sábado, 27 de setembro de 2008

FBC apresenta Conselho Empresarial

Fernando Bezerra Coelho indica 10 executivos para assessorar a gestão do clube

O futuro presidente do Santa Cruz, Fernando Bezerra Coelho, anunciou em um jantar ontem à noite os nomes dos 10 executivos que vão formar o Conselho Consultivo Empresarial, uma das principais novidades da nova gestão coral, que começa oficialmente no próximo dia 7 de outubro.

O órgão vai prestar uma espécie de assessoria à nova administração no tocante à formulação do novo modelo de gestão empresarial que Fernando Bezerra Coelho pretende implantar – o Santa Cruz S.A. Esse modelo está sendo elaborado por uma empresa de consultoria e auditoria, com sede em São Paulo.

Alguns nomes já são conhecidos do torcedor tricolor, como o diretor presidente da Pitú, Alexandre Férrer de Morais, que comandou o Conselho Deliberativo na gestão de Edson Nogueira, Edinho. Outra cara comum é o diretor presidente da Masterboi, Nelson Bezerra da Silva. A empresa patrocina o Santa por meio de prismas em troca de produtos alimentícios.

O Conselho Consultivo também será formado por: Sérgio Luís Fonseca (diretor da Dislub), Marcos Magalhães (presidente do conselho consultivo da Philips para a América Latina), Marcelino Guedes (presidente da Refinaria Abreu e Lima), Marcos Maimone Pereira (diretor presidente da Pamesa), Jurandir Pires Filho (diretor da Jurandir Pires), Carlos Aurélio Carvalho (diretor presidente da Tupan), Ricardo Luis Pessoa de Queiroz (diretor presidente do Grupo Una) e José Antônio Lopes (presidente da Eletrobrás).

“São amigos que aceitaram o convite de avalizar a proposta do novo modelo de gestão que estamos elaborando para o Santa Cruz. Vamos levar esse projeto para o Conselho Consultivo e depois para o Deliberativo. O propósito é mobilizar a classe empresarial para tirar o Santa do fundo do poço e devolvê-lo a um lugar de destaque no cenário futebolístico nacional”, disse Fernando Bezerra Coelho.

INVESTIMENTO

Além de colaborar no processo de construção do Santa Cruz S.A., a expectativa de FBC é que alguns desses empresários contribuam na captação de recursos do Fundo de Investimento, principal alicerce do “Novo Santa Cruz”.

“O Fundo será administrado por uma instituição financeira nacional e registrado na Comissão de Valores Mobiliários. O valor deve ficar entre R$ 15 e R$ 30 milhões”, explicou Bezerra Coelho.

Na teoria, esse Fundo funcionará com sistema de cotas, no qual investidores vão injetar dinheiro no Santa em troca de vantagens futuras, à medida em que o clube conseguir aumentar suas receitas, que hoje são nulas com o time ameaçado de nem sequer disputar a Série D 2009 – precisa fazer um bom Estadual.

Edinho sente-se atingido

Mesmo não sendo citado na matéria publicada ontem no JC, até mesmo porque o futuro mandatário coral, Fernando Bezerra Coelho, não fez nenhuma referência direta à sua administração, o presidente Edson Nogueira, Edinho, se sentiu atingido e procurou se defender.

“Fui o maior facilitador deste processo de mudança política no clube, inclusive antecipando as eleições (de 12 de dezembro para 30 de setembro). Por isso me causou estranheza esse posicionamento. Até porque fiz questão de abrir o clube. A minha gestão sabe o quanto deve e a quem deve. E isso foi repassado para a equipe de transição”, afirmou Edinho.

O diretor de futebol do Santa, Jomar Rocha, que também é auditor da Fazenda, foi o encarregado de passar as informações financeiras do Santa para o grupo de FBC.

Na primeira reunião com sua equipe de trabalho, anteontem, Bezerra Coelho disse que os dados sobre várias transações financeiras do Santa Cruz são inconsistentes e que por isso estenderia a auditoria nas contas do tricolor por mais 120 dias.

Edinho ainda ressaltou algumas ações da sua gestão. “O Santa Cruz tem todas as certidões da Timemania, pagamos mais de R$ 1,3 milhão à Justiça do Trabalho e quitamos o débito com o IPTU. Mais transparência impossível”, afirmou Edinho.

Segundo Sidnei Aires, futuro vice-presidente executivo, a atual gestão do Santa foi bem transparente, mas nem mesmo uma auditoria implantada pelo próprio Edinho, em 2007, referendou alguns débitos, por falta de registros.

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