quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Márcio Bittencourt elogia determinação dos jogadores contra o Serrano


Mesmo com os 3 a 0 da 1ª etapa, time não relaxou e atropelou o Serrano

GLOBOESPORTE.COM

Recife

Reprodução/Site Oficial do Santa Cruz
Reprodução/Site Oficial do Santa Cruz
Márcio Bittencourt elogiou os jogadores do Santa, que não relaxaram mesmo com o placar elástico

A goleada diante do Serrano rendeu muitos elogios ao Santa Cruz. O principal deles veio do próprio treinador, que destacou que os atletas não diminuiram o ritmo, apesar da vatagem de 3 a 0 aberta ainda na primeira etapa.

- O mais importante hoje (quarta) foi o espírito de luta, não ter deixado a peteca cair até o final – observou Márcio Bittencourt

No segundo tempo, o técnico coral mudou o esquema tático. Mais ofensivo, o Santa marcou três vezes nos 20 minutos finais.

- Tirei o Sandro (zagueiro), e a gente passou do 3-5-2 para o 4-4-2, com o Roger deslocado, fazendo a função de meia. Assim, o time foi mais para a frente.

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No próximo domingo, o Tricolor enfrenta o líder Sport, tendo o desafio de impedir a conquista antecipada do turno pelo rival.

Gobatto pode desfalcar o Santa no Clássico das Multidões


Um dos destaques na goleada tricolor sobre o Serrano, o meia Leandro Gobatto pode desfalcar o Santa Cruz no Clássico das Multidões, domingo, no Arruda. No noite desta quinta-feira, o jogador será julgado no Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco (TJD-PE) e pode pegar gancho de dois a seis jogos.

Os advogados do clube, porém, trabalham com a possibilidade de que ele receba apenas uma partida de punição. Neste caso, como já cumpriu a automática, Gobatto estaria livre para jogar o clássico.

A expectativa do jogador era que o julgamento ficasse para a próxima semana. Diante da incômoda situação, resta tentar se manter sereno. “Infelizmente soube dessa notícia, mas estou confiante e espero em Deus que tudo possa ser resolvido da melhor maneira. No entanto, tenho certeza de que se for o caso de ficar fora do clássico, meus companheiros farão de tudo para dar conta do recado”, disse o meia.

Principal articulador da equipe, Gobatto fez sua primeira grande atuação contra o Serrano. A expectativa da torcida enfim foi correspondiada. “Já estou me sentindo melhor. O ritmo de jogo e entrosamento com o time são pontos fundamentais para a evolução dentro de campo”, analisou.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

Charge - Folha de Pernambuco

"Vulcão Tricolor"


No Arruda // Santa Cruz massacra o Serrano por 7 x 1 e vai cheio de confiança para o clássico de domingo contra o Sport

José Gustavo // Diario
josegustavo.pe@diariosassociados.com.br


Foi um baile de carnaval. Ao som do frevo rasgado do "Vulcão Tricolor", o Santa Cruz fez uma festa como há muito tempo não se via na comemoração dos seus 95 anos, que aconteceu na última terça-feira. Em noite inspiradíssima, a equipe coral aplicou uma sonora goleada em cima do Serrano, ontem, no José do Rego Maciel. O placar de 7 x 1 acabou sendo o maior de todo o Campeonato Pernambucano até agora e poderia ter sido maior pelo que produziu o time nos 90 minutos de bola rolando.

O massacre coral em cima do Jumento elevou o moral do Tricolor para o clássico contra o Sport, no próximo domingo, novamente no Arruda. Agora, o Santa Cruz soma 19 pontos e segue na vice-liderança do primeiro turno do Campeonato Pernambucano. O atacante Marcelo Ramos acabou sendo o grande destaque do jogo ao marcar três dos sete gols da vitória. Parral, Márcio Barros, Pedro Henrique e Thiago Matias completaram o "chocolate".

O ritmo veloz do Santa Cruz surpreendeu desde que a bola começou a rolar. Logo aos 2 minutos, o time mostrou seu cartão de visita. Em uma saída de bola errada do Serrano, Leandro Gobatto achou Marcelo Ramos na diagonal e o atacante tocou na saída do goleiro para abrir o placar.

O segundo gol nasceu em uma jogada que a bola passou de pé em pé até chegar do lado direito para Parral, aos 21 minutos. O lateral recebeu na quina da área e soltou um torpedo, cruzado, sem defesa para Maicon. Santa 2 x 0. Aos 29 minutos, em bola enfiada para Márcio Barros, o atacante invadiu a área como uma flecha e fuzilou o gol adversário na saída do goleiro. Santa 3 x 0.

Carnaval

A festa continuou no retorno para o segundo tempo. A equipe coral não diminuiu o ritmo e logo no primeiro minuto, o zagueiro Thiago Matias foi derrubado na área. Pênalti. Marcelo Ramos cobrou e fez o quarto gol tricolor. A partir daí, o time pisou um pouco no freio e o Serrano diminuiu logo em seguida, aos 5 minutos. Em uma falha geral da zaga, o meia Wescley entrou sozinho e chutou para fazer o gol de honra do Jumento.

Depois da entrada do atacante Roger, o Santa voltou a crescer no jogo. Em sua primeira jogada, aos 25 minutos, Roger arrancou em velocidade e deu para Pedro Henrique fuzilar a meta de Maicon: 5 x 1. O sexto gol coral saiu aos 27, quando Marcelo Ramos, de carrinho, escorou cruzamento da esquerda. A festa ficou completa aos 42 minutos, quando, de calcanhar, Pedro Henrique serviu Thiago Matias que, com categoria, colocou a bola no fundo da rede.

Santa Cruz 7

André Zuba; Sandro (Roger), Thiago Matias e Leandro Camilo; Parral, Anderson, Wagner, Leandro Gobatto e Juca; Marcelo Ramos e Márcio Barros. Técnico: Márcio Bittencourt.

Serrano 1

Maicon; Júnior Moura, Alex Costa, Edu Matos e Paulinho Potiguar (Barbosa); Marcondes (Anderson), Nau, Antônio Carlos e Wescley; Fabian e Caio (Diego). Técnico: Ernesto Forte.

Local: Estádio do Arruda. Árbitro: Carlos Costa. Assistentes: Alcides Lira e Albert Júnior. Gols: Marcelo Ramos (3), Parra, Márcio Barros, Pedro Henrique e Thiago Matias (SC); Wescley (S). Cartões Amarelos: Parral (SC); Nau, Alex e Edu Matos (S). Público: 17.713 (total). Renda: R$ 49.075,00.

Agora é pensar no Leão

Enquanto o torcedor do Santa Cruz deixava o Arruda em êxtase, depois da sonora goleada de ontem, o técnico Márcio Bittencourt reunia o seu time no vestiário para rezar e pedir o mesmo empenho no clássico diante do Sport, domingo, novamente, no Arruda. As palavras do treinador foram bem assimiladas pelo grupo. Em todos os depoimentos, os jogadores mostraram que vão permanecer com os "pés-no-chão" e que o resultado diante do Serrano valeu apenas pelos três pontos.

"Sinceramente, o importante foi a vitória. Poderia ter sido até de 1 x 0, mas valia pelos três pontos. Eles foram decisivos para deixar nosso time ainda na briga pela turno", afirmou o dono da noite de ontem, o atacante Marcelo Ramos, autor de três gols e que perdeu mais dois que não costuma desperdiçar. "Essa partida foi diferenciada em termos de determinação e aplicação tática do time. Mas agora já passou. É pensar no Sport e trabalhar esses dias para entrar bem no clássico", completou o artilheiro que soma agora 8 gols na artilharia da competição.

Otécnico Márcio Bittencourt foi um dos últimos na coletiva de ontem. Apesar de estar satisfeito com o rendimento do seu time em campo, o treinador manteve o espírito realista. "Não adiantava pensar no Sport sem, primeiro, passar pelo Serrano. Cumprimos nossa obrigação. Agora é trabalhar pensando no clássico", disse antes de acrescentar: "O time já começou a mostrar uma postura melhor".

Márcio Bittencourt confirmou ao repórter Iranildo Silva, da Rádio Clube, que recebeu convites de três equipes para deixar o Santa Cruz. A Traffic estaria sondando o treinador, que, por enquanto, preferiu ficar no Arruda. Para domingo, o lateral-direito Parral está suspenso pelo terceiro cartão amarelo que recebeu diante do Serrano.

7x1 reacende a esperança coral

Robert Fabisak




Goleada sobre o Serrano, ontem, encheu os tricolores de ânimo para o clássico
Marcelo Ramos (E) marcou três gols e é o novo artilheiro do Estadual
GUSTAVO PAES

Na noite de ontem, os mais de 17 mil torcedores que compareceram ao Arruda tiveram direito a algo mais: espetáculo. O Santa Cruz venceu o Serrano por 7x1, e, de quebra, transformou Marcelo Ramos, que marcou três vezes, no artilheiro da competição, com oito gols. Agora o objetivo do vice-líder é se preparar para o Clássico das Emoções, que acontece no domingo. O time de Márcio Bittencourt está cinco pontos atrás do líder Sport. Porém, o resultado de ontem reacendeu definitivamente as esperanças da massa coral na conquista do primeiro turno. A última vez que o Mais Querido marcou sete gols em um único jogo foi em 2003, quando venceu o extinto Recife, também por 7x1.

