quarta-feira, 2 de julho de 2008

Adversários iniciais do Santa são duros de encarar


Campinense e Central têm investido em boas contratações. Já o Potiguar deve ser o mais fraco

Assim que a Confederação Brasileira de Futebol divulgou o grupo do Santa Cruz na primeira fase da Série C, muitos torcedores ficaram preocupados. Isso porque a chave do tricolor, composta por Campinense, Central e Potiguar de Mossoró, é uma das mais fortes da competição. Só para se ter uma idéia, as folhas salariais do Campinense, adversário da estréia no próximo domingo, e do Central, rival da 2ª rodada, giram em torno de R$ 200 mil e R$ 130 mil, superiores ou bem próximas dos salários pagos ao elenco coral, que devem fechar em R$ 150 mil. O Potiguar aparece como o primo pobre do grupo, com uma folha de R$ 80 mil/mês.

De fato, o rubro-negro paraibano e a Patativa do Agreste aparecem como os dois principais obstáculos para o Santa Cruz na caminhada inicial da Terceirona. Vale lembrar que apenas dois clubes passam à segunda fase, enquanto os eliminados estarão automaticamente rebaixados para a recém-criada Série D.

No Campinense, o ponto forte é a manutenção da base do time campeão paraibano. Na final, a equipe derrotou o rival Treze, que contava com vários jogadores hoje titulares no time do técnico Fito Neves, como os volantes Garrinchinha e Reinaldo, o lateral-direito Rafael Mineiro e o atacante Cléo.

“Aqui em Campina Grande, o otimismo é grande para a uma boa participação do Campinense, que é apontado junto ao Central como os dois favoritos do grupo. O Santa Cruz vem sendo chamado de Treze B”, destaca o editor de esportes do Diário da Borborema, Jamílton Soares.

O maior problema da Raposa para a Série C foi a saída da dupla de ataque Fábio Júnior e Marquinhos Marabá, responsável por 24 dos 52 gols marcados pelo time no estadual. Por outro lado, chegaram o atacante Paulinho Marília e Paulinho Macaíba, e os meias Élvis (campeão da Copa do Brasil de 2004 pelo Santo André) e Wanderley (ex-Icasa). A estrela do time, porém, continua sendo o meia Washington, que passou pelo Santa em 2006.

Já o Central também apostou na manutenção da base do Estadual. Entre outros, permaneceram o atacante Leonardo e o zagueiro Bebeto, além do técnico Marcelo Villar. A diretoria também investiu em jogadores conhecidos do torcedor pernambucano, como o atacante Marco Antônio (ex-Sport, Náutico e Santa), o volante Djalma (ex-Sport e Santa) e o meia Aílton (ex-Náutico). “Nosso planejamento é conseguir o acesso à Série B. Mas a chave é muito forte”, analisou o presidente centralino Ronaldo Lima.

Já o Potiguar deve ser o fiel da balança no grupo 5. Do time vice-campeão estadual apenas o volante Everton e o meia Max permaneceram no alvirrubro. Ao todo foram feitas 18 contratações, a maioria de desconhecidos. O nome mais badalado é o do volante Haroldo, que defendeu o Vasco em 2000.

“O discurso da diretoria é o de tentar chegar à 3ª fase e evitar a queda para a Série D”, resumiu o editor de esportes do jornal O Mossoroense, Sérgio Oliveira.

Sidraílson desmente acerto

O zagueiro Sidraílson, que foi anunciado como novo reforço pela diretoria do Santa Cruz na semana passada, negou que tenha fechado novo acordo com o seu clube de origem. O defensor atuou por duas temporadas no futebol Chinês e estava sendo esperado ontem no Arruda pelos dirigentes.

O atleta prometeu fechar as negociações ainda hoje, no Arruda. “Os diretores divulgaram o acerto nas rádios e também na internet, mas a notícia não é verdadeira. Recebi uma proposta, fiz uma contraproposta e estou aguardando a resposta”, explicou Sidraílson.

A melhor temporada do zagueiros no Arruda foi em 2005, quando não era titular, mas participou ativamente do título da Série A1 do Pernambucano e da ascensão à Série A do Campeonato Brasileiro. “Estava muito bem na China. Quero ficar seis meses no Brasil para decidir a minha vida.”

Sidraílson está em Pernambuco desde maio, quando retornou da Ásia. “Independentemente de permanecer ou não, espero que o Santa Cruz possa fazer uma excelente campanha e volte à Série B. Ninguém quer ver o clube do jeito que está”, disse o jogador.

Se o retorno do prata da casa está indefinido, outros dois jogadores foram apresentados ao técnico Fito Neves na manhã de ontem: o lateral-direito Bruno, que foi dispensado pelo Sport, e o meio-campista Rafael Oliveira, contratado ao Paysandu-PA. Os dois já treinaram com o elenco.

A idéia dos diretores é trazer ainda para esta primeira fase da Série C do Campeonato Brasileiro pelo menos mais um meia. Se for possível, um goleiro, um zagueiro, um outro meia e mais um atacante também desembarcam durante a campanha.

Juninho é liberado para jogar

Depois de reavaliar as condições clínicas de Juninho, o médico tricolor Ivo Melo garantiu que o jogador estará em campo para enfrentar o Campinense-PB, no próximo domingo, no Estádio Ernani Sátyro (Amigão), em Campina Grande, pela estréia do Grupo 5 da Série C do Campeonato Brasileiro.

Juninho sentiu uma fisgada na musculatura posterior da coxa esquerda durante a primeira partida da final da Copa Pernambuco contra o Atlético Pernambucano, domingo passado, em Carpina. “Ele nunca teve uma lesão muscular. Por isso não sabia dizer muito bem o que estava sentindo”, disse Ivo.

De qualquer forma, o atleta ainda aguarda a regularização na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para poder estrear. A mesma expectativa vivem o zagueiro Wecquisley, o lateral Marcos Vinícius e os atacantes Edmundo e Patrick. A liberação pode acontecer até as 19h da próxima sexta-feira.

COPA PE

Apesar da recuperação, o departamento médico prefere que Juninho seja poupado da partida de volta da final da Copa Pernambuco, a partir das 15h de hoje, no Estádio do Arruda. O responsável pela articulação no meio-de-campo será o jovem Miller, de 18 anos. O ingresso para o confronto custa R$ 5.

Como o primeiro encontro terminou empatado por 0x0, o título sai no tempo normal se uma das duas equipes vencer. Caso o resultado de igualdade permaneça, independentemente do número de gols, a taça será decidida nos pênaltis.

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