terça-feira, 14 de outubro de 2008

Fórmula do Santa não agrada à FPF


Presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto Oliveira, disse que a proposta dos tricolores não satisfaz à entidade, embora admita discuti-la no Conselho Arbitral

O Santa Cruz ganhou um forte opositor na tentativa de instituir para a elite do Campeonato Pernambucano da próxima temporada uma fórmula semelhante à utilizada no Campeonato Paulista. Em entrevista concedida à Rádio JC/CBN, ontem, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Carlos Alberto Oliveira, revelou desaprovar o formato, mas ratificou o direito de os tricolores apresentarem a proposta durante o Conselho Arbitral. O encontro está marcado para o próximo dia 30, na sede da entidade.

Durante o fim de semana, o presidente recém-empossado do Santa Cruz, Fernando Bezerra Coelho, declarou que a única fórmula interessante para os tricolores seria a de pontos corridos entre os 12 clubes, em turno e returno, com os quatro melhores classificados após a primeira fase duelando em mata-matas na semifinal e na final. “Se não for dessa forma, é melhor deixar como está”, disse FBC ao site oficial do Santa. O dirigente avisou, inclusive, que vai procurar Carlos Alberto Oliveira para conversar.

Mas o presidente da FPF já se adiantou aos fatos. “Sinceramente, não gosto do regulamento do Campeonato Paulista, não o acho justo. Um time que soma 40 pontos não pode correr o risco de perder para um outro que ficou com 17, depois de uma primeira fase que não vale praticamente nada. Apesar disso, não sou eu quem decide, mas os clubes. O Santa Cruz tem todo o direito de encaminhar a sua proposta ao Conselho Arbitral para que passe pela análise dos outros. Aliás, todo mundo tem o direito de apresentar uma fórmula preferida”, afirmou Carlos Alberto.

A preferência da entidade é pelo formato utilizado em 2001/2002/2004/2005/2006/2007. Relembrando: a competição é dividida em dois turnos. Em cada etapa, as equipes se enfrentam em jogos de ida. O melhor classificado leva a fatia e conquista o direito de disputar a final, com possibilidade de uma extra caso mais de um time contabilize o mesmo número de pontos. A equipe que vencer as duas fases é considerada campeã de forma direta. “Foram competições que deram certo em Pernambuco. O torcedor também gostou muito”, completou o dirigente.

Para mudar a fórmula atual antes do prazo de dois anos de vigência estabelecido pelo Código de Defesa do Torcedor, a FPF recorreu ao Juizado Especial do Torcedor do Estado de Pernambuco (Jetep). De posse de uma tutela antecipada concedida pelo juiz Aílton Alfredo de Souza, a entidade ganhou resguardo para executar a alteração com os 12 integrantes da elite do futebol local. Dois deles, entretanto, só serão conhecidos no próximo dia 29, um dia antes do Conselho Arbitral da Série A1, quando provavelmente termina a edição atual da Série A2 do Campeonato Pernambucano.

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