O início de partida do Santa Cruz foi fulminante. Aos dois minutos, após uma saída de bola errada da defesa do Jumento, o meia Leandro Gobatto recuperou a bola e lançou com categoria para Marcelo Ramos, que bateu de canhota, sem defesa para o goleiro Maicon. A disposição tática do Serrano era um caso a parte. Os dois laterais subiam ao mesmo tempo, os meias não ajudavam na marcação, e os zagueiros tentavam (e não conseguiam) deixar os atacantes tricolores em impedimento. Assim, o trio ofensivo tricolor fez a festa. Gobatto e Márcio trocaram passes com Marcelo Ramos, que serviu o homem surpresa Parral. O lateral-direito bateu forte para marcar.

Aos 29 minutos, Gobatto, que fez a sua melhor partida com a camisa do Santa Cruz, assumindo definitivamente a responsabilidade de criador, fez uma belíssima enfiada de bola para Márcio, que ajeitou para o pé direito e fez 3x0. O Tricolor praticamente não deixava o Serrano tocar na bola, quando, aos 43 minutos, uma das torres de iluminação do Arruda apagou, interrompendo o jogo por cerca de dez minutos.

A pausa inesperada, somada aos 15 minutos de intervalo, não esfriaram o apetite dos corais. Logo aos dois minutos da etapa final, Thiago Mattias sofreu pênalti de Fabián. Marcelo Ramos bateu com convicção para marcar o quarto gol do jogo. O Serrano conseguiu descontar com Uéscley, que finalizou da entrada da área e contou com a falha de posicionamento do goleiro André Zuba. O ímpeto da equipe de Serra Talhada durou pouco. Aos 25, Pedro Henrique se posicionou bem para receber a bola do estreante Roger Thompson e balançou as redes. Três minutos depois, Marcelo Ramos fez o seu terceiro gol na partida, mostrando disposição para dar um carrinho para alcançar o cruzamento. Quem fechou a goleada foi Thiago Mattias, que, aos 42 minutos, recebeu passe de calcanhar do inspirado Pedro Henrique, e tocou com categoria no canto esquerdo do goleiro Maicon.

Santa Cruz

André Zuba; Sandro (Roger Thompson), Thiago Matias e Leandro Camillo; Parral, Anderson, Vágner, Leandro Gobatto (Juan Felipe) e Juca; Márcio (Pedro Henrique) e Marcelo Ramos
Técnico: Márcio Bittencourt

Serrano

Maicon; Júnior Moura, Alex, Edu Mattos e Paulinho Potiguar (Barbosa); Marcondes (Anderson), Nau, Uéscley e Antônio Carlos; Caio (Diego) e Fabián
Técnico: Erasmo Forte

Local: Arruda
Árbitro: Carlos Costa
Assistentes: Alcides Lira e Albert Júnior
Gols: Marcelo Ramos (aos 2 do 1°T, aos 2 do 2°T, de pênalti, e aos 28 do 2°T), Parral (aos 21 do 1°T), Márcio (aos 29 do 1°T), Uéscley (aos 6 do 2°T), Pedro Henrique (aos 25 do 2°T) e Thiago Mattias (aos 42 do 2°T)
Cartões amarelos: Parral (Santa Cruz); Alex, Edu Mattos e Nau (Serrano)
Público: 17.713
Renda: 49.075.

Atletas já pensam no domingo

Felicidade, tranquilidade e pés no chão. Esse era o clima nas entrevistas coletivas dos atletas corais após a goleada sobre o Serrano. O meia Leandro Gobatto, que comandou o meio-campo tricolor e deu dois belos passes para gol, falou sobre o resultado e aproveitou para comentar o clássico de domingo, contra o Sport. “Acho que o grupo está de parabéns pelo trabalho de hoje (ontem). O entrosamento está aumentando gradativamente. Agora é aproveitar esse momento e já pensar no jogo de domingo, que vai ser uma guerra, um confronto que vale seis pontos”, disse o jogador. “O Sport está com cinco pontos na frente, mas nós vamos jogar em casa. Temos que tentar aproveitar”, completou.

O astro da noite, Marcelo Ramos, ainda teve humildade suficiente para lamentar os gols perdidos no final da partida. “Acho que poderia ter feito mais. Perdi um gol feito. Mas isso acontece, tenho agora que refletir e tentar aproveitar cada vez melhor as oportunidades”, disse o artilheiro tricolor. O atacante afirmou ainda que o clássico de domingo deve ser equilibrado. “Um clássico como esse, não importa a situação das duas equipes. Vai ser um jogo muito difícil e disputado”, comentou.

Santa e Sport incendeiam o clássico


O Clássico das Multidões do próximo domingo já está pegando fogo graças aos resultados de ontem de seus protagonistas. O vice-líder Santa Cruz (com 19 pontos) massacrou o Serrano, no Arruda, ao impor a maior goleada deste Pernambucano: 7x1, com direito a três tentos do agora artilheiro do Estadual, Marcelo Ramos, com oito. Já o líder Sport (com 24), mais uma vez, só desencantou no segundo tempo, passando pela Cabense, por 2x0, na Ilha, mantendo-se com 100% de aproveitamento. Se vencer, domingo, conquistará o primeiro turno com duas rodadas de antecedência. Longe da disputa, Náutico e Porto venceram e chegaram aos 16 pontos. Fora de casa, o Timbu goleou o Vitória, por 5x1, enquanto o Gavião fez 1x0 no Sete. Nos outros jogos: Petrolina 1x2 Salgueiro e Ypiranga 0x3 Central.

Santa atropela e lava a alma da massa

Tricolor faz 7x1 no Serrano, com 3 gols de Ramos, agora artilheiro do Estadual, com 8

Números grandiosos envolveram o “coletivo de luxo” do Santa Cruz, ontem à noite, no Arruda, na “preparação” para o confronto que de fato interessa: o Clássico das Multidões contra o líder Sport, novamente atuando em casa. No “treinamento” diante do Serrano, os corais deram um presentão à torcida um dia após o aniversário de 95 anos do clube. Antes dos 30 minutos já haviam feito 3x0. Até o apito final, completaram o 7x1, a maior goleada do Campeonato Pernambucano até o momento. E mais: o atacante Marcelo Ramos marcou três vezes e agora é o artilheiro isolado da competição, com oito gols.

O Santa Cruz repetiu um feito ontem à noite que não conseguia desde 23 de março de 2003, quando também fez 7x1, mas em cima do extinto Recife, no José do Rego Maciel. O placar elástico sobre o Serrano levou o time comandado pelo técnico Márcio Bittencourt aos 19 pontos, na vice-liderança. O Sport, adversário da próxima rodada, está com 24 pontos. O encontro entre os dois já esquentou. A diretoria coral ofereceu para cada jogador em caso de vitória diante dos rubro-negros uma moto Shineray, patrocinadora do clube. Faltam três rodadas para o término do primeiro turno.

Hoje, os tricolores vão divulgar o planejamento de venda de ingressos para o jogo mais esperado da competição até aqui. É provável que sejam disponibilizados 50 mil bilhetes, sendo 10 mil deles destinados à torcida rubro-negra, outros 15 mil para o programa governamental Todos com a Nota (torcida do Santa) e o restante para ser comercializado entre os tricolores.

Para o Clássico das Multidões, o treinador coral perdeu o lateral-direito Parral, que vem evoluindo e fez a sua melhor apresentação com a camisa do clube ontem à noite. O jogador levou o terceiro cartão amarelo e terá de cumprir suspensão. Leandro Gobatto também corre o risco de ficar fora. O meio-campista será julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco hoje, pela expulsão frente ao Ypiranga, e pode pegar gancho de dois a seis jogos.

Se o Santa entrou para matar o Serrano desde o início, o adversário não se fez de rogado e ainda deu uma mão. Aos dois minutos, a zaga sertaneja saiu errado e entregou a bola nos pés de Leandro Gobatto. O meia, esperto, tocou rapidamente para o atacante Marcelo Ramos, que só teve o trabalho de tirar do goleiro para abrir o placar.

A partir de então, o tricolor adotou o jeito que mais gosta de jogar. Se postou atrás e esperou mais erros do desorganizado sistema defensivo do Jumento para matar o confronto rapidamente. Desta forma, aos 21, Parral arrancou pela direita, recebeu um lançamento rasteiro já dentro da área e mandou a bomba: 2x0. Aos 29, Gobatto deixou novamente um companheiro na cara do gol com uma assistência precisa. Márcio Barros recebeu o passe perfeito e tocou na saída do goleiro Maicon para ampliar.

