segunda-feira, 7 de julho de 2008

Rafael e Thomas não devem ser problemas para o Santa


Do JC OnLine

O Santa Cruz deve contar com o lateral-direito Rafael Mineiro e o atacante Thomas Anderson para o segundo jogo na primeira fase da Série C, nesta quarta-feira (9), diante do Central, no Arruda. A dupla terminou o confronto contra o Campinense reclamando de dores. O lateral sentindo a coxa esquerda e o atacante, o tornozelo. No entanto, o exame de imagem ao qual ambos foram submetidos não acusou lesõs graves.

Mesmo assim, o médico Wilton Bezerra fará uma reavaliação nesta terça nos atletas. "O exame dos dois foi satisfatório e ambos devem estar liberados, mas antes faremos uma reavaliação", disse.

Quanto ao atacante Cleo, ele é mais ponderado, já que o problema do jogador foi uma inflamação no ligamento colateral do joelho direito.

Quem deve ser utilizado é o atacante Patrick, cuja regularização é aguardada para amanhã. O atleta, que veio do Paysandu, se diz ansioso para estrear com a camisa coral. "Estou no aguardo para poder entrar em campo e dar minha parcela de contribuição para o Santa Cruz alcançar seus objetivos", disse.

O jogador acredita que a derrota para o Campinense já são águas passadas e o foco tem que ser totalmente voltado para o embate diante do Central.

"Temos um jogo difícil, mas agora é na nossa casa. Por isso, o time tem que se impor desde os primeiros minutos. Estamos trabalhando para isso".

CONFUSÃO - A diretoria coral divulgou nota repudiando as cenas de violência provocadas por torcedores do clube durante o jogo e avisou que vai apurar os fatos para que os culpados sejam punidos nas esferas civil e criminal.

No mesmo texto, o clube avisa que fará uma representação contra o assistente Griselildo de Souza. Ele invalidou a jogada que resultou num gol de Edmundo.

Santa Cruz pode ter três reforços contra o Central


O técnico Fito Neves pode ganhar três reforços para a segunda partida do Santa Cruz na Série C do Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira, às 20h30, contra o Central, no Arruda. O atacante Patrick, o meia Ribinha e o lateral-direito Bruno devem ter seus nomes publicados no Boletim Interno Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta terça-feira e ficarem aptos para entrarem em campo.

Se por um lado o treinador poderá contar três novos contratados, ele corre o risco de perder dois titulares, o lateral-direito Rafael Mineiro e o atacante Thomas Anderson. Rafael realizou um exame de imagem nesta segunda-feira onde foi constatada uma inflamação na panturrilha direita. Mesmo assim o jogador será incorporado ao grupo que concentrará. Thomas Anderson deverá realizar o exame nesta terça-feira.

Enquanto ainda não sabe se poderá contar com Patrick, Ribinha, Bruno, Rafael Mineiro e Thomas Anderson, Fito Neves deverá realizar um trabalho técnico e tático nesta terça-feira pela manhã, no Centro de Treinamento do Intercontinental, em Paratibe.

Da Redação do PERNAMBUCO.COM

Em nota oficial, Santa se posiciona sobre briga ocorrida no Estádio Amigão


Clube pernambucano ainda vai pedir punição ao árbitro da partida

Das agências de notícias
Recife

Um fato lamentável marcou a partida entre Campinense-PB e Santa Cruz do Campeonato Brasileiro da Série C, no último domingo, em Campina Grande. Houve uma briga generalizada entre torcedores de ambos os clubes e a Polícia Militar, antes, durante e depois do jogo, que deixou o saldo de 11 feridos e um preso.

Em nota oficial publicada no site do Santa Cruz, a diretoria tricolor disse que irá apurar os fatos e que repudia a atitude da Polícia Militar do Estado da Paraíba, como também os torcedores baderneiros que causaram distúrbios pelos arredores e no interior do Amigão. Confira a nota na íntegra:

"A diretoria do Santa Cruz Futebol Clube parabeniza e agradece a sua fiel e apaixonada torcida pelo apoio incondicional dado ontem na cidade de Campina Grande por ocasião do jogo entre Campinense e Santa Cruz. Está cada vez mais demonstrada que a nossa torcida não é apenas a maior, ela é diferenciada, ela é simplesmente fantástica.

A chegada da delegação ao Estádio Amigão foi algo impressionante e emocionante. Parecia que estávamos chegando ao Estádio do Arruda.

Com relação aos acontecimentos ocorridos na arquibancada frontal, na parte destinada aos torcedores do nosso Clube, estamos apurando os fatos. Diante do resultado desta apuração, pois precisamos de provas, tomaremos as medidas cabíveis, tanto no campo cível e criminal, como no campo desportivo. Contudo, desde já repudiamos qualquer ato de violência quer que seja por parte da Polícia Militar do Estado da Paraíba ou de vândalos que não representam a família tricolor.

Em tempo, também enviamos um ofício à FPF solicitando assistentes neutros e vamos fazer uma representação contra o assistente Sr. Griselildo de Souza, por ter anulado o gol de Edmundo, pois a direção está bastante atenta com relação à arbitragem."

Confira a arbitragem da segunda rodada da Série C


A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou a escala da arbitragem para a segunda rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira. O jogo entre Santa Cruz e Central, no Arruda, será apitado por Emerson Sobral. Os auxiliares serão Jossemmar Diniz e Pedro Vanderlei.

O jogo entre Petrolina e Atlético da Bahia, nesta quarta-feira, às 20h30, no Paulo Coelho, em Petrolina, será arbitrado por Emerson Batista da Silva (PB), que será auxiliado por Luciano José Coelho e Alcides Lira (ambos de Pernambuco).

A última partida dos pernambucanos será entre Icasa/CE e Salgueiro, nesta quarta-feira, às 20h30, no estádio Mauro Sampaio, em Juazero do Norte. O árbitro do jogo será o sergipano Rogéro Lima da Rocha. Os auxiliares serão os também sergipanos Francisco Rudson Aquino e Francisco Carlos da Silva.

Da Redação do PERNAMBUCO.COM

Em nota, Santa Cruz repudia briga na Série C


Em nota oficial publicada no site do Santa Cruz, a diretoria tricolor disse que irá apurar a briga na partida contra o Campinense-PB e que repudia a atitude da Polícia Militar do Estado da Paraíba, como também os torcedores baderneiros que causaram distúrbios pelos arredores e no interior do Amigão.

