sexta-feira, 11 de julho de 2008

Marcelo Ramos troca o Santa pelo Bahia


Dispensado pelo Atlético-PR no começo da semana, atacante estava acertado com corais, mas recebeu proposta tentadora do clube que o revelou e vai jogar a Série B do Brasileiro

A tentação de uma proposta melhor e a segurança de permanecer em atividade pelo menos até o fim de novembro fizeram Marcelo Ramos desistir de retornar ao Santa Cruz e intensificar as negociações com o Bahia, integrante da Série B do Campeonato Brasileiro. O atacante, revelado pelo próprio tricolor baiano, havia sido anunciado como reforço pelo presidente executivo coral, Édson Nogueira, na tarde da última quarta-feira. No começo da semana, o goleador foi dispensado pelo Atlético-PR.

No Arruda, Marcelo Ramos tinha acertado um salário de R$ 30 mil e a promessa de receber dois meses adiantados, independentemente do desempenho da equipe na Série C do Brasileiro. A proposta do Bahia foi de R$ 50 mil de luvas e um vencimento do mesmo valor. O atacante avisou da desistência na noite da própria quarta-feira. “É preciso deixar claro que Marcelo Ramos não agiu de má-fé. Apenas o Bahia fez uma proposta maior do que a nossa”, explicou o diretor de futebol Jomar Rocha.

Quando Marcelo Ramos foi anunciado, a contratação de um atacante já não era prioridade no Arruda. Para a posição, o técnico conta no elenco com Edmundo, Cléo, Thomas Anderson, Gilberto e Patrick. O jogador viria para incrementar o grupo. Como teve uma excelente passagem pelo próprio Santa Cruz no ano passado e estava à disposição, os dirigentes resolveram investir. “Os nossos atacantes, em princípio, estão trabalhando bem”, resumiu Jomar Rocha.

A diretoria trata com pressa a aquisição de um zagueiro experiente e um lateral-esquerdo. Na estréia, o treinador improvisou os volantes Leandro e Memo em um esquema com três zagueiros. Na segunda rodada, com dois defensores, Leandro ficou ao lado do zagueiro Gonçalves. Stanley e Wecquisley são especialistas na posição, mas ainda não foram aproveitados pelo comandante.

Na esquerda, o titular vem sendo o recém-promovido das categorias de base Esquerdinha. O lateral-esquerdo Neílton, contratado para a competição, nem sequer ficou no banco de reservas na vitória por 3x0 sobre o Central. Atualmente, o elenco tricolor conta com 28 peças, e a folha salarial gira em torno de R$ 130 mil.
ARBITRAGEM

O árbitro baiano Arílson Bispo da Anunciação apita Potiguar x Santa, domingo, em Mossoró. Os assistentes serão Luiz Carlos Bezerra e José da Silva Sobrinho, ambos do Rio Grande do Norte.

Promotor do MPPE vê superlotação no estádio

Mesmo sem ter visto os relatórios do Corpo de Bombeiros e do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco, o promotor do Juizado Especial do Torcedor Aguinaldo Fenelon afirmou que o Santa Cruz excedeu na venda dos ingressos para o confronto diante do Central, anteontem à noite, no Arruda, pela segunda rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. Os laudos serão entregues ao Ministério Público (MPPE) hoje à tarde.

Fenelon adiantou que o processo será encaminhado à procuradoria do consumidor. “É público e notório de que havia mais gente no Arruda do que cabia. Houve erro de cálculo na venda de ingressos. Tanto que o Batalhão de Choque retirou vários torcedores com escoriações para dentro do campo. Sem dúvida será aberto um procedimento de investigação. O torcedor se comportou de forma exemplar. Dessa vez, o clube foi quem praticou a violência.”

O Santa Cruz anunciou no item “público total”, no borderô, a presença de pouco mais de 25 mil torcedores. O anel inferior de arquibancadas, segundo o clube, tem capacidade para 31 mil pessoas. “Estranho a posição de Fenelon porque ele estava ao meu lado no intervalo (do jogo) e observou que havia espaço na arquibancada. Aconteceu acúmulo de pessoas em um só lugar, pois elas queriam ficar próximas da Inferno Coral”, declarou o superintendente de futebol tricolor, Luiz Cláudio.

O árbitro do confronto, Emerson Sobral, não fez qualquer menção aos incidentes na súmula. “Independentemente do árbitro, nós podemos informar ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) sobre os incidentes”, informou Fenelon. “Estamos com a consciência tranqüila, identificamos o problema com a PM e solucionamos. Não houve superlotação, faltou estrutura para a entrada dos portadores de ingresso do Todos com a Nota”, rebateu Luiz Cláudio.

Torcida segue time em Mossoró

Assim como fez nos dois primeiros jogos da Série C – contra Central, no Arruda, e Campinense, em Campina Grande –, a torcida do Santa promete apoio total ao time no confronto de domingo, diante do Potiguar, em Mossoró. Apesar da grande distância – a cidade fica a 540 km do Recife – várias facções da torcida coral estão organizando caravanas. Entre as torcidas Inferno Coral, Santa Paz, Força Jovem, Blog do Santinha e Corais do Orkut, 10 ônibus estão à disposição dos tricolores para o trajeto Recife/Mossoró.

“Após a vitória diante do Central, várias pessoas vieram me cobrar uma excursão para Mossoró. Corremos e conseguimos fechar com uma empresa, que nos alugou um ônibus para 50 pessoas”, disse Danielle Leal, do Blog do Santinha. A saída, do Empresarial Trade Center, na Avenida Rosa e Silva, acontece às 23h30 do sábado. Os interessados devem ligar para o fone 9235-7950 e falar com Danielle. A passagem de ida e volta custa R$ 90.

Já as torcidas Santa Paz e Força Jovem estão com seis ônibus e cada passagem sai por R$ 60. De acordo com um dos organizadores, Marquinhos (8749-8245), a caravana partirá do pátio da feira do Arruda, às 23h30 do sábado. Já o grupo Corais do Orkut terá um microônibus, com capacidade para 28 pessoas. Os interessados devem ligar para Sérgio (8628-8255) e desembolsar R$ 80. Por sua vez, a Inferno Coral, que está cobrando R$ 35 por pessoa, vai com dois ônibus, que sairão do Arruda às 6h30 do domingo.

Para tentar evitar brigas como ocorreu em Campina Grande, a diretoria do Santa Cruz enviou um ofício para a Polícia Militar em Mossoró, pedindo segurança para a torcida coral. “Se houver uma escolta na nossa chegada e na saída, garanto que não haverá problemas. Mas se ocorrer como em Campina Grande, que apedrejaram nossos ônibus, não temos como não reagir”, disse Álvaro Luís Melo, Dinho, presidente da Inferno Coral.

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