Nem mesmo o apagão de uma das torres de iluminação aos 43 minutos do primeiro tempo, que durou exatos nove minutos, tirou o brilho da equipe na volta para o segundo tempo. Antes de o Serrano respirar, aos dois minutos, o árbitro Carlos Costa já havia marcado pênalti de Fabian em cima de Thiago Matias. O artilheiro da noite, Marcelo Ramos, foi para a cobrança e não desperdiçou.

O gol de honra dos visitantes foi marcado aos seis minutos, por intermédio do meia Uésclei. Depois disso, a ordem foi restabelecida, com mais três dos donos da casa. Aos 25 minutos, o estreante atacante Roger Thompson, que havia entrado no lugar de Sandro, serviu Pedro Henrique, substituto de Márcio Barros. O atacante mandou para as redes. A sede de gol ainda não estava saciada. Marcelo Ramos deixou mais um, o seu último da noite, aos 28. O zagueiro Thiago Matias fechou o caixão do Serrano aos 42.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Vitória essencial para o Santa Cruz

Robert Fabisak/Arquivo Folha




Time precisa derrotar o Serrano, hoje, para continuar sonhando com o turno
Bittencourt deve fazer apenas uma alteração na equipe, em relação a domingo
GUSTAVO PAES


Conquistar a vitória e manter as esperanças de vencer o primeiro turno do Campeonato Pernambucano. Esse é o objetivo do Santa Cruz, que entra em campo para enfrentar o Serrano, hoje, às 19h, no Arruda. O horário diferenciado é para evitar o encontro dos torcedores do Mais Querido com os do Sport, que joga às 21h. Ocupando a segunda posição na tabela de classificação, a equipe coral precisa de um resultado positivo no duelo contra o Jumento, para depois jogar todas as suas cartas no domingo, quando recebe o Leão, líder do Estadual, com cinco pontos a mais que o Tricolor (21x16). O técnico Márcio Bittencourt declarou que a partida, válida pela oitava rodada do torneio, é fundamental para as pretensões da sua equipe. “Se não ganharmos do Serrano, o clássico será apenas um amistoso”, sentenciou.

Bittencourt, que comandou o último treino da equipe na manhã de ontem, no estádio Ademir Cunha, em Paulista, deve promover apenas uma alteração com relação à equipe que enfrentou o Náutico no último domingo. O volante Bilica está suspenso, após ter sido expulso no clássico, e deve dar lugar a Anderson. “O Anderson faz bem essa função de marcação. Perdemos o Bilica, mas espero que consigamos marcar do mesmo jeito que nos últimos jogos”, comentou o técnico.

Feliz com a nova oportunidade, Anderson falou sobre as características do seu futebol e como pretende ajudar o Tricolor a conquistar a vitória. “Estou sempre brigando por uma chance e agora pretendo agarrar a oportunidade. O treinador falou sobre as minhas características, que eu sou um jogador de muita marcação. Mas ele também sabe que posso chegar ao ataque, que tenho facilidade para bater em gol. Em todos os times em que passei eu utilizei bem esse recurso”, disse.

Com o esquema 3-5-2 aprovado e confirmado, o maior trabalho de Bittencourt é para manter o foco da sua equipe para o jogo contra o Serrano. A ordem é esquecer o Clássico das Multidões. “Temos que pensar nesse jogo contra o Serrano. Para nós, ele é mais importante que o clássico, não adianta querer pular etapas. Sabemos das dificuldades, eles devem jogar fechados, mas temos que superar isso”, comentou o treinador.

Serrano
Sem saber o que é perder há quatro rodadas, quando contabilizou duas vitórias e dois empates, o Serrano, sétimo colocado com oito pontos, quer manter a boa fase diante do Santa Cruz, mesmo atuando no Arruda. Com a maior parte do elenco liberado para atuar, o técnico do Jumento, Erasmo Forte, quer manter o mesmo esquema que vem sendo vitorioso nas ultimas rodadas para tentar conquistar o primeiro triunfo fora de casa. Os únicos atletas que ele não poderá contar na partida serão Paulinho, com um problema no tendão, e Jamaica, de fora por conta de uma entorse no joelho.

Santa Cruz

André Zuba; Sandro, Thiago Matias e Leandro Camillo; Parral, Anderson, Vágner, Leandro Gobatto e Juca; Márcio e Marcelo Ramos
Técnico: Márcio Bittencourt

Serrano

Maicon; Júnior Moura, Alex, Edu Mattos e Paulinho Potiguar; Marcondes, Nau, Uéscley e Antônio Carlos; Caio e Fabián
Técnico: Erasmo Forte

Local: Arruda
Horário: 19h
Árbitro: Carlos Costa
Assistentes: Alcides Lira e Albert Júnior
Ingressos: R$ 20 (anel inferior), R$ 15 (anel superior) e R$ 10 (sócio e estudante)

Missa para celebrar os 95 anos


Marcelo Lacerda


Cerimônia reuniu muitos torcedores, ontem pela manhã, na Igreja de Santo Antônio
FELIPE AMORIM

Se o intuito era fortalecer a fé no árduo trabalho que está sendo feito para soerguer o clube, a missa celebrada ontem pela manhã, em homenagem aos 95 anos de história do Tricolor, na Igreja de Santo Antônio, no pátio de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, veio bem a calhar. Foi neste local onde o Santa Cruz Futebol Clube nasceu para o futebol. Entre os vários paletós e camisas sociais da atual diretoria e dos que já comandaram a Cobra Coral, dezenas de torcedores, vestindo o “manto coral”, também não deixaram de compareceram à cerimônia.

Sob o comando do frei e torcedor do Santa Cruz, Aloísio Fragoso, que pela primeira vez celebrou uma missa para seu time do coração, todos puderam comemorar a data festiva, além, claro, de renovar as esperanças de um futuro melhor. “Realmente, nunca imaginei que o Santa pudesse chegar numa situação limite como está, sem poder caminhar com as próprias pernas”, disse o sacerdote, para depois enxergar um melhor caminho: “Mas a crise não é um sinal de decadência. Pelo contrário. Serve para purificarmos nossa alta, e começarmos tudo de novo”. Ao final do sermão, como não poderia ser diferente, os torcedores não deixaram de puxar o famoso grito de “tri, tricolor, tri-tri-tri-tri-tricolor” em plena igreja.

Diferentemente do que foi informado pela assessoria de comunicação do clube, nem o presidente do Executivo, Fernando Bezerra Coelho, tampouco os jogadores do time profissional compareceram à missa. Estiveram presentes Bartolomeu Bueno, que ficou apenas alguns dias na presidência do Conselho Deliberativo, e o atual ocupante do cargo, Roberto Arraes, que recebeu a primeira fatia do bolo em homenagem ao aniversário. “Saímos daqui renovados”, afirmou Arraes. “É uma emoção muito grande ver que os ex-presidentes estão juntos em prol do Santa Cruz”, completou Mirinda, ao lado dos também ex-mandatários Jonas Alvarenga, Edelson Barbosa e João Caixero.

Contrato com a Penalty será de um ano, inicialmente

Gustavo Paes

O aniversário de 95 anos do Santa Cruz foi comemorado ontem, em uma solenidade realizada no auditório do Conselho Deliberativo do clube. No evento, o vice-presidente do Mais Querido, Sidney Aires, confirmou o acerto com a Penalty, que será a nova fornecedora de material esportivo do Tricolor.

O contrato tem duração de um ano e pode ser prorrogado por mais um, se houver interesse de ambas as partes. “A grande novidade que nós temos para passar hoje é que conseguimos fechar a negociação com a Penalty”, declarou Aires, ainda no início da reunião.

Apesar de não confirmar uma data, o dirigente acredita que a nova camisa deve ser lançada ainda no mês de fevereiro. “No final do mês, devemos realizar um evento para lançar a nova camisa. Só queremos fazer o lançamento oficial quando já estiver tudo acertado para que os torcedores possam comprar a camisa”, disse, para depois ouvir os aplausos dos torcedores que lotaram o auditório.

A festa continuou quando o Maestro Forró entrou em cena. Primeiro, ele foi presenteado pela diretoria com uma camisa do Santa Cruz. Depois, anunciou a composição de um frevo de rua chamado “Vulcão Tricolor”. “Esse frevo foi composto para preencher uma lacuna. Não tínhamos um frevo de rua com o nosso grito de guerra. Compus esse frevo a partir de uma canção do Maestro Nelson Ferreira”, explicou, para depois chamar a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. Eles executaram com a desenvoltura de sempre o animado “Vulcão Tricolor” e depois chamaram os torcedores para as mesas perto da piscina, onde a celebração do aniversário continuou.