Na partida do último domingo, em Campina Grande, pela Série C, houve uma briga generalizada entre torcedores de ambos os clubes e a Polícia Militar, antes, durante e depois do jogo, que deixou o saldo de 11 feridos e um preso.

Segue um trecho da nota:

Com relação aos acontecimentos ocorridos na parte destinada aos torcedores do Santa Cruz, estamos apurando os fatos. Diante do resultado desta apuração, pois precisamos de provas, tomaremos as medidas cabíveis, tanto no campo cível e criminal, como no campo desportivo. Desde já repudiamos qualquer ato de violência quer que seja por parte da Polícia Militar do Estado da Paraíba ou de vândalos que não representam a família tricolor.

Lancepress!

Santa Cruz repudia briga ocorrida em estádio da Paraíba


Lancepress

Um fato lamentável marcou a partida entre Campinense-PB e Santa Cruz do Campeonato Brasileiro da Série C, no último domingo, em Campina Grande. Houve uma briga generalizada entre torcedores de ambos os clubes e a Polícia Militar, antes, durante e depois do jogo, que deixou o saldo de 11 feridos e um preso.

Em nota oficial publicada no site do Santa Cruz, a diretoria tricolor disse que irá apurar os fatos e que repudia a atitude da Polícia Militar do Estado da Paraíba, como também os torcedores baderneiros que causaram distúrbios pelos arredores e no interior do Amigão. Eis um trecho da nota. Com relação aos acontecimentos ocorridos na parte destinada aos torcedores do Santa Cruz, estamos apurando os fatos. Diante do resultado desta apuração, pois precisamos de provas, tomaremos as medidas cabíveis, tanto no campo cível e criminal, como no campo desportivo. Desde já repudiamos qualquer ato de violência quer que seja por parte da Polícia Militar do Estado da Paraíba ou de vândalos que não representam a família tricolor.

Pancadaria e selvageria em estréia do Santa Cruz


Santa emite nota oficial sobre jogo na Paraíba


A direção do Santa Cruz emitiu uma nota oficial nesta segunda-feira pela manhã sobre os episódos ocorridos durante a partida contra o Campinense, no estádio Ernani Sátiro, no último domingo. No documento, a direção coral critica a Polícia Militar da Paraíba, a atuação do auxiliar Griselildo de Souza, que anulou um gol legítimo do clube pernambucano, e prometeu apurar e punir os responsáveis pela baderna ocorrida nas arquibancadas.

Confira a nota na íntegra:

A diretoria do Santa Cruz Futebol Clube parabeniza e agradece a sua fiel e apaixonada torcida pelo apoio incondicional dado ontem na cidade de Campina Grande por ocasião do jogo entre Campinense e Santa Cruz. Está cada vez mais demonstrada que a nossa torcida não é apenas a maior, ela é diferenciada, ela é simplesmente fantástica.

A chegada da delegação ao Estádio “Amigão” foi algo impressionante e emocionante. Parecia que estávamos chegando ao Estádio do Arruda.

Com relação aos acontecimentos ocorridos na arquibancada frontal, na parte destinada aos torcedores do nosso Clube, estamos apurando os fatos. Diante do resultado desta apuração, pois precisamos de provas, tomaremos as medidas cabíveis, tanto no campo cível e criminal, como no campo desportivo. Contudo, desde já repudiamos a atuação da Polícia Militar do Estado da Paraíba, pois entendemos que aquela Instituição deve coibir a violência e não contribuir para aumentá-la.

Em tempo, também enviamos um ofício à FPF solicitando assistentes neutros e vamos fazer uma representação contra o assistente Sr. Griselildo de Souza, por ter anulado o gol de Edmundo, pois a direção está bastante atenta com relação à arbitragem.

SANTA CRUZ FUTEBOL CLUBE


Da Redação do PERNAMBUCO.COM

Santa pode ter dois desfalques para pegar Central


O técnico Fito Neves poderá ter dois desfalques para enfrentar o Central na próxima quarta-feira, no Arruda. Na reapresentação realizada na manhã desta segunda-feira, o lateral-direito Rafael Mineiro e o atacante Thomas Anderson foram direto para o Departamento Médico reclamando de dores musculares.

Rafael Mineiro está com dores a coxa esquerda e Thomas Anderson se encontra com os tornozelos direito e esquerdo bastante doloridos. Os médicos corais vão realizar exames de imagem nos dois jogadores nesta tarde para saber se existe mesmo alguma lesão ou são apenas dores decorrentes do esforço físico.

Da Redação do PERNAMBUCO.COM

Técnico do Santa Cruz reclama da arbitragem do jogo contra o Campinense


A derrota por 2x1 para o Campinense-PB, em Campina Grande, no último domingo (6), ainda não foi digerida pelos jogadores e comissão técnica do Santa Cruz. A equipe empatava a partida até os 41 minutos do segundo tempo, quando levou um gol de uma jogada que foi exaustivamente treinada - os cruzamentos na área. Para piorar, os tricolores tiveram um gol mal anulado, principal motivo da revolta coral.

O lance polêmico surgiu depois de uma batida de escanteio. No ato, um dos bandeirinhas assinalou que a bola havia cruzado por fora – logo tiro de meta. O lance prosseguiu como se nada tivesse acontecido e somente quando a bola entrou, após chute de Edmundo, o árbitro marcou a saída e anulou o gol.

Para o capitão Alexandre Oliveira, um erro sem tamanho: “Lamentável a atuação do bandeirinha. O árbitro, para mim, não esteve tão mal”, opinou.

Já o técnico Fito Neves acredita que o fato de assistentes locais serem escalados para bandeirar os jogos causa este tipo de problema: “Na dúvida, ele marca a favor do time da casa”, disparou. Segundo Fito, no intervalo, o assistente que anulou o gol coral confessou o erro.

O Santa volta a jogar pela série C nesta quarta (9), no Arruda, contra outro pernambucano: o Central. A Patativa está em segundo lugar no grupo 5 ao lado do Potiguar-RN. As duas equipes empataram no domingo, em Caruaru, por 0x0.

da Redação do pe360graus.com

Confusão em jogo deixa 15 feridos e 10 detidos


Parecia um clássico local. A arquibancada geral do estádio Amigão, em Campina Grande, estava dividida de forma quase simétrica por torcedores do Campinense e do Santa Cruz. As informações são de cerca de 40 ônibus e 60 vans, além dos carros particulares, foram ao agreste paraibano. Mas, confusões, antes do início do jogo e no intervalo, tiraram o brilho da festa para alguns: segundo as informações do Corpo de Bombeiros, pelo menos 15 torcedores foram atendidos em campo, após tumulto entre a torcida organizada do Santa Cruz, a Inferno Coral, e o Batalhão de Choque da Polícia Militar. Pelo menos dez (oito tricolores e dois alvirrubros paraibanos) foram presos e liberados ao término do jogo.

