quinta-feira, 24 de julho de 2008

Santa se prepara para encarar Campinense


LANCEPRESS!

O empate sem gols com o Central em Caruaru, na última quarta-feira, deu um fôlego para os jogadores do Santa Cruz para a partida decisiva contra o Campinense pela última rodada do Grupo 5 do Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão. O jogo será no Arruda, no próximo domingo, às 16h.

Os jogadores se reapresentaram no Arruda na tarde desta quinta-feira e fizeram apenas treinos leves para o encontro do próximo domingo. Os atletas que não atuaram contra o Central fizeram um coletivo no Centro de Treinamento do Intercontinental com o treinador Bagé.

A situação do Grupo 5 ainda não está inteiramente definida, pois o Campinense, líder com 10 pontos, já está classificado para a segunda fase. Mas o segundo classificado poderá ser tanto o próprio Santa Cruz, que tem sete pontos, como poderá ser o Central, que soma seis pontos. O Potiguar-RN com quatro pontos, está eliminado.

- Meu grupo está ciente que não existe o já ganhou, a maioria do time é experiente e sabe o que quer. Vamos respeita o Campinense, mas vamos jogar para vencer. Tudo que estamos realizando é o efeito de um trabalho sério para pôr o Santa Cruz de volta ao seu lugar que é a Primeira Divisão - disse Bagé.

O Tricolor depende apenas dele para chegar à fase seguinte, pois tem a vantagem de jogar em casa, e uma vitória lhe dará o passaporte para isso. Mas se caso empate com o Campinense, o Santa Cruz terá que torcer para que o Central não vença o Potiguar em Mossoró, que jogam no mesmo dia e horário.

Presidente do Campinense provoca e diz que vai ganhar no Arruda


O presidente do Campinense (PB), Saulo Miná, disse que vai ganhar do Santa Cruz, no jogo de domingo (26), no Arruda. O anúncio é uma resposta a uma possível rusga existente entre a Raposa do Nordeste e a Cobra Coral, após a confusão armada pela torcida Tricolor, no primeiro jogo de ambos os times, em Campina Grande, pela Série C.

O comandante Tricolor, Ronaldo Bagé, comentou os erros do Santa durante a partida contra o Central. “Prejudicou, né? Foi uma tremenda de uma bobeira que não pode se repetir”, disse sobre o cartão vermelho que Wéscley levou logo no primeiro tempo.

“Temos uma vantagem boa. O Campinense é um bom time. Será um jogo bom, diante da nossa torcida, que com certeza vai lotar, o que há para lotar no Arruda. Precisamos fazer algum sacrifício. Esse grupo sabe muito bem o quer. E não vai acontecer já ganhou.”, completou.

Nesta quinta-feira (24) à tarde haverá treinamento para os jogadores reservas que não participaram do jogo. A concentração, que começou na última segunda-feira, segue até domingo.

da redação do pe360graus.com

Basta uma vitória


Santa festeja empate e vai para o tudo ou nada contra o Campinense, domingo, no Arruda para avançar à 2ª fase
Cassio Zirpoli
Enviado Especial


Caruaru - Foi um segundo tempo eletrizante, até os instantes finais, com várias chances de gol para os dois times, inclusive um pênalti perdido pelo atacante centralino Marco Antônio. No final, mesmo com o empate sem gols diante do Central, o Santa Cruz fez a festa ontem à noite, no Lacerdão. A vibração da torcida tricolor foi justa, já que os corais chegaram aos 7 pontos, e com a vitória do Campinense sobre o Potiguar por 6 x 2, basta agora uma vitória sobre o mesmo Campinense, no domingo, no Arruda, para avançar à segunda fase da Série C. "Não tem nada garantido ainda, e precisamos vencer o próximo jogo, com a mesma raça de hoje (ontem)", disse o capitão Alexandre Oliveira já convocando o povão para a última rodada, como se ainda precisasse. Esse foi o terceiro 0 x 0 do Central em casa.

O jogo começou muito truncado em Caruaru. Mas após o anúncio de que o Campinense já vencia o Potiguar por 2 x 0 com apenas 9 minutos de jogo no Amigão, os dois times passaram a pressionar commais contundência. Os 12, após um tremendo vacilo de Jamesson, Juninho avançou em velocidade pela esquerda e cruzou rasteiro. A zaga alvinegra afastou mal e o próprio Juninho chutou de bico no rebote, para fora. O Tricolou passou a dominar o jogo.

Tentando aumentar o poder ofensivo do Santa, Bagé acabou sacando Memo aos 26, colocando Cléo. E o baixinho Cléo entrou colocando fogo no jogo, ao finalizar no cantinho de Davi, que espalmou para escanteio. Após a cobrança, aos 34, Edmundo perdeu um gol feito na pequena área. No entanto, a situação complicou para o Tricolor quatro minutos depois, quando Wescley foi expulso após mais uma falta na meia-lua, deixando o Santa muito exposto.

Mesmo com um a menos, o Santa Cruz voltou melhor no segundo tempo, marcando o Central no campo do adversário. Aos 3, Juninho bateu cruzado e Edmundo finalizou errado. Mas o lance levantou de vez a torcida coral, no tobogã do Lacerdão. Tanto que foram três boas chances em dois minutos. Necessitando da vitória, o técnico Marcelo Villarcolocou o atacante João Neto improvisado na lateral-esquerda. Aos 16, Marco Antônio foi derrubado na área por Parick. Mas o atacante, que já cansou de perder de gols no Sport, no Náutico e no próprio Santa, bateu muito mal, isolando a bola por cima da meta de Gleson. Na raça, 'deu' Tricolor.

Central 0

Davi; Jamesson (Toni), William Paraná, Bebeto e Gaspar (João Neto); Neto, Márcio, Doda e Ailton; Cláudio e Marco Antônio (Gil). Técnico: Marcelo Villar

Santa Cruz 0

Gledson; Rafael Mineiro, Gonçalves, Wescley e Marcos Vinícius; Alexandre Oliveira, Gedeil, Memo (Cléo) e Juninho; Edmundo (Gilerto) e Patrick (Bruno). Técnico: Bagé

Local: Estádio Luiz Lacerda (Caruaru). Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA). Assistentes: Pedro Jorge Santos (AL) e Ivaney Alves (SE). Cartões vermelhos: Márcio (C); Wescley (SC). Cartões amarelos: Cláudio, João Neto e William Paraná (C); Marco Vinícius e Gedeil (SC). Público: 10.941 torcedores. Renda: R$ 58.940.

Dia típico de clássico em caruaru


Ruas interditadas desde as 14 horas. Amplo policiamento no entorno do estádio, separando as entradas das torcidas rivais, que chegaram em um fluxo enorme, devidamente uniformizadas e com bandeiras e, é claro, fazendo buzinaço - no limite da cordialidade. Essa poderia ser a descrição de mais um clássico no Recife, mas dessa vez o cenário foi na fria noite de Caruaru, onde Central e Santa Cruz viveram mesmo um dia típico de clássico, por causa da decisiva partida de ontem, válida pela Terceirona.

"É muito bonito ver essa movimentação toda aqui. São jogos assim que a gente espera ver sempre no Lacerdão", afirmou o aposentado Jecino Francisco, de 73 anos, com a propriedade de ter trabalhado durante 30 anos como porteiro do Lacerdão (até mesmo na época em que o estádio se chamava 'Pedro Victor de Albuquerque'). "Em 1986, quando o Flamengo veio jogar aqui, tive que brigar para fechar o portão da arquibancada. Não dava mais ninguém", se recorda seu Jecino. Nessa partida, que terminou com vitória centralina por 2 x 1, foi estabelecido o recorde de público do estádio: 24.450 pessoas.

Os cerca de 15 ônibus que saíram do Recife ficaram nas ruas próximas ao estádio, e as torcidas organizadas só entraram com escolta policial. A PM, aliás, teve reforço de batalhões do Recife, pois o esquema de segurança foi o mesmo do jogo do Central contra o Palmeiras, neste ano, pela Copa do Brasil. Na rua de acesso aos corais (Rua José Leão), o grito mais ouvido, como não poderia deixar de ser, foi o novo hit coral " E eu não paro, não paro não...". "Moro no Recife, mas como estava em Gravatá, trouxe a família toda para torcer pelo Santinha. Pode ver a quantidade de gente que tem aqui, que prova a nossa paixão", afirmou o funcionário público Ginaldo Bezerra.

Santa passa sufoco, mas segura 0x0

Aguinaldo Lima



Agora, Tricolor tem sete pontos e só depende de si para avançar na Série C
Pênalti cobrado por Marco Antônio passou por cima
Alexandre Barbosa

Não foi à toa que a torcida do Santa Cruz comemorou o empate em 0x0 com o Central, ontem, no Luiz Lacerda, em Caruaru, como se fosse uma vitória. Além das circunstâncias da partida - a Patativa desperdiçou um pênalti no segundo tempo -, com esse resultado, o Tricolor só depende de suas próprias forças para passar à fase seguinte do Brasileiro da Série C. Com sete pontos, em segundo lugar no Grupo 5, a equipe coral joga seu destino na competição em casa, domingo, contra o Campinense/PB, precisando da vitória. O detalhe é que o time paraibano, com dez pontos, garantiu-se na etapa seguinte com uma vitória de 6x2 sobre o Potiguar, lanterna com quatro. A Patativa tem seis.

Como se esperava, Santa Cruz e Central fizeram um primeiro tempo bastante nervoso, com muitas faltas e poucas oportunidades de gol. O Tricolor assustava principalmente com o atacante Edmundo, responsável pelas duas principais chances da etapa inicial. A primeira aos 17 minutos e a segunda aos 34. A Patativa chegava perigosamente através das bolas paradas.

O técnico coral Bagé optou por uma formação mais cautelosa, com três volantes, mas, aos 31, resolveu mudar. Tirou Memo para colocar o atacante Cléo. De cara, a alteração levou o Santa Cruz para frente, porém, tudo foi por água abaixo quando o zagueiro Wequisley, aos 38, fez falta dura em Cláudio e acabou expulso.

O Santa Cruz até que tentou voltar com tudo no segundo tempo, esquecendo a vantagem numérica do adversário. Foi para cima e pelo menos conseguiu deixar o jogo parelho. Aos 18, a tensão tomou conta da torcida coral. Gonçalves fez pênalti em Marco Antônio. O próprio atacante, ex-Náutico, Santa Cruz e Sport, partiu para a cobrança, mas mandou para fora de maneira bisonha.

E o lá e cá continuou. Aos 21, Edmundo acertou a trave de Davi. Três minutos depois, veio o troco. Marco Antônio tabelou com Márcio e finalizou com força no travessão de Glédson. Aos 27, os times voltaram a ficar em igualdade numérica. Márcio fez falta forte e como já tinha amarelo foi expulso.

Se já encarava a partida com bastante determinação, agora o Tricolor foi com tudo em busca da vitória. Com isso, a equipe coral ficou exposta aos contra-ataques do Central, que também chegava perigosamente. Os avanços, porém, passaram a ser feitos de maneira desordenada, e o empate persistiu até o apito final.

Central
Davi; Jamesson (Tony), William Paraná, Bebeto e Gaspar (João Neto); Neto, Doda, Márcio e Aílton; Cláudio e Marco Antônio (Gil)
Técnico: Marcelo Vilar

Santa Cruz
Glédson; Rafael Mineiro, Wequisley, Gonçalves e Marcos Vinícius; Alexandre Oliveira, Gedeíl, Memo (Cléo) e Juninho; Patrick (Bruno) e Edmundo (Gilberto)
Técnico: Bagé

Local: Lacerdão
Árbitro: Arílson Bispo (BA)
Assistentes: Pedro Jorge dos Santos (AL) e Ivaney Alves de Lima (SE)
Cartões amarelos: Cláudio, João Neto (C) e Marcos Vinícius (SC)
Cartões Vermelhos: Wequisley (SC) e Márcio (C)
Público: 10.941
Renda: R$ 58.940,00

Mais um encontro entre Capixaba e o Tricolor

GUSTAVO LUCCHESI

Após o pedido de adiamento na primeira ocasião, foi realizada ontem, na 20ª Vara do Trabalho, a segunda audiência envolvendo o Santa Cruz e o atacante Thiago Capixaba. Estiveram presentes no encontro Thiago e seu advogado, Adriano Aquino, e o presidente coral, Édson Nogueira, o Edinho, e o advogado do clube, Eduardo Lopes. O atleta deixou o clube logo após o fim do Pernambucano deste ano e acionou a Justiça para obter os seus direitos federativos, alegando falta de pagamento de salários e benefícios nos dois meses em que esteve lá.

Porém, antes reclamado, o Santa Cruz aproveitou o encontro judicial de ontem para também se tornar reclamante, exigindo o pagamento da multa contratual, em torno de R$ 600 mil. O argumento utilizado pelos tricolores é que, de acordo com a Lei Pelé, Thiago teria de ficar, no mínimo, com três meses de salários atrasados, coisa impossível de acontecer, pois o atacante permaneceu apenas dois meses no Arruda. Uma nova audiência foi marcada para o dia 27 de agosto.

Com Thiago se recusando a falar com a reportagem da Folha, o advogado Adriano Aquino argumentou que “ele poderia expressar com mais clareza os pensamentos do atleta” e ficou responsável por se pronunciar em nome do jogador. Em relação ao processo com o Santa Cruz, Aquino não se mostrou surpreso com a atitude do Tricolor, porém, ressaltou que a Justiça já cedeu uma liminar, desvinculando o atacante da Cobra Coral. Baseado nesse documento, Thiago assinou contrato com o Iraty/PR, até dezembro de 2012.

Sobre a matéria publicada na Folha, na edição do dia 27 de maio de 2008, quando foi levantada a hipótese de Thiago ter atuado no Guarani/SP, em 2006, com outra identidade, a de Fabinho dos Santos, o advogado deu a seguinte versão. “Isso foi um mal entendido. Na verdade, é um irmão dele que também é jogador, que atuou no Guarani. Thiago fez teste lá também, por isso que na foto publicada por vocês, ele aparece com camisa de treino, porque ele não foi contratado. Eu nunca vi uma pessoa adulterar a idade para ser mais velho”, declarou Aquino. Ao ser informado que há fotos do atleta atuando com a camisa de jogo do Bugre e que na verdade ele teria alterado o documento para ser dois anos mais novo, o advogado se esquivou. “É, não entendo muito dessas coisas de futebol. Minha área é jurídica”.