segunda-feira, 12 de maio de 2008

Santa Cruz faz preparação visando disputa da Copa Pernambuco

Enquanto a disputa da Série C não começa, o Santa Cruz pensa em outra competição. Na manhã desta segunda-feira (12), o Tricolor iniciou a preparação visando a Copa Pernambuco. A equipe já estréia na próxima quarta-feira (14), contra o Atlético Pernambucano, no Arruda, às 15h.

O técnico Fito Neves comandou um coletivo onde praticamente definiu a equipe. O time que deve enfrentar o Atlético já deve contar com alguns reforços contratados para o Brasileiro e alguns jogadores oriundo dos juniores. Como os laterais William e Max e o volante Alexandre Oliveira não participaram do treino, o esquema tático do time deve ser o 3-5-2.

No coletivo, o time foi composto por Jaílson; Douglas, André e Leandro; Fabinho, Gedeil, Allan, Marcos e Adeíldo; Rafael e Yuri.
Completam a primeira rodada da Copa Pernambuco os seguintes jogos:
Catende x Decisão;
Ferroviário x União;
América x Íbis.
Da Redação do pe360graus.com

Última cartada

"Jogo" disputado pela realização da assembléia geral dos sócios no Tribunal de Justiça termina hoje

No apagar das luzes, o presidente do Santa Cruz, Edson Nogueira, conseguiu, na última sexta-feira, uma liminar no Tribunal de Justiça para impedir a realização da assembléia geral do clube, que estava marcada para amanhã. Hoje, a oposição deve dar a sua última cartada para tentar manter a assembléia, que tem como objetivo o afastamente de Edinho da chefia do Executivo do Santa. Segundo o conselheiro coral Fernando Veloso, que encabeça o grupo que tenta afastar Edson Nogueira da presidência, a oposição irá recorrer nesta tarde no TJ. Ontem à noite, ele se reuniu com o advogado do grupo para decidir as novas ações.


Oposicionistas acreditam que podem reverter decisão na justiça e confirmar assembléia para amanhã. Foto: Ricardo Fernandes/DP
O triunfo da situação na sexta-feira veio depois que o desembargador do Tribunal de Justiça, Silvio de Arruda Beltrão, cassou a decisão do juiz José Júnior Florentino, da 29ª Vara Cível, que havia negado o pedido do mandatário tricolor na quinta-feira. A decisão revoltou Fernando Veloso. "Foi uma decisão confusa e atrapalhada de Beltrão (referindo-se ao desembargador). Foi um argumento fraco. Nõs fizemos tudo certo. O edital saiu há 45 dias, e a diretoria foi notifica há um mês, como diz o estatuto. Como ele (Edson Nogueira) não sabia disso tudo? Ele vive em Marte?", afirmou o conselheiro.

Fernando Veloso, porém, demonstrou otimismo em conseguir derrubar a liminar. "O 'jogo' está 1 x 1, porque conseguimos uma vitória na quinta-feira e eles, na sexta. Tempo ainda existe, e temos chance de reverter a situação", afirmou. Eduardo Lopes, porém, negou que o duelo esteja 'empatado'. "Não está empatado de jeito nenhum. Está 1 x 0 para a gente (situação), porque a nossa liminar está valendo", disse.

E as estratégias para os momentos finais "pré-assembléia" têm sido, por sinal, algo comum nas duas frentes, como deixou claro o vice-presidente jurídico do Santa Cruz, Eduardo Lopes. "É uma guerra. Cada um está procurando a sua melhor estratégia. Eu também vou me reunir com Edson Nogueira amanhã (hoje)", disse Lopes. E hoje, às 16h, o vice jurídico e o presidente coral irão dar uma entrevista coletiva sobre o assunto.

O advogado afirmou ainda que mesmo que a oposição derrube a liminar, existe uma grande chance de Edson Nogueira não comparecer à assembléia. "Isso ainda será decidido. Posso dizer que existe 50% de chance de ele não ir. Mas vamos conversar para ver a melhor solução. O que não pode é Edinho falar apenas 30 minutos lá, como eles (oposição) querem", finalizou.