Só vencer o Serrano interessa ao Santa


Perder do time sertanejo deixa o tricolor praticamente sem chances de deter a conquista do turno pelo Sport, se o rubro-negro vencer hoje

Os confrontos contra o Serrano começaram apenas em 2004, quando o representante de Serra Talhada disputou pela primeira vez a Série A1 do Campeonato Pernambucano. Mas, diante das circunstâncias, o técnico Márcio Bittencourt está dando conotação de “clássico” para o encontro de hoje, a partir das 19h, no Estádio do Arruda, pela oitava rodada do primeiro turno da edição atual da competição. A afirmação tem como base a classificação. A cinco pontos do líder Sport, não resta outra coisa ao time tricolor a não ser conquistar a vitória para seguir vivo na luta pelo título da etapa. Faltam quatro rodadas para a definição.

Além de vencer o Serrano esta noite, os corais, que estão na vice-liderança com 16 pontos, vão ficar torcendo por no mínimo um empate dos rubro-negros contra a Cabense, também hoje à noite, na Ilha do Retiro. Caso os resultados favoreçam, o Santa Cruz pode chegar para disputar o Clássico das Multidões do próximo domingo, no Arruda, com apenas dois pontos de desvantagem. Ou seja, uma nova vitória, sobre o Sport, bastaria para assumir a liderança isolada da competição pela primeira vez, a duas rodadas do final do primeiro turno e sem mais clássicos a disputar.

O Santa Cruz vem de cinco partidas de invencibilidade. Na sequência atual venceu quatro, diante de Central, Salgueiro, Ypiranga e Cabense, e empatou contra o Náutico. Antes disso, havia perdido para o Porto e, na estreia, batido o Sete de Setembro. “O jogo mais importante para a gente é o de amanhã (hoje). Não adianta de nada vencermos o clássico se tropeçarmos no Serrano. O jogo com o Sport acabaria virando um amistoso. Sabemos que o Serrano virá fechado, as dificuldades serão grandes, mas estamos crescendo”, declarou o técnico Márcio Bittencourt.

A grande dor de cabeça para hoje à noite é a ausência do volante Bilica, titular absoluto da cabeça de área coral e um dos jogadores mais regulares da equipe desde o começo do Campeonato Pernambucano. O jogador foi expulso pelo árbitro Wilson Souza de Mendonça no Clássico das Emoções do domingo passado, nos Aflitos. O volante Anderson ocupa a vaga e será titular pela primeira vez. Até aqui, vinha entrando no segundo tempo para oferecer uma maior segurança ao sistema defensivo quando o resultado já era favorável.

O lateral-esquerdo Adílson e o volante Elder seguem vetados pelo Departamento Médico. Por isso o restante do time será o mesmo que iniciou diante do Náutico. “Acho que a formação com os três zagueiros encaixou bem. Estamos resguardados ali atrás e ainda abrimos espaço para os alas avançarem. Contra o próprio Náutico, mesmo fora de casa, Parral teve pelo menos duas oportunidades pelo meio e poderia ter marcado o gol”, finalizou Bittencourt.

SERRANO

Invicto há quatro rodadas (duas vitórias e dois empates), o Serrano, 7º colocado, com 8 pontos, vai ao Arruda disposto a volta a pontuar para entrar na luta por uma das duas vagas na Série D do Campeonato Brasileiro. Satisfeito com o rendimento do seu time nas últimas rodadas, e sem problemas de lesão ou suspensão, o técnico Erasmo Fortes deve repetir a mesma formação que empatou por 1x1 domingo passado com o Sete de Setembro, no Nildo Pereira.

Santa corre por fora


VICE-LÍDER // Tricolor precisa derrotar o Serrano, às 19h, para seguir com chances no turno

Correndo por fora para manter vivo o sonho de ainda conquistar o primeiro turno do Campeonato Pernambucano, o Santa Cruz enfrenta hoje, em um horário diferente, às 19h, o Serrano, no Estádio do Arruda. Com um "olho na missa e outro no padre", o Santa Cruz precisa vencer o confronto desta noite e, logo em seguida, secar ao máximo o confronto entre Sport e Cabense, que acontece na Ilha do Retiro, às 21h. A diferença entre tricolores e rubro-negros é de cinco pontos e, por isso, os três diante do Serrano são tão importantes para a equipe coral. O Santa é vice-líder da competição com 16 pontos e um aproveitamento de 76,2%.

Para a partida, o técnico Márcio Bittencourt não terá o volante Bilica, titular absoluto da posição. O jogador foi expulso no clássico com o Náutico e cumpre suspensão automática. Para sua vaga, o treinador coral decidiu por Anderson, que sempre vinha entrando no decorrer dos jogos. Quem continua de fora é o lateral-esquerdo Adilson, que segue em tratamento de uma lesão muscular. Juca fará suasegunda partida como titular da posição.
Gobatto

Ele carrega nos ombros a tarefa de ser o homem de criação do Santa Cruz. Peça mais que fundamental para fazer o time jogar com mais qualidade ofensivamente. Porém, o meia Leandro Gobatto ainda não se encontrou na equipe coral. Hoje, diante do Serrano, terá a chance de se redimir com o torcedor coral e provar que todos os elogios feitos pelo técnico Márcio Bittencourt não foram da boca para fora.

"Sei que venho devendo um pouco, mas já estou me sentindo bem mais a vontade no time. O ritmo de jogo também melhorou. Espero fazer uma boa atuação diante do Serrano e ajudar o Santa Cruz a conquistar mais três pontos para seguir nosso objetivo que é o título do turno", comentou.

Serrano

Sem problema em sua equipe, o técnico Erasmo Forte deve armar o Jumento com a mesma formação que empatou com o Sete de Setembro, no domingo passado, em Serra Talhada. Apesar do resultado não ter sido bom, o Serrano vem em uma sequência de quatro partidas sem perder. Foram dois duas vitórias e dois empates. Ocupa a 7ª colocação na tabela com apenas oito pontos ganhos. A única dúvida do treinador está no ataque entre Fabian e Caio.

Santa Cruz

André Zuba; Thiago Matias, Sandro e Leandro Camilo; Parral, Anderson, Wágner, Leandro Gobatto e Juca; Marcelo Ramos e Márcio Barros. Técnico: Márcio Bittencourt

Serrano

Maicon; Júnior. Moura, Alex, Edu Matos e Paulinho; Marcondes, Nau, Antônio Carlos e Wescley; Fabian (Diego) e Caio. Técnico: Erasmo Forte

Local: Estádio do Arruda. Horário: 19h. Árbitro: Carlos Costa. Assistentes: Alcides Lira e Albert Júnior. Ingressos: R$ 20 (arquibancada inferior); R$ 15 (arquibancada superior) e R$ 10 (sócio e estudante).

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Torcedores lotam missa em homenagem ao Santa Cruz


Mesmo em uma fase não muito boa, torcedor que é torcedor não abandona o time. Prova disso foi a multidão de tricolores que compareceram hoje à missa de ação de graças dos 95 anos de fundação do Santa Cruz. Vestindo orgulhosos a camisa do tricolor, os torcedores levaram bandeiras e faixas para a igreja do Pátio de Santa Cruz, na Boa Vista. O local não foi escolhido por acaso: foi naquele pátio que garotos que jogavam pelada ali mesmo resolveram fundar o Santa Cruz Futebol Clube no dia 3 de fevereiro de 1914.

O clube não demorou muito para conquistar torcedores. Sócio patrimonial desde 1955, Luiz Lira, de 70 anos, tem uma vida toda ligada ao tricolor. “Sou torcedor desde os 12 anos. O clube é a minha família”, conta o torcedor que não abandonou o time Coral nem mesmo quando ele caiu para a série D. “Acompanhei todos os jogos da Série C, viajando pelo Nordeste para ver o time jogar”, lembra.

E a paixão pelo futebol não tem idade. Torcedor coral desde o três anos, Fábio França Magalhães, de 33 anos, já conseguiu que o filho de apenas três meses seja “tricolor roxo”. “Ele só dorme ouvindo o hino Coral”, conta o pai, que já comprou camisa, boné e roupa de cama para o filho em vermelho, preto e branco.

Além da missa de ação de graças, a comemoração do aniversário do time conta também com uma sessão solene do Conselho Deliberativo na sede social do clube, marcada para às 19h, seguida por um coquetel.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR com informações do repórter Edilson Segundo

Adilson deve ser liberado para jogar contra Serrano


Fonte: GloboEsporte.com

O lateral-esquerdo Adilson recebeu uma boa notícia do departamento médico do Santa Cruz. Apesar de ter sentido a musculatura da coxa esquerda, exames realizados pelo jogador nesta terça-feira (03) não revelaram gravidade. Ele ficará em observação para que seja verificado se tem condições de voltar ao time.

O zagueiro Daniel não teve tanta sorte. O atleta, que ainda não estreou, apresentou uma lesão no músculo adutor, também da coxa esquerda, e deverá ficar afastado pelo menos dez dias.

Éder é mais um que está sendo tratado pelo DM e pode ser liberado em breve. O volante vem se recuperando de uma lesão no joelho sofrida durante o jogo contra o Ypiranga, pelo Campeonato Pernambucano.

Da Redação do pe360graus.com

Jogadores do Santa Cruz comemoram aniversário de 95 anos do clube


Quem é Santa Cruz de corpo e alma pode comemorar. Nesta terça-feira (3), o clube completa 95 anos. O clima de festa também tomou conta da equipe tricolor. Depois do empate com o Náutico, o treino da última segunda-feira (2) foi animado.

O resultado não foi o melhor, mas, para o meio-campo Leandro Gobatto, valeu. “Com certeza esse resultado não era o esperado, mas foi importante por ser o primeiro clássico da gente”, disse. “Demonstra que o Santa Cruz tem muito que melhorar ainda e muito trabalho a dar aos demais clubes”.

O Santa Cruz agora não depende só das próprias forças – precisa ganhar os quatro jogos que restam e torcer por um tropeço do grande rival. Isso eles já estão fazendo. “A torcida está em casa, minha esposa está torcendo contra o Sport e eu também”, conta o atacante Márcio Barros.

“Eu acho que toda torcida agora é contra o Sport, para que eles tropecem”, afirma o também atacante Marcelo Ramos. “É um grande time, a gente sabe que tem um conjunto com o mesmo treinador jogando junto há muito tempo, mas a gente tem que torcer contra e também fazer a nossa parte aqui”.

PROGRAMAÇÃO

E a comemoração tricolor às 9h, com uma missa na Igreja de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, centro do Recife. Às 19h, haverá um coquetel na sede do clube, no Arruda. O Maestro Forró e a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério vão apresentar o frevo "Vulcão Tricolor", composto em homenagem ao clube.

O próximo adversário do Santa Cruz é o Serrano, na próxima quarta-feira (4), no Estádio do Arruda.

da Redação do pe360graus.com

Santa comemora 95 anos nesta terça-feira


Recife é acordado com fogos de artifício para festejar a data especial

GLOBOESPORTE.COM
Recife

Nesta terça-feira, a torcida tricolor tem muito que comemorar. Se a campanha no Pernambucano 2009 ainda não é suficiente para o Santa Cruz chegar à liderança, os torcedores podem festejar o aniversário do clube, que completa 95 anos de existência.

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Os festejos começam cedo. Às 6h o Recife é acordado com fogos de artifício e, em seguida, uma missa é celebrada na Igreja de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, onde o clube surgiu.

À noite, as comemorações serão na sede do clube, e terão a presença de membros da diretoria, conselheiros, sócios e parceiros. Na ocasião, serão apresentados projetos para a temporada, e o novo fornecedor de material esportivo será apresentado.

Confira os títulos conquistados pelo Santa Cruz em seus 95 anos de história:

Campeão Pernambucano
1931, 1932, 1933, 1935, 1940, 1946, 1947, 1957, 1959, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1976, 1978, 1979, 1983, 1986, 1987, 1990, 1993, 1995 e 2005

Super Campeão Pernambucano
1957, 1976 e 1983

Fita Azul do Futebol Brasileiro
1980

Vice-Campeão Brasileiro (Série B)
1999, 2005

Campeão do Torneio Vinausteel no Vietnã
2003

Campeão da Taça Pernambuco/Paraíba
1962

Campeão da Torneio Pernambuco/Bahia
1961

Campeão da Taça Norte/Nordeste
1967

Campeão da Taça Recife
1971

Campeão da Taça Refinaria
1995

Campeão do Torneio de Verão Cidade do Recife
1997

Santa Cruz comemora 95 anos em clima de recuperação


Do UOL Esporte No Recife

Depois de dois anos que a torcida tricolor não teve absolutamente nada o que comemorar, o Santa Cruz Futebol Clube festeja os 95 anos de fundação em clima de otimismo pela recuperação apresentada nos quatro primeiros meses da nova gestão. Dirigido pelo secretário de Desenvolvimento Econômico do estado e ex-prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho, o clube apresenta visíveis sinais de evolução tanto no aspecto estrutural quanto no esportivo.

No quesito estrutura, a marca da nova administração, até aqui, foi a recuperação do estádio do Arruda. Durante todo o ano passado, a casa do Santa Cruz não pôde ser utilizada em sua plenitude, já que todo o anel superior das arquibancadas foi interditado, após uma vistoria dos órgãos responsáveis pela segurança dos torcedores. Este ano, a "geral", como é conhecido anel superior, foi liberada e ajudou o clube a garantir os dois maiores públicos do Campeonato Pernambucano, nos jogos contra Central (30.086 torcedores) e Ypiranga (24.993 torcedores).

Além da reforma no anel superior, o Arruda ganhou uma nova roupagem nos banheiros, na pintura interna, na sinalização e teve a sua iluminação revitalizada. Mas o maior destaque do "novo" Arruda é o gramado, totalmente novo, instalado pela mesma empresa responsável por campos como o do Engenhão, do Rio de Janeiro.

Dentro de campo, a mudança também é animadora. Apesar de o gerente de futebol Antônio Ruas Capella e o técnico Márcio Bittencourt terem montado um elenco com uma maioria de jogadores desconhecidos e de um começo pouco animador no PE-09, com direito a uma goleada sofrida frente ao Porto, por 4 a 0, o Santa Cruz tem demonstrado uma grande evolução em relação aos anos anteriores.

A derrota frente ao Porto foi o único tropeço contra as equipes intermediárias, algo frequente nas duas últimas edições da competição estadual, em que o Santa Cruz foi, respectivamente, 6º e 7º colocado. Com cinco vitórias em sete jogos e um futebol pragmático, o time comandado por Márcio Bittencourt ocupa a vice-liderança e desbanca até o momento o Náutico, um dos representantes do estado na Série A e dono de uma folha salarial que é praticamente o dobro da do Tricolor.

Aliás, o único empate do Santa Cruz neste primeiro turno foi justamente diante do Náutico, no domingo passado, na casa do adversário. Em um jogo em que o Alvirrubro fez prevalecer a maior qualidade técnica, o Tricolor manteve a postura com força defensiva e aplicação tática e, eficiente nos contra-ataques, teve personalidade para sair da desvantagem e garantir o placar de 2 a 2.

Comemoração

A programação do aniversário dos 95 anos do Santa Cruz começa às 9h, com uma Missa Solene na Igreja de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, local onde o clube foi fundado, em 1914.

À noite, a partir das 19h, será realizada uma sessão solene do Conselho Deliberativo, onde estarão presentes os presidentes do executivo, Fernando Bezerra Coelho, do deliberativo, Roberto Arraes, e da Comissão Patrimonial, José Augusto de Paula.

Durante o encontro, Coelho irá anunciar o novo fornecedor de material esportivo do clube. "Fechamos com a Joma, mas a empresa teve problemas na Europa e na Ásia que acabaram nos atingindo aqui. O presidente irá anunciar amanhã o nome do novo fornecedor", comentou o diretor de marketing, Nivaldo Brayner. As especulação apontam para o nome da Penalty.

Anderson substitui Bilica no meio-campo tricolor


O volante Anderson será o substituto do suspenso Bilica no meio-campo do Santa Cruz. A confirmação foi dada pelo técnico Márcio Bittencourt, após o treino da manhã desta terça. Na noite desta quarta, o Tricolor recebe o Serrano, no Arruda. A vitória é fundamental para manter o time vivo na luta pelo título do primeiro turno do Pernambucano, pois domingo é dia de clássico contra o Sport, líder com cinco pontos de vantagem.

“Esse jogo é mais importante do que o clássico. Temos que superar o Serrano, senão o clássico será um mero amistoso. Acredito que teremos muitas dificuldades, mas temos que vencer nesta quarta”, afirmou o técnico coral, para depois explicar a opção no meio-campo. “Anderson vai dar um pouco mais de qualidade na saída de bola, mas a gente espera conseguir a mesma marcação do Bilica também. Dentro de casa, acredito que a marcação possa encaixar bem”, disse.

O treino desta manhã foi o último antes da partida contra o Serrano. À tarde, o elenco tricolor já inicia o regime de concentração no clube. A dúvida de Bittencourt é na lateral esquerda, entre Adílson e Juan, que estreou no clássico do último domingo.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

Charge - Folha de Pernambuco

Santa apaga 95 velinhas com a esperança acesa


Tricolor já se prepara para o seu centenário e projeta volta à Série A para as próximas quatro temporadas

Os 95 anos de fundação do Santa Cruz Futebol Clube, comemorados hoje com uma série de eventos durante o dia, marcam também o início de duas contagens regressivas importantes para qualquer torcedor tricolor. Faltam cinco anos para o centenário da instituição. E o aniversário também soa cheio de simbolismo para quem pretende retornar à Série A do Campeonato Brasileiro dentro de quatro temporadas e, quem sabe, alcançar a “maioridade” em 2014 na elite do futebol brasileiro, junto novamente aos maiores clubes do Brasil.

