sexta-feira, 25 de julho de 2008

Centralinos estão indignados

Diego Nigro/Arquivo Folha



Caruaruenses ficaram revoltados com a declaração do tricolor Alexandre Oliveira
Jogador disse que suas declarações sobre Marco Antônio foram distorcidas
RICARDO PERRIER e GUSTAVO LUCCHESI

O clima de tristeza que tomou conta do Central, um dia após o empate com sabor de derrota diante do Santa Cruz, só não foi maior do que a indignação da comissão técnica e diretoria alvinegra com as declarações do volante e capitão tricolor, Alexandre Oliveira, sobre a conversa com Marco Antônio, momentos antes dele desperdiçar a penalidade que poderia ter assegurado a vitória da Patativa. Por sua vez, o atacante alvinegro, apesar de ter comparecido ao estádio Lacerdão, no início da tarde de ontem, acabou sendo liberado pelo treinador Marcelo Villar, devendo retornar nesta manhã para o treino final antes da viagem até Mossoró/RN, onde o time enfrenta o Potiguar, domingo.

Ao término do treino dos atletas que não atuaram diante do santa Cruz, o treinador disse que praticamente não teve tempo de conversar com Marco Antônio, porém revelou ter encontrado o atleta cabisbaixo e muito sentido ao descer para o vestiário ao término da partida.

Quanto ao teor das declarações feitas pelo capitão do Santa Cruz, revelou ter tomado conhecimento através da Imprensa, reprovando a atitude do atleta tricolor. “Achei uma coisa absurda o que ele fez, porque esse tipo de coisa dentro de campo acontece a todo momento. Agora tornar público uma situação como essa, principalmente com um profissional como Marco Antônio, que a gente conhece a fundo, é uma situação reprovável”, avaliou, assegurando ter total confiança no caráter do jogador.

Sobre as reclamações da torcida, pelo fato de o atacante ter sido escolhido para a cobrança da penalidade, Villar lembrou que os batedores oficiais, Williams e Leonardo, não estavam em campo.

Do outro lado da história, o volante e capitão tricolor, Alexandre Oliveira, mostrou-se bastante sentido com a proporção que as declarações tomaram. Segundo o atleta, a sua intenção não era prejudicar ninguém. Ele questionou também a forma como suas palavras foram editadas pelas emissoras de televisão. “Eu não estou nem tão preocupado comigo, mas sim com o Marco, que deve estar bastante abalado. Ele é um cara de caráter, um grande profissional e sofreu com uma fatalidade do futebol, apenas isso. Não teve nada de acordo, apenas catimbei, dizendo para ele olhar para a torcida e se desconcentrar. Todo jogador faz isso. Agora, fiquei bastante chateado com a forma que minhas declarações foram colocadas, como se tivesse havido algum acordo para que ele perdesse o pênalti”, disse Alexandre.

Em relação à partida decisiva de domingo, diante do Campinense, no Arruda, o Tricolor não poderá contar com o zagueiro Wequisley, expulso diante da Patativa. Seu provável substituto é o volante Leandro Biton, que retorna de suspensão.

ARBITRAGEM

A CBF divulgou ontem o trio de arbitragem que irá comandar a partida do Mais Querido, domingo. O juiz sorteado foi o sergipano Antônio Hora Filho. Os seus assistentes serão os pernambucanos Élan Vieira e João Albert.

Nada de corpo mole no Campinense

Léo Lisbôa

Para quem achava que a classificação antecipada do Campinense para a segunda fase da Série C poderia tirar o foco do time paraibano do jogo de domingo, contra o Santa Cruz, no Arruda, enganou-se. De olho na primeira colocação da chave, o técnico Freitas Nascimento não deve poupar ninguém, escalando a Raposa com o que tem de melhor a sua disposição.
Com três pontos de vantagem sobre o Santinha, segundo colocado, o Campinense ainda pode perder a liderança do Grupo 5 para o adversário. Caso sejam derrotados por três gols de diferença, os paraibanos repassariam a liderança para o Tricolor do Arruda. “Respeitamos o Santa Cruz, mas se deixarmos de ser o primeiro colocado, na próxima etapa perderíamos a chance de decidir dentro de casa”, disse o presidente da Raposa, Saulo Minah. O dirigente citou como exemplo esta fase, pois se não tivessem conquistado a classificação antecipadamente, eles estariam decidindo uma vaga, domingo, no Arruda.

Quando questionado sobre os incidentes que aconteceram em Campina Grande, na estréia das equipes na Série C, quando os torcedores das duas equipes se enfrentaram, o presidente do Campinense se mostrou tranqüilo. “Aquilo foi um caso à parte, entre as torcidas organizadas. Confio na polícia, acredito que nada aconteça” afirmou. Mesmo classificado, Saulo Minah tem consciência que o jogo não será fácil. “Estamos preparados para as adversidades”.

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