A hora do renascimento coral

Ivve Rodrigues/Arquivo Folha	Estadual é o primeiro degrau do Santa Cruz para voltar ao patamar das glórias
Tricolores depositam todas as esperanças de mudança em Bezerra Coelho
Gustavo Paes

Um presidente, um projeto, uma torcida. A esperança voltou a tomar conta dos tricolores depois que Fernando Bezerra Coelho assumiu o comando do Santa Cruz, planejando e executando reformas em várias áreas dentro do clube. Todas as suas ações foram aplaudidas pela apaixonada torcida, mas é agora, no Campeonato Pernambucano, que o trabalho da nova diretoria coral vai ser realmente testado, pois todos sabem que, no final das contas, pesa realmente o desempenho no futebol. No próximo domingo, diante do Sete de Setembro, no estádio Gigante do Agreste, o Mais Querido dá o pontapé inicial na nova fase, sob os cuidados da dupla Márcio Bittencourt (treinador) e Luiz Antônio Ruas Capella (diretor de futebol), responsáveis diretos pelos reforços para a nova temporada.

Até o momento, foram 18 contratações. Quem apostou que o Santa Cruz não teria condições de seduzir grandes nomes, mesmo disposto a abrir os cofres (poderia pagar até R$ 30 mil de salário), acertou. A dificuldade com a queda de divisão (o Tricolor vai ter que ficar entre os cinco primeiros no Campeonato Pernambucano para poder disputar a Série D do Brasileiro na continuidade da temporada) acabou afastando os craques do Arruda. Mas a felicidade de contar novamente com o artilheiro Marcelo Ramos já deixou os tricolores entusiasmados. O outro nome bastante conhecido da torcida pernambucana é o zagueiro Sandro. Entre os desconhecidos que chegaram, quem está causando furor é o meia Leandro Gobatto. Ele chegou ao time para comandar o meio-campo e está indo bem nos treinamentos.

As dificuldades para a disputa do Campeonato Pernambucano já são conhecidas de todos. Os rivais, Sport e Náutico, conseguem investir mais e melhor por conta da presença na elite do futebol brasileiro. Mas o Santa Cruz quer provar que, mesmo com um time mais humilde, pode buscar o título estadual, principalmente se a torcida jogar junto com a equipe. Para Fernando Bezerra Coelho e Márcio Bittencourt, os grandes nomes fora dos gramados, os tricolores precisam ter paciência, pois com a mudança geral no elenco vai ser difícil ter uma equipe entrosada no início do torneio. E, apesar de não abrirem mão do título, acreditam que o Campeonato Pernambucano pode ser fundamental para a preparação da base que, caso o time se classifique, vai lutar para voltar a Série C no próximo ano.