As comemorações terão início já pela manhã. A partir das 9h, será celebrada uma missa na Igreja da Santa Cruz, no Bairro da Boa Vista, área central do Recife. Foi próximo à igreja que um grupo de meninos, no início da noite do dia 3 de fevereiro de 1914, fundou o clube com o nome de Santa Cruz Foot-Ball Club. As cores originais eram preta e branca. A vermelha foi acrescentada ao uniforme posteriormente por conta de choque com as cores do extinto Sport Club Flamengo, primeiro campeão pernambucano, em 1915.

A partir das 12h, está programada uma queima de fogos na sede, no Bairro de Beberibe, Zona Norte do Recife. Os eventos seguem a partir das 19h, também na sede tricolor, com direito a entrega e execução do frevo de rua Vulcão tricolor, composto pelo Maestro Forró e executado pela Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (programação completa no quadro abaixo).

FORNECEDOR

Durante as festividades pelos 95 anos do clube, o presidente executivo tricolor, Fernando Bezerra Coelho, pretende anunciar oficialmente o contrato com o novo fornecedor de material esportivo das equipes do Santa Cruz. O nome divulgado será provavelmente o da Penalty. A empresa também mantem parcerias com a Portuguesa de Desportos, o Criciúma, o Juventude, o Paraná e o Vila Nova-GO.

Time passa bem por “armadilha”

As previsões do técnico Márcio Bittencourt para o início do Campeonato Pernambucano eram de dificuldade. Contra o Santa Cruz também pesava a tabela. As reformas estruturais no Estádio do Arruda, sobretudo a troca do gramado promovida pela diretoria, forçaram o time a disputar cinco das sete primeiras rodadas do primeiro turno na condição de visitante. Só que nada atrapalhou a trajetória dos corais, que atravessaram o momento complicado com um rendimento acima das expectativas internas.

Até aqui, o Santa conquistou cinco vitórias, um empate e perdeu uma vez. É o único ainda em condições de desbancar o Sport na disputa do título do primeiro turno. Está na vice-liderança, com 16 pontos, cinco atrás dos rubro-negros. Colocou três de vantagem sobre o Náutico, o outro time da competição que integra a Série A do Campeonato Brasileiro.

Além disso, não dá indícios de que vá correr qualquer risco de ficar fora da primeira edição da Série D nacional. Os dois concorrentes mais próximos estão três e seis pontos atrás. São Porto e Cabense, respectivamente. Pernambuco terá dois participantes entre os 40 integrantes da divisão recém-criada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A quatro rodadas para o término do turno, os corais farão três jogos em casa. Amanhã, pegam o Serrano. Domingo, será a vez de enfrentar o Sport. Na quarta-feira da semana que vem, o adversário será o Petrolina, provavelmente no Estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro. Dia 14, um sábado, fecha a etapa novamente em casa, contra a Acadêmica Vitória.

Emendadas às sete primeiras rodadas do segundo, o time comandado por Márcio Bittencourt vai atuar no José do Rego Maciel em oito das próximas 11 partidas do Campeonato Pernambucano. “A tabela foi muito boa no começo para o Sport e ruim para a gente. Agora, vamos ter a possibilidade de fazer mais jogos em casa. A situação de mandantes e visitantes vai se inverter para todas as equipes”, analisou o zagueiro e capitão tricolor, Sandro.

Para enfrentar o Serrano, a partir das 19h de amanhã, o treinador não contará com o volante Bilica, expulso no Clássico das Emoções, domingo passado, nos Aflitos. O também volante Elder segue em tratamento no joelho direito.

Vai, meu Santinha!

Samarone Lima

Era um dia de sol forte no Recife, naquele três de fevereiro de 1914. O mormaço de esperanças enchia o Pátio de Santa Cruz, na Boa Vista. A gente mais simples, os descamisados, os humildes, ainda não tinham onde escorar a paixão, o amor futebolístico. Faltava algo na cidade. O pernambucano ainda tinha uma lacuna na alma.

Os demais clubes existiam somente para completar a paisagem. Após debates acalorados, surgiu o nome: Santa Cruz Futebol Clube. Depois de consultar o inventário das cores do universo, venceu a soma das três cores: preto, branco e vermelho.

Não sei quem estava lá. Não sei o nome desses santos homens, que serão louvados durante todo o dia, nas muitas cerimônias por todo o Estado.

Hoje deveria ser feriado oficial em Pernambuco. Motivo: aniversário do Mais Querido, o Santinha. Como não se lembraram do decreto, daremos o feriado íntimo, faremos a festa no coração.

Celebraremos com camisas, bandeiras, com o sorriso do renascimento, depois de amargos tempos. Nos últimos anos, atravessamos nosso deserto. Fomos de derrota em derrota até o subsolo. Neste período de vacas magras, cada tricolor calçou uma chuteira da esperança. Em nenhum instante desistimos. Aos poucos, levantamos do chão. Em todo o País, repetem que somos a torcida mais apaixonada do Brasil.

Ah, meus amigos, dizem que estamos completando 95 anos, mas o Santa Cruz existe antes da bola. Seus fundadores não imaginariam estar criando o clube das multidões, das massas. O clube dos poetas, do populacho. Capiba e Nelson Ferreira celebram no céu, nós celebramos aqui na terra.

Repito o que escuto emocionado nas arquibancadas, a cada jogo: “Vai, meu Santinha!”

Para Chico Science, grande tricolor.

» Samarone Lima é jornalista e cronista do Blog do Santinha (www.blogdosantinha.com)

Parabéns, Tricolor


Renovada e cheia de esperança, a torcida do Santa Cruz comemora hoje os 95 anos de vida do "clube querido da multidão"

A resignação dá espaço à mais pura e verdadeira comemoração. O Santa Cruz, o "clube querido da multidão", chega aos 95 anos de vida. Ao contrário das últimas temporadas, marcadas por uma infinidade de aberrações administrativas que levaram o Tricolor aos sucessivos rebaixamentos e muita humilhação, o torcedor coral acorda hoje com a alma renovada. Renovado como o próprio clube, agremiação quase centenária, mas com vigor e esperança semelhante à dos garotos que batiam pelada no Pátio de Santa Cruz, no bairro da Boa vista, e no dia 3 de fevereiro de 1914 resolveram fundar o Santa Cruz Futebol Clube.

Clube que não demoraria a se tornar o do povão. Em grande parte pelo que faziam em campo craques como Tará, Fernando Santana, Mazinho, Ramon, Nunes e Birigui. Em parte também pela identificação e inspiração que despertava em gênios da música popular como Jackson do Pandeiro, Capiba, Chico Science e Nelson Ferreira.

E na comemoração dos seus 95 anos, o Santa ganha o frevo-de-rua que o tricolor Nelson Ferreira não conseguiu fazer em vida. "Papai dizia que gostava tanto do Santa Cruz que precisaria ter muita inspiração para fazer um frevo rasgado para o clube", lembra o filho de Nelson, Luiz Carlos Ferreira. Autor de frevos clássicos como o Cazá, Cazá,do Sport, e o Come e Dorme, do Náutico, o compositor "recebeu" uma ajuda e tanto para que o Santa não ficasse órfão.

A homenagem a Nelson Ferreira, ou o presente ao Santa Cruz e sua torcida, vem do Maestro Forró e sua Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. Trata-se do Vulcão Tricolor, uma fusão de dois frevos-canção de Nelson, o Super Campeão (1957) e Qual será o score, meu bem? (1941) com novos arranjos e acordes do Maestro Forró, com direito a uma abertura com o grito de guerra Tri-tricolor. O novo frevo-de-rua coral será apresentado oficialmente hoje à noite, na sede do clube, como parte das comemorações do aniversário.

O quase centenário e renovado Santa Cruz e a sua fanática torcida ganham uma trilha sonora sob medida para comemorar "as glórias do passado" e o início de uma reestruturação para voltar a a ser o "Terror do Nordeste".

Programação

09h
Missa de Ação de Graças - Igreja do Pátio de Santa Cruz

19h
Sessão solene do Conselho Deliberativo na sede social do clube

19h30
Coquetel

Penalty é a nova fornecedora de material esportivo

Apesar dos bons resultados neste ano, a comemoração do 95º aniversário do Santa Cruz será discreta por parte da diretoria do clube (veja programação). A principal novidade ficará por conta do anúncio do novo fornecedor de material esportivo do Tricolor. O presidente Fernando Bezerra Coelho dever confirmar, na sessão solene do Conselho Deliberativo, o nome da Penalty como a nova parceira do Santa Cruz. O acordo com a espanhola Joma acabou não vingando e, paralelamente, os diretores corais já vinham conversando com os executivos da Penalty.