Santa na Copa PE

O Santa Cruz irá estrear na Copa Pernambuco nesta quarta-feira, às 15h, diante do Atlético Pernambucano, no Arruda. Normalmente, Sport, Náutico e Santa Cruz disputam a competição com times mesclados de juniores e profissionais pouco aproveitados no time principal. Mas dessa vez, o Tricolor usará o grupo principal, que já iniciou os treinamentos para a Série C, que começará apenas em julho. O técnico Fito Neves, aliás, comandará hoje um coletivo para definir o time para a estréia na competição - jamais vencida pela Santa, que tem como melhor resultado um vice em 1998. Além do Atlético, também estão no Grupo B Decisão e Catende.

Oposição tenta confirmar assembléia

A pouco menos de dois meses da estréia na Série C do Campeonato Brasileiro, diante do Campinense, em Campina Grande, no dia 6 de julho, o clima político no Santa Cruz ferve. Hoje, a oposição vai entrar com um recurso no Tribunal de Justiça de Pernambuco na tentativa de obter uma liminar remarcando a Assembléia Geral Extraordinária. O encontro, que tinha o objetivo de pôr em votação com os sócios a cassação do mandato do presidente Edson Nogueira, Edinho, estava marcado para amanhã, mas foi cancelado devido a uma agravo de instrumento obtido pela situação. A antecipação da tutela foi concedida em segunda instância pelo desembargador Silvio de Arruda Beltrão, contrariando a decisão do titular da 29ª Vara Cível da Capital, José Júnior Florentino Santos Mendonça.

“A petição feita pelo advogado do Santa Cruz (Eduardo Lopes) induziu o desembargador. Vamos provar isso. Publicamos o edital na imprensa há 45 dias e protocolamos o processo no clube há 30 dias. Como o Santa Cruz diz que não sabe da Assembléia e que o presidente teve sua liberdade cerceada? Vamos entrar com um recurso hoje. A decisão pode sair no mesmo dia e estamos tranqüilos. A Assembléia vai acontecer sim”, disse o conselheiro Fernando Veloso, articulador do movimento oposicionista a Edinho.

No entanto, para Eduardo Lopes não há tempo hábil para uma reversão. “Pelo próprio procedimento do Tribunal, o agravo de instrumento será remetido a uma das câmaras cíveis para ter o mérito julgado, por isso acredito que será difícil mudar a decisão”, disse Lopes. A Assembléia Extraordinária foi convocada por um grupo de 275 sócios.

THIAGO CAPIXABA

Ainda na esfera judicial, o Santa Cruz tem outro problema para resolver hoje: o caso Thiago Capixaba. Os advogados do atacante conseguiram uma liminar na Justiça do Trabalho que o desvincula do tricolor.

“Seremos notificados do teor da sentença hoje e vamos nos defender até a última instância. Acredito que criaram uma situação fantasiosa, já que Thiago está há 45 dias no clube e a Lei Pelé diz que só com três meses de salários atrasados o jogador pode requerer seus direitos federativos na Justiça”, declarou Eduardo Lopes. A primeira audiência está marcada para o próximo dia 6 de junho.

Dentro de campo, a direção coral anunciou que oito reforços ainda serão contratados para a disputa da Série C. As prioridades são um goleiro, já que o clube conta apenas com o prata da casa Jaílson, e um zagueiro. O diretor de futebol Sylvio Belém declarou que a situação do lateral-direito Rafael Mineiro ainda está sendo estudada. Na última sexta-feira, a dispensa do jogador havia sido anunciada.

Disputa pela falência

Apesar do caos no futebol e no setor financeiro, instituição Santa Cruz é alvo de muita cobiça. Por que será?

José Gustavo
Da equipe do Diario


Ao longo dos seus 94 anos, o Santa Cruz nunca viveu um momento tão delicado. Se dentro de campo as coisas estão muito mal, fora dele a situação política do clube é um verdadeiro caos. É nítido neste caso, como na maioria das crises dos três grandes clubes da capital pernambucana e os grandes do Brasil, que os resultados no futebol interferem, diretamente, na política tricolor.

Em dezembro de 2006, o Santa Cruz viveu seu auge político. Pela primeira vez, em toda sua história, um grupo de oposição - bancado por uma esmagadora maioria de torcedores - elegeu um presidente executivo. Edson Nogueira chegou à presidência nos braços da massa coral. Três meses depois, ao terminar o Pernambucano/2007 na sexta posição, o presidente já ouvia seu nome xingado nas arquibancadas.

