sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Palavra de Márcio Bittencourt basta ao Santa Cruz
Apesar do discurso dúbio do técnico Márcio Bittencourt, que insiste em negar em Ipatinga a sua transferência para o Santa Cruz, o diretor de comunicação tricolor, Antônio Carlos Vieira Júnior, disse que no momento o clube não tem como garantir juridicamente, como por exemplo por intermédio de um contrato, a transferência do treinador. Mas reforçou que a palavra do novo comandante nos contatos feitos até aqui é suficiente para acreditar na confirmação no fim do ano. O profissional tem acordo com o Ipatinga, lanterna da Série A do Campeonato Brasileiro, até 7 de dezembro.
Em coletiva para a imprensa mineira, Bittencourt admitiu o contato com três clubes, mas negou qualquer acerto com os corais. Para a imprensa pernambucana, deu a entender que já está pensando em como montar o elenco coral para a próxima temporada. “Não temos como fazer contratos agora ou amarrar o treinador. Mas, diante do que foi conversado, não há motivos para achar que ele não vem. Confiamos na palavra do treinador. Agora, a gente sabe como é futebol. Se de repente Bittencourt mudar de idéia, estaria quebrando a promessa. Procuraríamos outro nome normalmente”, disse Vieira Júnior.
O próprio presidente Fernando Bezerra Coelho mostrou-se despreocupado com as declarações de Bittencourt. “Nós entendemos as pressões que Márcio Bittencourt vem sofrendo após anunciarmos o seu nome aqui em Pernambuco. Ninguém gosta de perder profissionais, ainda mais na situação em que o Ipatinga se encontra, na zona de rebaixamento. Mas, no mesmo dia em que ele deu aquelas declarações, voltamos a conversar. Não tenho razão para achar que o processo tenha sofrido qualquer tipo de reversão”, declarou ao repórter Cabral Neto, da rádio JC/CBN.
O novo diretor remunerado tricolor, Luiz Antônio Ruas Capella, informou já ter “trocado as primeiras figurinhas” com o treinador da próxima temporada. O dirigente não poderá mais vir ao Recife esta semana, mas inicia os trabalhos de fato em Pernambuco no começo de novembro. No Santos, seu antigo clube, disse estar resolvendo os últimos assuntos pendentes.
Márcio Bittencourt está preparando a equipe para enfrentar o Figueirense, pela 30ª rodada da Série A. Quando assumiu o cargo, o time mantinha um rendimento de 26,9%. Sob o seu comando, tem um aproveitamento de 41,6%. “Márcio falou comigo que os caras (dirigentes do Santa Cruz) fizeram a proposta, mas que ele não aceitou. Nossa situação é muito clara. Se continuarmos na Primeira Divisão, o que acredito, o contrato será renovado. Caso contrário, não poderemos ficar com ele, até por questões financeiras”, ressaltou o presidente do Ipatinga, Itair Machado, ao site mineiro Super Esportes.
OBRAS
Continuam a todo vapor as obras de reestruturação do Arruda. Cerca de cem homens têm trabalhado no gramado e nas arquibancadas do estádio desde o início desta semana.
CBF manda recado para jurídico coral
O diretor técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Virgílio Elísio, não escondeu a irritação ao ser solicitado a comentar a intensão do Santa Cruz de tentar uma manobra jurídica para permanecer na Série C do Campeonato Brasileiro. “Virada de mesa é coisa ultrapassada e sepultada no futebol brasileiro. Quais são os argumentos do clube para querer participar da Terceira Divisão sem ter atingido o índice técnico estabelecido para conquistar tal direito?”, questionou o cartola.
O presidente do Conselho Deliberativo tricolor e vice-presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o desembargador Bartolomeu Bueno, informou que o Santa está estudando a melhor estratégia a ser adotada. “Diria para eles apenas que não perdessem tempo com isso. Mas, se ainda assim quiserem entrar na Justiça, tudo bem, espero para me manifestar. O ruim é criar uma expectativa para a grande torcida do Santa Cruz sobre algo que não se confirmará”, avisou Elísio.
O dirigente relembrou também os rebaixamentos de outros clubes grandes do futebol nacional para a Série B. “O presidente Ricardo Teixeira já negou benefícios para Palmeiras, Botafogo, Grêmio e Atlético-MG, por exemplo. Não teria problema nenhum em negar para mais um. O responsável por tudo o que for relacionado às competições sou eu. Posso garantir que estamos muito bem embasados juridicamente para criar a Série D”, completou.
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