sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Tristeza na reapresentação tricolor

Marcos Pastich



Nove atletas foram, oficialmente, dispensados do Santa Cruz, na manhã de ontem
Goleiro Glédson (D), que foi para o Náutico, esteve no Arruda para se despedir dos ex-companheiros de time
GUSTAVO LUCCHESI

Um dia após Édson Nogueira, o Edinho, fazer um dos seus últimos discursos, praticamente se despedindo do Santa Cruz, ontem foi a vez dos atletas corais serem tomados pelo clima de tristeza e adeus, na reapresentação do elenco tricolor. Confirmando o que já havia sido comentado, uma lista de dispensas foi anunciada oficialmente. Porém, ao contrário do que o atual presidente coral tinha dito na última quarta-feira, em vez de 11, nove atletas deixaram o clube.

A vassourada foi composta pelos seguintes jogadores: os laterais Rafael Mineiro, Marcos Vinícius, Bruno Costa e Camilo; o volante Reinaldo; os meias Juninho e Uéslei; e os atacantes Cléo e Edmundo. “É muito triste ver os companheiros arrumando as coisas e se despedindo, mas futebol tem dessas coisas. Aos que ficaram, resta se despedir honrando a camisa do clube”, disse o capitão Alexandre Oliveira.

Com três meses de atraso no salário de alguns jogadores, sem contar com o pagamento dos funcionários, que não acontece há mais de oito meses, os dirigentes do Tricolor já anunciaram que não possuem condições de honrar nenhum compromisso e irão recorrer à Federação Pernambucana de Futebol (FPF) para conseguir, ao menos, pagar a passagem dos jogadores para que eles possam retornar aos seus estados de origem. O restante dos atletas deixará o clube apenas após o jogo contra o Carcará, no dia 6 de setembro, com exceção dos pratas-da-casa, que continuarão.

Glédson

Quem também apareceu para se despedir dos ex-companheiros foi o goleiro Glédson. Porém, diferente dos dispensados, o arqueiro teve um final feliz e acertou a sua transferência para o Náutico, atuando pela primeira vez num clube da Série A. “Vim dar uma força para os meus amigos. Queria muito ter ajudado o Santa Cruz e saio triste por não ter conseguido”, comentou Glédson.

Fred Arruda lança chapa Aliança Coral

Paulo Almeida


Candidato não acredita em um consenso para a eleição
Filipe Assis
Com a presença de torcedores, eleitores declarados e de até um concorrente ao posto de presidente do Santa Cruz, Fred Arruda lançou, ontem à noite, a sua chapa, denominada de Aliança Coral. O dirigente confirmou que os nomes apresentados podem ser modificados se a oposição do clube, que vai se reunir amanhã para tentar unificar as candidaturas, chegar a um acordo. Caso contrário, o grupo apresentado vai para o bate-chapa.

O ato de lançamento da Aliança Coral foi simbólico. Mesmo assim, contou com a presença de, aproximadamente, 100 tricolores. Querendo, provavelmente, demonstrar força, Fred Arruda conseguiu mobilizar representantes de diferentes segmentos da torcida. Estavam presentes integrantes da Inferno Coral e da Turma da Tesoura, além de sócios, conselheiros, e até de Felipe Rêgo, um dos presidenciáveis apresentados como de oposição. Um indício de que a desejada união das oposições pode ser fácil.

Nos discursos, não faltaram planos para o futuro, juras de amor ao clube e muito otimismo. “A nossa esperança é de que, em 2014, no ano do centenário, o Santa Cruz esteja disputando o Campeonato Brasileiro da Série A”, frisou Fred Arruda, enquanto apresentava as suas propostas. Uma delas, aliás, diz respeito justamente à função que ele pretende estar exercendo em um futuro próximo. “A nossa primeira medida é diminuir o poder do presidente”, declarou.

Depois de ter a palavra, Fred Arruda apresentou os outros integrantes da chapa: Geraldo Lima (vice-presidente), Gerino Xavier (Conselho Deliberativo) e Sérgio Murilo (Comissão Patrimonial). Sobre a possibilidade de haver um consenso sobre uma única chapa, capaz de agregar situação e oposição, Fred foi enfático: “Acho muito difícil”.

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