quinta-feira, 6 de março de 2008

A união passa bem longe do Santa Cruz


Marcos Pastich


06/03/2008


Reunião de ontem, que discutiria a situação do clube, não aconteceu por falta de participantes
Conversa entre os dirigentes não durou dez minutos

FELIPE FERRAZ


Quem tinha esperanças que a reunião entre o atual e os ex-presidentes do Santa Cruz pudesse trazer algum alento para o clube, terminou ficando a ver navios. Dos 15 convidados para a conversa, só cinco compareceram ao lugar do encontro - o presidente em exercício, Edson Nogueira, o ex-presidente da Comissão Patrimonial do Santa Ricardo de Paula e os ex-mandatários Alexandre Mirinda, José Neves e Romerito Jatobá. A conversa não chegou a durar nem dez minutos. Logo após sua chegada, Edinho se retirou do local, afirmando que não havia quorum suficiente.


“A reunião perdeu o sentido. Para mim não existe motivação para um diálogo entre cinco pessoas, dos quais um nem chegou a ocupar o cargo. A expectativa era que viessem pelo menos 12 convidados, mas não chegamos nem a metade disso. Saio consciente de que fiz a minha parte”, declarou o atual presidente do Santa Cruz, Edinho.

Idealizador da reunião, José Neves esperava oferecer ajuda para o presidente Edinho. “Queríamos saber em que poderíamos ser úteis. Deixei o barco correr até agora, mas já é hora de entrarmos de cabeça nessa história”, falou o ex-mandatário coral, que aproveitou para negar as especulações de que, nesse diálogo, iriam pedir a renúncia de Edinho. “Isso não existe. Que a gestão é ruim, é um fato, mas não acredito que tirá-lo seja a melhor solução. Acho que o trabalho está errado, esse deve ser o nosso foco”, completou.


Visivelmente desapontado com o final precoce da conversa, o ex-presidente Mirinda defendeu a união nesse período de crise. “O Santa está vivendo o pior momento de sua história e apesar de nem todos terem desprendimento e humildade para estar aqui, temos que deixar o passado de lado, antes que seja tarde”, afirmou. Apesar do fracasso, os ex-presidentes corais não desistiram da idéia de ajudar o Santa. “Tentamos uma solução entre os que já sentiram o peso do cargo de presidente coral. Se não deu certo, vamos pedir ajuda dos dirigentes e diretores. O que não podemos fazer é deixar a situação como está”, falou Mirinda.

Tilico xinga o técnico e sai
GUSTAVO LUCCHESI
Como se não bastasse o baixo número de atletas no elenco tricolor, que conta atualmente com apenas 23 jogadores, o treinador do Santa Cruz, Fito Neves, teve mais uma baixa ontem. Em treino realizado pela manhã, o atacante Diogo Tilico se queixou de uma entrada dura do lateral Chiquinho. Inconformado, Tilico foi tirar satisfações com o seu companheiro, porém, foi segurado pelos outros jogadores. Após a confusão, Fito expulsou o atacante do treino. No caminho para os vestiários, o atleta jogou o colete de treinamento no chão e saiu esbravejando. “Time de maricas. Na hora do jogo ninguém faz nada. E ainda por cima, esse filho da p... não marca nem falta”, disse Tilico se referindo ao comandante tricolor.

Ao término do trabalho, Fito pediu, imediatamente, o desligamento do atacante do grupo de jogadores, sendo prontamente atendido. Diogo Tilico chegou no Arruda no dia 28 de dezembro do ano passado, mas só teve a sua documentação regularizada no dia 13 de fevereiro, não marcando nenhum gol pelo Tricolor.

Possuindo um elenco bastante reduzido, Fito já sinaliza para uma provável mudança de esquema tático para a partida contra o Sete de Setembro, domingo, no Gigante do Agreste, na rodada de abertura do hexagonal da morte. Sairia do 4-4-2 para o 3-5-2.

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