terça-feira, 9 de setembro de 2008
Bezerra Coelho formará equipe para atuar em sua ausência
Do JC OnLine
Com informações da Rádio Jornal
O candidato único e futuro presidente do Santa Cruz, Fernando Bezerra Coelho, avisou que formará uma equipe para tocar os trabalhos no clube quando ele não estiver presente, pois não deixará a secretaria de Desenvolvimento Econômico. Sua função, de acordo com ele mesmo, será com as políticas estratégicas e captação de recursos para viabilização financeira do tricolor.
No que diz respeito à equipe, Bezerra Coelho não especificou quantos nem quem vai ficar responsável. Ele só adiantou que buscará pessoas que tenham dedicação integral ao clube. Já a chapa completa deve ser anunciada e lançada oficialmente na semana que se inicia no dia 22 (uma segunda-feira). Esse dia é o último para inscrição.
"Já estamos em contato com alguns nomes. Eles ficaram de estudar a situação. Outras pessoas também serão procuradas futuramente. Agradeço a prova de confiança em poder escolher essa equipe com liberdade. São pessoas que estarão dedicadas integralmente para me liberar para as questões estratégicas e na busca de recursos", pontuou.
A auditoria nas contas do Santa, já falada pelo futuro presidente após a reunião que definiu sua candidatura única, deve iniciar seus trabalhos nesta quarta (10) e fora definida em reunião anterior com o atual mandatário, Édson Nogueira.
"Já tive essa reunião com Edinho e essa auditoria será importante para termos uma noção das dívidas e dos compromissos mais urgentes", enfatizou.
E por falar em dívida, estima-se que o débito total do clube do Arruda esteja na casa dos R$ 60 milhões. Seja qual for o valor, o secretário avisou que não volta atrás na decisão. "Não volto atrás. Entendo que o momento é importante e decisivo não apenas para o Santa Cruz, mas para o próprio futebol pernambucano", apontou.
SAÍDA
O volante Alexandre definiu sua transferência para o ABC, de Natal. Ele segue o mesmo caminho dos laterais Luisinho Netto e Piauí; e o meia Fabiano Gadelha - o primeiro recém-saído do Sport e os dois últimos do Náutico.
Um gigante ocioso
Carlyle Paes Barreto
carlyle@jc.com.br
Patrícia Alves
pbarbosa@jc.com.br
Mundão, Colosso, Gigante do Arruda. Os adjetivos são vários para o estádio do Santa Cruz. E quase sempre utilizados de forma positiva. Mas o maior orgulho da torcida coral vem sendo um problema a mais nesta crise que parece sem fim. Este ano, deu mais prejuízo do que lucro, transformando-se num peso extra para a direção do clube.
Ultrapassado, a exemplo da maioria das praças esportivas do Brasil, o Arruda parou no tempo. Apesar de ser o estádio mais novo da capital pernambucana (construído em 1972), não recebe mais jogos internacionais. O último foi há 13 anos, no amistoso em que a seleção brasileira venceu a Polônia por 2x1.
O local também não foi concebido para abrigar outros eventos, embora já tenha sido alugado para a encenação da Paixão de Cristo do Recife, de evento evangélico e até para o show do grupo musical Menudo, no início da década de 80. Uma megaestrutura que ficou ociosa. Principalmente agora, com o time profissional em férias prolongadas.
“O Santa Cruz não construiu o Arruda. Ganhou de presente e não tem condições de mantê-lo”, admite o próprio presidente tricolor, Edson Nogueira, Edinho, referindo-se ao fato de o governo do Estado ter bancado a construção e, depois, as ampliações.
Edinho, bastante questionado pelo desempenho do time dentro de campo, sofreu com falta de manutenção do José do Rego Maciel, que culminou com a interdição do anel superior durante toda Série C do Campeonato Brasileiro. Mais prejuízo.
“Contávamos com 30 mil lugares da Campanha Todos com a Nota, mas, com a interdição, tivemos que trocar apenas 15 mil bilhetes”, lembra o superintendente do clube, Luís Cláudio. “E esses ingressos rendiam ao Santa R$ 3,5 cada. Mas com impostos e taxas, ficavam apenas R$ 2 por bilhete. É impossível fazer futebol assim.”
A situação tomou proporções inadministráveis com a campanha do time no Nacional. Para os últimos jogos, os atletas passaram a treinar apenas em um expediente, pela manhã, por conta da falta de energia. Os vestiários ficavam mais escuros à tarde. Não havia dinheiro nem para comprar o óleo diesel que abastece o gerador. Na semana passada, parte dos jogadores chegou a tomar banho, após o treinamento, com a água da piscina do clube. O fornecimento d’água também está cortado.
“Como o clube deve mais de R$ 500 mil à Celpe, o jeito foi passar a utilizar geradores, o que duplica o gasto mensal com energia. Com a energia elétrica eram R$ 20 mil por mês, agora, só com o aluguel dos geradores, chegamos a gastar R$ 30 mil, em média, fora o óleo diesel”, explica o superintendente.
