terça-feira, 15 de julho de 2008
Anel superior não será liberado
Como se não bastasse o mau desempenho dos seus atletas dentro de campo, o Santa Cruz também não vem conseguindo agradar fora das quatro linhas, principalmente no quesito comissão patrimonial. Após três rodadas disputadas do Brasileiro da Série C, o anel superior do Arruda, novamente, não estará à disposição da torcida coral para a próxima partida, diante do Potiguar/RN, domingo.
Interditado desde dezembro do ano passado pela Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir), as reformas exigidas para a liberação do setor ainda não conseguiram sair do papel, segundo o presidente da comissão, João Braga, por conta da delicada logística da reforma, já que os 11 pontos de vulnerabilidade apontados pelo órgão ficam a 35 metros de altura, exigindo profissionais e equipamentos especializados. Com isso, o alto custo da reforma se torna um dos grandes empecilhos para a sua execução.
Segundo Braga, haverá uma reunião hoje, com a comissão patrimonial tricolor e possíveis parceiros interessados em colaborar na execução da obra, porém, não haveria tempo hábil para que o anel fosse liberado para partida deste final de semana. “O anel superior está completamente descartado para este domingo. É uma corrida contra o tempo. Mas na reunião de amanhã (hoje), teremos uma previsão de quando o setor será liberado”, informou Braga.
Na única partida do Mais Querido nesta Série C, contra o Central, na última quarta-feira, houve superlotação no anel inferior do Mundão, com a torcida coral ficando espremida no setor, fazendo com que cerca de 100 torcedores fossem retirados do local pelo Corpo de Bombeiros, para que fosse evitado uma tragédia maior.
Segundo João Braga, os 11 pontos de vulnerabilidade citados não oferecem risco à estrutura do estádio, porém, pode causar pequenos incidentes com o público localizado no anel inferior, já que há risco de pequenos pedaços de concreto cederem. A capacidade do anel superior é de 30 mil pessoas.
FITO NEVES
Após a vexatória derrota sofrida para o Potiguar, no último domingo, os rumores sobre uma possível demissão do treinador coral, Fito Neves, cresceram. Apesar de possíveis nomes para assumir o comando da equipe já estarem sendo especulados, como o nome de Marcelo Villar, atualmente no Central, a diretoria do clube fez questão de comunicar que Fito está, não só mantido, como também prestigiado pelos dirigentes. Porém, informações dão conta que caso sofra uma nova derrota para o Potiguar/RN, neste domingo, a situação do treinador ficará insustentável no Mais Querido e a sua demissão será inevitável.
Potiguar não perderá pontos
Gustavo Lucchesi
Após ser humilhado dentro de campo, diante do Potiguar/RN, sendo goleado por 3x0, o Santa Cruz chegou a se animar ao enxergar uma possível maneira de reverter, fora das quatro linhas, o vexame sofrido no Nogueirão. O motivo da “quase alegria” coral foi a súmula do árbitro baiano Arílson Bispo da Anunciação, enviada ontem à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). No documento, Arílson relatou que a equipe de Mossoró “não apresentou um profissional médico para compor o seu banco de reservas durante a partida”.
Apesar da animação inicial dos pernambucanos, não há qualquer citação quanto à exigência de um médico para cada equipe, nem no regulamento do Brasileirão da Série C, tampouco no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), diferente do estatuto da Federação Pernambucana de Futebol, que em suas competições exige a presença de um médico para cada time.
O que há é uma exigência no Regulamento Geral da CBF, que torna obrigatória a presença de uma ambulância com um médico e dois enfermeiros para cada dez mil torcedores onde está sendo realizada a partida, o que foi cumprido, segundo o presidente do Potiguar/RN, Stênio Marques. “Os árbitros verificaram a ambulância, caso contrário eles não teriam nem iniciado o jogo. O problema é que o nosso médico que fica no banco de reservas só se apresentou cinco minutos antes do jogo, e o quarto árbitro disse que isso deveria ser feito até 15 minutos antes. Notificamos a presença dele ao observador da partida, que aceitou e conferiu que o nosso médico estava lá. Foi apenas um mal-entendido”.
Não é só o Santa Cruz que sofre
Filipe Assis
Terminada a etapa inicial da primeira fase, com os três jogos de ida dos grupos, as dificuldades da Série C já são sentidas por alguns dos clubes considerados favoritos. São agremiações que se sobressaem das outras por vários fatores, como tradição, ou por terem feito boas campanhas em um passado recente. Nessa lista, o nome do Santa Cruz aparece de imediato.
Dos quatro times que foram rebaixados na Série B do ano passado, o Tricolor é o que tem, até o momento, a pior campanha. Com quatro pontos - uma vitória e um empate -, o Remo é o vice-líder do Grupo 2. A situação é idêntica à do Ituano, no Grupo 14. Por fim, o Paulista também está em terceiro no seu grupo (11), só que tem quatro pontos, ou seja, um a mais que a Cobra Coral.
Mas esta não é a única comparação em que o Santa Cruz aparece em desvantagem nesse momento da competição. Em relação aos times de tradição do futebol brasileiro que estão disputando a Terceira Divisão, a equipe pernambucana também está atrás, embora a diferença seja pequena. É o caso do Paysandu, que até o domingo passado tinha apenas empatado uma e perdido outra, mas conquistou a primeira vitória na terceira rodada e, com quatro pontos, pulou para a vice-liderança do Grupo 3.
Assim como o Paysandu, o Guarani tem um empate e uma vitória. O time paulista está no Grupo 14, o mais disputado de todos, onde as quatro agremiações estão empatadas em número de pontos (quatro). Pelos critérios de desempate, o Bugre aparece em terceiro.
Segundo lugar do Grupo 11, com quatro pontos, o América/MG também está em uma situação intermediária. A exceção fica por conta do CSA. O time alagoano, considerado de tradição no Nordeste, é o lanterna do Grupo 8. Em três jogos, perdeu todos.
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