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“Estou esperançoso porque temos uma torcida fiel. Tenho toda uma história aqui e continuarei ajudando no Conselho. O Santa é uma legenda e voltará a ser um dos maiores times do País”, disse Maciel.
Como toda a história tem dois lados, a saga coral não foge à regra. Se alguém sentiu na pele os efeitos da baixíssima popularidade com a torcida, foi o atual presidente, Edson Nogueira. Ao anunciar as autoridades presentes que compunham a mesa na solenidade, como faz todo bom mestre de cerimônia, ele teve de ouvir vaias, várias vezes. Não era para menos. Cerca de 500 pessoas lotaram o auditório do clube. E não eram só conselheiros. Simples torcedores, cheios de esperança em dias melhores para o outrora Terror do Nordeste. Ao passar a palavra, por exemplo, para o recém-eleito presidente do Conselho, Bartolomeu Bueno, o novo dirigente foi logo dizendo, em tom de bom humor: “Eu pensava que já estavam me vaiando antes de assumir”.
Porém, o que mais impressionou mesmo foi a forma como os torcedores tratavam e abordavam Fernando Bezerra Coelho. Uma infinidade deles implorava por um simples autógrafo do futuro presidente. Outros colhiam a assinatura em fotos antigas ou pediam para tirar novas, ao lado dele. Parecia o próprio Messias, capaz de redimir todos os pecados cometidos pelo clube coral, ou pelo menos os dos últimos 20 anos, erros esses que fizeram o Santa cair cinco vezes de divisão e acumular dívida de R$ 60 milhões, afora outros R$ 20 milhões sobre os quais não restou nenhuma documentação, segundo o relatório da auditoria instalada no Arruda.
“Se não for o meu maior desafio, é o mais apaixonante. Como homem público, fui prefeito três vezes. Aqui lidamos com paixão. Foi um dia especial, que ficará na memória”, disse FBC.
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