O Santa desembolsa mais de R$ 50 mil com a folha de pagamento dos funcionários administrativos. O custo total para manter o Arruda é R$ 100 mil por mês, levando-se em conta também os departamentos de futebol profissional e amador, sem contar com salários de atletas. A receita de sócios não passou dos R$ 90 mil. “No mês passado, havia 3.121 sócios em dia. E deve diminuir”, resigna-se o dirigente. “O maior desafio é agora. Sem receita, sem salários e com a barriga vazia.”
Luís Cláudio ressalta que o clube aprendeu a manter o estádio com uma receita pouco moderna: as doações. “Mas elas dependem muito do desempenho do time dentro de campo. Agora piorou. Tivemos até que liberar os juniores até outubro. O prejuízo só faz aumentar”, reclama. “É um patrimônio que o Santa tem e não consegue manter”, completa.
PROPOSTA POLÊMICA
O publicitário José Nivaldo Júnior, ex-conselheiro coral, defende o arrendamento do Arruda. Ele gostaria de ver o estádio José do Rego Maciel entregue a empresários. “Se o Santa Cruz não consegue manter o Arruda deveria fechar a sede, alugar tudo aquilo para algum grupo. Os dirigentes passariam a gerir o clube numa sala no prédio da própria Federação Pernambucana”, sugere.
“É como administrar uma cidade”
Administrar o Mundão pode ser como dirigir uma pequena cidade. Os gastos mensais com iluminação, água e funcionários do Arruda são comparados aos de uma prefeitura de um município de 30 mil habitantes, como Vicência, por exemplo, na Zona da Mata do Estado. Além de uma subestação de energia elétrica, são mais três geradores, quatro poços artesianos, cinco reservatórios d’água, 45 banheiros, 112 funcionários administrativos e mais 18 exclusivos da Comissão Patrimonial.
“Comparo o Arruda à uma miniprefeitura. O tamanho, a forma funcional e a distribuição das tarefas se parecem”, explicou o ex-presidente do Santa Cruz João Caixero. Porém, o tricolor de hoje o permite comparar à uma cidade falida já que os “impostos” recolhidos são oriundos de um futebol decadente. “É complicado manter toda essa estrutura sem o futebol funcionando. Essa é a grande dificuldade. O Arruda é administrável, mas a receita depende da representatividade do futebol em campo”, justificou Caixero.
O complexo do José do Rego Maciel inclui uma concentração para 25 profissionais, com 10 quartos com TV a cabo, chuveiro elétrico e ar-condicionado. Além de cozinha industrial, sala de vídeo, sala para palestras, sala de internet, academia, sala de fisiologia, consultório odontológico (que nunca foi utilizado), departamento médico reformado e lavanderia.
Também há uma concentração para os juniores que abriga até 30 atletas, no entanto, as obras de reforma estão paradas.
Mesmo com uma das maiores torcidas do Brasil, o Santa Cruz não possui lojas próprias do clube em seu estádio. Há apenas uma arrendada. As outras, que eram alugadas, foram destruídas durante a administração de Edinho para a construção de um ponto do Habib’s, o que nunca aconteceu. Em temporadas melhores, segundo Caixero, o Santa Cruz vendia cerca de 800 mil camisas oficiais. Hoje, os números são irrisórios. Até o projeto de um campo para futebol society sofreu com o abandono e nunca foi concluído. “Permaneceu o campinho que mais parece um campo de subúrbio. Só areia”, diz o superintendente Luís Cláudio.
O Santa também possui débito antigo de fornecimento de alimentação com o Bar do Galvão, por isso o estabelecimento não paga aluguel ao clube.
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Bezerra aceita cargo, mas pede auditoria
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, ratificou sua candidatura à presidência do Santa. Primeira medida foi solicitar uma auditoria para conhecer contas do clube
Depois de cerca de duas horas de reunião com algumas das principais lideranças do Santa Cruz, ontem à noite, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Fernando Bezerra Coelho, oficializou sua candidatura à presidência do clube para o biênio 2009/10. Com a sinalização positiva dos pré-postulantes ao cargo, Bezerra Coelho, antes mesmo de assumir o posto, já tomou sua primeira medida: pediu uma auditoria das contas do clube.
“Fiquei muito satisfeito com a liberdade que me foi concedida por todos os grupos políticos e agora é começar a trabalhar. Já conversei com o presidente Edson Nogueira, Edinho, e solicitamos uma auditoria para conhecer a realidade das contas do clube. O Santa Cruz vive um momento decisivo e precisamos do apoio de todos os tricolores”, enfatizou Bezerra Coelho, que espera ter o resultado da auditoria nos próximos 15 dias. A dívida do Santa está estimada em R$ 60 milhões.
A aclamação do secretário de Desenvolvimento Econômico como novo presidente do Santa Cruz acontecerá no dia 30 de setembro e a posse será no dia 7 de outubro. O primeiro edital de convocação foi publicado no último sábado. O segundo e o terceiro sairão nos dias 11 e 17 de setembro, respectivamente.
A corrida agora é para a composição dos nomes para o Conselho Deliberativo e do Executivo. Na próxima sexta-feira, está marcado um novo encontro para discutir os integrantes do Conselho Deliberativo. Já a chapa do Executivo deve ficar para a semana que vem, já que o prazo para inscrição da chapa se encerra no dia 22 de setembro.
Contudo, pelo que deu para sentir após a reunião, a tendência é que os cargos sejam ocupados por pessoas que não vinham envolvidas no processo eleitoral do Santa Cruz. “Ainda é muito cedo para falar em nomes. Primeiro vamos tratar da composição do Deliberativo e esticar uma pouco mais a definição para o executivo”, afirmou o secretário de Estado.
Presente à reunião, o ex-presidente Romero Jatobá Filho, Romerito, comparou esse momento vivido pelo Santa com o Náutico de oito anos atrás. “O Náutico viveu uma situação semelhante quando André Campos assumiu depois da renúncia de Fred (Oliveira). Para se ter união não é preciso um conviver na casa do outro. O fundamental é pensar no Santa Cruz”, disse Romerito, que sentou na mesma mesa de antigos desafetos políticos, como Fernando Veloso e Antônio Luiz Neto. Também compareceram Fred Arruda, Felipe Rego Barros, Ricardo de Paula, Osmundo Bezerra, Rui Monteiro e Paulo Pereira.
A lista de sócios aptos a votar na aclamação do dia 30 de setembro deve ser publicada na próxima quinta-feira. Dentro de campo, o volante Memo foi emprestado ao Treze, enquanto os atacantes Miller e Gilberto, além do goleiro Jaílson, vão para o Nacional de Patos. Todos vão disputar a Copa Paraíba Sub-21.
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Fernando aceita presidir o Santa Cruz
Ivve Rodrigues | Com a resposta positiva, os outros pré-candidatos saíram da disputa pelo cargo |
Encontro reuniu integrantes de todos os grupos políticos existentes no clube | |
GUSTAVO LUCCHESI | |
Depois de receber o aval e o apoio do governador Eduardo Campos, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Fernando Bezerra Coelho, reuniu-se ontem à noite com todos os pré-candidatos ao cargo de presidente do Santa Cruz no biênio 2009/2010, e deu o tão esperado “sim” ao tricolores, confirmando o seu nome como postulante único na eleição coral, marcada para o dia 30 deste mês. Após a decisão, tomada com o apoio de todos os presentes, os antigos candidatos, sem exceção, anunciaram a retirada de suas respectivas chapas do pleito eleitoral.
Assinaram a ata de presença no encontro, além de Bezerra Coelho, os seguintes nomes: Fred Arruda, Fernando Veloso e Osmundo Bezerra (Aliança Coral); Ricardo de Paula, Antônio Luiz Neto e Romerito Jatobá (União de Verdade); Felipe Rêgo Barros (Reconstrução); Rui Monteiro (Renovação) e Paulo Pereira.
Com o consentimento de todos, o secretário informou que irá anunciar os componentes do seu Conselho Deliberativo apenas na sexta-feira. Já os integrantes do Executivo e do Patrimonial, irão demorar um pouco mais para serem divulgados. Como o prazo de registro das chapas para a eleição é até o dia 22 deste mês, Bezerra Coelho terá que anunciar toda a sua equipe antes desta data.
E para a tristeza da maioria dos antigos postulantes à presidência do Mais Querido, o futuro mandatário coral aproveitou para comentar que, por enquanto, não pretende utilizar nenhum nome dos antigos pré-candidatos no seu bloco político. “Ainda é cedo para apontar nomes, mas minha idéia é chamar novos integrantes, que ainda não tiveram suas chances de ajudar. Porém, o mais importante é que todos estão dispostos a contribuir e me deram total liberdade para eu formar a minha chapa”, comentou Bezerra.
Antes do encontro com as diversas lideranças, Bezerra Coelho surpreendeu a todos e se reuniu com o atual presidente coral, Édson Nogueira, o Edinho. Na conversa com o ainda mandatário do clube, o secretário solicitou uma auditoria para fazer um levantamento detalhado sobre as dívidas e as contas que o Santa Cruz possui, sendo prontamente atendido por Edinho.
Sem querer entrar em detalhes, o secretário do Estado e presidente do Porto de Suape adiantou qual será a sua primeira medida após tomar posse do cargo, com isso devendo acontecer no dia 7 de outubro. “Vou zerar toda a mídia veiculada ao clube e correr atrás de novos apoios. Precisamos estancar graves problemas o mais rápido possível”, declarou.
ELENCO
Apesar da reapresentação coral ser apenas quinta-feira, alguns jogadores já deixaram o elenco do Mais Querido. Os pratas-da-casa Jaílson, Miller e Gilberto foram emprestados ao Nacional de Patos/PB, além de Memo, que defenderá o Treze/PB, também até o fim do ano. Já o volante e ex-capitão coral, Alexandre Oliveira, rescindiu com o Tricolor e acertou sua ida para o ABC/RN, como a Folha de Pernambuco havia antecipado na edição do último sábado.
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