Mesmo sendo o dia do aniversário do clube, jogadores e comissão técnica vão ter muito trabalho. Afinal, amanhã, o Santa Cruz já volta a campo para enfrentar o Serrano, no Arruda. O técnico Márcio Bittencourt comanda hoje uma movimentação tática no período da manhã, no Estádio Ademir Cunha, em Paulista, onde será definido a equipe para o confronto. O volante Bilica, expulso no clássico com o Náutico, é o desfalque.

O mais provável é que Anderson seja o escolhido para a posição. Quem foi librado ontem para voltar aos trabalhos com bola foi o cabeça-de-área Elder. O jogador teve uma lesão no joelho direito, está recuperado, mas, mesmo assim, ainda é prematura a sua utilização no jogo com o Serrano. O departamento médico coral terá um diagnóstico melhor hoje sobre os problemas musculares do lateral-esquerdo Adilson e do zagueiro Daniel Horst. Os dois estão em tratamento e farão exame de imagem nesta manhã. Assim, Juca tem presença confirmada na lateral-esquerda do Santa Cruz diante do Serrano.

Santa Cruz: o recomeço aos 95 anos

Robert Fabisak/Arquivo Folha




Tricolor comemora hoje mais um ano de vida tentando recuperar as glórias do passado
Reformado recentemente, o estádio do Arruda é um dos maiores motivos de orgulho do torcedor coral
GUSTAVO PAES

O Mais Querido completa hoje 95 anos de existência. É uma história repleta de glórias, dificuldades e oportunidades de renascer. A sua torcida, uma das mais carismáticas e emotivas do Brasil - sempre vestida com a harmoniosa composição das cores vermelha, preta e branca -, possui uma qualidade fundamental para que possamos acreditar que o Santa Cruz é um clube imortal: a fidelidade. Unidos, os tricolores atravessaram o seu calvário ao sofrer com os três rebaixamentos consecutivos, um recorde negativo. E, também unidos, buscam agora reencontrar o caminho dos títulos, uma nova ascensão para se igualar mais uma vez aos grandes do futebol nacional.

O presidente e símbolo da reconstrução do Santa Cruz, Fernando Bezerra Coelho, parabenizou os torcedores do Tricolor e falou sobre o momento vivido pelo clube. “Vamos comemorar a passagem de mais um ano vivendo esse momento de reafirmação. Nós estamos muito confiantes com relação ao futuro do clube. Temos que reiterar que estamos realizando um trabalho de longo prazo, nós queremos colher os frutos num futuro próximo. A torcida deve comemorar e acreditar no esforço daqueles que estão trabalhando para o Santa Cruz nesse momento. A cada dia, nós temos que superar desafios para que o clube entre novamente em um período de crescimento”, declarou o presidente.

Cada vez mais próximo de se tornar um clube centenário, o Terror do Nordeste teve vários ótimos momentos durante a sua história. FBC relembrou o seu período favorito, quando ainda era apenas um torcedor coral. “Os grandes momentos são aqueles assinalados na própria camisa: o penta do Campeonato Pernambucano e o Tri-Supercampeonato. Acompanhei o clube no final da década de 60 e início da década de 70, quando o Santa Cruz viveu uma grande fase. Era um time excepcional, que deu muitas alegrias aos torcedores. Era praticamente insuperável em Pernambuco”, relembrou.

Já o senador Marco Maciel, ilustre conselheiro do Santa Cruz, falou do seu orgulho por causa da história de superação do clube. “Ao longo desses 95 anos de existência, muitos foram os desafios enfrentados e vencidos pelo Santa Cruz e sua torcida. Lembro-me, por exemplo, das dificuldades que foram superadas para a construção de nosso estádio. É inspirada no exemplo do meu pai, José do Rego Maciel, que toda a nossa família orgulha-se em ter o DNA do Santa Cruz no sangue”, afirmou, para depois falar das suas expectativas para o futuro do Tricolor. “Tenho fé que com união e trabalho voltaremos a brilhar nos campeonatos estaduais e nacionais”, declarou o senador.

História de luta e glórias

Léo Lisbôa

“És o querido do povo, o terror do Nordeste, no gramado. Tuas vitórias de hoje, nos lembram vitórias do passado”. O trecho da música “O Mais Querido”, composta por Capiba, imortalizada pela imensa torcida do Santa Cruz e adotada por ela como um hino, passa uma ideia das conquistas do Tricolor do Arruda durante toda a sua história. Nesses 95 anos, foram 35 títulos conquistados, entre eles três regionais, 24 estaduais, cinco deles consecutivos, e um Fita Azul brasileiro. O último foi em 2005, quando a Cobra Coral superou Náutico e Sport, tornando-se campeão pernambucano após nove anos.

Fundado em 3 de fevereiro de 1914 por um grupo de 11 garotos entre 14 e 16 anos, o Santa Cruz Futebol Clube ganhou esse nome em homenagem à Igreja de São Pedro, situada no Pátio de Santa Cruz, bairro da Boa Vista, pois os jovens costumavam se encontrar no local para praticar o esporte. A primeira sede da equipe era localizada na rua da Glória, também na Boa Vista. Antes de se estabilizar na avenida Beberibe, onde permanece até hoje, o Tricolor também passou pela rua do Imperador e Estrada de Belém. Em 1943, o Santinha deu o pontapé para a construção do seu estádio, ao adquirir um terreno entre a avenida Beberibe e a rua das Moças.

Onze anos depois, o advogado José do Rego Maciel dava um passo fundamental para a construção do maior bem do cube, depois de sua torcida. Com o político à frente do projeto e a ajuda dos torcedores, o estádio do Arruda, finalmente saiu do papel, sendo construído com a doação dos tricolores. Depois de muita luta, o “Colosso” foi inaugurado em 1972, com o empate em 0x0 entre Santa Cruz e Flamengo.

Programação será intensa

FELIPE AMORIM

Se no dia da reabertura do estádio do Arruda, pela terceira rodada do Campeonato Pernambucano, os tricolores fizeram uma festa digna da magnitude do Mais Querido, imagine hoje, quando o Santa Cruz completa 95 anos de vida. Pois bem, não faltarão atrativos para comemorar mais um ano de um clube quase centenário. Durante praticamente todo o dia, a torcida coral poderá estufar o peito e gritar que “eu sou Santa Cruz, de corpo e alma, e sempre serei de coração”, seja lá em qual divisão estiver disputando.

A maratona começará logo cedo. Às 6h, nas Repúblicas Independentes do Arruda, acontecerá um show pirotécnico, com queima de fogos. Em seguida, às 9h, todos irão até onde a primeira semente foi germinada: na Igreja de São Pedro, no Pátio de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, quando o frei Aloísio Figueira celebrará uma missa em homenagem à data. Para quem não sabe, foi lá onde 11 jovens, entre 14 a 16 anos, que sempre jogavam futebol naquela área, fundaram o clube, que mais tarde viria a ser conhecido como o Terror do Nordeste. Ainda na igreja, o presidente executivo do clube, Fernando Bezerra Coelho, anunciará oficialmente a Penalty como novo fornecedor de material esportivo. Além dele, estarão presentes os outros membros da diretoria, além de alguns jogadores.

De noite, às 19h, para fechar o dia com chave de ouro, acontecerá uma sessão solene no Conselho Deliberativo, na sede do clube. Na ocasião, que será aberta ao público, FBC explanará para Imprensa, parceiros e demais diretores detalhes do projeto de 2009 que visa soerguer o Mais Querido. Em seguida, agora somente para convidados, na área da piscina, haverá um coquetel entre os que fazem o “novo” Santa Cruz.

Santa Cruz: 95 anos nos braços do povo


Wladmir Paulino Do JC OnLine

Quintino Miranda Paes Barreto, José Luiz Vieira, José Glicéro Bonfim, Abelardo Costa, Augusto Franklin Ramos, Orlando Elias dos Santos, Alexandre Carvalho, Osvaldo dos Santos Ramos, Luiz Gonzaga Barabalho Uchoa e Augusto Câmara. Essa relação não consta em nenhuma ficha técnica de jogo de futebol, mas sim na ata de fundação do Santa Cruz Futebol Clube, datada de 3 de fevereiro de 1914.

Aqueles jovens senhores mal sabiam que naquele dia, na Rua da Mangueira, dariam ao mundo uma das maiores paixões do povo pernambucano. As primeiras reuniões para formar a nova agremiação começaram em frente à Igreja de Santa Cruz, daí o nome do clube. Hoje, 95 anos depois, o Santa batalha para retornar seu caminho de vitórias. Mas as glórias acumuladas nesse quase um século não merecem comemoração menos entusiasmada.

A curiosidade é que, ao nascer, o novo clube de futebol pernambucano nasceu sob as cores preta e branca. Mais tarde acrescentou o vermelho para diferenciá-lo do Flamengo, o primeiro campeão do Estado. O primeiro jogo do "time dos meninos" como era conhecido foi memorável. Diante do Rio Negro, o futuro tricolor atropelou por 7x0.