O primeiro confronto foi por volta das 14h, quando as duas torcidas se agrediram com pedras. Após o incidente, o contingente policial, composto por 60 policiais do Batalhão de Choque e Rotan (Rondas Ostensivas Táticas com Apoio Motorizado) chegou ao local. No intervalo, o contingente policial teve que entrar em ação, evitando um confronto entre os torcedores que estavam na arquibancada geral. Em contrapartida, alguns deles tentaram revidar, atirando alguns celulares em direção aos policiais. Até mesmo um bomba de fabricação caseira explodiu em meio a torcida do Santa Cruz. Alguns tricolores se queixaram de terem sido atingidos por gás de pimenta.

Da Redação do PERNAMBUCO.COM, com informações do Diário da Borborema

Nota oficial sobre o jogo Campinense/PB x Santa Cruz


Publicado em 07 de julho de 2008, às 13:00
Por Redação CoralNET

A diretoria do Santa Cruz Futebol Clube parabeniza e agradece a sua fiel e apaixonada torcida pelo apoio incondicional dado ontem na cidade de Campina Grande por ocasião do jogo entre Campinense e Santa Cruz. Está cada vez mais demonstrada que a nossa torcida não é apenas a maior, ela é diferenciada, ela é simplesmente fantástica.

A chegada da delegação ao Estádio “Amigão” foi algo impressionante e emocionante. Parecia que estávamos chegando ao Estádio do Arruda.

Com relação aos acontecimentos ocorridos na arquibancada frontal, na parte destinada aos torcedores do nosso Clube, estamos apurando os fatos. Diante do resultado desta apuração, pois precisamos de provas, tomaremos as medidas cabíveis, tanto no campo cível e criminal, como no campo desportivo. Contudo, desde já repudiamos qualquer ato de violência quer que seja por parte da Polícia Militar do Estado da Paraíba ou de vândalos que não representam a família tricolor.

Em tempo, também enviamos um ofício à FPF solicitando assistentes neutros e vamos fazer uma representação contra o assistente Sr. Griselildo de Souza, por ter anulado o gol de Edmundo, pois a direção está bastante atenta com relação à arbitragem.

SANTA CRUZ FUTEBOL CLUBE

Fonte: Agência CoralNET de Notícias

Santa frustra logo na estréia


A massa coral, que invadiu Campina Grande, voltou frustrada para o Recife. Por um vacilo da defesa aos 41 minutos do segundo tempo, o Santa Cruz foi derrotado por 2x1 pelo Campinense, em sua estréia na Série C do Brasileiro. Com o empate por 0x0 entre Central e Potiguar, em Caruaru, o tricolor ocupa a lanterna do Grupo 5, sem pontuar. O Campinense lidera, com 3. Já o Salgueiro venceu o Treze, e o Petrolina perdeu do ASA-AL, ambos por 1x0.

Massa tricolor se decepciona logo de início


Santa Cruz arrasta multidão até Campina Grande, mas perde o jogo de estréia na Terceirona

Nem mesmo o apoio maciço da torcida coral, que se deslocou para Campina Grande-PB, evitou o pior. A estréia do Santa Cruz na Série C do Campeonato Brasileiro encaminhava-se para um empate satisfatório no Estádio Amigão, ontem. Mas um vacilo do sistema defensivo coral aos 41 minutos do segundo tempo resultou no gol da vitória do Campinense-PB por 2x1, pela abertura do Grupo 5. As coisas poderiam ter sido diferentes, entretanto, se o assistente paraibano Gliseildo Sousa não tivesse anulado um gol legal dos visitantes no final do primeiro tempo, marcado pelo atacante Edmundo.

Com o empate por 0x0 entre Central e Potiguar de Mossoró-RN, no Estádio Luiz Lacerda, em Caruaru, no outro confronto da chave, o Santa ocupa a lanterna do seu grupo, sem pontos. O líder é o próprio Campinense-PB, com três, enquanto centralinos e potiguares estão empatados da segunda posição, com um ponto. Na próxima quarta-feira à noite, pela segunda rodada da Série C, os tricolores se reencontram com a torcida no Recife recebendo a Patativa.

O começo da partida de ontem foi travado, sobretudo por causa das seguidas faltas cometidas pelo Campinense-PB. Apesar de estar atuando fora de casa, era o Santa Cruz quem tinha a posse de bola. Os donos da casa se colocaram claramente mais atrás, em condições de tentar alguma coisa nos contra-ataques. E foi dessa forma que o meia Washington e o atacante Vanderlei levaram perigo ao gol de Glédson, aos cinco e seis minutos, respectivamente.

Os corais só assustaram mesmo o gol adversário aos dez minutos, quando o atacante Edmundo cabeceou a bola para fora. Logo aos 31, o técnico Fito Neves foi obrigado a substituir o atacante Thomas Anderson, machucado, pelo também atacante Gilberto. Apenas seis minutos depois, Jean Wagner levantou a bola para a área tricolor. O atacante Vanderlei, sozinho, empurrou de cabeça para abrir o placar: 1x0.

Nos acréscimos, o lance mais polêmico do jogo. O atacante Edmundo marcou para o Santa Cruz, mas o assistente Gliseildo Sousa apontou uma irregularidade. Ao apito do árbitro para o intervalo, componentes do elenco e da comissão técnica coral cercaram o trio. O próprio bandeirinha se confundiu nas explicações sobre a anulação do gol, aparentemente legítimo.

No início do segundo tempo, Fito Neves resolveu apostar na ofensividade. Memo, que estava atuando na sobra da zaga, saiu para a entrada do meia Miller. O Santa, que já contava com o recuo do rival, foi ainda mais confiante para o ataque, embora sob visível deficiência técnica e falta de entrosamento. Mas, aos dez minutos, Rafael Mineiro cruzou da direita, e o zagueiro Gonçalves empatou.

Marcando mais à frente, o Santa Cruz deu a impressão de que poderia virar a partida. Porém, a partir dos 20, o time voltou a ceder espaços para os donos da casa. Aos 22, 27 e 39 minutos, os jogadores do Campinense-PB obrigaram Glédson a fazer três defesas bonitas e importantes. O goleiro tricolor, entretanto, não teve o que fazer aos 41, quando a zaga novamente deixou um atleta adversário cabecear sozinho dentro da área. Washington levantou da intermediária, e o lateral-direito Fábio marcou, dando números finais: 2x1.

