Santa Cruz perdeu para o Porto em casa, por 2 x 0, e a ameça do rebaixamento agora passa a ser real
José Gustavo
Da equipe do Diario
Escrever o quê de mais uma derrota do Santa Cruz? Este espaço reservado para a reportagem da partida de ontem contra o Porto, no Arruda, deveria ser preenchido com uma tarja preta. Pronto. Ela, simplesmente, diria tudo. Ponto final. Mas a obrigação profissional não permite. O leitor do Diario e os torcedores corais, que não perderam seu tempo indo ao estádio, têm todo o direito de saber como foi mais este vexame tricolor, que perdeu por 2 x 0 - e ficou barato - para o Gavião do Agreste.
Pode-se resumir tudo o que está acontecendo com o Santa Cruz em uma única frase: a equipe coral está desmoralizada. Nenhum adversário tem mais respeito pelo Tricolor. O time vulgarizou-se. Seja jogando em casa ou longe dos seus domínios. Seja quem for que enfrente, o adversário deita e rola. Faz, literalmente, o que quer. Joga fácil, toca a bola, faz pressão, coloca na roda e vence. Na pior hipótese, empata.
O Santa Cruz é um time sem alma, sem a mínima motivação. Um time que entra em campo já derrotado. E a culpa não é dos garotos do juniores que estão nesta fogueira de labaredas enormes tentando, com um balde de praia - daqueles de criança -, apagar o fogo.
Isso vai levando o time ao desespero. A equipe já está chegando perto da porta do rebaixamento à segundo divisão do Campeonato Pernambucano. A gordura de sete pontos, diminuiu para cinco e, agora, chegou a apenas dois pontos de diferença. O Santa tem 16 e o Vera Cruz, o primeiro da zona de queda, 14 pontos. Ou seja, quem ainda dizia que o rebaixamento não ameaçava, já caiu na real.
O jogo - Ontem, no Arruda, a equipe coral beirou o bizarro. Foi engolida pelo Porto, que abriu o placar logo aos 15 minutos de jogo. E claro que o gol saiu em mais uma falha feia da zaga. Leandro Biton cortou a bola errado e Márcio, na entrada da pequena área, chutou sem defesa para Paulo Musse. Dez minutos depois, Márcio deu um chute despretensioso, cruzado, e Guego desviou com a ponta do pé. A bola bateu na trave e, sutilmente, morreu no fundo da meta de Paulo Musse: 2 x 0.
E a reação? Nenhuma. E a força? Não existia. Para complementar o triste e bisonho espetáculo, Rosembrick, capitão do time, chutou, sem bola, um adversário em um lance infantil, sem necessidade, de violência gratuita e anti-desportiva. Foi expulso aos 47 minutos do segundo tempo. Foi isso. Fiz minha parte.
Santa Cruz 0 Paulo Musse; William, Marcelo Heleno, Leandro Biton e Alexandre Aguiar (Max); Memo, Alexandre Oliveira, Allan Reuber (Miller) e Rosembrick; Thomas Anderson e Rafael Rebelo (Gilberto).
Técnico: Fito Neves.
Porto 2 Danilo; Val, Gonçalves, Stanley e Arlindo; Cosme (Juninho), Vágner Rosa, Márcio e Guego; Paulista e Marlos (Rogério).
Técnico: Erasmo Forte.
Local: Estádio do Arruda.
Horário: 20h30.
Árbitro: Carlos Costa.
Assistentes: Ubirajara Ferraz e Elan Vieira.
Gols: Márcio e Guego (P).
Cartões Amarelos: Marcelo Heleno e Memo (SC); Val, Vágner Rosa, Juninho e Paulista (P).
Cartão Vermelho: Rosembrick (SC); Paulista (P).
Público total: 5.976.
Renda: R$ 6.060,00.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário