Laterais Chiquinho e William foram desligados, enquanto Adeíldo nem chegou a assinar contrato
Nem mesmo a injeção de R$ 200 mil no caixa foi suficiente para evitar a continuação do desmanche no elenco de profissionais do Santa Cruz. Ontem à tarde, o lateral-direito William e os laterais-esquerdos Chiquinho e Adeíldo, este último contratado havia menos de um mês junto ao Ypiranga, foram desligados do grupo e não participam da Série C do Campeonato Brasileiro pelo time coral.
Chiquinho estava insatisfeito com o atraso salarial e recebeu uma boa proposta do Ceará, integrante da Série B do Nacional. O jogador havia informado sua saída na noite de segunda-feira, mas ainda não havia conversado com o presidente Édson Nogueira até ontem. “Paciência. Se não quer permanecer, que ele tenha sorte em outro lugar”, declarou Edinho.
Sobre William, a versão oficial do clube é de que o jogador foi dispensado por deficiência técnica. O técnico Fito Neves foi o responsável pela demissão. O treinador, entretanto, demorou do dia 23 de abril, quando iniciou o recesso de 12 dias oferecido ao elenco, até ontem para chegar a essa conclusão, quase um mês de intervalo. “Poderia ter me falado antes. Espero que haja pessoas melhores onde eu for”, disse o agora ex-lateral tricolor.
Quanto a Adeíldo, os componentes do departamento médico não recomendaram a assinatura do contrato por conta de uma hidrocele – acúmulo de líquido nos testículos. Uma possível cirurgia no local demandaria cerca de dois meses de recuperação. “Temos o testemunho dos médicos do Ypiranga que esse problema não interfere no desempenho do jogador dentro do campo”, rebateu o agente do atleta, Helton Borba, muito irritado.
A um mês e meio da estréia na Terceira Divisão, o Santa Cruz tem 17 jogadores vinculados ao elenco de profissionais, dos quais 11 têm idade de juniores. Os corais esperam receber ainda esta semana os zagueiros Stanley e Gonçalves e o meia Juninho, além do atacante Joélson, este apenas em junho. Os quatro têm os direitos federativos presos ao Porto, que terminou o Campeonato Pernambucano em nono lugar.
Grupo coral sugere terceirização a Edinho
O grupo de trabalho que se formou no mês passado com o intuito de estudar e indicar saídas viáveis para o soerguimento do Santa Cruz diagnosticou um grave problema de patrimônio na instituição. Em carta enviada ao presidente executivo do clube, Édson Nogueira, seus integrantes aconselharam a terceirização da exploração patrimonial como uma solução a ser adotada a médio e longo prazos.
“Com relação à crise patrimonial, recomenda-se todo o empenho na terceirização da exploração do patrimônio. Consideramos que o modelo da Arena Coral, com seus desdobramentos, atende plenamente aos objetivos, o que não inibe que outras sugestões ou propostas com a mesma filosofia possam ser analisadas”, diz um trecho da carta, enviada na última sexta-feira.
A diretoria do Santa Cruz vem conversando com o grupo Luso-Arena desde o ano passado. Na última semana, representantes dos dois lados voltaram a se falar e já marcaram um novo encontro. Atualmente, a principal batalha patrimonial dos corais é tentar convencer o governo do Estado de que o Arruda seria o lugar apropriado para receber jogos da Copa 2014, caso Pernambuco seja subsede.
A carta também expõe o que deveria ser a prioridade, na opinião deste núcleo de tricolores formado por pessoas de várias correntes políticas. “O grupo de trabalho entende, sr. presidente, que nesse momento toda prioridade, todas as energias, devem ser voltadas para a formação de uma equipe competitiva para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro.”
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Mais três jogadores se despedem do Santa Cruz
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