Mudanças à vista


O time para enfrentar o Central, na próxima quarta-feira à noite, no Arruda, pode ser completamente diferente do que iniciou na derrota por 2x1 para o Campinense-PB. Com a regularização dos meias Ribinha e Uecslei, que foram contratados no começo da semana passada e desembarcaram na última quarta-feira, há possibilidade de o técnico Fito Neves deixar o 3-5-2 que utiliza desde a Série A1 do Campeonato Pernambucano e passar ao 4-4-2.

Durante o processo de preparação para a Série C do Brasileiro, o comandante coral jamais deixou de trabalhar os dois esquemas. Porém, quando questionado se o time não renderia melhor no 4-4-2, ele dizia que não iniciava nesta formação justamente pela ausência de meias de qualidade no grupo. Fito acredita que o jovem Miller, de 18 anos, ainda não tem a bagagem necessária para entrar de frente e dividir a responsabilidade da armação.

Mas, independentemente da distribuição em campo, o treinador provavelmente comandará treinos de bolas aéreas defensivas. No amistoso de preparação diante do Centro Sportivo Paraibano e na final da Copa Pernambuco contra o Atlético Pernambucano, o time demonstrou muitas dificuldades neste tipo de jogada. Os dois gols do Campinense-PB, ontem à tarde, foram assim. Tanto Vanderlei quanto Fábio cabecearam desmarcados.

O segundo gol, aliás, saiu quando a defesa tentou fazer a linha burra. “Já havíamos feito isso no começo do segundo tempo e não havia dado certo. Não sei por que motivo repetimos a jogada. Nunca treinamos para fazer isso”, revelou o volante e capitão tricolor Alexandre. “Demos muita bobeira naquele lance e pagamos com a derrota. Não adianta reclamar. Quarta-feira, já temos chance de nos recuperar no Arruda”, afirmou Leandro, improvisado na zaga.

O resultado poderia ter sido mais elástico se não fossem as defesas importantes do goleiro Glédson. “Estou aqui para mostrar o meu trabalho e não sei se fui o melhor. De qualquer forma, preferia não ter feito nenhuma defesa e sair daqui com a vitória e os três pontos. Só não podemos deixar de ressaltar a força da nossa torcida, que se deslocou e veio nos apoiar”, disse o goleiro. “Temos mais uma decisão no meio da semana e precisamos nos reabilitar”, alertou o meia Juninho.

Torcida mostra amor ao clube e invade a Paraíba

Marcos Leandro

mleandro@jc.com.br

CAMPINA GRANDE – A torcida do Santa Cruz deu mais uma prova do seu amor incondicional pelo clube. No momento mais difícil dos 94 anos do tricolor, os corais invadiram Campina Grande para conferir a estréia do time na Série C. De ônibus fretado, em vans ou em carros particulares os tricolores compareceram em peso ao Amigão.

Dentro de campo, com a ajuda dos tricolores da Paraíba, faltou pouco para a torcida do Santa se equiparar a dos anfitriões. A arquibancada frontal (chamada de geral do sol) às cabines de imprensa ficou dividida ao meio. Já a arquibancada da sombra foi ocupada 80% pelos rubro-negros e o restante foi destinado aos visitantes que, no entanto, não lotaram o espaço. “Ficamos impressionados com a força da torcida do Santa Cruz. Pelos nossos cálculos, entre seis e sete mil pessoas estavam nos espaços destinados ao clube”, disse o diretor de comunicação da Federação Paraibana, Geraldo Varela.

O JC acompanhou passo a passo a caravana coral rumo à Campina Grande. A maratona começou cedo. Mesmo com o céu nublado, por volta das 7h30, muitos torcedores já se aglomeravam na frente do Empresarial Trade Center, na Avenida Rosa e Silva, nos Aflitos, ponto de encontro de várias facções para a saída. Outros grupos seguiram do estádio do Arruda. Entoando hinos do clube e soltando fogos de artifício, os tricolores fizeram muito barulho desde as primeiras horas da manhã.

Gente como dona Maria José dos Santos, 82 anos. “Comecei a acompanhar o Santa nos anos 70, com meu marido. Depois que ele faleceu, parei de viajar em caravanas, mas decidi me envolver de novo a pedido do meu filho, minha nora e meus netos”, disse ela, com um lenço preto e outro vermelho com bolinhas brancas no pescoço.

Dentro do ônibus, a ansiedade aumentava a cada volta do ponteiro do relógio. Para conter a expectativa, um grupo começou uma batucada com instrumentos de percussão e violão. Tudo isso regado a muita cerveja. O clima ficou ainda mais agitado com a exibição do DVD do título estadual conquistado em 1993 – o famoso gol de Célio aos 44 minutos do segundo tempo, que decretou a virada de 2x1 sobre o Náutico e que levou o jogo à prorrogação.

A cada gol, a vibração ia às alturas. “O clima tem que ser este mesmo. Se a torcida não apoiar o time, ele acaba, porque esse elenco não gera confiança para ninguém. Quando os jogadores olham para a arquibancada e percebem que muita gente viajou para acompanhar o time, pelo menos, entram em campo com raça”, enfatizou o autônomo Nelson Azevedo, 48 anos. “Essa invasão da torcida na Paraíba precisa servir de alerta para quem comanda o clube. Se uma campanha de sócios organizada fosse lançada, mesmo que fosse com uma mensalidade de R$ 10, tenho certeza de que o clube teria uns 50 mil sócios”, afirmou o empresário Samuel Chacon, 39.

A caravana chegou à Campina Grande por volta das 12h30, após cerca de quatro horas de estrada. A presença da torcida impressionou os paraibanos. “Se a Paraíba cobrasse pedágio hoje (ontem), ficaria rica”, comentou um espirituoso torcedor do Treze.

Muita confusão entre visitantes e anfitriões

CAMPINA GRANDE – Nem tudo foi festa nesta cidade. Cerca de duas horas antes do início da partida, integrantes das torcidas de Santa Cruz e Campinense entraram em confronto em vários focos ao redor do Amigão. Com a intervenção da Polícia Militar, o tumulto se dissipou. No saldo, 11 pessoas foram detidas, entre elas um torcedor do Campinense, portando uma faca.

“Desde as 11h, quando começaram a chegar os primeiros grupos de torcedores do Santa Cruz, tivemos muito trabalho. No centro da cidade, quando o pessoal parou para almoçar, houve muito encontro entre as torcidas, assim como nos arredores do campo. Quem estava fazendo algazarra foi detido”, disse o coronel Carlos Alberto Guimarães, comandante do Batalhão de Polícia Militar da Paraíba.