O acúmulo de resultados negativos afastou os torcedores e também os aliados políticos. O grupo que lhe dava sustentação agora faz oposição ferrenha. O vice-presidente executivo, Fred Arruda se licenciou do cargo. A oposição já pediu a renúncia, tentou o impeachment e, agora, na terça-feira (13) vai realizar uma inédita assembléia geral de sócios para tentar destituir o presidente Edson Nogueira.

Na parte financeira, o clube é praticamente impossível de se administrar pois as receitas, hoje, são mínimas. O Santa Cruz vive quase sempre de esmolas. Um empréstimo aqui, uma ajuda financeira ali e assim vai. Engana-se quem pensa que a maior dificuldade são as dívidas trabalhistas. Pelo contrário. Esse dinheiro já está garantido no acordo com a Justiça do Trabalho de 20% de todo o arrecado.

Os maiores problemas são mesmo as coisas miúdas, ou seja, o dia-a-dia. Às vezes falta dinheiro para comprar medicamentos, passagens, óleo disel. A energia do clube vem de geradores alugados. A maioria das receitas está bloqueada. Os patrocínios fixos (prismas, publicidade nos uniformes) foram todos permutados e não trazem dinheiro efetivo para o clube. Ou seja, o Santa Cruz tem um déficit mensal de aproximadamente R$ 118 mil.

O Diario resolveu fazer diferente. Mostrou essa conjuntura política e econômica em que o clube está inserido e pediu para dois especialistas tercerem uma rápida análise do futuro do Santa Cruz Futebol Clube. O resultado está nas próximas duas páginas. Afinal, o que faz tantas pessoas, além da paixão, brigarem tanto por uma estrutura falida?

Missão impossível para qualquer administrador
Por Josué Mussalém*

O filme "Missão Impossível" bem que poderia ser dedicado ao Santa Cruz no que diz respeito à administração daquele clube futebolístico. Só que o enredo deveria mudar para que, ao contrário do resultado da película, no final o administrador voltado para a tal "missão" reconhecesse que perdeu o jogo.

Com uma receita bruta de R$ 168 mil e uma despesa fixa da ordem de R$ 286 mil, o velho e tradicional clube tricolor, conhecido como o mais popular dos grandes times pernambucanos, está gerando um déficit mensal de caixa da ordem de R$ 118 mil. O que mais impressiona é a reduzida receita oriunda das mensalidades dos sócios (R$ 45.000,00), enquanto que a receita proveniente do conselho deliberativo só rende R$ 46.384,00 por trimestre. Este fato indica uma inadimplência elevada justamente na área em que se deveria iniciar um processo de recuperação das finanças do clube. Essa inadimplência elevada pode ter como ponto focal as constantes derrotas do Santa Cruz nos jogos e sua descida para a terceira divisão.

A questão que se coloca quando se analisa a situação financeira desse clube tão, querido e popular, é a do investimento. Na verdade, um clube de futebol deveria funcionar como uma empresa com orçamento bem definido, fluxo de caixa positivo, garantia das fontes de recursos e transparência corporativa nos gastos. Um clube de futebol não vive apenas de jogos, mas dos investimentos que realiza, seja na equipe de atletas, seja no mercado financeiro ou no patrocínio institucional.

Portanto o futuro do Santa Cruz vai depender de uma gigantesca mobilização que deveria envolver não só dirigentes mas, e principalmente, seus associados. O caminho crítico para a reversão do quadro falimentar do Clube passa por: 1. Reestruturação administrativa - financeira do clube; 2. Criação de mecanismos modernos de orçamento e fluxo de caixa; 3. Campanha para recuperar o quadro associativo; 4. Elaboração de projetos que possam obter recursos financeiros através da nova legislação federal de incentivos aos esportes.

Em resumo, o Santa Cruz precisa mudar rapidamente para tentar reverter esse quadro financeiro sombrio. Deve-se olhar com atenção para os exemplos dos clubes de futebol da Europa, notadamente os da Espanha e da Itália, os quais funcionam como grandes e lucrativas empresas.

Na realidade a missão impossível tratada aqui se for encarada de forma eficaz e por uma equipe de dirigentes e especialistas com vontade e determinação, poderá ser revertida. Se o Santa Cruz voltar à primeira divisão, o futebol pernambucano tornar-se-á mais disputado e também mais alegre. Vale a pena tentar.

