quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Vitória apertada dá vice-liderança


Santa Cruz joga mal, porém o suficiente para bater a Cabense. Time festeja 4º triunfo seguido

Carlyle Paes Barreto
carlyle@jc.com.br


CABO DE SANTO AGOSTINHO – Mesmo sem apresentar um futebol técnico, o Santa Cruz fez o suficiente para bater a Cabense por 1x0, ontem à noite, no Estádio Gileno de Carli, conseguindo sua quarta vitória seguida no Campeonato Pernambucano. E com o resultado, o tricolor assume a vice-liderança isolada do primeiro turno, agora com 15 pontos, dois a mais que o Porto, terceiro colocado. O Sport lidera com 18.

Já o time do Cabo de Santo Agostinho, que perdeu com gol contra do volante Leo Gama, permanece com dez pontos, na quinta colocação.

Embora vindo de bons resultados, as duas equipes entraram em campo bem retrancadas. O Santa Cruz com três zagueiros e dois volantes. A Cabense com apenas um atacante. Resultado: jogo truncado, com muitos erros de passes e chutões.

Sem técnica apurada, o mérito dos dois times foi a marcação. Melhor para o tricolor, que esteve bem seguro neste fundamento, com os zagueiros Sandro, Tiago Matias e Leandro Camilo sem dar chances aos adversários, protegidos também pela voluntariedade de Bilica e Vágner.

Para se ter ideia da falta de criatividade dos times, houve apenas dois chutes a gol no primeiro tempo. E ambos da Cabense. Um com Aílton, que assustou André Zuba, aos 19 minutos. E outro numa bomba de Curinga, em cobrança de falta bem defendida pelo arqueiro coral.

Do lado tricolor, somente uma cabeçada por cima da trave, sem perigo, do atacante Márcio, que mais uma vez mostrou-se um guerreiro em campo. Mas sem poder ofensivo.

O Santa ainda teve um pênalti não marcado pelo árbitro Wilson Souza, quando Evanílson puxou William pela camisa, na entrada da área. Mas nem o meia reclamou.

Na segunda etapa, o técnico Márcio Bittencourt fechou mais ainda sua equipe, que já não tinha criatividade, tirando o meia William e colocando o volante Anderson. O Santa ficava com três zagueiros, quatro volantes e um dos atacantes que só fazia marcar. Mas aí a sorte apareceu. Num cruzamento de Parral, logo aos três minutos, Marcelo Ramos trombou com o meio-campista Leo Gama, que cabeceou para seu próprio gol: 1x0.

O artilheiro, no entanto, esteve apagado. Sem ser municiado pelo time excessivamente defensivo, não teve chances de marcar. Pior: não fez uma única finalização, bem diferente do jogo de domingo, quando marcou os três gols da vitória sobre o Ypiranga.

E com a vantagem, os corais se fecharam mais ainda e abriram mão dos contra-ataques, voltando a apostar nos chutões. A situação piorou quando Marcelo Ramos foi substituído por outro volante, Hudson. Tanto é que o segundo lance de perigo do time da capital só veio aos 42 minutos, numa jogada individual do lateral-esquerdo Adílson, que fez um bom primeiro tempo e uma segunda etapa regular.

Antes, a Cabense havia tido duas chances de empatar. Uma com Leo Batista chutando cruzado, para fora. E outra com Alexandre pegando rebote na entrada da área. Também para fora.

“Jogamos no limite. O jogo não pedia técnica. Pedia a vitória”, justificou o zagueiro Sandro, capitão da equipe. “Foi uma grande vitória”, exagerou Leandro Camilo.

O Santa Cruz volta a jogar domingo, no clássico contra o Náutico, nos Aflitos. A Cabense recebe o Central.

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