Local da estréia pode ser alterado

Estádio Amigão, onde o Campinense-PB mandará seus jogos na Série C, ainda não foi liberado pelo Corpo de Bombeiros e tem até amanhã para conseguir a autorização da CBF

A estréia do Santa Cruz na Série C do Campeonato Brasileiro, no dia 6 de julho, contra o Campinense-PB, está ameaçada de não ocorrer mais no Estádio Ernani Sátyro, mais conhecido como Amigão, em Campina Grande. De acordo com documento divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em sua página oficial na internet, o local ainda não recebeu o aval do Corpo de Bombeiros. O prazo expira amanhã.

Caso os dirigentes do Campinense não consigam a liberação do Amigão até sexta-feira, o confronto será realizado fora da Paraíba. Nenhum outro estádio do Estado vizinho foi vistoriado pelos órgãos competentes, uma vez que o Treze-PB, o outro representante paraibano na competição, também é de Campina Grande e mandará suas partidas no Amigão. O Treze está no Grupo 6, o mesmo do Salgueiro, com quem estréia no Sertão pernambucano.

Segundo notícias veiculadas pela imprensa paraibana, as obras necessárias para a liberação do Amigão, um pedido feito pelo Corpo de Bombeiros e endossado pelo Ministério Público (MP) local, nem sequer começaram. De acordo com o MP em Campina Grande, em notificação do dia 15 de maio, os principais problemas encontrados foram infiltrações nas arquibancadas e falhas na rede elétrica.

Uma saída provável para os dirigentes do Campinense, se o Amigão permanecer interditado, é levar o confronto com os corais para o Rio Grande do Norte. Tanto o estádio do município de Santa Cruz, onde o Santa Cruz-RN mandará seus jogos, quanto o de Mossoró, casa do Potiguar, estão liberados pela Polícia Militar, Vigilância Sanitária e Bombeiros.

O Potiguar, aliás, também compõe a chave do Santa Cruz. No Grupo 5, está ainda o Central, que igualmente corre para conseguir a liberação do Luiz Lacerda. Assim como no caso do Amigão, está faltando a aprovação do Corpo de Bombeiros chegar à CBF. Os centralinos estréiam em casa, diante do representante do time de Mossoró.

MAIS VETADOS

Além do Amigão e do Luiz Lacerda, outros 22 estádios ainda não estão autorizados pela entidade máxima do futebol nacional para receber jogos da Série C (ver quadro acima). O caso mais grave é o do Rio de Janeiro, com quatro vetos. O Paulo Coelho, do Petrolina, também está interditado, já o Cornélio de Barros, do Salgueiro, liberado.

Contratações à vista no Arruda

Depois de um dia parado em termos de contratações, a diretoria do Santa Cruz pode anunciar novos nomes hoje. Os dirigentes estão dando prioridade para fechar com um meia e um atacante de referência. Mais um meia e um zagueiro também fazem parte das pretensões corais para a Série C do Campeonato Brasileiro. O último anunciado foi o goleiro Alexandre Fávaro, terça-feira passada. O jogador, que estava defendendo o Mirassol-SP, tem desembarque previsto para o próximo sábado.

Até o momento, o Santa Cruz já acertou com 16 atletas. O processo de contratações foi iniciado após o término da Série A1 do Pernambucano, no dia 23 de abril. No pacote, vieram dois goleiros, três zagueiros, dois laterais, três volantes, dois meias e quatro atacantes. “Realmente o dia foi um pouco parado. Estávamos aguardando algumas coisas. Mas amanhã (hoje) pode ser que surjam novidades”, declarou o diretor de futebol Constantino Júnior.

Esta tarde, o time coral – uma mescla de reservas dos profissionais e alguns integrantes dos juniores – volta a campo pela quarta rodada da segunda fase da Copa Pernambuco. A equipe comandada pelo assistente técnico Adílson Davi vai enfrentar o Salgueiro, no Cornélio de Barros, em Salgueiro. Os corais lideram o quadrangular semifinal, com nove pontos.

Romerito revela o desejo de voltar

O ex-presidente do Santa Cruz Romero Jatobá Filho já se movimenta nos bastidores do clube para lançar candidatura às próximas eleições, marcadas para o dia 12 de dezembro. O oposicionista fala, inclusive, em nomes para compor a chapa e os principais cargos no Arruda.

Romerito cita como exemplo de quadros que poderiam trazer a união e paz ao Arruda o ex-presidente patrimonial do clube Ricardo de Paula e o advogado Célio Avelino. “Mas se não aparecer um nome que consiga unir, pelo menos, 70% dos tricolores, eu serei candidato”, afirmou.

Embora sua derrota na última eleição do clube, em dezembro de 2006, tenha sido muito comemorada pela torcida, Romerito acredita que terá o poder de unidade no clube. “Para isso, vou trabalhar bastante. Estou conversando com algumas lideranças e tenho tempo para costurar alianças”, garante.

Romerito até então não havia se pronunciado oficialmente sobre a candidatura. Mas, nesta semana, demarcou de vez o desejo de retornar ao clube. “Conheço o Santa Cruz como ninguém. Já tenho a intenção de descentralizar poderes. Vamos trabalhar em cinco frentes, inclusive com a maior participação do Conselho”, concluiu ele, que teve uma administração muito contestada pela torcida.