Apaixonada torcida tricolor é o maior patrimônio do clube

Santa Cruz Futebol Clube
Endereço: Avenida Beberibe, nº 1285 - Arruda - Recife/PE
Fundação: 3 de fevereiro de 1914
Estádio: José do Rego Maciel (Arruda)
Capacidade: 60.044 torcedores

*É economista

Geografia política

Dez grupos, mesmo sem terem uma definição organizada, lutam pelo espaço no clube. Alguns com atuações regulares outros de forma esporádica.

Atual diretoria

Capitaneado pelo presidente Edson Nogueira e pelo presidente do Conselho Deliberativo, Alexandre Ferrer. Em sua base de sustentação estão alguns principais diretores do clube. Entre eles: Eduardo Lopes (Jurídico), Jomar Rocha, Constantino Júnior e Sylvio Belém (futebol).

Rodolpho Aguiar

Ex-presidente, que faz parte da velha guarda tricolor, ou seja, a ala mais histórica do clube. Tem muita voz e participação nas decisões políticas no clube. Foi um responsáveis pela eleição de Edson Nogueira e traz com ele alguns ex-presidentes. Está na base de sustentação da atual diretoria.

Alexandre Mirinda

Já teve mais força dentro do Santa Cruz. Apoiou Edson Nogueira na eleição passada. É escutado, mas por sua posição independente não tem muita interferência na conjuntura política do clube. Tem como propósito a renovação dos quadros.

Ninho das Cobras

Foi o principal grupo de sustentação para a eleição de Edson Nogueira. Depois de fazer o presidente rachou completamente. Hoje, boa parte dos seus membros estão na oposição. É liderado pelo jornalista Fernando Veloso, principal articulador para a destituição do atual presidente.

João Caixero

O maior de todos os caciques do clube. Consegue transitar em todas as alas, apesar de ressalvas de alguns grupos e do repúdio de boa parte dos torcedores. Tem muita força política. Já ocupou todos os principais cargos no clube, incluindo a presidência do executivo. Apesar de cooperar, não está na base de sustentação da atual diretoria.

Romerito Jatobá

Junto com o ex-presidente José Neves Filho faz parte de um dos grupos de oposição à atual gestão. Conhecedor profundo da parte administrativa e financeira do clube, o ex-presidente terá muita força na eleição de dezembro, apesar de ter saído do clube com um forte índice de rejeição por parte dos torcedores.

Fred Arruda

Atual vice-presidente do clube. Está afastado por incompatibilidadeadministrativa com Edson Nogueira. É apontado com uma das grandes lideranças da nova geração. Aparece como um dos ícones da oposição e tem o apoio de alguns grupos de torcedores como a ATASC, o Veneno Coral e o Blog do Santinha.

Muda Santa Cruz

É uma espécie de PSTU do Santa Cruz. Grupo que faz muito barulho, busca bastante espaço na mídia, porém, tem pouquíssima atuação efetiva na vida política do clube. Aparece sempre nos meses que antecedem as eleições.

Inferno Coral

Principal torcida organizada do Santa Cruz. Com cerca de 20 mil componentes, eles têm uma forma significativa em alguns rumos políticos do clube. Por isso, os grupos políticos se desdobram para ganhar a simpatia da organizada. O apoio deles é sempre levado em conta para a eleição e sustentação de quem esteja no poder.

Independentes

Alguns ex-presidentes podem ser enquadrados neste grupo. Entre eles: Antônio Luis Neto, Jonas Alvarenga e José Mendonça, que está bastante afastado do Santa Cruz, mas tem alguns tricolores influentes que flutuam ao seu lado. Outro destaque dos independentes é José Alberto Lisboa, candidato derrotado na eleição passada e que tem um projeto pessoal para o clube.

O Santa Cruz tem jeito?
Por Gustavo Krause *

Eu me recuso a fazer o "varejo analítico" ou a fulanizar questões. Muito menos vou especular as razões pelas quais um cidadão deseja dirigir uma massa falida. Em se tratando de clubes prefiro optar pelos impulsos da paixão. Os fatos posteriores vão confirmar ou desistir. De outra parte, a experiência que tive no Náutico foi assim. Acudiram o clube em nome da paixão. Depois de salvo... Aí, é natural, surgem novos interesses (legítimos e ilegítimos).

