sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Santa Cruz tem mais jogadores no elenco do que pensa


O Santa Cruz tem mais jogadores do que imagina. Pelo menos é isso que parece, pois tem atleta que tem contrato assinado com o clube coral e até agora não teve seu nome relacionado pela nova direção e muito menos recebeu algum telefonema dos novos diretores corais. O volante Gedeil é uma prova disso. Ele tem vínculo com o santa Cruz até o dia 31 de dezembro, não foi contatado e muito menos sabe quando serão pagos seus salários.

Tenho contrato até o dia 31 de dezembro. Não fui procurado por ninguém para saber se vou retornar ou não. Além disso, não recebo salários desde julho, mais ou menos quando cheguei. São quatro ou cinco meses sem receber absolutamente nada”, afirmou.


Apesar de não receber nada há alguns meses, Gedeil afirmou que quer voltar ao Arruda. “Gostaria de voltar sim. Quando fui contratado pelo clube os torcedores me deram muita confiança, por isso quero voltar. Quero mostrar a torcida que tenho condições de ser vencedor no Santa Cruz e que posso render tudo que ela sempre esperou. Tanto quero voltar que não coloquei o clube na Justiça, pois sei que essa questão salarial pode ser resolvida”.


Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

CBF põe água no chope do Santa Cruz


Virgílio Elísio disse, ontem, que não há nada de errado com a criação da Série D

GUSTAVO LUCCHESI


Mesmo que discretamente, o Santa Cruz vinha mantendo viva a esperança de continuar na Série C do Campeonato Brasileiro no próximo ano, através dos meios jurídicos. No entanto, ontem, o diretor técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Virgílio Elísio, tratou de jogar um balde de água fria nas pretensões tricolores. Segundo o dirigente, não há nada de irregular na criação da Série D, como argumenta o Santa Cruz. “Eu aconselho os dirigentes a gastarem suas forças para conseguir montar um bom time e lutar dentro de campo para conseguir voltar ao lugar que merece estar. Todos os motivos alegados, tanto pelo Santa Cruz, quanto pelo J. Malucelli e Engenheiro Beltrão, que até já acionaram a Justiça, foram respondidos por nós e não há qualquer problema com a criação da Série D”, declarou Elísio por telefone.

Apesar disso, o diretor das divisões de base da Cobra Coral, Fred Arruda, continua achando que a decisão de criar a Série D sem consultar os clubes foi arbitrária. Além disso, para ele, caso a Quarta Divisão seja realmente criada, os rebaixados na Terceirona deste ano deveriam ter vaga garantida, diferente do que a CBF decidiu, já que as 40 equipes da competição terão que lutar pelas vagas nos seus respectivos Estaduais. “Enviamos um documento para a CBF e estamos aguardando resposta para decidirmos a atitude que vamos tomar. Não nos interessa participar de uma seletiva no Estadual para garantirmos uma vaga”, explicou Arruda.

Com a mesma camisa


Entre provocações e piadas, alvirrubros e rubro-negros ajudam a reerguer o Arruda José Gustavo // Diario
josegustavo.pe@diariosassociados.com.br

Os tricolores são maioria, claro! Mas não precisa se esforçar muito para encontrar alvirrubros e rubro-negros juntos trabalhando para recuperar o estádio do Arruda. Neste momento, a rivalidade fica um pouco de lado, mas não é esquecida totalmente. Pelo contrário. Entra em campo a gozação, a brincadeira e as piadinhas. Mas, no fundo, todos sabem que estão trabalhando na recuperação de um grande patrimônio pernambucano.

"Aqui tem uns rubro-negros bem chatos. Por sinal, isso não é nenhuma novidade. Um deles já sabe da ordem que rola aqui: se quiser entrar, tem que deixar a bicicleta do lado de fora", provocou, abrindo um largo sorriso, Hugo Ferreira, que trabalha na recuperação dos banheiros do Arruda. "Esse nosso colega rubro-negro - não quis revelar o nome - fica mais irritado ainda quando a gente manda ele procurar emprego lá, na Ilha do Retiro, porque o saláriodele hoje quem paga é o Santinha", completou na brincadeira. Vale salientar que esses funcionários são vinculados à empresa Jacil Empreendimentos, responsável pela recuperação estrutural das arquibancadas, banheiros, gramado e pintura do estádio.

Um pouco antes de Hugo e seu colega tricolor, Fredson Rogério, chegarem para conversar com o Diario, o rubro-negro Carlos Antonito, mais conhecido como Kiko, dava gargalhadas contando algumas brincadeiras que tirava com os amigos corais. "Eu dirijo aquela escavadeira ali olha", afirma apontando para o veículo. "Digo a eles que estou cavando tudo errado e não vai funcionar nada depois", afirmou, em tom de brincadeira, o operador de máquinas. Um pouco mais sério confessou que o importante era estar trabalhando.

Com nome de cantor de brega, Kellygton Leonardo, é alvirrubro e encarregado pelas equipes dos banheiros. Uma figura engraçadíssima que é conhecida, simplesmente, por Chico apelido que não tem nada com o seu nome original. Vai entender. "A gente trabalha muito aqui e não dá muito tempo para ficar tirando onda um do outro", comentou à princípio. "A gréia maior é com os tricolores. A gente diz que a empresa (Jacil) não vai pagar a eles não. Eles vão trabalhar por amor ao Santinha", completou sorridente, antes de fazer pose para as fotos ao lado dos amigos tricolores. Em uma análise mais fria e crua, Chico confessa que a reforma vai dar uma nova cara ao Arruda: "Vai ficar um trabalho maravilhoso", disse.

É claro que as piadas não devem ser tão amenas como foram ditas para o Diario. O fato é que todos de divertem e amenizam o duro trabalho no dia-a-dia de recuperação do José do Rego Maciel. Um trabalho árduo para, quem sabe, a partir de janeiro eles voltarem com mais conforto - agora como torcedores - para as arquibancadas. Sem dúvida vão bater no peito e dizer que contribuíram para novo "Mundão do Arruda". "Nosso estádio vai sempre continuar sendo o maior e melhor", encerra, orgulhoso, Hugo Ferreira.