Mas a confusão não parou por aí. No intervalo, a organizada Inferno Coral entrou em confronto com a PM e gerou muita correria nas arquibancadas. Após muito tumulto, uma bomba explodiu na arquibancada. “Atendemos quase 20 torcedores do Santa Cruz, a maioria vítima de pedradas e com pequenas escoriações decorrentes do confronto com a polícia. A gente lamenta bastante que a torcida venha do Recife para fazer algazarra aqui em Campina Grande”, disse o médico Marçal Almeida.

Mesmo vencendo o jogo, a torcida do Campinense deixou o estádio primeiro. Cerca de 15 minutos depois, os corais saíram. Cerca de 160 policiais foram para as redondezas do estádio para evitar mais tumulto.

Santa Cruz perde primeira batalha da Terceirona

Robert Fabisak



Equipe lutou bastante, em Campina Grande, mas terminou sendo derrotada pelo Campinense (2x1)
Paraibanos comemoraram o resultado positivo diante dos pernambucanos
Filipe Assis
Enviado especial

CAMPINA GRANDE - Na primeira das batalhas dentro de campo que fará na Série C, o Santa Cruz sentiu o gosto amargo da derrota. A equipe perdeu por 2x1 para o Campinense, ontem à tarde, no Estádio Amigão, em Campina Grande, na Paraíba. O resultado foi uma decepção para a multidão que tomou conta do espaço na arquibancada reservado aos tricolores. E o empate entre Central e Potiguar/RN (0x0), em Caruaru, fez a Cobra Coral largar na lanterna do grupo 5, sem nenhum ponto conquistado. O próximo desafio do Santa Cruz será na quarta-feira, diante da Patativa, no Arruda.

O Tricolor pernambucano fez uma partida equilibrada contra o Rubro-negro paraibano. Talvez uma característica das partidas na Série C, os times não perderam tempo estudando o adversário. Ao invés disso, foram ao ataque, embora que, na maioria das vezes, de forma desordenada. Por isso, as primeiras chances claras de gol demoraram a aparecer.

A primeira ocorreu aos cinco minutos, e pertenceu ao Campinense. O meia Washington, que vestiu a camisa tricolor na Série A em 2006, passou por três adversários e chutou forte, mas a zaga coral afastou. Aos nove, o Santa Cruz respondeu, em uma cabeçada para fora de Edmundo, tentando aproveitar um cruzamento do meia Alexandre Oliveira.

Aos 37, o time paraibano abriu o placar com Vanderley, que se antecipou aos marcadores após cruzamento de Jean Alysson. Aos 45, o lance polêmico do jogo. Juninho lançou a bola para a área e encontrou o atacante Edmundo, que tocou para o fundo das redes. Entretanto, o assistente Griselildo de Sousa Dantas anulou, alegando que a bola havia saído de campo no momento do cruzamento.

No segundo tempo, o Santa Cruz entrou mais ligado, e chegou ao empate aos dez minutos, com o zagueiro Gonçalves, que não desperdiçou o cruzamento de Rafael Mineiro. A essa altura, o Tricolor estava melhor em campo, e parecia decidido a virar o jogo. Com uma postura mais ofensiva, passou a dominar as ações da partida. O problema é que, quando perdia a posse de bola, a Cobra Coral permitia ao Campinense armar contra-ataques perigosos.

Em pelo menos três deles, os pernambucanos poderiam ter sofrido gol, se não fosse a boa atuação do goleiro Gledson. O número 1 coral fez grandes defesas, se consagrando como o melhor em campo pelo lado do Santa Cruz. Em uma delas, o arqueiro segurou a bola após um chute a queima-roupa de Vanderley. Infelizmente, Gledson não teve como evitar o gol da vitória do Campinense, decretada aos 41 minutos da etapa final, por Fábio, que cabeceou com força após uma cobrança de falta de Washington.

Ficha Técnica


Campinense 2
Pantera; Fábio, Ricardo Oliveira, Jadson e Evaldo; Marquinhos Mossoró (Barata), Jean Alysson (Paulinho Macaíba), Washington e Charles Wagner; Paulinho Marília (Derley) e Vanderley. Técnico: Freitas Nascimento

Santa Cruz 1
Gledson; Gonçalves, Memo (Muller) e Leandro Bitton; Rafael Mineiro (Gedeil), Alexandre Oliveira, Garrinchinha, Juninho e Esquerdinha; Thomaz Anderson (Gilberto) e Edmundo. Técnico: Fito Neves

Local: Ernani Sátiro (Amigão). Árbitro: Carlos Roberto Gibaut Nogueira (BA)
Assistentes: Elias Silva Almeida e Griselildo de Souza Dantas (ambos da PB)
Gols: Vanderley (37 do 1° T) e Fábio (41 do 2° T) para o Campinense; Gonçalves (10 do 2°T) para o Santa Cruz
Cartões amarelos: Gonçalves, Leandro Bitton e Juninho pelo Santa Cruz; Jadson, Barata, Jean Alysson, Charles Wagner e Derley pelo Campinense
Público: 10.737 pagantes
Renda: R$ 124.880

Tricolores “invadem” Campina Grande


Robert Fabisak



Segundo PM da Paraíba, cerca de seis mil torcedores corais estiveram no Amigão
A impressão era de que tinha mais pernambucanos na arquibancada do estádio

CAMPINA GRANDE - Durante a semana, a promessa era de uma grande quantidade de torcedores no estádio Amigão, palco do duelo de ontem. Mas, certamente, nem o mais otimista tricolor esperava ver tanta gente no lado da arquibancada destinado aos corais, a ponto de ser impossível dizer, visualmente, se havia mais gente do Campinense ou do Santa Cruz, embora a impressão era de que os tricolores eram maioria. Segundo a Polícia Militar da Paraíba, cerca de seis mil torcedores da Cobra Coral estavam dentro do estádio, de um total de pouco mais de dez mil pagantes.

A invasão a Campina Grande, prometida ao longo da semana, foi cumprida à risca. Camisas e bandeiras do Santa Cruz podiam ser vistas em praticamente todas as ruas e praças do centro da cidade. As grandes churrascarias estavam tomadas pelos tricolores. O que ninguém sabe dizer ao certo é a quantidade de ônibus que saíram de Pernambuco. Algumas pessoas falaram em 50 veículos, outras em 60 e em até 70.

