terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Santa Cruz: o recomeço aos 95 anos
O Mais Querido completa hoje 95 anos de existência. É uma história repleta de glórias, dificuldades e oportunidades de renascer. A sua torcida, uma das mais carismáticas e emotivas do Brasil - sempre vestida com a harmoniosa composição das cores vermelha, preta e branca -, possui uma qualidade fundamental para que possamos acreditar que o Santa Cruz é um clube imortal: a fidelidade. Unidos, os tricolores atravessaram o seu calvário ao sofrer com os três rebaixamentos consecutivos, um recorde negativo. E, também unidos, buscam agora reencontrar o caminho dos títulos, uma nova ascensão para se igualar mais uma vez aos grandes do futebol nacional.
O presidente e símbolo da reconstrução do Santa Cruz, Fernando Bezerra Coelho, parabenizou os torcedores do Tricolor e falou sobre o momento vivido pelo clube. “Vamos comemorar a passagem de mais um ano vivendo esse momento de reafirmação. Nós estamos muito confiantes com relação ao futuro do clube. Temos que reiterar que estamos realizando um trabalho de longo prazo, nós queremos colher os frutos num futuro próximo. A torcida deve comemorar e acreditar no esforço daqueles que estão trabalhando para o Santa Cruz nesse momento. A cada dia, nós temos que superar desafios para que o clube entre novamente em um período de crescimento”, declarou o presidente.
Cada vez mais próximo de se tornar um clube centenário, o Terror do Nordeste teve vários ótimos momentos durante a sua história. FBC relembrou o seu período favorito, quando ainda era apenas um torcedor coral. “Os grandes momentos são aqueles assinalados na própria camisa: o penta do Campeonato Pernambucano e o Tri-Supercampeonato. Acompanhei o clube no final da década de 60 e início da década de 70, quando o Santa Cruz viveu uma grande fase. Era um time excepcional, que deu muitas alegrias aos torcedores. Era praticamente insuperável em Pernambuco”, relembrou.
Já o senador Marco Maciel, ilustre conselheiro do Santa Cruz, falou do seu orgulho por causa da história de superação do clube. “Ao longo desses 95 anos de existência, muitos foram os desafios enfrentados e vencidos pelo Santa Cruz e sua torcida. Lembro-me, por exemplo, das dificuldades que foram superadas para a construção de nosso estádio. É inspirada no exemplo do meu pai, José do Rego Maciel, que toda a nossa família orgulha-se em ter o DNA do Santa Cruz no sangue”, afirmou, para depois falar das suas expectativas para o futuro do Tricolor. “Tenho fé que com união e trabalho voltaremos a brilhar nos campeonatos estaduais e nacionais”, declarou o senador.
História de luta e glórias
Léo Lisbôa
“És o querido do povo, o terror do Nordeste, no gramado. Tuas vitórias de hoje, nos lembram vitórias do passado”. O trecho da música “O Mais Querido”, composta por Capiba, imortalizada pela imensa torcida do Santa Cruz e adotada por ela como um hino, passa uma ideia das conquistas do Tricolor do Arruda durante toda a sua história. Nesses 95 anos, foram 35 títulos conquistados, entre eles três regionais, 24 estaduais, cinco deles consecutivos, e um Fita Azul brasileiro. O último foi em 2005, quando a Cobra Coral superou Náutico e Sport, tornando-se campeão pernambucano após nove anos.
Fundado em 3 de fevereiro de 1914 por um grupo de 11 garotos entre 14 e 16 anos, o Santa Cruz Futebol Clube ganhou esse nome em homenagem à Igreja de São Pedro, situada no Pátio de Santa Cruz, bairro da Boa Vista, pois os jovens costumavam se encontrar no local para praticar o esporte. A primeira sede da equipe era localizada na rua da Glória, também na Boa Vista. Antes de se estabilizar na avenida Beberibe, onde permanece até hoje, o Tricolor também passou pela rua do Imperador e Estrada de Belém. Em 1943, o Santinha deu o pontapé para a construção do seu estádio, ao adquirir um terreno entre a avenida Beberibe e a rua das Moças.
Onze anos depois, o advogado José do Rego Maciel dava um passo fundamental para a construção do maior bem do cube, depois de sua torcida. Com o político à frente do projeto e a ajuda dos torcedores, o estádio do Arruda, finalmente saiu do papel, sendo construído com a doação dos tricolores. Depois de muita luta, o “Colosso” foi inaugurado em 1972, com o empate em 0x0 entre Santa Cruz e Flamengo.
Programação será intensa
FELIPE AMORIM
Se no dia da reabertura do estádio do Arruda, pela terceira rodada do Campeonato Pernambucano, os tricolores fizeram uma festa digna da magnitude do Mais Querido, imagine hoje, quando o Santa Cruz completa 95 anos de vida. Pois bem, não faltarão atrativos para comemorar mais um ano de um clube quase centenário. Durante praticamente todo o dia, a torcida coral poderá estufar o peito e gritar que “eu sou Santa Cruz, de corpo e alma, e sempre serei de coração”, seja lá em qual divisão estiver disputando.
A maratona começará logo cedo. Às 6h, nas Repúblicas Independentes do Arruda, acontecerá um show pirotécnico, com queima de fogos. Em seguida, às 9h, todos irão até onde a primeira semente foi germinada: na Igreja de São Pedro, no Pátio de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, quando o frei Aloísio Figueira celebrará uma missa em homenagem à data. Para quem não sabe, foi lá onde 11 jovens, entre 14 a 16 anos, que sempre jogavam futebol naquela área, fundaram o clube, que mais tarde viria a ser conhecido como o Terror do Nordeste. Ainda na igreja, o presidente executivo do clube, Fernando Bezerra Coelho, anunciará oficialmente a Penalty como novo fornecedor de material esportivo. Além dele, estarão presentes os outros membros da diretoria, além de alguns jogadores.
De noite, às 19h, para fechar o dia com chave de ouro, acontecerá uma sessão solene no Conselho Deliberativo, na sede do clube. Na ocasião, que será aberta ao público, FBC explanará para Imprensa, parceiros e demais diretores detalhes do projeto de 2009 que visa soerguer o Mais Querido. Em seguida, agora somente para convidados, na área da piscina, haverá um coquetel entre os que fazem o “novo” Santa Cruz.
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