terça-feira, 23 de setembro de 2008

Festa no Arruda para o futuro presidente coral

Jedson Nobre



Fernando registrou sua chapa e religou a energia do clube
Em cerimônia simbólica, Bezerra Coelho (E) pôs fim, ontem, à era dos geradores
PAULO FAZIO

Em clima de festa, o candidato único à presidência do Santa Cruz, Fernando Bezerra Coelho, fez, ontem à tarde, no auditório do Arruda, o registro oficial da sua chapa para a eleição oficial do clube - marcada para acontecer no dia 30 deste mês. Na solenidade, também foi feito o ato simbólico do religamento da luz do Tricolor, que funcionava à base de geradores há cerca de quatro anos. Durante a reunião, o futuro mandatário coral aproveitou para dar uma prévia de como será a sua ideologia enquanto estiver à frente do clube, arrancando aplausos de todos os presentes e trazendo esperança de volta aos torcedores.

Apesar da reunião estar marcada para as 17h, Fernando Bezerra Coelho apareceu no auditório do Arruda por volta das 17h20. Logo na chegada, foi bastante assediado pelos tricolores presentes, escutando algumas palavras de confiança - chegou até a autografar a camisa de um pequeno torcedor. O local estava bastante cheio, esperando apenas as primeiras palavras do futuro presidente do Mais Querido. Na mesa, junto com ele, outros três integrantes da chapa (José Augusto de Paula, Bartolomeu Bueno e Sidnei Aires), acompanhados também do atual mandatário, Édson Nogueira, e do presidente da Celpe, José Romero. A nomeação do Diretor do Administrativo, prevista para ontem, não aconteceu. Segundo o futuro presidente, o profissional para ocupar este cargo será remunerado, juntamente com o Diretor de Futebol, e só serão anunciados no final de outubro.

O primeiro assunto em pauta foi acerca do religamento da luz do Arruda, graças a um acordo feito com a Celpe. A empresa aceitou parcelar a dívida do Santa Cruz, que gira em torno de R$ 400 mil, em 120 parcelas - ou seja, dez anos. Antes, toda a energia do clube ficava à mercê de alguns geradores alugados ao longo de quatro anos. “Eu acredito em quem está aqui. As pessoas estão focadas no objetivo, e, com certeza, o clube irá ressurgir das cinzas. Quero ver este clube de volta à Série A, para jogar com o Atlético/MG, e vamos torcer para empatar”, brincou José Romero, que é mineiro e torce para o Galo.

Para Fernando Bezerra Coelho, este é o primeiro passo a ser dado no soerguimento do clube. Segundo o mandatário, é a “luz” que o Santa precisa para este recomeço. “Estamos devolvendo a luz que nosso clube precisa para se reerguer. A nossa chapa representa a união de todas as forças políticas do Santa Cruz. É evidente que assumimos em busca da renovação. Estamos precisando da ajuda de todos. O trabalho não é individual, muito menos fácil”, disse o futuro presidente, em relação às suas ideologias. “A nossa primeira reunião do Conselho Deliberativo vai ser histórica. Precisamos fazer mudanças drásticas”, avisou. Depois da reunião, todos os presentes se dirigiram ao estádio do Arruda, para conferir de perto os refletores ligados já com a energia cedida pela Celpe.

Contatos com Ricardo Teixeira adiantados

Otimismo e pés no chão. Com essa mentalidade para o seu mandato, o futuro presidente do Santa Cruz, Fernando Bezerra Coelho, apresentou alguns projetos que darão início aos seus dois anos frente ao Mais Querido. Entre as principais idéias estão a reforma do Arruda para receber um jogo da Seleção Brasileira já no ano que vem, válido pelas eliminatórias para a Copa do Mundo.

Segundo ele, os contatos com Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), já estão bem adiantados. “No ano que vem vamos receber um jogo da Seleção bem aqui no Arruda. Até março teremos o nosso estádio já recuperado”, explicou Fernando Bezerra Coelho, sobre uma de suas futuras metas para o clube.

Outro projeto para o final deste ano será um concurso para escolher o novo padrão tricolor para a temporada do ano que vem. “Vamos promover um concurso para ter um novo padrão para o Santa Cruz. Vamos consultar estilistas, confeccionistas. E é com este padrão que vamos jogar o próximo Campeonato Pernambucano”, afirmou.

Para ele, é preciso aprender com as equipes brasileiras que vêm se estruturando nos últimos anos, caso de Grêmio e Internacional, clubes que contam com um grande quadro de sócios, uma das principais fontes de renda dos times gaúchos. “Vamos mandar uma equipe até o Rio Grande do Sul para aprender com os dois principais times de lá como manter tantos sócios ativos”, disse. “Nós vamos inovar, mudar o modelo de gestão”.

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