividade no Brasileiro por dois meses. No Estadual, foram três meses.

Mesmo com jogos adiantados, o Santa Cruz tem no momento a 12ª campanha entre as equipes que estariam eliminadas caso a fase já tivesse terminado. Somente Luverdense-MT, Holanda-AM, Ituano-SP e Toledo-PR vivem situação pior na classificação de suas respectivas chaves. Os Grupos 18 e 19 completaram a quinta e penúltima rodada. Os Quadrangulares 17, 20, 21, 22 e 23 passaram da quarta rodada. O 24 teve apenas três giros realizados.

Até agora, somente Rio Branco-AC, Paysandu-PA e Atlético-GO garantiram presença na terceira fase. O Salgueiro se classifica com um empate. Iria a nove pontos e não poderia ser mais ultrapassado por dois adversários.

Acusação pesada


Candidato Fernando Veloso diz que Edinho quer manipular o processo eleitoral no Arruda
No melhor estilo metralhadora, o pré-candidato à presidência do Santa Cruz, Fernando Veloso, atirou firme ontem contra o presidente Edson Nogueira. O Diario procurou os principais nomes colocados na sucessão para saber a opinião deles sobre a antecipação do pleito. Veloso foi duro e direto em sua afirmação. "Ele deveria ter renunciado. A única coisa que justifica sua permanência é a manipulação do processo eleitoral", disparou. "Está tudo indefinido ainda. Não existe comissão eleitoral, não existe data, ninguém sabe da lista de sócio. Estamos em um buraco negro", encerrou.

Já Romerito Jatobá não disparou pesado, no entanto, não poupou críticas. O ex-presidente coral queria a eleição para 20 de outubro e a posse em 5 de novembro. "Edinho deveria ter cumprido o estatuto, que fala em publicação de três editais. Fazer eleição assim é loucura. Não terá tempo para costurar alianças. Quem assumir vai apenas pagar contas e se desgastar, pois não terá como contratar jogador, por exemplo, já que as competições ainda estarão em andamento", avaliou.

Já Fred Arruda, que lançou ontem oficialmente sua chapa, no Sindsep (Geraldo lima, o Gerrá, vice-Executivo; Gerino Xavier, presidente do Conselho e Sérgio Murilo, presidente da Patrimonial) discorda dos outros dois pré-candidatos. Para ele, quanto antes a eleição for marcada melhor. "Edinho acertou em deixar o Conselho Deliberativo definir o dia do pleito. Acho que um mês é tempo suficiente para fazer a eleição e o novo presidente assume em outubro. Assim terá dois meses para arrumar a casa e fazer o time", ponderou. E com relação às dividas? "Quem assumir terá que pagar as dívidas mesmo. Então não importa ser em outubro ou novembro", afirmou.

Ontem, a diretoria do Santa Cruz dispensou nove jogadores do elenco atual. São eles: Rafael Mineiro, Marcos Vinícius e Camilo (laterais); Reinaldo (volante); Juninho - que faltou à reapresentação - e Uecslei (meias); Edmundo e Cléo (atacantes).

Tristeza na reapresentação tricolor

Marcos Pastich



Nove atletas foram, oficialmente, dispensados do Santa Cruz, na manhã de ontem
Goleiro Glédson (D), que foi para o Náutico, esteve no Arruda para se despedir dos ex-companheiros de time
GUSTAVO LUCCHESI

Um dia após Édson Nogueira, o Edinho, fazer um dos seus últimos discursos, praticamente se despedindo do Santa Cruz, ontem foi a vez dos atletas corais serem tomados pelo clima de tristeza e adeus, na reapresentação do elenco tricolor. Confirmando o que já havia sido comentado, uma lista de dispensas foi anunciada oficialmente. Porém, ao contrário do que o atual presidente coral tinha dito na última quarta-feira, em vez de 11, nove atletas deixaram o clube.

A vassourada foi composta pelos seguintes jogadores: os laterais Rafael Mineiro, Marcos Vinícius, Bruno Costa e Camilo; o volante Reinaldo; os meias Juninho e Uéslei; e os atacantes Cléo e Edmundo. “É muito triste ver os companheiros arrumando as coisas e se despedindo, mas futebol tem dessas coisas. Aos que ficaram, resta se despedir honrando a camisa do clube”, disse o capitão Alexandre Oliveira.

Com três meses de atraso no salário de alguns jogadores, sem contar com o pagamento dos funcionários, que não acontece há mais de oito meses, os dirigentes do Tricolor já anunciaram que não possuem condições de honrar nenhum compromisso e irão recorrer à Federação Pernambucana de Futebol (FPF) para conseguir, ao menos, pagar a passagem dos jogadores para que eles possam retornar aos seus estados de origem. O restante dos atletas deixará o clube apenas após o jogo contra o Carcará, no dia 6 de setembro, com exceção dos pratas-da-casa, que continuarão.

Glédson

Quem também apareceu para se despedir dos ex-companheiros foi o goleiro Glédson. Porém, diferente dos dispensados, o arqueiro teve um final feliz e acertou a sua transferência para o Náutico, atuando pela primeira vez num clube da Série A. “Vim dar uma força para os meus amigos. Queria muito ter ajudado o Santa Cruz e saio triste por não ter conseguido”, comentou Glédson.

Fred Arruda lança chapa Aliança Coral

Paulo Almeida


Candidato não acredita em um consenso para a eleição
Filipe Assis
Com a presença de torcedores, eleitores declarados e de até um concorrente ao posto de presidente do Santa Cruz, Fred Arruda lançou, ontem à noite, a sua chapa, denominada de Aliança Coral. O dirigente confirmou que os nomes apresentados podem ser modificados se a oposição do clube, que vai se reunir amanhã para tentar unificar as candidaturas, chegar a um acordo. Caso contrário, o grupo apresentado vai para o bate-chapa.

O ato de lançamento da Aliança Coral foi simbólico. Mesmo assim, contou com a presença de, aproximadamente, 100 tricolores. Querendo, provavelmente, demonstrar força, Fred Arruda conseguiu mobilizar representantes de diferentes segmentos da torcida. Estavam presentes integrantes da Inferno Coral e da Turma da Tesoura, além de sócios, conselheiros, e até de Felipe Rêgo, um dos presidenciáveis apresentados como de oposição. Um indício de que a desejada união das oposições pode ser fácil.

Nos discursos, não faltaram planos para o futuro, juras de amor ao clube e muito otimismo. “A nossa esperança é de que, em 2014, no ano do centenário, o Santa Cruz esteja disputando o Campeonato Brasileiro da Série A”, frisou Fred Arruda, enquanto apresentava as suas propostas. Uma delas, aliás, diz respeito justamente à função que ele pretende estar exercendo em um futuro próximo. “A nossa primeira medida é diminuir o poder do presidente”, declarou.

Depois de ter a palavra, Fred Arruda apresentou os outros integrantes da chapa: Geraldo Lima (vice-presidente), Gerino Xavier (Conselho Deliberativo) e Sérgio Murilo (Comissão Patrimonial). Sobre a possibilidade de haver um consenso sobre uma única chapa, capaz de agregar situação e oposição, Fred foi enfático: “Acho muito difícil”.