Na estrada, havia ônibus, vans e carros particulares no percurso desde o Recife até Campina Grande. A maioria das caravanas saiu do Arruda, onde funcionou a concentração. Somente da Torcida Organizada Inferno Coral, 15 ônibus foram ao estado vizinho. Mas saíram veículos de outros bairros e cidades, inclusive de João Pessoa.

À medida em que chegava a hora de a partida começar, aumentava o número de tricolores no lado de fora do estádio. A fila para entrar media algumas dezenas de metros. Dentro de campo, a divisão das torcidas foi feita meio a meio, e no setor de gerais, os corais eram maioria.

O reflexo da presença de torcedores do Santa Cruz pôde ser visto na hora da chegada do ônibus que trazia a delegação coral ao estádio. O veículo foi seguido por centenas de torcedores, que acenavam para os atletas, dentro dos ônibus. Os jogadores ficaram emocionados. “A gente fica muito grato por esse carinho”, disse Alexandre Oliveira, sem conseguir conter o semblante de surpresa. “Esperamos poder contar com eles no jogo da quarta-feira, contra o Central”, completou.

Confusão rolou solta fora e dentro do estádio

Robert Fabisak


Polícia teve muito trabalho para conter os torcedores

CAMPINA GRANDE - Torcedores de Santa Cruz e de Campinense tinham tudo para fazer uma grande festa na arquibancada. Mas o que vai ficar na memória de quem foi ao estádio ontem à tarde são as cenas de violência protagonizadas dentro e fora do Amigão. Pedras e bombas caseiras atiradas de um lado para o outro, correria e brigas foram vistas antes e durante a partida. E nessa guerra quem saiu perdendo foi o torcedor que pagou para ver o time do seu coração jogar, querendo, tanto quanto um bom futebol, ver paz. Dezenas de pessoas, das duas torcidas, ficaram feridas, enquanto outras foram presas, e depois liberadas.

Os conflitos começaram bem antes de a bola rolar. Durante a chegada das duas torcidas, houve muito tumulto por causa do encontro entre grupos dos times adversários. Bombas e pedradas foram atiradas, e uma criança de 11 anos, que vestia a camisa do Santa Cruz, acabou sendo atingida por uma pedrada. O menino foi socorrido e, por sorte, não teve nenhum ferimento grave.

Mas foi dentro de campo que a violência se transformou em uma batalha assustadora. Durante o intervalo do jogo, uma equipe da PM que fazia o cordão de isolamento com a torcida do Campinense se deslocou em direção ao local onde estavam os tricolores. De repente, começou um confronto entre os policiais e torcedores do Santa Cruz, que durou até o início do segundo tempo. Os tricolores reclamaram de abuso de autoridade, enquanto que a Polícia Militar local defendeu-se, alegando que só usou a força quando foi preciso. Certo mesmo é que pessoas inocentes ficaram feridas.

As marcas da violência ficaram nos corpos da senhora Maria de Fátima e do senhor Luiz Carlos Pedrosa, dois dos tricolores que precisaram ser atendidos em uma ambulância localizada dentro do estádio. “Eu não tive nada a ver com isso, vim de tão longe, com a minha família, só para assistir o jogo”, lamentou Maria de Fátima. “Isso é um absurdo. Não precisava disso. Acho que houve um exagero”, opinou Luiz Carlos.

Misto de decepção com indignação

CAMPINA GRANDE - Um misto de decepção com indignação. Esse foi o sentimento dos atletas corais, após a derrota para o Campinense. A decepção, pelo fato de o time não ter dado a vitória de presente à multidão de tricolores que foi a Campina Grande ver o Santa Cruz estrear na Série C. A indignação, por causa do gol anulado de Edmundo, no final do primeiro tempo.

Os jogadores não se conformaram com o lance, e culpam o assistente paraibano Griselildo de Sousa Dantas, que disse que a bola havia ultrapassado a linha do campo após o cruzamento, de ter prejudicado a Cobra Coral. “Primeiro, o árbitro disse que a bola havia saído. Depois, disse que havia marcado impedimento. Ele não sabe nem o que marcou”, disse o volante Alexandre Oliveira. “A bola não saiu”, reclamou o técnico Fito Neves, que, visivelmente irritado, evitou falar após o final da partida.

Destaque do Santa Cruz na partida, o goleiro Gledson lamentou por não ter motivo para comemorar a sua boa atuação. “Eu preferia não ter feito nenhuma defesa importante, e a gente ter saído daqui com um bom resultado”, afirmou. O volante Leandro Bitton também lamentou a derrota, mas destacou o empenho do time durante o jogo. “Procuramos a vitória o tempo todo. Não faltou vontade. O time lutou e jogou bem, infelizmente levamos um gol bobo. Vamos convocar a torcida para quarta-feira”, afirmou.

Começou de Novo


A Série C começa com as mesmas imagens dos dois últimos anos: decepção do Santa e alegria dos adversários

A torcida tricolor fez a sua parte. A carreata com mais de 40 ônibus, que saiu do Recife na manhã de ontem, invadiu Campina Grande, deixando o estádio Amigão completamente dividido, com um visual de 'clássico' entre as duas torcidas. Dentro de campo, um jogo de muita correria, polêmica e derrota do Santa Cruz na estréia do time pernambucano na Série C, diante do Campinense. A Raposa ganhou por 2 x 1, com o gol da vitória sendo marcado aos 41 minutos do segundo tempo. No entanto, os corais ficaram na bronca com a arbitragem, que anulou um gol legítimo de Edmundo, no primeiro tempo. Com a derrota, o Santa larga na lanterna do Grupo 5. Agora, o Santa cruz enfrentará o Central, nesta quarta-feira, às 20h30, no Arruda.

O Campinense começou mais agressivo. Aos 5 minutos, o meia Washington quase abriu o placar, mas Leandro conseguiu travar o chute. Melhor em campo, o Campinense seguiu pressionando. Aos 18, Glédson fez um verdadeiro milagre numa cobrança de falta de Washington. O técnico Fito Neves acabou perdendo apaciência com inoperância do ataque ainda no primeiro tempo. Ele sacou Thomas Anderson, aos 33, e colocou Gilberto.

Aos 38, porém, o esquema de Fito caiu por terra. Se aproveitando do enorme espaço dado pelo Santa no lado esquerdo, o Campinse acabou fazendo o primeiro gol por ali. Após mais um cruzamento na área, Wanderley testou no canto direito do goleiro tricolor, que não alcançou a bola. Cruzamento, aliás, foi o que não faltou na partida. O Tricolor ainda teve um gol mal anulado aos 45 minutos, quando o árbitro invalidou o tento de Edmundo alegando que a bola havia saído antes do cruzamento na área, como disse o assistente paraibano Griselildo de Souza. Depois, o árbitro afirmou o lance estava impedido. Nenhuma das hipóteses convenceu o time da Santa, que ficou revoltado com a decisão do juiz.