A escalação foi a seguinte: Waldemar Monteiro; Abelardo Costa e Humberto Barreto; Raimundo Diniz, Osvaldo Ramos e José Bonfim; Quintino Miranda, Sílvio Machado, José Vieira, Augusto Ramos e Osvaldo Ferreira. A partida foi disputada na campina do Derby.

O Rio Negro, então, pediu revanhce, mas a condição era de que o Santa não escalasse o atacante Sílvio Machado, artilheiro na primeira partida com cinco gols. Pedido atendido, Carlindo foi escolhido como substituto. Foi melhor que a encomenda. Carlindo fez seis dos nove tentos do Santa. O Rio Negro, outra vez, não marcou nenhum.

Em 1917, o Santa entrou para a Liga Pernambucana e ganhou o direito de disputar o campeonato estadual. Porém, o primeiro feito do clube-prodígio aconteceu em 1919, quando tornou-se o primeiro time do Nordeste a derrotar uma equipe carioca. A vítima da proeza foi o Botafogo, que caiu por 3x2.

As glórias e os dissabores

Do JC OnLine

Coincidência ou não, nos anos 1970, o Santa era comandado por um colegiado. Os mesmos dirigentes revezavam-se nos poderes executivo, deliberativo e na comissão patrimonial. Essa sequência foi quebrada no meio dos anos 1980, quando o advogado José Neves Filho foi eleito presidente.

No primeiro momento, a sina de vencedor não abandonou o clube. O tricolor sagrou-se bicampeão estadual, tendo conquistado os títulos em plena Ilha do Retiro, o que fez o então presidente apelidar o estádio rubro-negro de "Casa dos Festejos".

Mas, à medida que os anos passaram, o Santa passou a disputar menos títulos. Em 1988, voltou à segunda divisão e os estaduais de 1990, 1993 e 1995 foram apenas alentos. A esperança voltou a sorrir em 1999, quando o clube voltou à elite do futebol brasileiro com um time repleto de jogadores das divisões de base. Em 2001, nova queda, aliada a quatro derrotas seguidas em finais de Estaduais.

O jejum completaria dez anos se um velho ídolo não houvesse formado um grande time. O ano de 2005 teve no técnico Givanildo Oliveira o grando trunfo dos tricolores. A equipe não viu adversários em Pernambuco e sagrou-se campeã sem a necessidade de uma final. Para completar, garantiu, até com certa facilidade um novo acesso à Série A.

O que poderia marcar um novo renascimento, outra vez, transformou-se em desastre, só que, desta vez, sem precedentes. Em 2006, o Santa fez uma campanha pífia no Brasileiro. No ano seguinte, naufragou na Série B e, pela primeira vez, viu-se obrigado a disputar a terceira divisão do futebol brasileiro.

As coisas pioraram em 2008, quando o time não passou da segunda fase na Terceirona com uma desastrosa administração de Édson Nogueira, que, dois anos antes, era carregado em triunfo pela torcida como o primeiro presidente eleito por um grupo de oposição.

Retomada da credibilidade começa em 2009

Do JC OnLine

Com o clube à beira da falência, as principais lideranças saíram à caça de alguém que trouxesse de volta a credibilidade. E o nome não veio dos meios futebolísticos e sim do cenário político. O ex-prefeito de Petrolina e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, foi o escolhido. Um novo grupo de trabalho foi formado e várias metas estipuladas, tendo como primeiro plano de ação a recuperação da estrutura física.

O estádio do Arruda passou por ampla reforma, todo gramado foi retirado e replantado. Uma nova iluminação foi instalada, assim como banheiros e entradas do José do Rego Maciel. Uma dívida de conta de luz astronômica foi renegociada e o tricolor entrou em 2009 de "cara nova".

No futebol, havia menos de um time no elenco, a diretoria de futebol foi profissionalizada e os atletas chegando. Até agora, a equipe luta pelo primeiro turno do Estadual, mas o grande desfio será a classificação e uma campanha vitoriosa na recém-criada Série D.

Veja a relação de glórias tricolores

Confira algumas das principais conquistas do Santa Cruz:

Nacionais
Vice-Campeonato Brasileiro Série B: 2 vezes (1999 e 2005).

Regionais
Torneio Norte-Nordeste: 1967
Vice-campeonato da Copa Norte-Nordeste: 3 vezes (1948, 1991 e 1999).

Estaduais
Campeonato Pernambucano 24 vezes (1931, 1932, 1933, 1935, 1940, 1946, 1947, 1957, 1959, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1976, 1978, 1979, 1983, 1986, 1987, 1990, 1993, 1995 e 2005).
Vice-Campeonato Pernambucano: 30 vezes (1915, 1916, 1917, 1918, 1920, 1921, 1929, 1934, 1936, 1937, 1938, 1939, 1943, 1949, 1953, 1960, 1962, 1974, 1980, 1984, 1985, 1989, 1996, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2006).
Copa Pernambuco: 2008.
Torneio Início: 12 vezes (1919, 1926, 1937, 1939, 1946, 1947, 1954, 1956, 1969, 1971, 1972 e 1976).
Taça Recife: 1971.

Torneios internacionais
Torneio da Amizade: 1995.
Torneio Vinausteel (Vietnã) 2003.
Fita Azul Internacional: 1980.

Torneios regionais
Torneio Pernambuco/Bahia: 1961.
Taça Pernambuco/Paraíba: 1961.

Torneios estaduais
Taça Refinaria: 1995.
Taça Recife: 1971.
Torneio de Verão Cidade do Recife: 1997

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Márcio Bittencourt enche a bola de Marcelo Ramos


O atacante Marcelo Ramos tem feito a diferença no time do Santa Cruz. Artilheiro do time na competição, com cinco gols (atrás apenas do rubro-negro Ciro na tabela geral), ele é dono de aproveitamento praticamente impecável neste início de temporada. No clássico contra o Náutico, aproveitou a única chance de gol. Na outra, fez tudo certo, mas o goleiro Eduardo operou verdadeiro milagre para defender com o pé a cabeçada.

O excelente desempenho e a velha categoria demonstrada têm rendido elogios até mesmo de adversários, como o goleiro Magrão, por exemplo. O técnico tricolor Márcio Bittencourt é outro admirador.

“O Marcelo é um jogador fantástico. Você manda um coco, ele arredonda a bola e devolve um chocolate”, afirmou. O treinador ainda citou a necessidade do apoio dos alas no esquema com três zagueiros. “Estamos no caminho certo, aprimorando a cada partida. Mas se os alas não funcionaram no esquema 3-5-2, o Marcelo e o Márcio ficam muito sacrificados”, disse.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

No Santa, volante Élder volta a treinar com bola


O volante Élder deve ficar à disposição do técnico Márcio Bittencourt para o clássico contra o Sport, domingo, no Arruda. Recuperado de uma lesão no joelho direito, o jogador volta a treinar com bola na tarde desta segunda-feira e pode inclusive ter condições de enfrentar o Serrano, quarta-feira. Quem está fora desta partida é o volante Bilica, expulso no Clássico das Emoções.

O empate com o Náutico, nos Aflitos, apesar de ter sido ruim em termos de classificação, teve saldo positivo na visão do atacante Marcelo Ramos. “Estamos melhorando a cada jogo, tanto o condicionamento físico quanto o entrosamento. Aos poucos, nosso grupo está se conhecendo”, afirmou.

Porém, o artilheiro do Santa na competição citou a importância de brigar pelo título. “É claro que o pensamento é ser campeão, mas temos de admitir que Sport e Náutico estão em outro patamar em relação a entrosamento”, disse Marcelo. Autor de cinco gols, o camisa 9 coral tem um a menos que o garoto Ciro, do Sport, artilheiro do Pernambucano.
Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

Magrão: Marcelo Ramos é um jogador diferenciado


Apesar do compromisso do Sport contra a Cabense, quarta-feira, o Clássico das Multidões do próximo domingo já é assunto na Ilha do Retiro. O goleiro Magrão, por exemplo, não esconde a preocupação com o centroavante tricolor Marcelo Ramos. A opinião do arqueiro rubro-negro é que trata-se de um jogador diferenciado.

“Acho o Marcelo diferenciado. E principalmente no Santa ele costuma se dar muito bem. Com certeza, precisaremos ter uma atenção especial. Não podemos lhe dar espaço”, alertou o camisa 1 leonino.

Até o momento, o saldo rubro-negro é de 100% de aproveitamento sobre os times intermediários. Precavido, Magrão acredita em maiores dificuldades nos clássicos. “Acho que serão jogos complicados. Teremos que ter ainda mais atenção. O empate entre Náutico e Santa foi bom pra gente, mas o principal é continuarmos fazendo a nossa parte”, afirmou.

Na manhã desta segunda-feira, o elenco leonino se reapresentou após a vitória sobre o Petrolina, no último sábado. Os jogadores trabalharam fisicamente numa academia. À tarde, o técnico Nelsinho Batista comanda treino com bola na Ilha do Retiro.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR