terça-feira, 4 de março de 2008

Santa Cruz sepulta parceria com empresa de Ricardo Rocha

De Márcio Markman
Em Recife

O que parecia a luz no fim do túnel para o Santa Cruz se reerguer e voltar a brigar por títulos e pela volta à elite do futebol brasileiro não passou sequer pelo primeiro teste. A parceria montada com a empresa RT Sports, dos ex-jogadores Ricardo Rocha e Alexandre Torres, foi sepultada pelo Tricolor do Recife logo após o primeiro turno do Campeonato Pernambucano.
O Santa Cruz terminou o turno na sétima posição e, com isso, não briga mais pelo título pernambucano. A partir de domingo, disputará a permanência na elite estadual, com outras cinco equipes, no que foi classificado como "hexagonal da morte". O torneio paralelo define as duas equipes rebaixadas para a segunda divisão pernambucana.
A patente falta de qualidade dos jogadores trazidos pela RT Sports tem sido apontada como o principal motivo da derrocada tricolor. Alguns jogadores foram dispensados antes mesmo do término do primeiro turno, como os goleiros Ricardo Ribeiro e Eduardo, os meias Juninho e Noel e o atacante Roma. Outros, casos do zagueiro Marcelo Heleno, do atacante Diogo Tilico e dos laterais Willian e Chiquinho nunca chegaram a agradar e suas permanências no Arruda são dadas como incertas.
Apesar do presidente Edson Nogueira não ter se pronunciado oficialmente, alguns diretores de Futebol falaram abertamente sobre o assunto. "É inevitável (o fim da parceria). O Ricardo já não mantém contato com a diretoria há algum tempo. O presidente acreditou numa parceria que qualquer um acreditaria, já que Ricardo Rocha é um tetracampeão mundial, uma pessoa honesta e torcedor do Santa Cruz. Mas ela está chegando ao fim", comentou Constantino Júnior.
Outro diretor, Sylvio Belém, foi pela mesma linha de raciocínio. "Acho que a parceria foi um fracasso pela qualidade dos jogadores que foram trazidos. Para mim, está definitivamente sepultada. Inclusive Ricardo Rocha não tem sido ouvido sobre os jogadores que estão sendo trazidos agora, como Jean (goleiro) e Rafael Mineiro (lateral)", disparou. O dirigente, no entanto, afirmou que os poucos jogadores que mostraram alguma qualidade, como o atacante Rafael Rebelo e o goleiro Paulo Musse, podem continuar. "Quem tiver contrato e o técnico Fito Neves disser que quer contar, continua", esclareceu.
Esta segunda, a diretoria anunciou a compra de mais 20% dos direitos federativos do meia Carlinhos Paraíba, que pertenciam ao Nacional, de Patos/PB. Agora, o Santa Cruz tem 45% dos direitos, enquanto os outros 55% pertencem ao próprio atleta e ao seu empresário. No entanto, a saída do jogador já é dada como certa por algumas fontes do clube.

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