O Santa Cruz voltou melhor na etapa final, articulando as jogadas com mais qualidade. O Tricolor quase empatou aos 6 minutos, quando Alexandre Oliveira cobrou uma falta com categoria. Mas o gol finalmente saiu aos 10 minutos. Mais uma bola na área, dessa vez na cabeça de Gonçalves, que mandou para as rede em uma posição tão legal quanto naquela aos 45 minutos. O Santa continuou criando chances, principalmente pelas laterais.

Mas de tanto insistir nos minutos finais, a Raposa acabou marcando o segundo gol, aos 41 minutos, em mais uma cabeçada. Também desmarcado, Fábio subiu e marcou o gol da vitória do Campinense, em uma falha de posicionamento da defesa do Santa. Falha que não pode mais se repetir em uma fase com apenas seis jogos.


Campinense 2

Pantera; Fábio Santana, Ricardo Oliveira, Jadson e Evaldo Bahia; Charles Wagner, Marquinhos Mossoró (Barata), Jean Alisson (Paulinho Macaíba) e Washington; Wanderley e Paulinho Marília (Derley). Técnico: Freitas Nascimento

Santa Cruz 1

Gledson; Gonçalves, Memo (Miller) e Leandro; Rafael Mineiro (Gedeil), Alexandre Oliveira, Garrinchinha, Juninho e Esquerdinha; Thomas Anderson (Gilberto) e Edmundo. Técnico: Fito Neves

Local: estádio Ernani Sátiro, o Amigão (Campina Grande/PB). Árbitro: Carlos Alberto Nogueira (BA). Assistentes: Elias Silva de Almeida (PB) e Griselildo de Souza Dantas (PB). Gol: Wanderley e Fábio Santana (C); Gonçalves (SC). Cartões amarelos: Jean Alisson, Barata, Charles Wagner, Derley e Jadson (C); Gonçalves, Juninho e Leandro (SC). Público e Renda: não divulgados.

Minuto a minuto

1° tempo

5 min - Washington avançou em velocidade, passou por Memo, tentou driblar Leandro e chutou, mas a bola desviou para escanteio.

6 min - Jean cobrou escanteio pela direita na medida para Fábio, que desviou de cabeça. Wanderley se esticou todo, mas perdeu ótima chance.

10 min - Primeira chance do Santa. Alexandre cruzou na área, mas Edmundo cabeceou para fora.

12 min - Após um bate-rebate na área, Rafael Mineiro chutou rasteiro, mas o zagueiro afastou o perigo.

15 min - Por pouco o Campinense não abriu o placar. Após bola levantada da área, Marquinhos Mossoró bateu com consciência, mas a bola desviou para a linha de fundo.

18 min - Washington mandou uma bomba numa cobrança de falta, exigindo uma grande defesa de Glédson.

37 min - Gol do Campinense. Jean foi lançado pela esquerda e cruzou da ponta da área. Livre, Wanderley mandou de cabeça no cantinho de Glédson.

44 min - Alexandre Oliveira fintou um adversário na meia-lua e bateu. A bola passou raspando o travessão.

45 min - Edmundo marcou o gol de empate após uma falha do goleiro, mas o árbitro anulou, alegando que a bola já havia saído no cruzamento. O que não aconteceu.

2° tempo

3 min - Árbitro anula mais gol, dessa vez do Campinense, e finalmente de forma correta.

7 min - Paulinho Marília aproveitou a bobeira de Memo, entrou livre na área, mas chutou por cima.

10 min - Gol do Santa. Juninho cobrou um falta com rapidez e tocou para Rafael Mineiro. O ala cruzou bem para Gonçalves, que cabeceou para decretar o empate.

22 min - Glédson fez uma grande defesa numa cabeçada Paulinho Marília.

27 min - Mais uma vez Glédson apareceu em grande forma, ao conseguiu espalmar um chute à queima roupa de Wanderley.

30 min - Alexandre Oliveira cobrou uma falta no ângulo, mas a bola passou rapando a meta de Pantera, que sequer se mexeu.

39 min - Jadson bateu forte, de longe, mas Glédson defendeu com segurança.

41 min - Após cobrança de falta pela direita, Fábio Santana subiu sozinho e cabeceou para desempatar o jogo.

Atuações

Gledson - Melhor jogador do Santa Cruz. Fez grande defesas e tentou ao máximo garantir o empate. Não teve culpa nos gols. 7,5

Gonçalves - O zagueirão marcou o gol de empate e foi bem nos desarmes. Falhou nas bolas aéreas na zaga coral. 5,0

Memo - No mesmo nível de Gonçalves. 5,0

(Miller) - O meia entrou bem. Disperso na marcação, Miller foi bem na criação de jogadas. 6,0

Leandro - Cedeu bastante espaço para o Campinense, que abusou da jogada aérea, fundamental na derrota tricolor. 4,5

Rafael Mineiro - O ala apoiou bastante pela direita. E foi dos pés dele que saiu o cruzamento para o gol coral. Acabou saindo após se machucar. 6,0

(Gedeil) - Deu mais força ao meio-campo, mas não contribuiu de maneira ofensiva. 5,5

Alexandre Oliveira - O capital coral procurou orientar bastante a zaga e teve uma atuação regular. 6,0

Garrinchinha - Forte, o volante marcou pesado no meio-campo, ganhando a maioria das jogadas, e ainda conseguiu trabalhar jogadas no ataque. 6,0

Juninho - Boa surpresa na partida. O meia de 23 anos,que estava se recuperando de uma lesão, foi o principal criador de jogadas da equipe. 6,5

Esquerdinha - Atuação discreta, ao contrário da finald a Copa Pernambuco, quando foi um dos destaques. 5,0

Thomas Anderson - Não acertou quase nada, e acabou sendo substituído ainda no primeiro tempo. 3,5

(Gilberto) - Entrou melhor que Thomas, se apresentando bem na partida. 5,5

Edmundo - Marcou um gol legítimo, mal anulado pelo juiz, e procurou abrir espaços durante toda a partida. 6,0

Fito Neves - Mudou bem o time no primeiro tempo. Alega ter treinado bastante a bola parada na intertemporada em Caruaru, mas não foi o que pareceu. 5,5

