sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Sumiço da planta baixa é problema


O que sustenta qualquer obra são os pilares. Sob cada um deles existe uma fundação. O futuro presidente do Santa Cruz, Fernando Bezerra Coelho diz estar determinado a recuperar o Estádio do Arruda, cujo estado de algumas fundações – não se sabe quantas ainda – pode ser pior do que o imaginado.

Em entrevista ao Blog do Torcedor, do JC OnLine, na última quarta-feira, FBC foi muito claro ao afirmar: vai recuperar o estádio tricolor para deixá-lo em condições de receber os jogos sem oferecer risco aos torcedores. O novo presidente suspeita do comprometimento de algumas fundações do José do Rego Maciel. Por isso, pretende contratar uma empresa de Engenharia, que fornecerá um laudo técnico especializado sobre o assunto. Porém, o mais recente problema – já que todo dia o grupo que assumirá o clube se depara com uma nova questão – é que a planta baixa, documento fundamental para se avaliar este ponto, sumiu. Ninguém sabe informar onde está o projeto que contém todos os detalhes da casa coral, inaugurada em 1972 e ampliada em 1982.

“Deve estar nos arquivos do clube. Se não estiver, pode estar no escritório do arquiteto, Reginaldo Esteves. Eu não usei essa planta em um ano e meio no clube. Aliás, não sei nem que planta é essa que estão falando”, disse o presidente da Comissão Patrimonial, João Braga.

No final de 2004, o ex-presidente da Patrimonial, Ricardo de Paula, iniciou a recuperação do Arruda. Foram reformados 12 vãos do anel inferior, na parte atrás da barra do lado da Avenida do Canal (Professor José dos Anjos), outros seis vãos do anel superior, na parte da Rua Rosa Gatorno e outros dois pilares, no mesmo setor. “Foram colocadas telas de aço, que foram concretadas. O serviço foi executado pela Jatobeton”, lembrou Ricardo de Paula. Caso não seja encontrada a planta, a solução será refazê-la, o que representará mais um alto gasto.

REUNIÃO

Hoje, às 9h30, no prédio da Votorantim, no Bairro do Recife, haverá uma reunião com toda a próxima diretoria tricolor. A pauta do encontro é ampla. “Temos de definir muitos pontos, até mesmo como será a posse, se com uma festa ou uma simples passagem do cargo, já que a (má) situação financeira é notória”, disse Antônio Carlos Júnior, futuro diretor de Comunicação Social.

Segundo ele, a torcida precisa entender o momento do clube. “Estamos numa casa sem telhado e está chovendo. Temos de fechá-la primeiro para aí então chamarmos os parceiros”, citou Antônio. As contas bancárias, por exemplo, estão sofrendo os efeitos das execuções judiciais.

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