Também não dá para cair no lugar comum de "deixar as vaidades de lado, sentar numa mesa e unir todo mundo". Isto é irreal. As sociedades em crise que dela saíram pacificamente construíram pactos, alianças que somente se constroem entre adversários e, até mesmo, inimigos. Depois, cada um passa a exercer o seu papel.

Outro lugar comum é usar a etimologia da palavra crise para ressaltar a banda boa da oportunidade. Isto, a despeito de lugar comum, é real. Mas oportunidade se constrói. Não é uma dádiva. E é preciso muitaforça. Os clubes brasileiros quando caem de divisão simplesmente mergulham num pântano. Ou entram numa prisão de segurança máxima.

Nós (imprensa, líderes esportivos, autoridades, cidadãos) temos que olhar para além do próprio umbigo. Os fatores que afetam gravemente o futebol brasileiro estão, em grande medida, situados fora do campo. No campo da política esportiva; do acesso ao poder que permite a manutenção de longevas oligarquias (só perdem para Fidel Castro). A CBF será dirigida pelo mesmo homem até 2016. Será que isto não é relevante? Será que isto não merece um mínimo de atenção por parte dos que fazem a imprensa? Ou a briga de Romerito com Edinho, de não-sei-quem com não-sei-quem é o único foco da questão? Precede a geopolítica da questão local a geopolítica nacional, a política das competições que, insisto, são desagregadoras.

Desculpem se me estendi, mas é um pequeno desabafo de quem não se conforma com os rumos do futebol brasileiro e mais: quem viu de perto, no Congresso Nacional, como Deputado,a atuação da bancada da bola, a mais reacionária, a mais cínica de todas as bancadas.

*É ex-Ministro e advogado

Geografia Econômica

Funcionários

Administrativos 61

Folha R$ 31 mil

Futebol 26 Atletas + 14 da comissão técnica*

Folha R$ 175 mil*

*Até o final do Campeonato Pernambucano

Futebol Amador Atletas + Comissão

Folha R$ 20.5 mil

Total R$ 226.5 mil

Receitas Variáveis

Conselho Deliberativo R$ 46.384,00 (Janeiro/Março)

Sócios R$ 45 mil (média por mês)

Renda dos jogos deficitária

Todos com a Nota R$ 430 mil em quatro cotas*

*Isso se todos os bilhetes fossem reservados e trocados. A péssima campanha em campo não ajudou e, conseqüentemente, o dinheiro das cotas acabou sendo bem menor. A primeira cota rendeu R$ 62 mil; a segunda R$ 59 mil, a terceira apenas R$ 6 mil e a última ainda não entrou nos cofres do clube. Assim, as três cotas iniciais renderam apenas R$ 127 mil.

Patrocínio

Masterboi R$ 6 mil em permuta de carnes e frios

Minasgás Comprou e adaptou o novo ônibus do clube para a Série C*

Frevo Forneceu os dois placares eletrônicos**

Carol Sports Material gráfico

Shineray permuta

Prismas permuta

*Previsto para chegar em junho

**Previsto para instalar em junho

Despesas fixas semanais R$ 13.395,00*

*Passagem; Óléo Disel, Medicamentos, Material de Limpeza, Lavanderia, Aluguel de gerador, outros#

Despesas fixas mensais R$ 59.470,00*

*Passagem; Óléo Disel, Medicamentos, Material de Limpeza, Lavanderia, Aluguel de gerador, outros#

PS: Não foram colocadas as despesas com o pagamento dos 20% do acordo com a Justiça do Trabalho.

Total de Receita R$ 168 mil

Total de Despesas R$ 286 mil

Deficit R$ 118 mil

Assembléia confirmada para amanhã, diz oposição

Esforço de Edinho para obter liminar pode ter sido em vão
Léo Lisbôa

A liminar obtida pelo presidente do Santa Cruz, Edson Nogueira, o Edinho, no final da tarde da última sexta-feira, no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que suspenderia a Assembléia Geral Extraordinária marcada para acontecer amanhã, no Arruda, pode não valer nada. Segundo o líder da oposição e presidente da Confraria Ninho da Cobra, Fernando Veloso, todas as 419 pessoas envolvidas da Assembléia deveriam ser notificadas pessoalmente para que a reunião seja suspensa. Para Veloso, não há tempo para isso acontecer.

A batalha de Edinho para suspender a Assembléia começou na última quinta-feira. O presidente Tricolor, bem discretamente, tentou obter uma liminar na Justiça, mas esta foi negada pelo titular da 29ª Vara Cível do Recife, José Júnior Florentino Santos Mendonça. No dia seguinte o dirigente coral teve mais sorte. No final da tarde da sexta-feira, o desembargador Silvio de Arruda Beltrão, dando razão a Edson Nogueira, alegou três motivos para suspender a reunião: equívoco nos prazos estabelecidos nos editais de convocação, desobediência dos processos legais e ausência clara dos responsáveis pelas publicações.

Por falta de tempo, os opositores, que estão dispostos a tirar Edson Nogueira da presidência do Santa Cruz, não puderam ser notificados oficialmente. Assim, a Justiça teria todo o dia de hoje para entregar o documento às 419 pessoas, o que para Fernando Veloso, seria impossível. “A Assembléia está confirmada para a amanhã, às 16h, lá no Arruda. Vamos tirar ele (Edinho) do cargo”, afirmou Veloso. Segundo ele, desde que o dirigente assumiu o clube, o time não vem conquistando bons resultados.

Hoje pela manhã, Fernando Veloso, junto com mais alguns opositores, vão se encontrar com o advogado Icleiber Califi para saber como deverão agir no dia da Assembléia Geral. “São 419 pessoas e muitas não sabem como deverão se comportar na ocasião. Vamos nos reunir para que não aconteça nada errado”, disse Veloso.


Thiago Capixaba

Assim que for notificado pela Justiça do Trabalho, fato que deve acontecer hoje, o Santa Cruz promete contra-atacar no caso Thiago Capixaba. Na última sexta-feira, o atacante entrou na Justiça contra o clube, alegando, entre outras coisas, que em 45 dias no clube, teria recebido apenas R$ 1 mil, o que negado pelo advogado do Tricolor do Arruda, Eduardo Lopes. Segundo Lopes, o time coral teria pago ao atleta 60% do salário do primeiro mês e o segundo ainda não se encerrou. “Respeito a decisão da Justiça, mas não há motivos para o jogador conseguir a liberação”, disse o advogado.

Santa Cruz não terá grandes deslocamentos

Na primeira fase, time coral terá viagens apenas para Caruaru, Arapiraca (AL) e Mossoró (RN)

A primeira fase da Série C do Campeonato Brasileiro não reservou grandes surpresas ou viagens longas para o Santa Cruz. Além de viajar a Caruaru, os tricolores precisarão sair apenas para estados próximos no primeiro quadrangular: Paraíba e Rio Grande do Norte. O único desconforto é, com a carência de recursos do clube ou o apoio de grandes patrocinadores para oferecer suporte à competição, cumprir de ônibus esses trajetos para o Agreste pernambucano, Campina Grande-PB e Mossoró-RN.

Nem mesmo na segunda fase os caminhos devem ser tão longos. Se conquistar a classificação entre os dois melhores do Grupo 5, o time comandado pelo técnico Fito Neves, além de um integrante da própria chave original, vai cruzar com os dois melhores do Grupo 6, composto pelo pernambucano Salgueiro, o potiguar Santa Cruz, o paraibano Treze e o cearense Icasa. Na pior das hipóteses, a maior distância percorrida serão os 554 quilômetros até Juazeiro do Norte, segundo dados da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias.

A complicação pode vir na terceira fase, com a possibilidade de cruzamento com as equipes baianas de Itabuna e Vitória da Conquista, distantes 1.004 e 1.247 quilômetros do Recife, respectivamente. Para essas ocasiões, entretanto, o clube conta com a promessa feita pelo ex-presidente coral e atual presidente da Futebol Brasil Associados, José Neves Filho. O dirigente disse no início da temporada que garantiria as possíveis passagens aéreas necessárias para participar da competição.

Já com o acesso ao octogonal, não haverá como escapar dos aeroportos. Participam equipes dos cruzamentos realizados entre times nordestinos próximos do Norte, equipes do Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

BENEFÍCIO

O fato de não cruzar com as equipes do Sudeste na primeira fase, por conta da regionalização da Terceira Divisão, pode ser considerado um benefício para o Santa Cruz. Dos 18 times que conquistaram acesso à Série B na década atual, metade eram de São Paulo ou de Minas Gerais. O Nordeste conta com quatro ascensões. O Centro-Oeste tem três. O Norte e o Sul, por fim, colocaram somente um representante cada.