Apesar de todas as pancadas, Edinho permanece na presidência do Santa Cruz
GUSTAVO LUCCHESI
Quem não conhece aquele boneco inflável conhecido como “João Bobo” ou “João Teimoso”, que mesmo após ser espancado, surpreendentemente, sempre se reergue e continua de pé? Pois bem, aparentando ter absorvido alguns ensinamentos do boneco, o atual presidente do Santa Cruz, Édson Nogueira, o Edinho, tem totais condições de superar a capacidade de resistência do famoso “João”.
Alvo constante de impiedosas críticas, principalmente dos seus opositores, que tiveram frustrada pela Justiça a tentativa de tirar Edinho do cargo, na última semana, o dirigente consegue se manter intacto às nuvens pesadas que assombram as Repúblicas Independentes do Arruda. Sempre espirituoso e sincero, o cartola maior tricolor se autodefiniu com a seguinte frase. “Sou igual a fermento: quanto mais se bate, mais eu cresço”, brincou.
Porém, mesmo provando ser mais forte do que parece, é inegável, até mesmo pelo próprio presidente, que alguns erros foram cometidos na sua gestão, como a permanência de Mauro Fernandes como treinador na Série B do ano passado, quando a sua situação já era insustentável. A parceria com a empresa RT Prosports, do ex-jogador Ricardo Rocha, no início deste ano, não tendo se aproveitado nem 10% do caminhão de atletas que a empresa mandou, também pode ser apontado como um dos seus grandes equívocos.
Isso sem contar com as duas piores campanhas do Tricolor em campeonatos estaduais, terminando a disputa na sétima colocação tanto no ano passado, quanto neste ano. “Eu sei que cometi erros. Qual ser humano não erra? Mas garanto que nunca errei por má-fé, como bom tricolor que sou, sempre pensei no que era melhor para o Santa Cruz”, afirmou.
Sobre a atual oposição à sua gestão, comandanda pelo jornalista Fernando Veloso, Edinho diz não se abalar em nada com as acusações feitas pelos seus opositores, ao qual prefere chamar de “aproveitadores”. “Não me atinge de forma alguma as agressões vindas desse grupo. O que me parte o coração é olhar para os funcionários, que são pessoas humildes, e não ter dinheiro para conseguir pagar os seus merecidos salários. Isso sim me faz sofrer”, comentou.
Sobre o seu futuro e o do clube, o presidente revelou quando deixará o cargo e teme que essa crise coral se torne incontornável nos anos que virão pela frente. “Pode me amarrar, fazer o que for, mas só saio em dezembro, no fim do meu mandato. Já o Santa Cruz, se não houver um planejamento com a base e com o departamento amador, temo muito pelo futuro tricolor”, finalizou.
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