quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Santa quer revanche e ampliar embalo


Vitória coral eleva o moral do time às vésperas do clássico contra o Náutico, nos Aflitos

A notícia estava no site oficial do Santa Cruz na última segunda-feira: "Torcida quer revanche contra o Azulão". O texto tratava sobre o Campeonato Pernambucano de 2007. Apesar de rebaixada, a Cabense foi a única equipe que bateu o tricolor nos primeiro e segundo turnos. Demorou quase dois anos, mas a hora de uma possível vingança chegou. Hoje, a partir das 21h, no Gileno de Carli, no Cabo de Santo Agostinho, pela sexta rodada da edição atual do Estadual, os dois times voltam a se encontrar.

Diferentemente do cenário apresentado há duas temporadas, Santa Cruz e Cabense vão muito bem obrigado. O time da capital está na terceira colocação, com 12 pontos conquistados, e vem de três vitórias consecutivas. Perde a vice-liderança para o Porto no saldo de gols. O representante do Cabo tem dois pontos a menos, na quinta colocação. São concorrentes por uma das duas vagas do Estado à primeira edição da Série D do Campeonato Brasileiro.

O Santa Cruz tem a possibilidade de terminar esta sexta rodada empatado em número de pontos com o Sport na coliderança. Basta vencer o confronto desta noite e torcer por uma derrota dos rubro-negros diante do Ypiranga, também hoje, no Estádio Otávio Limeira Alves, em Santa Cruz do Capibaribe. Tarefa praticamente impossível, entretanto, será tirar a vantagem do arquirrival no critério de saldo de gols. A diferença atualmente é de 11 gols positivos do Leão contra 1 da Cobra Coral.

Além de deixar os tricolores bem vivos na disputa do primeiro turno da competição e ainda com um confronto direto para fazer diante do Sport, a vitória também serviria para elevar ainda mais o moral do time nos Aflitos, próximo domingo, pela sétima rodada, no primeiro clássico desde o dia 11 de abril de 2007. As lembranças do último jogo dessa grandeza, aliás, são doces para o Santa Cruz. Bateu os rubro-negros no Arruda pelo placar de 1x0, com gol de Marquinhos Catarina, jogando por terra a invencibilidade do rival na rodada derradeira do Estadual.

Da equipe que enfrentou a Cabense em 2007, somente o atacante Marcelo Ramos estará em campo esta noite. Na derrota por 3x2, dia 7 de fevereiro, no Estádio do Arruda, pela oitava rodada do primeiro turno, o artilheiro guardou o seu. Também balançou as redes no dia 8 de abril, pela oitava rodada do segundo turno, quando os tricolores caíram por 5x2 no Gileno de Carli.

A Cabense conta igualmente com a possibilidade de dormir esta noite na vice-liderança do primeiro turno. A combinação, porém, é mais complicada. Além de vencer o Santa Cruz, precisa torcer por derrota do Porto (12 pontos) diante do Salgueiro (5 pontos), no Estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro, e pelo menos por um empate do Náutico (11 pontos) contra o Sete de Setembro (4 pontos), no Gigante do Agreste, em Garanhuns.

Bittencourt troca o 4-4-2 pelo 3-5-2

Com meio de campo desfalcado, tricolor reforça a defesa com três zagueiros, no Cabo

Depois de cinco rodadas praticamente repetindo o esquema do time, as ausências do meia Leandro Gobatto - expulso na última partida - e do volante Elder - com uma lesão no joelho direito - forçaram o técnico Márcio Bittencourt a promover mudanças mais radicais na equipe. O treinador sinaliza uma formação montada no 3-5-2 esta noite, em vez do 4-4-2.

Desde o início da temporada, o treinador vinha trabalhando a equipe titular no 4-4-2. Mas, no final de jogos em que o time estava ganhando, alternava o esquema para o 3-5-2 para oferecer maior poder ao sistema defensivo e segurar o resultado.

Desta vez, porém, escala desde o início os zagueiros Leandro Camilo, Sandro e Thiago Matias. "Treinamos a equipe no 3-5-2 e no 4-4-2. Nas duas formações ela se portou bem", declarou Márcio Bittencourt.

O meia William está voltando à titularidade após cumprir suspensão por três cartões amarelos. "Estou pronto para retornar ao time e desenvolver o mesmo ritmo", disse o atleta.

Na intenção de manter a boa campanha que vem realizando no Pernambucano, o treinador Rogério Zimmermann, da Cabense, trabalhou bastante o lado emocional dos seus atletas para o confronto desta noite contra o Santa Cruz.

Segundo ele, o fato de estar jogando duas vezes por semana impede que se faça um trabalho técnico e tático mais aprofundado. "Jogamos domingo e tivemos apenas dois dias de preparação. Um deles nós usamos para as revisões médicas. No outro, fiz um trabalho de posicionamento", explicou Rogério, que tentou motivar mais ainda os atletas com palavras.

"Falei para eles que, se quiserem ganhar, vão precisar estar no limite, ou até acima dele: físico, técnico e emocional. O Santa Cruz é uma grande equipe do futebol nacional e vem numa crescente", analisou Zimmermann.

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