Uma semana após negar boato de racha no clube, Bartolomeu anuncia saída do Conselho
A gestão Fernando Bezerra Coelho recebeu sua segunda baixa. E, agora, uma baixa significativa. Depois de ter negado ao Diario, na semana passada, qualquer divergência com o poder executivo do Santa Cruz, coincidentemente, o presidente do Conselho Deliberativo, Bartolomeu Bueno, renunciou ontem ao cargo. O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva, no início da noite, na sede social do clube. Há cerca de dez dias, porém, o diretor jurídico, Célio Avelino, já havia pedido afastamento de suas atribuições no Tricolor por falta de tempo para conciliar suas atividades profissionais.
A gestão Fernando Bezerra Coelho recebeu sua segunda baixa. E, agora, uma baixa significativa. Depois de ter negado ao Diario, na semana passada, qualquer divergência com o poder executivo do Santa Cruz, coincidentemente, o presidente do Conselho Deliberativo, Bartolomeu Bueno, renunciou ontem ao cargo. O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva, no início da noite, na sede social do clube. Há cerca de dez dias, porém, o diretor jurídico, Célio Avelino, já havia pedido afastamento de suas atribuições no Tricolor por falta de tempo para conciliar suas atividades profissionais.
O caso do desembargador Bartolomeu Bueno, teoricamente, foi diferente. Como exerce a presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco, o magistrado fez uma consulta, antes de assumir o cargo no Santa Cruz, ao Conselho Nacional de Justiça para tirar qualquer dúvida sobre a compatibilidade das duas funções. A resposta foi publicada ontem no site do Conselho e recomendava o afastamento do exercício da presidência do Conselho Deliberativo do clube.
"No meu entendimento, a incompatibilidade aconteceria em relação a cargos executivos e técnicos. Por isso, resolvei consultar o CNJ logo que recebi o convite para assumir o Conselho Deliberativo. Porém, infelizmente, o CNJ teve outra visão", lamentou Bueno antes de acrescentar: A minha primeira paixão é o Santa Cruz, mas a minha primeira obrigação é com a Justiça e sou um magistrado muito disciplinado", completou.
Bartolomeu Bueno fez questão de deixar claro que sua saída não tem nada com "possíveis divergências" ou racha com o presidente Fernando Bezerra Coelho. "Pelo contrário. A minha amizade com Fernando Bezerra Coelho continua. Me sinto frustrado e muito triste em não estar participando diretamente do soerguimento do Santa Cruz. Mas vou continuar ajudando de fora", comentou.
O desembargador apresentou ontem o requerimento que deu entrada no Conselho Nacional de Justiça com o pedido de consulta anterior a data da eleição do clube, que se realizou em 30 de setembro passado. Ainda como argumento exemplificou que foi questionado também o fato dele ser vice-presidente da Associação Nacional dos Magistrados. "Porém, neste caso, o CNJ entende que como a associação é um órgão de classe não existe problema nenhum em continuar no cargo", completou. Bueno afirmou ainda que falou com o presidente Fernando Bezerra Coelho, por telefone, e que explicou o motivo de sua renúncia.
Nevton Borba herda cargo
Com a renúncia de Bartolomeu Bueno da presidência do conselho deliberativo do Santa Cruz, a "batata quente" caiu no colo de Nevton Borba, primeiro secretário do conselho. É ele quem assume, momentaneamente, pelo menos é o que diz o estatuto, que, por sinal, é omisso nos quesitos que tratam do conselho deliberativo - artigos 41 a 63.
Procurado pelo Diario, Nevton mostrou-se bastante preocupado com o fato. "Não tem nada decidido sobre o que vai acontecer. Tudo foi muito rápido e vamos fazer uma reunião hoje (ontem) à noite para tratar do assunto", disse um tanto nervoso e deixando claro também que não teria tempo para assumir o posto por um período longo.
O artigo 28 do estatuto do clube trata do preenchimento dos cargos vagos no conselho deliberativo - caso onde enquadra-se a renúncia do presidente. Nele diz que cabe ao presidente executivo, Fernando Bezerra Coelho, ou o seu substituto legal - o vice Sidnei Aires -, em um prazo de 8 dias, convocar uma assembléia geral extraordinária para preenchimento do cargo vago. Há quem diga também que a escolha pode ser dada dentro do próprio conselho, que faria uma reunião extraordinária e, entre os conselheiros, indicaria o novo presidente. A definição oficial deve sair nos próximos dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário