quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Lideranças falam em novo “marco zero”
Todos os postulantes à presidência do Santa Cruz para o biênio 2009/10 abriram mão das candidaturas em prol da do secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho. Todos apostam que ele pode atrair investidores para aliviar todos os problemas tratados pela série encerrada hoje pelo JC. Marcos Leandro
mleandro@jc.com.br
Antônio Luiz Neto, Fernando Veloso, Romero Jatobá Filho, Fred Arruda, Felipe Rego Barros, Ricardo de Paula, Rui Monteiro e até o ex-jogador Ramon. Depois do empate por 1x1 com o Campinense, no Arruda, que praticamente eliminou o Santa da Série C do Brasileiro, muitos foram os nomes ventilados para a suceder Edson Nogueira, Edinho, na presidência coral. O pleito, que foi antecipado do dia 12 de dezembro para 30 deste mês –, se anunciava como um dos mais acirrados dos últimos tempos, mesmo com o tricolor endividado e momentaneamente sem divisão a disputar no Nacional em 2009.
O bate-chapa e todo esse cenário esvaiu-se em virtude da candidatura do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado e presidente do Porto de Suape, Fernando Bezerra Coelho, 50 anos, natural de Petrolina, na qual já foi prefeito em três oportunidades. Até então desconhecido do grande público no cenário futebolístico, ele aceitou a missão de tentar resgatar a nau tricolor, hoje afundada em um mar de dívidas (estimadas em R$ 60 milhões) e decepções. Todos os grupos políticos retiraram suas candidaturas, apostando na capacidade de Bezerra Coelho atrair investimentos.
O discurso das lideranças corais é que o Santa pode estar vivendo um “marco zero”, mesmo aos 94 anos de vida. Para grande parte da torcida, Fernando Bezerra Coelho surge como salvador da pátria. Mostrando satisfação com o convite, o secretário rechaçou logo o rótulo. Segundo ele, vai ser preciso muito trabalho de todos os tricolores na tentativa de soerguer o clube.
E ao que parece, ele está querendo trazer nomes de peso para o Arruda. Pessoas que não vinham envolvidas no processo eleitoral do clube. “O secretário comentou que queria um nome de impacto na sociedade para o Conselho Deliberativo e chegou a citar o nome de Marcos Magalhães, presidente do Conselho da Philips, só como exemplo. O importante foi que todos os grupos que postulavam à presidência do clube deixaram Bezerra Coelho bem à vontade para definir sua equipe de trabalho”, destacou Fred Arruda, da Aliança Coral. O nome do senador Marco Maciel também foi ventilado, assim como os deputados federais Bruno Rodrigues e André de Paula.
Na próxima sexta-feira, está marcado um novo encontro, agora para decidir a formação da chapa do Conselho Deliberativo. Nomes de cerca de 300 conselheiros estão sendo recolhidos. O vice do Executivo só deve ser decidido na semana que vem, já que a chapa poderá ser registrada até o dia 22 deste mês.
“A tendência é que o secretário traga gente nova para dentro do clube e isso é bom, pois quem vier não vai ter o ranço político. Fiz apenas um pedido, se alguma outra facção for contemplada com um cargo, gostaria que Antônio Luiz Neto ou Ricardo de Paula também fizessem parte. Eu, particularmente, vou ajudar de outra forma”, disse Romero Jatobá Filho, que era vice na chapa União de Verdade, encabeçada por Antônio Luiz Neto. Antes, Romerito tinha tentado lançar Ricardo de Paula, que comandou a comissão patrimonial na sua gestão.
“Recuperação do Santa exigirá calma”
Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado e presidente do Porto de Suape, Fernando Bezerra Coelho, 50 anos, aceitou o desafio de comandar o soerguimento do Santa Cruz. Atarefado, ele assume que vai montar uma equipe de trabalho para servir integralmente ao clube, hoje eliminado do Nacional.
SALVADOR-DA-PÁTRIA
Não existe salvador-da-pátria. O projeto de recuperação do clube precisa do apoio de todos os tricolores. Como torcedor, nunca imaginei que poderia viver esse momento. Porém, ser presidente do Santa Cruz é uma satisfação pessoal. A recuperação do Santa exigirá calma. O pensamento primeiro é voltar para a Série C depois para a B do Brasileiro.
TEMPO
Será muito complicado conciliar as tarefas de secretário de Estado e a de presidente do Santa. No entanto, foi me concedida a liberdade para montar uma equipe profissional que possa se dedicar integralmente ao clube nos próximos dois anos. Dessa forma, ficarei liberado de algumas atividades do dia-a-dia para me concentrar em articular políticas estratégicas para captação de recursos para solucionar problemas emergenciais e também formar um time competitivo já para o Pernambucano.
DINHEIRO E PROJETOS
A torcida é imensa, sobretudo nos segmentos C e D. Tem empresas de material esportivo, bancos e supermercados, interessadas nesse público. Minha primeira medida foi pedir uma auditoria ao presidente Edson Nogueira, para conhecer a realidade das contas do clube. A partir daí, também vamos realizar um projeto para a recuperação do Arruda (o anel superior está interditado), como também das categorias de base.
EQUIPE DE TRABALHO
Para minha alegria, recebi o aval para formar as duas chapas (Conselho Deliberativo e Executivo). Estamos conversando com alguns nomes novos e fiquei muito feliz de ter recebido o apoio das lideranças do clube, independentemente de cargo.
TÉCNICO
É prematuro para falar em perfil de técnico. Não sabemos nem quem vai ser o responsável pela gestão do futebol, quanto mais para especular nome de treinadores.
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