Campinense - O atual campeão paraibano tem um time que mostrou um bom vigor físico. A correria do primeiro tempo permaneceu em boa parte da etapa final. O time criou várias chances de gol e acabou sendo mais eficiente que o Santa na jogada aérea. 6,5

Arbitragem definiu primeiro fracasso

Jogadores e diretoria do Santa Cruz reclamam de gol anulado e perda de pontos

A derrota do Santa Cruz na estréia da Terceirona teve um único foco para os jogadores tricolores. Os corais não economizaram críticas à arbitragem da partida. O gol de Edmundo, mal anulado pelo árbitro Carlos Nogueira, que seguiu a indicação do assistente paraibano Griselildo de Souza, teria sido decisivo para mudar o panorama da partida, segundo os jogadores. "Era um gol para a gente começar o segundo tempo bem. Não existe isso o que ele fez (se referindo ao árbitro). No final, nós bobeamos na bola parada e infelizmente saiu o segundo gol. Vamos erguer a cabeça, porque quarta-feira tem mais", disse o zagueiro Leandro Biton, consciente de que a recuperação precisa acontecer diante do Central, pois na 1ª fase são apenas seis jogos.

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto Oliveira - que assistiu ao jogo no Amigão -, afirmou que irá entrar em contato com a CBF, para evitar que árbitros da sede do mandante - de outros estados - apitem jogos de clubes pernambucanos. "É triste ver a CBF designar bandeiras do mesmo estado para um jogo como esse. Essa economia não existe. Quem não tem dinheiro não pode disputar um campeonato brasileiro", disse Carlos Alberto, que deverá entrar em contato hoje com o diretor-técnico de arbitragem da entidade nacional, Sérgio Corrêa .

Apesar das reclamações, o revés não diminuiu o ânimo do elenco do Santa. Para o capitão Alexandre Oliveira, a equipe tem uma chance de conseguir um bom resultado contra o Central. "Quem acompanha o nosso dia-a-dia sabe que estamos evoluindo. Todos viram isso. É só ter um pouco de cuidado com algumas situações que aconteceram aqui no Amigão, como por exemplo os gols sofridos. Fazendo isso, acho que iremos se recuperar na tabela", comentou o volante. Apontado como um dos melhoes em campo, o goleiro Glédson disse que o Santa perdeu uma enorme chance de pontuar fora na Série C. "Mostrei o meu trabalho, para tentar ajudar o time, mas eu queria era sair com os três pontos hoje (ontem). Mas valeu pela nossa torcida, que veio em peso. Essa massa tem que ir quarta também". O time se reapresentará hoje à tarde, no Arruda.

Ingressos

Devidamente convocada pelos jogadores, a torcida do Santa Cruz só tem até as 14h de hoje para reservar um bilhete da promoção Todos com a Nota para o confronto da próxima quarta-feira, contra o Central, no Arruda. Até o momento já foram trocados 15 mil dos 30 mil bilhetes promocionais. O torcedor pode reservar através do telefone (81) 2121-8181. É necessário informar o número do CBF à atendente. A troca dos bilhetes será amanhã, entre 8h e 13h.

Palavra do professor

"A nossa equipe teve qualidade no jogo, e tivemos momentos de superioridade. Trabalhamos bem as jogadas. O segundo gol deles foi numa falta de atenção nossa. Tinhamos trabalhado esse lance ontem (sábado) por mais de uma hora. Ficamos marcando a bola ao invés do jogador, em uma falta praticamente morta no meio-campo. Enfrentamos um time que já tinha uma base, e só perdemos o jogo porque não tivemos atenção no final. Futebol é assim".

Fito Neves

Árbitro

A atuação do árbitro Carlos Alberto Nogueira (BA) comprometeu diretamente no resultado do jogo. A anulação do gol legítimo marcado por Edmundo aos 45 minutos do primeiro tempo foi inexplicável. Nogueira seguiu a orientação do assistente Griselildo de Souza, da federação paraibana, mas no final da partida não ficou claro se ele marcou impedimento no lance ou se a bola tinha saído antes do cruzamento. E não aconteceu nem um nem outro. Não foi sequer falta no goleiro Pantera, caso uma 3ª justificativa seja criada hoje.

Invasão, festa e confusão

Milhares de torcedores do Santa Cruz viajaram mais de 200 km para apoiar o time em Campina Grande
Jamilton Soares
Diário da Borborema


Parecia um clássico local. A arquibancada geral do estádio Amigão, em Campina Grande, estava dividida de forma quase simétrica. Metade ocupada pela fanática torcida do Campinense. A outra metade, tomada pela fiel torcida do Santa Cruz. A estimativa é de que algo em torno de 40 ônibus e 60 vans, além de incontáveis carros particulares percorreram 217 quilômetros de estrada entre o Recife e a cidade do agreste paraibano. Uma verdadeira invasão. Festa, confusão e - no final - frustração marcaram a passagem dos milhares de tricolores por Campina Grande.

Antes mesmo de começar o jogo, a torcida do Santa Cruz ecoava gritos de incentivo aos atletas, que faziam o trabalho de aquecimento nas dependências do Amigão. Já com a bola rolando, os torcedores do Santa Cruz tentavam competir com os rubro-negros sobre quem chamava mais atenção.

Mas essa "competição" não se resumiu aos gritos de incentivo ao time. O fato negativo foram os incidentes acontecidos antes e durante a partida. Nointervalo do jogo, o contingente policial teve que entrar em ação, evitando um confronto entre os torcedores que estavam na arquibancada geral. Em contrapartida, alguns deles tentaram revidar, atirando alguns celulares em direção aos policiais. Até mesmo um bomba de fabricação caseira explodiu em meio a torcida do Santa Cruz.

Apesar dos problemas, ninguém foi preso, acontecendo apenas algumas detenções - com os capturados sendo liberados após o término da partida. Nesse período, Valmir, torcedor do Santa Cruz, foi atendido em um dos hospitais de Campina Grande. Para a nossa reportagem, Valmir comentou ter sido atingido por gás de pimenta.

Na verdade, a chegada dos pernambucanos ao estádio já foi tumultuada. Por voltas das 14h, houve o primeiro confronto violento entre as duas torcidas, com pedras sendo atiradas de ambos os lados. Após o incidente, o contingente policial, composto por 60 policiais da Cavalari, Choque e Rotan (Rondas Ostensivas Táticas com Apoio Motorizado) chegou ao local.

Mesmo assim, outrosproblemas aconteceram, resultando na detenção de dez torcedores (oito do Santa Cruz e dois do Campinense), que foram liberados ao término do jogo.